Seize The Day

  • Gabbysaky
  • Capitulos 28
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 17 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 12

    Provocações

    Hentai, Linguagem Imprópria, Sexo

    Estou aqui, atrasada, mas aqui.

    Me desculpem. Normalmente consigo postar mais cedo, mas hoje não deu.

    Acordei com uma cólica infernal, quem é mulher entende..., quem não...

    Por favor, sejam compreensivos

    Bom, o importante é que estou aqui

    Boa leitura

    Sasuke estava na casa dos pais. Como todo final de semana, ele estava ali com o filho para mais um almoço em família. Itachi e Izumi ainda não tinham chego, eles iriam passar no médico antes; era dia da ultrassom. Eles tinham se mudado para o mesmo condomínio que Shisui morava com a família, á duas semanas. Assim que chegou, Daisuke cumprimentou os avós bem rápido e correu para brincar com Shasta. Apesar de estar triste por não ver Sakura em mais um final de semana, ele melhorou assim que se lembrou da cachorrinha. Sasuke já estava acostumado com a impaciência do filho ao não ver Sakura no final de semana, por isso sempre saía com ele, para distraí-lo. Funcionava por algumas horas, até ele pedir para ligar para a babá favorita dele. Sasuke não podia culpá-lo, Sakura realmente era uma ótima pessoa, carinhosa, amorosa, cuidadosa, e por isso entendia completamente o amor que seu filho sentia por ela; ele mesmo sentia coisas que ainda não sabia definir, mas sabia que um carinho enorme, ele sentia por ela, assim como seu filho. Sasuke e Fugaku assistiam TV, enquanto a mãe estava na cozinha. 

    — Até que enfim. – Ele ouve o pai dizer, e ao desviar os olhos, encontra Itachi e Izumi lado a lado. – Como foi lá? – Pergunta, se levantando e se aproximando dos “filhos”. 

    — Foi tudo bem. – Izumi responde, sorrindo.  

    — A Akanne está ótima, e a médica disse que provavelmente ela nasça antes do tempo. 

    — Mas e o casamento? 

    — O bom é que não entregamos os convites ainda, então... – Sasuke se levantou. 

    — Então vocês vão esperar até que a pequena nasça?  

    — Isso mesmo, irmãozinho. – Colocou uma das mãos no ombro do irmão. – Bom, nós não estamos com tanta pressa assim, já estamos morando juntos. Só queríamos nos casar antes da Akanne nascer, mas já que essa princesinha não quer do nosso jeito... – Sasuke sorriu. 

    — Nem nasceu e já demonstra que vai ser levada.  

    — Minha filha vai ser um anjo. – Sasuke revirou os olhos. 

    — Do jeito que você foi? 

    — Não vai ser do jeito que você foi. – Retrucou. Izumi riu, e Fugaku revirou os olhos, colocando as mãos nos ombros de ambos os filhos. 

    — Vocês dois parecem duas crianças.  

    — Ele chamou minha filha de levada.  

    — Eu disse que ela demonstra ser. – Bufou. – Cadê a mamãe? Ela disse que ia olhar uma “coisa” na cozinha e até agora não saiu de lá. – Sasuke voltou a se sentar, e Itachi e Izumi fizeram o mesmo, ao lado dele, assim como Fugaku que se sentou na poltrona. 

    — E você ainda não se acostumou com a mamãe? 

    — Itachi disse que ela vivia na cozinha quando vocês eram pequenos. 

    — E quando ficamos adolescentes, e depois de adultos também. – tachi concordou com o irmão. – Tudo tinha que ser do jeito dela, até mesmo o tempero. 

    — Até hoje é assim. 

    — Sua mãe não vai mudar nunca. – Fugaku diz, concordando com os filhos. 

    — Por que eu estou sentindo minha orelha esquentar? – Todos se viram para ela. 

    — Mãezinha, estávamos contando para a Izumi como a senhora ama cozinhar.  

    — De mandar na cozinha, né? – Sasuke sussurra, e Itachi segura uma risada.  

    — Eu ouvi, Uchiha Sasuke. – Ele jogou as mãos para o alto e Itachi riu. – E você não reclamava quando era pequeno, na verdade, só queria a minha comida. 

    — Verdade. Não gostava de comprar lanche na escola porque era... – Fugaku colocou a mão no queixo, pensando. – Como você dizia? Nojento? 

    — Viu amor? Ele é fresco assim, desde pequeno. 

    — Cala a boca, Itachi. Eu não estava dentro da cozinha para ver como eles faziam as coisas. – O irmão revirou os olhos, enquanto o chamava mais uma vez de fresco. – E você, que pedia dinheiro para o pai e comprava só porcarias? 

    — Ah, então era por isso que você quase nunca levava os meus lanches? – Coloca as mãos na cintura. 

    — Em minha defesa, adolescentes gostam de coisas nada saudáveis. – Izumi riu. 

    — Era por isso que você vivia com cáries, ao contrário de mim.  

    — Vocês eram terríveis. – Izumi balança a cabeça. 

    — Terrível era levá-los para fazer exames, querida.  

    — Verdade. Sasuke ia chorando daqui até a clínica. – Itachi riu quando o pai terminou a frase e Sasuke revirou os olhos. 

    — Sasuke morre de medo de agulha até hoje, sabia, Izumi? 

    — Mentira. – Exclama. – Eu só acho... Que incomoda. – Murmurou. 

    — Que incomoda o que? Diz logo que você treme na base até hoje quando vai ao dentista.  

    — Em minha defesa, aquele motorzinho veio do quinto dos infernos. – E os pais riram, junto de Izumi. – Vai dizer que ama aquela coisa? 

    — Eu não. Mas nunca chorei por não querer ir ao dentista.  

    — Eu tinha seis anos. – Retrucou. 

    — Será que não faz isso ainda? – Sasuke bufou. 

    — Eu fico imaginando vocês dois, pequenos, e tenho dó dos seus pais. 

    — Quando eles cresceram ficaram piores, Izumi. – Fugaku diz. Mikoto, que ainda estava em pé, se sentou ao lado do marido, na poltrona de dois lugares.  

    — Verdade. Itachi fugia de casa para ir às festas. 

    — Sasuke também fazia isso. – O outro revirou os olhos. – E eu nunca cheguei bêbado em casa, meu irmãozinho em contrapartida... 

    — Não vou responder a isso. – Apesar de ter ficado incomodado com as lembranças daquela época, ele não demonstrou. Mas conhecendo os filhos como Fugaku e Mikoto conheciam, eles sabiam que aquele assunto não estava agradando o mais novo. 

    — Então, mudando um pouco de assunto... – Mikoto começa, se arrumando no sofá. – Como foi anteontem, no julgamento? 

    — Ah, foi tudo bem. Sasori perdeu a causa. – Mikoto sorriu. 

    — Então ele não vai poder ver a Mayu? – Izumi pergunta. Ela queria ter ligado para Sakura para saber sobre aquilo, mas esteve ocupada com o trabalho. 

    — Ele não vai poder chegar perto nem dela e nem de Sakura.  

    — Graças a Deus. Sakura já sofreu demais nas mãos daquele homem. 

    — Minato e Kushina nos contaram tudo. – Fugaku completa. 

    — Estiveram com eles? – Os pais assentiram. 

    — Domingo passado. Mikoto comentou sobre Sakura e eles contaram o que o Akasuna fez com ela. – Balançou a cabeça. – Como é que ele pôde largar a filha, sem se importar com a doença dela? Nem mesmo ajudou quando Sakura precisou. 

    — Ele nem mesmo quis saber da menina, pai.  

    — E o que ele queria com tudo isso? 

    — Queria a empresa que o pai deixou de herança. – Todos arqueiam as sobrancelhas. 

    Sasuke começa a contar tudo que ouviu da irmã do Akasuna no tribunal. Ele mesmo tinha ficado horrorizado com o pensamento egoísta do outro. Ele não queria a menina, queria apenas conseguir a herança do pai. Por um momento ele imaginou Mayu nas mãos de Sasori, e estremeceu. Poderia acontecer um milhão de coisas com ela, e na situação em que ela se encontra, era possível ela não sobreviver por muito tempo. Mikoto, Fugaku, Itachi e Izumi ficaram revoltados com o que Sasuke contava. Eles estavam indignados com a forma fria e calculista que o Akasuna levou aquela história. 

    — Então era por isso. Bem que Sakura disse que ele queria algo mais com essa história. – Izumi é a primeira a se pronunciar, depois que Sasuke para de falar. 

    — Inacreditável. Ele não pensou no conforto da menina nem por um momento.  

    — Realmente não me surpreende. Korine já tinha me dito que o irmão era um egoísta, que não se importava com ninguém além dele mesmo. Ela sempre dizia, quando fazíamos faculdade, que ela queria se casar logo, e fugir daquela família psicótica. Ela e o pai não se davam bem. 

    — Por que será? 

    — O Sasori teve a quem puxar – Sasuke diz. – O pai dele só pensava em trabalho, quem cuidava dos filhos era uma governanta. 

    — Ele vai pagar uma hora ou outra por tudo que fez. – Fugaku diz. 

    — Bom, o que importa é que a Mayu continuará com Sakura e que ele não poderá chegar perto delas. A não ser que ele queira ser preso, e eu tenho certeza de que ele não quer isso.  

    — Mudando novamente de assunto... – Itachi olha em volta. – Cadê meu sobrinho? 

    — Onde mais ele estaria? 

    — Shasta? – Sasuke assentiu. – Eu vou lá então. – Quando ele se levantou, Daisuke apareceu na porta do jardim.  

    — Papai,  com fome. 

    — Garoto, você não vai me cumprimentar. – Daisuke sorriu ao perceber que o tio chegou, e então correu para abraçá-lo. 

    — Tio Ita. Não sabia que já tinha chegado.  

    — Eu cheguei faz um tempinho. – Daisuke dá um beijo no rosto da tia, ao se aproximar. – E Shasta, como ela está? 

    — Ela tá mais gordinha. Vovó, tá dando muita ração pra ela? – Os adultos riram. – Tem que dá só uma vasilinha daquela, vovó.   

    — E desde quando você sabe sobre isso? – Sasuke pergunta, curioso, ao mesmo tempo que achava graça. 

    — Vi na intenet, papai. Tio Gaara me insinô. – Os adultos ficaram surpresos. 

    — Hoje em dia as crianças sabem mais coisas que nós adultos.  

    — Só falta nascer falando. – Fugaku completa, concordando com o comentário da esposa.  

    — Daisuke sabe mexer no meu celular, melhor que eu.  

    — Pai,  com fome. – Voltou a dizer.  

    — Seus tios ainda não chegaram, filho. – Ele fez um bico, e Izumi sorriu, achando-o fofo. 

    — Suco ajuda aguentar até eles chegarem, querido?  

    — Refigerante sim. – Sasuke, Itachi e Izumi riram.  

    — Não deviam ter ensinado ele a beber isso. – Mikoto concordou com o marido. 

    — Daisuke, refrigerante hoje não.  

    — Mais papai... 

    — Nada de “mas”. Você tá viciado nisso. 

    — Infelizmente a culpa é minha. – Itachi diz. 

    — O papai e o tio toma. Pur que eu não posso? – Ele cruza os braços. Os irmãos se olham. Eles realmente não podiam culpar o menino por querer da bebida. 

    — Ele está certo. – Eles olham para o pai. – Se não quer que ele faça algo, tem que dar o exemplo. Ele aprendeu a tomar refrigerante com vocês dois. 

    — O pior é que é verdade. – Suspirou. – A vovó não comprou refrigerante dessa vez, então contente-se com o suco, Daisuke. – O menino voltou a fazer o bico, ainda de braços cruzados.  

    — Tem suco de uva, Suke. 

    — Não gosto de suco de caxinha, vovó. 

    — Garoto, você está muito exigente. – Itachi diz, rindo.  

    — A Sakura faz suco da fruta todos os dias. – Sasuke começa a explicar. – É por isso que ele não toma mais suco de caixinha.  

    — A Sakura está fazendo esse garoto ser saudável? – Izumi riu da forma que o noivo falou. – Antes ele não comia verdura alguma, muito menos salada... E agora está comendo de tudo. 

    — Ela está sendo melhor do que a nutricionista dele. – Sasuke olhou para o pai.  

    — Verdade, amor. 

    — Eu nem sabia que ele tinha uma nutricionista.  

    — Sua mãe achou que ajudaria. – Daisuke ouvia a conversa impaciente, batendo os pezinhos no chão com os braços cruzados.  

    — Mas não adiantou nada. – Itachi completa. 

    — Vocês tão isquecendo de mim. – Todos olham para ele.  

    — A cada dia ele está mais parecido com você. – Itachi diz, olhando para o sobrinho surpreso pela forma que o menino falou. – Está tão impaciente quanto. – Sasuke revirou os olhos. 

    — Eu vou buscar o seu suco. – O menino abriu a boca, mas a avó o interrompeu. – E não é de caixinha. – A avó saiu em direção a cozinha. 

    — Você fica tão fofo quando faz essa carinha. – Daisuke ficou envergonhado. 

    — É com essa carinha que ele consegue fazer com que Sakura faça as coisas que ele pede, Izumi. – Até mesmo seu pai riu, quando Sasuke terminou de falar. 

    — Papai, quando vo podê ligá pra Sakura? – Pergunta ao ouvir o nome da rosada.  

    — Daisuke, ela está de folga. – Não era a primeira vez que ele dizia aquilo naquele dia. Daisuke mal tinha terminado o café da manhã quando pediu para o pai que ligasse para a rosada. Seu filho não desistiria, ele sabia disso, mas não custava tentar. 

    — Ela disse que eu pudia ligá, papai. – Sasuke suspirou, já sabendo que mais nenhum argumento adiantaria naquele momento.  

    — Tudo bem. Mas só depois do almoço. – E o garotinho sorriu.  

    — Eu gosto cada vez mais desse apego de Daisuke por Sakura. – Sasuke fingiu não ouvir, e agradeceu aos céus quando sua mãe chegou à sala com um copo de plástico com canudo, verde escuro com o desenho de um dinossauro no centro.  

    — Aqui, querido. – Entregou o copo para o neto.  

    — Finalmente. – Itachi diz ao ouvir a campainha. 

    — Pelo jeito temos “duas” crianças famintas. – Izumi comenta quando o noivo se afasta para abrir a porta. Os outros riram. 

    — Não posso discordar, Izumi.  

    — Eu estava me perguntando se viriam. – Eles ouvem a voz de Itachi. – Estou morrendo de fome. – Reclama. 

    — Itachi, você não está sendo alimentado, filho? – Izuna brinca.  

    — Você por acaso vai amadurecer, quando sua filha nascer? – Itachi e Shisui se olharam. 

    — Não. – Shisui e Itachi dizem juntos. O primeiro apenas afirmando, e o segundo respondendo à pergunta do tio. 

    — Eu devo dizer, tio... – Sasuke se pronuncia quando os tios, Shisui, Yumi e Itachi entram na sala. – Que Izumi vai ter que cuidar da Akanne e do crianção do marido dela. Ele vai ser assim pelo resto da vida. – Olhou para a Izumi. – Boa sorte, cunhada. – Ela riu, e Yumi a acompanhou.  

    — Irmãozinho, você anda tão engraçadinho ultimamente.  

    — Isso é obra de Sakura? – Shisui pergunta, olhando para o primo que o olhava de volta. 

    — Eu acho que sim.  

    — Eu também. – Sasuke revirou os olhos, ouvindo o irmão e o primo falando sobre ele. – Sakura faz milagres.  

    — Concordo, irmão. – Itachi diz.  

    — Como assim? – Eles olham para a criança confusa na sala.  

    — Estamos querendo dizer, sobrinho...  

    — Que a Sakura é uma boa pessoa. – Sasuke olha para Izumi, agradecido. Ela se aproximou do marido, ficando no meio dele e de Shisui. – Ele é só uma criança. – Sussurra, e eles assentiram, compreendendo a interrupção da mulher.  

    — Vocês continuam se provocando. Como aguenta, Fugaku? 

    — Já me acostumei, Irmão. – Obito e Izuna assentiram. 

    — Agora que todo mundo chegô, a gente pode comê? – Todos riram. 

    — Sim, meu amor. – Beijou os cabelos negros do neto. – Yumi, quer deixar essa princesa lá em cima, querida? 

    — Eu quero sim. – Pegou a filha dos braços da sogra. 

    — Eu posso pegá ela depois? – Pergunta olhando para a prima.  

    — Claro. Pensei que não fosse pedir.  

    — O papai disse que é pirigoso

    — Eu te entrego ela quando estiver sentado, e vai ficar tudo bem. – Ele assentiu, sorrindo. Yumi subiu com a filha nos braços, seguindo Mikoto. 

    **--** **--** 

    Sakura observava a filha que estava sentada no tapete felpudo no meio da sala, montando um quebra-cabeça. Ela estava muito enjoada naquele dia, além de que estava muito pálida. Mesmo assim, a menina não quis ficar na cama, e mesmo preocupada, Sakura deixou que ela brincasse. Ela agradecia pela filha não estar com febre. Desviou os olhos para a TV, mas nem estava prestando atenção. Só pensava na situação de sua filha, e em como ela pioraria daqui pra frente. Ela só se aliviava mais, porque Sasori nunca mais se aproximaria delas. E seria grata a Uchiha Sasuke pelo resto da vida. Suspirou ao perceber que novamente pensava nele. Desde aquele maldito... Não, não era maldito, aquele beijo tinha sido tudo, menos uma maldição, ela pensou. Era como se ela estivesse sobre encantamento, não era possível. Quando achava que estava superando, lá vem Uchiha Sasuke com aquele perfume delicioso, lembrando-a mais uma vez daquele beijo que deram. Foi um erro, foi um erro, foi um erro, ela disse para si mesma, mentalmente. Ela queria se convencer disso, mas sabia que seria impossível. Quanto mais dizia a si mesma que tinha sido um erro, mas seu subconsciente descordava. Voltou a si quando a filha lhe chamou. Sakura, que estava de olhos fechados, os abriu, olhando para a filha. 

    — Não ouviu, mamãe? – De repente ela ouve a campainha.  

    — Está tocando á muito tempo, querida? 

    — Uhum... – Balançando a cabeça, ela diz. Sakura se levantou, caminhando até a porta, abrindo-a e encontrando os amigos. 

    — Tia Saky. – As gêmeas Sabaku abraçam a madrinha.  

    — O que vocês... 

    — Viemos visitar você, Dinda. – Ayame responde. Sakura deu espaço para que entrasse, abraçando cada um dos amigos, antes.  

    — E a Mayu? 

    — Ela está na sala, Ino. – Beijou os gêmeos Nara na bochecha, fazendo o mesmo com os outros sobrinhos. – Ela está melhor, se foi por isso que vieram. 

    — Foi por isso também. – Temari responde.  

    — Você está com uma cara... – Hinata cutucou o marido. – O que? – Sakura riu. 

    — Tudo bem, Hina.  

    — Tia agente pode i lá na Mayu? 

    — Não só podem como devem. – Respondeu ao Kenji, e em seguida eles correm para a sala. – Venham também. 

    — Sakura, agora é sério, você não dormiu bem? 

    — Mayu não estava se sentindo bem essa madrugada, Gaara. – Ele compreendeu o porquê de a amiga estar com olheiras.  

    — Não acha que deveria deixar Tsunade voltar com o tratamento? 

    — Não. Ela ficou debilitada demais da última vez. Eu sei que foi o que fez ela ficar bem até agora, mas... Tenho medo de que ela continue a fazer a químio, e não aguente tanto tempo pela medula.  

    — Eu entendo seu medo, mas... – Tenten se interrompe quando chegam à sala, onde as crianças ajudavam Mayu com o quebra-cabeça. – Pode ser o contrário. 

    — Eu sei, mas não posso ter certeza. Eu creio que assim vai ser melhor.  

    — Se você acha, Saky... – Hinata se pronuncia. – Então vamos apenas confiar. – Ela assentiu.  

    — Não vamos falar sobre isso. – Ino diz. Não queria trazer mais preocupações para a amiga. – Vamos aproveitar que estamos todos aqui, e vamos falar sobre o natal. 

    — Verdade, já está chegando. Falta um mês, gente. – Tenten concorda. 

    — Deveria estar falando sobre isso com Kushina e a tia Suzuki, Ino. 

    — Esse ano vai ser nos Sabaku. 

    — Infelizmente.  

    — Gaara, você precisa superar, irmão. 

    — Superar? – Ele bufa. – Sabaku no Ryuuji nos abandona por treze anos, e você quer que eu fique olhando para a cara dele, fingindo que nada aconteceu? 

    — Ele é nosso pai. 

    — Ele pode ser seu, mas meu ele não é mais. Deixou de ser quando foi embora.  

    — Ele estava triste com a morte da mamãe. – Temari volta a dizer, tentando fazer o irmão entender o porquê que o pai fez o que fez.  

    Desde que Ryuuji os abandonou, Gaara não suporta nem mesmo a menção do nome do “pai”. Mesmo que Temari e o irmão mais velho deles, Kankurou, tentassem convencê-lo de perdoá-lo, Gaara nunca o fez. Nunca conseguiu se dar bem com o mais velho. Ino, por mais que concordasse um pouco com a cunhada, compreendia o marido, e o apoiava.  

    — E nós? Nós não estávamos? – Retruca. – Tínhamos cinco e sete anos, Temari. Éramos duas crianças que não entendia o que estava acontecendo, eu ainda mais. Kankuro teve que segurar a barra com doze anos. Ryuuji era o adulto, e escolheu largar os filhos com uma governanta, e sumir no mundo. Preferiu cuidar da empresa dele, a cuidar da família. Grande amor ele sentiu pela nossa mãe. 

    — Não diz isso, Gaara. Ele amou a mamãe sim. Ficou sem chão... 

    — Sasuke amou Karin. – Cortou a irmã. – Ele amou a Karin, e não desistiu do Daisuke quando ela morreu. – Sakura engoliu em seco. Tinha que concordar com Gaara. Sasuke sofreu ao perder a mulher que amava, mas mesmo dentro daquele lugar, ele não desistiu do filho. Naruto lhe disse uma vez que ele ficou paralisado por horas até ouvir dizer que Daisuke estava vivo. – Ele escolheu viver pelo filho. Cuidar dele, mesmo de longe... Ele não escolheu ficar longe do Daisuke, ele não teve opção, ao contrário do Ryuuji. – Temari abaixou o olhar, e Shikamaru pegou na mão dela. Ele entendia que a esposa queria convencer o irmão a perdoar o pai, mas não concordava. Gaara tinha passado por muitas coisas ruins, e não teve o pai por perto como apoio. Ele tinha todo o direito de guardar mágoa. Mesmo pensando assim, Shikamaru nunca ficou contra a esposa. Não se metia, não dava sua opinião, mas também não a impedia de tentar. 

    — Se você não quer vê-lo, por que fazer a festa de fim de ano lá? 

    — Porque o velho quis. E já que Hiashi e Minato concordaram... – Deu de ombros.  

    — Eu sinto muito que você ainda não se dê bem com seu pai.  

    — Não sinta não, Sakura. É perda de tempo.  

    Ela compreendia o ruivo. Ele tinha cinco anos quando a mãe morreu, e meses depois ele foi abandonado pelo pai, tendo apenas os irmãos mais velhos, Temari, que era apenas dois anos mais velhas e Kankurou, que era cinco anos mais velho que a irmã do meio. Desde então, ele passava mais tempo no internato do que em casa. Foi nesse internato que ele conheceu Naruto e Sasuke, e a amizade deles só cresceu desde então. Ino foi a primeira das meninas a entrar no internato, no meio daquele mesmo ano que os garotos entraram. No ano seguinte, Tenten quem foi colocada lá pelos pais. Dois anos depois, Nejí, Hinata e Sakura entraram no mesmo internato que eles. Hiashi queria que os primos estivessem juntos, e por isso convenceu a mãe de Sakura a colocá-la lá. E no meio daquele ano, Shikamaru e Temari também passaram a estudar no Gakuen Boarding School. 

    — Então, os Uchihas também irão. – Ino muda de assunto, e Hinata suspira aliviada. Ela não gostava de tocar naquele assunto porque não queria ver o amigo revoltado.  

    — E daí? – Sakura arqueou as sobrancelhas, não compreendendo o comentário da amiga.  

    — Como assim, e daí? Vai ser sua chance de dizer ao Uchiha que errou ao dizer aquelas coisas para ele. Sabe, sobre ser um erro. 

    — Hinata. – Sakura olha para a amiga, incrédula. – Você contou? 

    — Eu não. – Ela olha para o marido. – Naruto.  

    — O que eu fiz? – Reclama, quando a esposa o belisca.  

    — Você contou sobre o que eu te contei? 

    — Ué? Qual o problema? Até o Itachi está sabendo. 

    — Sasuke contou? 

    — Não. Eu contei.  

    — Naruto, você é um fofoqueiro, hein? – Shikamaru diz.  

    — Não acredito nisso. – Sakura colocou as mãos no rosto. – Todos estão sabendo, agora. 

    — Provavelmente. 

    — Eu vou te matar. – Ele dá três passos para trás. – Isso era segredo.  

    — Segredo para nós também? 

    — Não, Ino. Eu ia contar para vocês, quando nos reuníssemos. – Bufou. – Naruto, por favor, me diz que você não contou a mais ninguém? 

    — Eu não. – Ela suspirou aliviada. – Mas o Itachi contou para os pais dele. – Sakura arregala os olhos. 

    — Já era de se esperar. – Shikamaru concorda com o cunhado.  

    — Sakura, agora não tem jeito de esconder. Todos já sabem que beijou o Uchiha. – Ela corou, e Nejí sorriu.  

    — Podemos não falar sobre isso?  

    — Você e o Teme se merecem. – Retruca revoltado. Já não aguentava ver os amigos fingir que não se gostam, ou não fazer nada a respeito dos sentimentos um do outro. 

    — Por que você não quer que ninguém saiba sobre o beijo? – Tenten pergunta. – Você mesma disse que não significou nada, não é? – Ela sabia que aquilo era uma mentira, só queria que a amiga confessasse o contrário.  

    — Itachi disse que significou para o Teme. Ele só ficou confuso. – Conta. Ele vai me matar se souber que eu disse isso, pensou. 

    — Foi por isso que eu disse que tinha sido um erro. – Suspirou alto, se afastando da sala, caminhando para a cozinha, pedindo que fossem com ela. Eles se sentaram em volta da mesa. – Eu sabia que tinha sido confuso, ele ainda ama a Karin. 

    — Não é verdade. – Shikamaru afirma, fazendo com que a rosada o olhasse. – Ele ficou confuso porque sentiu por você algo que ele pensou que nunca mais sentiria por alguém.  

    — Eu não quero entrar nessa. 

    — Isso quer dizer que significou, não é? – Tenten volta a perguntar. 

    — Por que vocês ficam fazendo isso? O Itachi e o Shisui jogam Sasuke pra cima de mim, vocês me jogam para cima do Sasuke... Isso não vai dar certo, gente. Eu não quero me envolver e ele também não. 

    — Vocês dois tem medos, Sakura. – Nejí diz. – Você tem medo de se machucar. 

    — E o Sasuke tem medo do que sente por você, porque ele não quer se esquecer da Karin. – Gaara completa. – Vocês dois deviam apenas pensar no agora. Pensar em como poderiam seguir em frente, e não ficar com esse medo bobo. – Nejí concordou. 

    — E pare de ficar pensando no passado. – Ino diz.  

    — Eu e Itachi já falamos com o Teme. Ele não vai se esquecer da Karin. Ele sempre vai se lembrar dela, com carinho, ao olhar para Daisuke, e que por isso ele deveria seguir em frente. Dar uma chance ao que está sentindo. 

    — E você deveria fazer o mesmo. – Shikamaru completa. Apesar de não gostar de se meter na vida alheia, ele já tinha visto os dois amigos sofrerem demais. Queria que eles se esquecessem do passado, e dessem um passo para frente, dando uma chance um ao outro. Porque ele tinha certeza, os dois gostavam um do outro. 

    — Como vou fazer isso? Não tenho coragem. 

    — Então vai se acovardar? Sakura, você não é assim. – Temari não conseguia ver a amiga se aprofundando naquele medo inútil. – O que você passou com Sasori, não vai acontecer novamente. Sasuke não faria nada parecido com você. Não acha que está na hora de ser feliz com alguém? Formar uma família? 

    — Não acho que seja o momento. 

    — Então ache o momento. – Hinata se pronuncia. – Vocês dois merecem ser felizes, Saky. Chega de ficar presa no passado. Pelo amor de Deus, para de ficar pensando no “se”. Vá viver sua vida o mais feliz possível, e não esconda dentro de si, isso que sente pelo Sasuke. Sufocá-lo não vai adiantar de nada, só vai fazer crescer ainda mais o que sente por ele.  

    Sakura percebeu que todos tinham uma opinião parecida sobre o que ela deveria fazer, mas ela não tinha coragem. E ela sabia que isso era se acovardar. E ela nunca foi assim. Eles estavam certos. Era hora de pensar no presente, mas isso não queria dizer que daria uma chance ao que sentia por Sasuke, porque tinha certeza de que não era o momento. E provavelmente nunca teria um momento. 

    **--** **--** 

    Todos estavam à mesa, comendo da sobremesa que Mikoto tinha feito com suas próprias mãos. Sasuke soube na mesma hora que tinha sido ela, quando colocou a torta de limão na boca. Por isso que ela estava enfiada na cozinha desde que ele chegou, ela estava fazendo sua torta preferida. Fazia meses que não comia daquela torta. E como era muito exigente, não aceitava comer de ninguém mais do que a de sua mãe. A dela era a melhor. Assim como ele, Itachi e Fugaku comiam da torta de limão. Os outros comiam a merengue, que ela também tinha feito. Sasuke olhou para o filho. Ele definitivamente tinha pego aquele gosto por doces de Karin, porque ele não era muito fã, mas sua ex era viciada, principalmente quando era sorvete. Sorriu, se lembrando da época que ela estava grávida. Ela não teve desejos estranhos, mas se não tivesse o seu tão amado sorvete no congelador, ela ficava estressada. Sasuke percebeu que estava tendo os flash’s com a noiva, e se surpreendeu. Era a primeira vez, desde o beijo com Sakura, que ele se lembrava dos momentos que teve com ela. Por se lembrar disso, ele volta a pensar no beijo. Balançou a cabeça. Será possível que pensaria naquele beijo para sempre? 

    — Então vocês vão adiar o casamento? – A voz de Rin fez com que Sasuke voltasse a si. 

    — Sim. A médica acha que a Akanne vai nascer antes do dia em que foi estipulado.  

    — Será? – Mikoto pergunta, em dúvida.  

    — Ela não é de errar. – Itachi respondeu. 

    — Como assim “ela não é de errar”? – Obito pergunta, tão confuso quanto os outros dois irmãos. 

    — Minhas colegas do trabalho se consultaram com ela quando estavam grávidas, e elas me disseram que ela é muito precisa.  

    — O que ela diz, acontece. – Itachi completa. 

    — Como isso é possível? – Izuna arqueou as sobrancelhas. O sobrinho deu de ombros. 

    — Uma médica que faz mandinga. Essa é nova. – Itachi riu junto do primo. Yumi cutucou o marido. – O que? – Olhou para a esposa com um sorriso, antes de se voltar para o primo. – Itachi, você não pensou o mesmo? 

    — Sinceramente, no começo eu pensei que fosse só balela..., mas então, a colega da Izumi entrou em trabalho de parto a seis semanas, assim como a médica disse.  

    — Nós tínhamos uma consulta no mesmo dia que ela, e ouvimos a médica dizendo para ela que o bebê dela viria no atraso de duas semanas. E aconteceu. 

    — Sinistro. – Sasuke diz, fazendo os irmão e primo rirem. – Eu hein? Que médica estranha.  

    — Nunca ouvi falar em algo assim.  

    — Nem eu. – Rin concorda com Mikoto. – Muito estranho isso. 

    — Muito assustador isso, você quer dizer, né tia? – Izuna riu, ao ouvir o sobrinho.  

    — Bom, o importante é vir com saúde. – Haruka diz, e as outras mulheres concordam. 

    — É melhor acreditarmos que isso pode acontecer. – Yumi diz. 

    — Por isso, nada de casamento por enquanto. – Itachi se pronuncia um tempo depois. – Já pensou se Akanne resolve nascer na semana do casamento? 

    — Ou no dia do casamento, né? Seria lindo de se ver. – Sasuke diz, rindo. – Eu veria você todo desesperado, seria bem legal. – Os irmãos se olham. 

    — Você gosta de um mal feito, hein? 

    — Tanto quanto você. – Retruca.  

    — Vocês dois não param um minuto de se provocar. – Izumi ri junto de Yumi.  

    — E como ficam as coisas que vocês adiantaram? 

    — Eu e Itachi vamos resolver tudo amanhã. Estou de folga do trabalho, e vamos aproveitar para cancelar tudo o que tínhamos contratado. 

    — Papai, terminei. – Sasuke o olha. Ele tinha a mão estendida. – O celulá. – E então Sasuke soube porque o filho estava com a mão estendida para ele.  

    — O que ele quer com o celular? – Obito pergunta, vendo o sobrinho entregar o aparelho para o filho.  

    — Ligar para a Sakura. – Izumi quem responde por Sasuke, fazendo com que Obito, Rin, Izuna, Haruka, Shisui e Yumi compreendessem o pedido do menino de cinco anos. Eles sabiam o quanto Daisuke amava a rosada.  

    **--** **--** 

    Quando Sakura e os amigos voltaram para a sala, as crianças já brincavam de desenhar, enquanto conversavam. Como eles estavam sentados no chão, em volta da mesa de centro, os adultos se sentaram no sofá e nas duas poltronas. Em algum momento da conversa que estava tendo com os amigos, Sakura pousou os olhos nas gêmeas Sabaku. Elas tinham os cabelos ruivos, apesar de que os de Chihiro eram pouco mais claros que os da irmã, mas os olhos eram diferentes. Karura tinham os mesmos olhos que o pai, e Chihiro os olhos da mãe. Apesar da pouca diferença, na opinião da rosada, a cada dia elas se pareciam mais e mais com o pai. 

    — Karura e Chihiro estão a cada dia mais parecidas com você, Gaara. – Ino fez um bico ao ouvir a melhor amiga.  

    — Eu concordo. Apesar de que Karura tem o gênio de Ino. 

    — E Chihiro o seu. – Ino retruca. – É impressionante o fato de serem gêmeas, mas com certas diferenças. Chihiro é mais calma, enquanto que Karura é muito mandona. 

    — Ela é tão mandona quanto você? – Naruto pergunta, fazendo os amigos rirem. 

    — Sim, ela é. 

    — Gaara. – Ino o repreende e ele dá de ombros. Afinal, era a verdade. Karura estava tão mandona quanto a mãe.  

    — Diferente de Kenji e Akanne que pegaram tudo do Nejí. Não tem nada de mim, naqueles dois. Nem mesmo a cor dos cabelos.  

    — Eu acho que a cor dos cabelos dos dois estão clareando. 

    — Você acha? – Tenten olha para os filhos, quando ouve Sakura.  

    — Eu acho. Possivelmente Akanne vai pegar algumas manias suas, Ten, mas eu não posso dizer o mesmo de Kenji. Acho que ele será como o pai. 

    — Nejí 2.0. – O amigo revirou os olhos.  

    — Cala a boca, Naruto. – O amigo riu. – O seu filho já é você até mesmo nos exageros.  

    — Ei. – Reclama.  

    — Infelizmente, eu tenho que concordar. 

    — Hina. – Ele olha indignado para a esposa.  

    — Mas é verdade. Esses dias ele deu um escândalo porque tinha que tomar vacina. Fiquei morrendo de vergonha. – Sakura riu. – Já avisei, na próxima vai o Naruto. 

    — E os gêmeos? 

    — Eles são calmos como a Hina. – Neji diz. – Graças a Deus. – Eles riram, mas Naruto bufou. – Apesar de que Minato é mais hiperativo. Não tanto quanto o pai, mas é. 

    — Isso é verdade. – Gaara diz. – Ele não consegue ficar parado por muito tempo. Pode ficar olhando, daqui a pouco ele vai se levantar de onde está para mexer em alguma coisa. 

    — Minato não mexe nas coisas dos outros. – Naruto retruca. 

    — O que quis dizer é que ele vai arrumar outra coisa para brincar. – Gaara revira os olhos. 

    — Vamos pedir a Deus que Himawari venha com toda a calma e aparência da minha irmã. – Os outros riram. 

    — Só não vou reclamar dessa vez, porque eu também quero o mesmo. – E eles voltam a rir. 

    — Difícil cuidar de três crianças hiperativas, não é? – Tenten provoca. 

    — Ayko não é hiperativo. 

    — Verdade. Dos três, ele é o mais calmo. – Hinata diz.  

    — Posso dizer o mesmo dos meus gêmeos. – Revirou os olhos. – Quer dizer, eles são mesmo dorminhocos. Se pudessem passar o dia inteiro dormindo, eles passariam. 

    — Tal pai, tal filhos. – Eles riram ao ouvir Ino.  

    — A Temari reclama, mas ela agradece todos os dias pelos gêmeos não terem acordado tantas vezes de madrugada. 

    — Isso é verdade. – Ela concorda. – Eles eram tão calminhos, que mal acordavam de madrugada para mamar. Eram umas três vezes no máximo. Mas também, quando o dia amanhecia, eles pareciam que estavam morrendo de fome. – Eles voltam a rir.  

    — Puxaram tudo do pai. 

    — Por favor, Sakura, vamos deixar assim. Já pensou se esse bebê na barriga da Temari vem tão problemática quanto ela? – A esposa o socou. – Disse apenas a verdade.  

    — Shika, eu vou rir tanto se esse bebê vier igualzinho à Temari. 

    — Ela acha que será uma menina. E sinceramente? É provável que seja. Ela acertou nos gêmeos.  

    — E acertou nos gêmeos da Hinata. – Sakura se lembra. – E quase que Naruto pinta o quarto de rosa. 

    — Ué, culpa da médica que errou na primeira vez. – Resmunga. 

    — Como é possível? – Eles deram de ombros.  

    — Vai saber. Ela disse que seria uma menina e um menino. Depois voltou atrás, dizendo que seriam dois meninos. Graças a Deus eu comprei a tinta, mas não pintei o quarto. – Eles riram. 

    — Médica mais sem noção. – Ino diz, fazendo as outras concordarem. 

    — Já pensou se ela dissesse, são dois, e no dia vem três? – As garotas riram dos olhos esbugalhados de Naruto. 

    — Deus me livre. Já era difícil com os gêmeos, imagina trigêmeos? 

    — Fracote. – Nejí provocou. 

    — Cala a boa. – Revirou os olhos.  

    — Com todas nós grávidas, só falta você e Tenten para completar o grupo, Sakura. – Ino comenta, passando a mão na barriga, ainda lisa.  

    — Ino, eu já disse, e vou dizer de novo... – Suspirou. – Eu não vou mais ter filhos. 

    — Isso é o que você diz. – Retruca. – Você já fez xixi no palitinho? – Neji olha para Ino, incrédulo. Ele passou a mão no rosto, pensando que já deveria estar acostumado. Ino falava aquelas coisas sem pensar, não importando onde estavam.  

    — Ino. – Repreende a esposa. 

    — O que, Gaara? A Tenten está estranha.  

    — Estranha sua língua. – Retruca, fazendo Temari e Sakura rirem.  

    — Você vai dizer para mim que vocês dois... 

    — Ino. – Gaara a interrompe. – Pelo amor de Deus, não vá se meter na vida deles desse jeito. 

    — Tá. Meu Deus. – Revira os olhos. – Mas eu estou certa. Você está estranha, e tem comido tudo que vê pela frente. 

    — Que calúnia. – Sakura segura uma risada. Realmente a amiga tem comido tudo que via pela frente, mas não tinha pensado na possibilidade de ela poder estar grávida. Pelo jeito Ino pensou por todos eles ali. – Eu tenho dormido pouco por causa do trabalho, mal tenho me alimentado...  

    — Ah, essa é a desculpa? – Dessa vez até Hinata riu com as amigas. – Por favor, né? Uma grávida reconhece outra. – Temari balançou a cabeça, concordando com a cunhada. 

    — Verdade. Grávidas parece que tem um chip que apita quando outra mulher está na mesma situação. 

    — Até você, Temari? – Nejí olhava para a esposa, pensando se aquilo era só uma provocação. – Eu não estou grávida.  

    — Tá, né? Se está dizendo, quem sou eu pra dizer o contrário.  

    — Eu digo o contrário, e vou continuar dizendo. Você está grávida. Está escrito em negrito e bem colorido aí na sua testa. – Os outros seguraram uma risada. – Mas, se não quer acreditar, em mim... O que eu posso fazer? 

    Gaara balançou a cabeça, apesar de estar com um sorriso de lado. Ele já tinha se acostumado com a esposa. Tenten se encostou no encosto do sofá, cruzando os braços. Nejí, diferente da esposa, ficou pensando no que tinha ouvido. Ela estava mesmo mais cansada que o normal, além de que estava realmente comendo tudo que via pela frente. Será? Ele tinha levado aquela conversa bem a sério e conversaria com a esposa quando chegassem em casa. Se ela estivesse mesmo grávida, era melhor descobrir logo. Não tinha sido algo planejado, mas mesmo assim, era um filho. Sakura percebeu que Nejí estava pensativo, e imaginou que ele tinha levado o comentário de Ino a sério. Ela esperava que se Tenten estivesse mesmo grávida, que isso não fosse um problema para o primo. Sorriu com esse pensamento. Era impossível. Apesar do primo dizer que não queria mais filhos depois que os gêmeos nasceram; mesmo que fosse mais para deixar a esposa aliviada, pois ela não queria engravidar novamente, Sakura sabia que ele ficaria feliz com a vinda desse novo bebê, depois do susto, é claro, porque ela tinha certeza, seria uma surpresa bombástica para o casal. 


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