Boa Leitura
Sasuke entrou na cozinha, encontrando Sakura de costas para ele, e de frente para o fogão. Ela não tinha percebido sua presença, e por isso continuou observando-a, encostado no batente. Desde o beijo, não parava de pensar nela. Mesmo depois de buscar Izumi, deixá-la nos seus pais, e entrar em uma conversa com eles, ele não tinha parado de pensar no beijo que deu nela. Estava confuso por ter gostado. Confuso por ter guardado a foto de Karin, e não ter sentindo aquele peso no coração. Ele tinha gostado de beijar Sakura, por mais confuso que tenha ficado. Eles deveriam conversar, e foi pensando assim, que ele se aproximou, fazendo-a ouvir seus passos.
— Sakura, podemos conversar? – Perguntou quando ela se virou.
— Claro. – Desligou a chama, retirou a panqueca da frigideira, colocando-a no prato, onde várias outras estavam, e se aproximou do balcão. – Sobre o que quer conversar?
— Sobre o que houve ontem. – Ela não esperava que ele tocasse naquele assunto, e por isso se assustou. – Não conversamos ontem, porque as crianças nos interromperam...
— Sasuke, olha, não precisamos falar sobre isso. – Ele arqueou as sobrancelhas. – Foi um erro.
— Sakura...
— Eu sei que você está confuso. – Ela o cortou. – E que tudo isso é um pouco estranho, porque naturalmente você ainda ama a Karin, e não precisa nem me dizer do contrário, vejo isso toda vez que olha para a foto dela, no quarto do Daisuke.
— Isso não quer dizer que não significou nada.
— Eu... – Ela desviou os olhos por alguns minutos. – Eu sei. Mas também sei que isso, no momento, é um erro. Porque você está confuso, Sasuke, e precisa de tempo para você se conformar com tudo que está acontecendo. – Ela respirou fundo, passando por ele, caminhando para fora da cozinha. – Vamos esquecer o que houve, é o melhor a se fazer. – Diz, antes de finalmente sair.
Sasuke queria ir atrás dela, dizer que ela estava errada, mas na verdade, ela estava certa. Era tudo muito confuso para ele. Ainda amava Karin. E mesmo assim, sentia alguma coisa por ela. Ele não conseguia entender o que estava acontecendo com ele. Estava tudo confuso, bagunçado e isso o deixava desesperado, porque não sabia como lidar com todos aqueles sentimentos. Não entendia como podia amar sua ex, e ao mesmo tempo, sentir algo... diferente por Sakura. Suspirou, fechando os olhos em seguida. Precisava falar com alguém sobre aquilo, mas ele não se sentia bem em se expor. A campainha o fez voltar a si, e ainda pensando nas palavras de Sakura, ele caminhou até a porta, abrindo-a em seguida. Sasuke franziu o cenho, desgostoso, ao ver quem estava em sua frente.
— O que faz aqui? – O ruivo entrou, mesmo que Sasuke não tenha autorizado.
— Eu vim falar com a Sakura. E não diga que ela não está, porque o carro dela não saiu da garagem.
— Como é que sabe disso? – Cruzou os braços. O outro não respondeu. – Você por acaso se esqueceu da ordem de restrição?
— Ela começa amanhã. – Diz, com um sorriso presunçoso. Sasuke quase rosnou de ódio. – E então? Não faça como o seu filho, não vai adiantar.
— O que quer dizer com isso? – Pergunta, ao ouvi-lo falar de Daisuke.
— Vim falar com Sakura ontem, mas a peste do seu filho disse que ela não estava, e fechou a porta na minha cara. – Sasuke sorriu, divertido.
— Bom, ele com certeza se lembra do que você fez no mercado naquele dia. – Sasori fechou a cara. – Mas voltando ao outro assunto... Sakura está ocupada agora.
— Eu não quero saber. – Gritou. – Eu quero ver minha filha.
— Agora ela é sua filha? – Retrucou, rosnando, se controlando para não gritar. – Quando Sakura te procurou para falar sobre a doença da Mayu, você não se importou.
— Isso não é da sua conta. – Se aproximou, perigosamente, e Sasuke fez o mesmo.
— Passou a ser.
— O que estão fazendo? – Eles olham para Sakura que estava no corredor, á alguns passos deles. Sakura estava surpresa por ver seu ex ali, mas mais que isso, ela sentia a "animosidade" no ar. Se não chegasse, provavelmente eles socariam um ao outro. – O que faz aqui, Sasori?
— Eu vim falar com você. – Diz se aproximando, mas Sasuke se coloca na frente de Sakura.
— Dê mais um passo, e eu chamo a polícia. – Sakura o olhou. – Eu não te convidei a entrar, e isso é invasão de propriedade.
— Meu assunto não é com você, Uchiha. – Se virou para Sakura, que mesmo sem querer, estremeceu ao ver o olhar raivoso do ex. – E sim com essa desgraçada. – Rosnou. – Quem você pensa que é para me manter longe da minha filha?
— Você nem mesmo se importa de verdade. – Retrucou. – E ela é só minha.
— Ah. – Riu debochado. – Claro, você fez ela sozinha, não é? – Altera a voz.
— Olha, Akasuna, meu filho e Mayu estão no andar de cima, e se eles descerem assustados, eu vou socá-lo. – Sakura olhou para Sasuke agradecida. – Então faça um favor para si mesmo, e dê o fora da minha casa.
— Eu só saio daqui quando essa cachorra retirar...
— Olha, é melhor me respeitar. – Ela o cortou. – Eu não sou mais a mesma garotinha que fazia tudo que você queria, e que se assustava com seus ataques. Eu cresci, Sasori, e amadureci, por isso... Se não quiser ser preso, me deixe em paz.
— Isso não vai ficar assim, Sakura. Eu vou conseguir a guarda da Mayu.
— Juiz nenhum vai lhe dar a guarda dela. – Sasuke volta a se pronunciar, fazendo Sasori o olhar. – Ela é a mãe. Cuidou da Mayu, muito bem, mesmo com as dificuldades. E só para deixar as coisas mais claras, eu sou o advogado dela. – Sasori riu.
— Ah, então é isso? Você vai furar o olho da sua amiguinha? Mesmo ela estando morta, você vai estar traindo ela, sabe disso, não é? – Provoca.
— Cala a boca, Sasori.
— Karin ficaria desapontada. – Sorriu maldoso. – O que ela acharia se visse o noivo com sua amiga? Bom, você e Karin não eram melhores amigas, mas se davam muito bem. Como é que vocês duas ficariam? Eu a conhecia muito pouco, mas tenho certeza de que ela ficaria bastante decepcionada.
— Não fale da Karin. – Sasuke pede, em um rosnado. – Não se atreva a falar nela.
— Ora, isso ainda machuca você? – Provocou.
— Não, não me machuca. – Sakura o olhou, surpresa pela resposta, principalmente por perceber que ele dizia a verdade. – Só não quero que o nome dela saia por essa sua boca suja. – Rosnou – Deixe Karin fora disso.
— E apesar de não ser da sua conta... – Sakura se faz ouvir. – Eu e Sasuke somos só amigos. Agora sai. Ou eu juro..., vou chamar mesmo a polícia. – Umedecendo os lábios, irritado, e balançando a cabeça, Sasori respondeu.
— Eu vou. Mas ainda vai ouvir falar de mim, Sakura. Escute o que estou falando..., vou tirar Mayu de você. E eu não vou te deixar em paz até eu conseguir isso. – Ele se virou, abriu a porta e saiu. Sakura fechou os olhos e soltou um longo suspiro. Sasuke fechou a porta, antes de se virar para a rosada.
— Você está bem?
— Eu... Eu não sei. – Ela o olhou, preocupada. – Ele tem chances? Por favor, seja sincero.
— Sakura, ele não tem chance alguma de ter a guarda da Mayu. Não depois de tudo que ele te fez. Ele pode conseguir a guarda compartilhada, por isso nós vamos precisar de testemunhas... – Ela assentiu. – Você fala com nossos amigos? Vou pedir para que Minato deponha também, ele estava presente, não?
— E meu tio Hiashi também.
— Ótimo. Peça para ele testemunhar também. – Ela voltou a assentir. – Eu ia falar com você sobre isso ontem, mas tudo aquilo aconteceu...
— Eu só temo que ele realmente faça algo. Você viu, ele me ameaçou. Vai fazer da minha vida, um inferno.
— Ainda que saiba da ordem de restrição... Eu tenho que concordar com você, ele não vai te deixar em paz.
— Eu só queria saber porque ele quer a Mayu.
— Talvez seja só para te atingir.
— Me atingir? Mas eu não fiz nada a ele. Ele que me fez.
— Ele deve ter outra razão para querer a guarda da Mayu.
— Queria poder saber qual. – Suspirou.
— Olha, Sakura, acho que não deve ir para seu apartamento hoje. Vá para a casa de uma de suas amigas, pelo menos até amanhã.
— Por que?
— A ordem de restrição começa somente amanhã, infelizmente.
— Mas você mesmo acha que ele não vai me deixar em paz, mesmo com essa ordem.
— É verdade, mas amanhã você já vai estar protegida por lei. – E ela compreendeu no instante em que ele terminou a frase. – Sasori pode ir preso, caso não faça como o juiz ordenou. – Ela assentiu.
— Então eu vou para a casa da Ino. É mais perto de onde eu moro. – Foi a vez dele de assentir. – Obrigada pelo que fez agora.
— Não precisa agradecer. – Eles estavam perto demais um do outro. Sakura se sentiu desconfortável, apesar de gostar de sentir o cheiro dele. Ela voltou a si ao se lembrar do que tinha dito á ele na cozinha, e por isso deu dois passos para trás.
— Eu vou... Eu vou arrumar o Daisuke para você. – Sasuke piscou algumas vezes, ao ouvir a voz dela. Sua atenção antes estavam nos olhos verdes. – Vocês vão sair agora?
— Sim, eu já avisei ao Itachi. – Ela assentiu. – Preciso que vá com agente.
— O que? Por que? – Pergunta gesticulando, não entendendo aquele pedido.
— Só para o caso do Daisuke não poder entrar comigo. – Suspirando ela assentiu.
— Tudo bem. Então eu vou arrumar Daisuke e Mayu. – Sakura se afastou antes que Sasuke pudesse dizer qualquer outra coisa. Ela queria correr para longe dele o mais rápido que pudesse, para que não fizesse uma besteira. Ela balançou a cabeça ao chegar no topo da escada. Suspirou, fechando os olhos. Definitivamente estava se apaixonando pelo Uchiha, e isso era o que ela menos queria, porque sabia que poderia se machucar no processo, afinal, Sasuke ainda amava Uzumaki Karin.
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— Ela é linda Yumi. – Sasuke elogia, olhando a bebê branquinha com os tons de cabelos do pai. – Muito linda, e olha que isso é raridade, porque a maioria dos bebês tem cara de joelho. – Shisui e Itachi começam a rir.
— Obrigada, Sasuke. Você me deixou aliviada agora. – E eles voltam a rir. – Eu não estou surpresa por ouvir isso de você. – Sasuke sorriu.
— E o Daisuke?
— Ele está com Sakura e Mayu lá fora.
— Sakura? A mesma Sakura que você me contou, Shisui? A que Daisuke não para de falar? – Olhou para o marido.
— Ela mesma.
— Ah, eu quero conhecê-la. – Sorriu. – Shisui falou tanto sobre ela..., principalmente sobre vocês dois. – Sasuke olhou para o primo.
— Itachi não me esconde nada.
— Ah, é? Mas ele escondeu uma noiva. – Tocou na ferida.
— Passado. – Itachi e Shisui dizem juntos, fazendo as mulheres rirem.
— Vocês adoram se meter na vida alheia, né?
— Claro que não.
— Só na sua. – Itachi completou. – Mas isso é só porque queremos muito que você seja feliz. Com a rosadinha de preferência.
— Ainda não acredito que ela tem cabelos rosas. – Izumi sorriu ao ouvir a amiga.
— Ficou bem exótico, e a deixou mais linda ainda. Combinou com ela.
— O Sasuke concorda, não? – O irmão revirou os olhos. – Eles estão caminhando para um relacionamento, Yumi. – Ela riu.
— Isso é o que você quer, né?
— Não só ele. Até eu estou na torcida.
— Até você, Izumi? – Se jogou na cadeira ao lado da cama. – Eu já disse, eu e Sakura somos só amigos. – Sasuke já tinha falado aquela mesma frase um milhão de vezes, e mesmo assim ninguém acreditava. Ele pensava se deveria parar de repetir aquilo, afinal nem ele estava mais acreditando naquilo.
— Quantas vezes mais você vai falar essa frase? – Antes que Sasuke pudesse responder, Yumi o interrompe, curiosa.
— Vai dizer que não gostar dela?
— Você nunca teve a tentação de beijá-la? – Ouvir a frase do primo, fez com que Sasuke se lembrasse do beijo.
— Oh... – Izumi começa. – Você a beijou.
— O que? – Ele a olhou, surpreso por ela parecer ler seus pensamentos.
— Beijou. Você a beijou. – Sorriu. – Conheço essa cara. Você é irmão de Uchiha Itachi.
— Você beijou a rosadinha? – Shisui e Itachi perguntam juntos. Sasuke se levantou.
— Você quer conhecê-la, não é, Yumi?
— Você está fugindo do assunto. – Itachi diz.
— Não. Eu não estou. Só não quero falar sobre isso.
— Por que? – Shisui arqueou as sobrancelhas. – Não foi bom? – Esperou dois minutos antes de voltar a se pronunciar. – Ou foi bom demais, e não consegue parar de pensar nisso? – Sasuke bufou e revirou os olhos ao mesmo tempo, tentando não deixar que vissem que estava desconfortável.
— É a segunda opção. – As mulheres dizem juntas, sorrindo animadas.
— Isso é bom, Sasuke.
— Para mim, é confuso demais, isso sim. – Sussurra, não deixando ninguém ouvir, quando passa a mão no rosto.
— Acho que deveria se dar essa chance, irmãozinho.
— Você merece ser feliz, Sasuke.
— Não sei porque estão me falando isso. Eu não beijei ela. – Mentiu. – Não tomem conclusões precipitadas.
— Tem certeza? – Izumi não estava acreditando muito naquela história.
— E eu achando que meu irmão tinha criado juízo. – Balança a cabeça.
— Pelo jeito ele ainda não criou, irmão. – Sasuke revira os olhos. Yumi ao perceber o desconforto de Sasuke, achou melhor mudar de assunto.
— Pode trazê-la agora para eu conhecer? – Sasuke a olhou, agradecendo mentalmente.
— Vou buscá-la junto das crianças. Tsunade tinha pedido que as crianças se “higienizassem” antes de entrar no quarto. – Eles assentem, e Sasuke sai do quarto.
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— Sakura, essa é a Yumi, esposa do Shisui. Yumi, essa é a Sakura. – Sasuke apresentou as duas. Daisuke e Mayu estava ao lado de Shisui, que estava com a bebê no colo.
— É um prazer. – Yumi diz, sorrindo. – Eu ouvi falar muito de você.
— O prazer é meu. Sua filha é linda.
— Sasuke concorda. Ele disse que é uma raridade, já que a maioria dos bebês nascem com cara de joelho.
— Que horror, Sasuke. Isso é coisa que se diz para uma mãe que acabou de dar à luz? – Ele dá de ombros.
— Você é tão linda. – Sakura corou. – A cor do seu cabelo combinou muito com você.
— Foi o que eu disse. – Izumi se pronuncia.
— Obrigada. – Diz sorrindo. – Algumas pessoas acham estranho, mas eu gosto.
— Eu acho lindo. – Yumi concorda com a amiga.
— Eu queria te conhecer, porque eu já ouvi tanto de você... Principalmente do Daisuke. Aquele garoto achou uma nova pessoa favorita. Você deve empatar com o Sasuke. – Sakura sorriu, desviando os olhos para o garotinho.
— Ele é um amor. – Sasuke não tirava os olhos dela. Itachi sorriu ao perceber isso. – Sou completamente apaixonada por aquele garoto.
— E quem não é? – Izumi diz com um sorriso. – Ele é muito fofo.
— Sua filha também é linda. Impressionante como vocês se parecem. Minha filha só pegou de mim a cor dos olhos.
— O que é bem injusto, não é, Yumi?
— Com certeza, Izumi. Eu carrego por nove meses, e a quem minha filha se parece? Com o pai dela. – As mulheres riram.
— Sakura tirou a sorte grande.
— Agradeço á Deus todos os dias por isso.
— Ah, sim, Shisui me contou sobre o pai dela... – Olhou para a garotinha que sorria ao lado de seu marido. – Ele quem perdeu. – Sorriu para Sakura, que sorriu de volta. – Ela tem você, e é isso que importa.
— Quem sabe ela não tenha uma figura paterna no futuro? – Sasuke olhou para o irmão, balançando a cabeça, pedindo mentalmente que ele não tocasse naquele assunto.
— Eu não penso em me casar. – Itachi revira os olhos.
— Olha, vou te falar: Você e o Sasuke se merecem mesmo. – Sakura corou, e Sasuke passou a mão no rosto, querendo matar o irmão. Yumi e Izumi seguram uma risada. – Foram feitos um para o outro. Os dois com essa história de: Não penso em me casar. – Revirou os olhos mais uma vez, revoltado. – Tenha santa paciência.
— Meu amor, menos... – Pede, mesmo que ainda segurasse a risada.
— Yumi, quando você vai ter alta? – Sasuke muda de assunto, ouvindo em seguida um sussurro do irmão: Fujão.
— Hoje mesmo, Sasuke. Foi parto normal, então eles não têm porque me segurar aqui. – Sorriu ao olhar para a filha. – E Yuuki vai comigo. – Sasuke assentiu.
— Bom, nós já vamos. O tempo não está muito bom hoje, e eu quero chegar em casa antes da chuva. – Sasuke diz, chamando a atenção de Sakura.
— Verdade. O tempo está totalmente nublado.
— Eu espero mesmo que chova. – Itachi diz, pegando na mão da noiva. – Ah, antes, já que estamos todos aqui..., queremos avisar uma coisa... – Diz mais alto, chamando a atenção de Shisui. – Eu e Izumi marcamos a data do casamento.
— Para quando? – Yumi pergunta, animada.
— Mês que vem.
— Tão rápido.
— A Akanne vai nascer logo, então... – Itachi sorriu. – Incrível que nossas filhas vão ter apenas um mês de diferença.
— Verdade, eu não tinha pensado nisso. – Diz sorrindo.
— Elas vão ser tão ligadas quanto vocês dois. – Yumi diz, fazendo Izumi concordar.
— É, quase nasceram juntas. A Akanne nasce no fim do mês que vem, certo? – O irmão assente.
— E é por isso que eu e Itachi decidimos nos casar logo.
— Nós ficamos felizes por vocês, Itachi. – Shisui diz, do sofá.
— Sinceramente, já deveria ter acontecido.
— Não vou responder á isso novamente, irmãozinho.
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— Sasuke, pode me deixar em casa, por favor? – Ele a olhou rapidamente, para depois voltar os olhos para a estrada.
— Ah não, Sakura. Não vai não. – Sakura se virou para trás, olhando para Daisuke.
— Querido, eu preciso ir para casa. Seu pai está de folga hoje, por isso não vai precisar de mim.
— Mais eu priciso, ora. – Sasuke olhou para o filho pelo retrovisor.
— Daisuke... – Sasuke o chama. – Sakura tem suas coisas para resolver, filho. Você tem que entender. – Ele fez um bico.
— Você vai voltar a me ver amanhã.
— Eu sei, mais eu quiria assisti um filme com você, o papai e a Mayu. – Olhou para a garotinha ao seu lado, vendo-a dormir. – A Mayu também quiria.
— Nós podemos fazer isso amanhã. – Olhou para Sasuke, que assentiu. Apesar de querer ficar afastada de Sasuke depois do beijo, ela não poderia negar á um pedido de Daisuke.
— Tá bom. Mais tem que sê dois filme. – Mostrou os dedinhos enquanto dizia, e Sasuke e Sakura sorriram.
— Por mim tudo bem.
— Vou te deixar em casa, e aproveitar para passar nos meus pais.
— Papai, a gente pode passá na casa da vovó e do vovô antes?
— Por que, filho?
— Purque eu quero mostrá a Shasta pra Sakura e a Mayu. – Sasuke olhou para a Sakura quando o sinal fechou.
— Você que sabe.
— Bom, vocês vão demorar?
— Eu não sei. Minha mãe é complicada... – Ela sorriu ao mesmo tempo que Sasuke fazia o mesmo. – Fazemos assim, você deve ter coisas para fazer, não é?
— Tenho sim.
— Então amanhã, agente vai até a casa dos meus pais. – Sasuke voltou a pisar no acelerador.
— Amanhã? – Ele estava desgostoso.
— Sim, Suke. Se formos agora a gente vai ter que ficar pouco tempo na vovó e no vovô.
— Tudo bem... – Diz, fazendo um biquinho em seguida.
— Então está combinado.
— Mais agente ainda vai assisti os filme, né? – Sakura sorriu.
— Claro, querido. Prometo. – Ele sorriu, mais aliviado.
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Sasuke dirigia com Sakura ao seu lado, e Daisuke e Mayu atrás, nas cadeirinhas. Ele tinha pegado uma “folga” do trabalho para poder passar o dia com o filho. E como prometido, eles estavam indo para a mansão Uchiha. Tinha avisado a mãe na tarde anterior, e ela os convidou para almoçar. Ela estava animada com ida de Sakura, e por isso convidou Shisui, Yumi, Itachi, Izumi, e seus tios para poderem conhecer Sakura. Sasuke só esperava que sua mãe não assustasse a rosada. Sasuke parou no sinal, e olhou para Sakura. Era melhor avisar á ela.
— Então, tem uma coisa que eu não falei. – Ela o olhou.
— E o que seria?
— Bom, eu falei com minha mãe sobre a sua ida para lá...
— Humm... Eu já imaginava isso. – Ela o interrompeu sem perceber.
— Sakura, ela se empolgou um pouquinho... – A rosada arqueou as sobrancelhas. – E chamou o resto da família.
— O que? – Praticamente gritou. Olhou para trás, mas como as crianças estavam jogando no celular nem perceberam sua voz alterada. – Está brincando?
— Não. Foi mal, eu tentei convencê-la do contrário, mas... Eu já disse, ela é complicada. – Voltou a pisar no acelerador quando o sinal abriu.
— Sua mãe quer me matar de vergonha? – Sasuke riu. – Isso não tem graça. – Diz de vagar, desesperada, balançando a cabeça.
— Desculpa. Mas não se preocupe, seremos apenas dois tios, Shisui, Yumi, Itachi e Izumi. Além dos meus pais, é claro.
— Não entendo para quê tudo isso.
— Minha mãe te adorou, e ela falou sobre você para os meus tios, por isso quer que eles conheçam você.
— Não sei se eu fico feliz com isso. – Sasuke riu. – Eu não gosto de ser o centro das atenções.
— Vai ficar tudo bem.
— Por que eu não acredito em você?
— Eu vou falar com Itachi para ele controlar as indiretas.
— Ele também? – Olha para o moreno incrédula.
— De onde você acha que as indiretas do Naruto começaram? – Sakura olhou para frente, suspirando alto, enquanto se encolhia no banco, pedindo que demorasse para chegarem na mansão Uchiha.
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— Que bom que chegaram. – Mikoto tinha um enorme sorriso no rosto. – Que bom que veio, querida. – A abraçou. – Fique a vontade. – Os deixou passar, mas abraçou o neto antes que ele passasse.
— Vovó, tá me apetando. – Reclama.
— Desculpe, amor, mas eu estou com saudades.
— Eu não tenho tido muito tempo, mãe. Me desculpe.
— Ah, eu entendo, amor. – Sorriu para a garotinha, que estava envergonhada.
— Diz oi, Mayu.
— Oi. – Mikoto estava encantada pela menina. Tinha percebido que a menina estava tímida, e a viu grudar mão na camisa de Daisuke.
— Você é muito fofa. – Sasuke e Sakura sorriram ao vê-la ficar mais envergonhada do que já estava. – É tão incrível a semelhança.
— Eu digo o mesmo de vocês. – Mikoto se virou para Sakura sorrindo.
— Cadê o vovô?
— Ele está no jardim com seu tio Itachi, Shisui, Izumi e Yumi.
— Chegaram todos?
— Não, filho. Seus tios devem estar chegando. – Se levantou.
— Por que não leva Mayu para conhecer a Shasta, filho? – Ele assentiu e puxou a menina.
— Quando Sasuke disse que você viria, eu fiquei muito feliz.
— É. Eu disse para ela que a senhora chamou quase a família inteira. Precisava disso?
— Eu quero que eles conheçam ela. Já tinha comentado sobre você e Mayu com eles, e eles ficaram curiosos.
— Eu imagino o que a senhora tenha falado. – Sussurrou, mas Sakura ouviu. – Então, vamos cumprimentar os outros? – Sakura assentiu, e seguiu Sasuke e Mikoto para o jardim.
— Sakura. – Izumi foi a primeira a vê-la assim que ela apareceu na porta que dava para o jardim. Ela se aproximou e a abraçou. – Quase não acreditei quando Itachi disse que você viria.
— Daisuke me fez um pedido, e eu não pude recusar. – A futura Uchiha sorriu, compreendendo. Yumi se aproximou junto de Shisui, Itachi e Fugaku.
— Isso não é uma surpresa. – Itachi diz, ao ouvir a resposta da rosada. Yumi a abraçou.
— Seja bem-vinda. – Ela sorriu para o Uchiha mais velho.
— E sua filha?
— Dormindo. – Balançou a babá eletrônica que estava na mão direita. – Mikoto montou o berço que era do Itachi, para ela.
— Eu guardo tudo. Tenho do Sasuke e do Daisuke também.
— Para quê, eu ainda não sei. – Sasuke concordou com o irmão.
— Para casos como esse. – Retrucou. – Yuuki não teria onde dormir, se não fosse pelo seu berço, Itachi.
— Mas é só encher a cama de travesseiros, e pronto. – As mulheres olharam para Itachi, indignadas. – O que? Eu fazia isso com o Daisuke.
— Não acredito, Itachi. – Yumi balançou a cabeça enquanto ouvia o comentário de Izumi.
— Tenho dó da sua filha. – Sakura riu.
— Ele está inteiro, gente. – Deu de ombros.
— Por mais que eu ache perigoso também, eu já fiz isso com a Mayu. Eu tive que viajar com ela, não tinha berço, então ela teve que dormir comigo, na cama.
— Viu? A rosadinha já fez isso também.
— Ela não tinha opção, Itachi. – Sasuke revirou os olhos, e Itachi sorriu, fazendo com que o irmão se repreendesse por ter aberto a boca. Se aliviou quando Daisuke se aproximou com Mayu.
— Sakura, vem, eu quero te mostrá a Shasta. – Ele não esperou pela resposta, apenas a puxou junto de Mayu para onde a cadela estava.
— Eu acho tão fofo o carinho que Daisuke tem por Sakura. – Sasuke não desviou os olhos dos três. – É incrível, porque faz pouco mais de um mês, e ele já quer ela por perto o tempo todo.
— O Sasuke contou pra senhora que ele chorou porquê não queria que ela fosse pra casa? – Fugaku e Mikoto olham para o filho surpresos. Shisui e Yumi já estavam sabendo, já que Itachi tinha contado para eles.
— Pois é. – Diz depois de um suspiro. – Isso aconteceu, e não foi nada fácil fazê-lo dormir naquela noite.
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— Ela é linda, né, mamãe? – A pequena pergunta, quando se abaixam, para tocar no pelo da cachorrinha.
— É, sim. Quem te deu, Suke?
— O tio Gaara. Ele me deu de presente de anivesário.
— Esse foi um presente muito legal. Eu também tinha um cachorrinho quando era mais nova.
— Mesmo?
— Sim. Era um Golden Retriever. Já ouviu falar?
— É aqueles doradinhus, né? – Sakura sorriu.
— Isso mesmo.
— E qual era o nome dele?
— Klaus. Mas o meu não era douradinho, querido, o meu tinha cor de chocolate.
— Eu quiria um, mamãe.
— A gente mora em um apartamento, filha. Quem sabe quando nos mudarmos? – Ela assentiu.
— Vocês vai mudar, Sakura? – Os olhos preocupados de Daisuke lhe emocionou. Com certeza tinha medo de que ela se mudasse, e deixasse de cuidar dele.
— Não, Suke. Pelo menos por enquanto vou continuar morando perto da sua casa. – Ele se aliviou, e voltou a olhar para Shasta.
— Sabia que foi o tio Shika que me ajudô a escolhê o nome? – Sakura o olhou. – Ele disse que o papai tinha um cachorrinho com o mesmo nome.
— O que sinifica esse nome, Suke?
— Força.
— Oh, você sabe. – Sakura diz, com um sorriso no rosto, apesar da surpresa.
— Tio Shika que me disse. – Sakura imaginava que aquele cachorrinho tenha sido muito importante para Daisuke enquanto o pai estava na cadeia. Talvez tenha sido essa a ideia de Gaara. Deixá-lo menos sozinho. – Papai. – Sakura virou a cabeça.
— Seus tios chegaram. Vamos? – Ajudou Sakura a ficar de pé. Ela umedeceu os lábios, nervosa com a aproximidade.
— A gente tem que i agora? – Mayu quem perguntou, passando a mão no pelo macio de Shasta.
— Só mais um poquinho, papai.
— Vocês podem ficar mais um pouco com ela depois do almoço.
— Tá bom. – Se levanta ao mesmo tempo em que Mayu fazia o mesmo.
— Antes de entrarmos, é melhor lavarmos as mãos.
— Tem uma torneira por aqui. – Sasuke os guiou até onde estava uma pia de granito, perto da casinha do cachorro.
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— Ah, então você deve ser a Sakura. – Sakura olhou para a mulher de curtos cabelos castanhos, que sorria. – Eu sou Rin.
— E eu sou Obito, marido dela.
— É um prazer. – Daisuke puxa Mayu para a sala de TV. Ele não gostava de ficar com os adultos, a menos que esses fossem seu pai, seu tio e Sakura.
— Mikoto falou muito bem de você. Disse que Daisuke te adora. – Sakura sorriu.
— Ele quem teve a ideia de trazê-la aqui, Obito.
— Meu tio e meu pai são irmãos. – Sasuke explicou para Sakura.
— Realmente, a sua família tem um DNA forte. – Todos sorriram.
— Posso dizer o mesmo da sua família. Todos tem cabelos rosas?
— Não. Só eu e minha filha. Meu pai era loiro e minha mãe era ruiva.
— Combinação perfeita para o tom dos seus cabelos. – E Sakura não pôde discordar.
— É a Yuuki. – Yumi diz, quando ouve o choro pela babá eletrônica. – Eu vou vê-la.
— Já conheceu minha neta, Sakura?
— Ela foi vê-la no hospital comigo e Daisuke.
— Oh... – Olhou para a amiga, antes de se voltar para o sobrinho. – Então, vocês dois...
— Não. – Dizem juntos, e Itachi sorri, adorando que tinham tocado naquele assunto. – Somos só amigos.
— Por enquanto.
— Itachi. – O irmão o repreende.
— E eu pensando que você tinha criado juízo, sobrinho. – Itachi começou a rir junto de Shisui, Sakura corou, e Sasuke balançou a cabeça.
— Ele disse que não pensa em se relacionar com alguém, tio.
— Itachi, para de provocar seu irmão.
— Mas eu não estou provocando, pai. – Sua noiva sorriu, ela conhecia bem o marido. Sabia que ele estava querendo dar um empurrãozinho.
— Claro que não, tio. Itachi é um santo. – E os primos começam a rir.
— Vocês dois são um pé no saco quando estão juntos. – Sakura pedia que alguém entrasse logo para dizer que o almoço estava pronto. Ela só queria um buraco para se esconder.
— E você ainda não se acostumou, Sasuke? – Yumi descia as escadas, quando sua voz foi ouvida. – Eles são assim. – Deu de ombros.
— Estamos apenas querendo que Sasuke crie juízo, assim como meu pai disse, meu amor.
— É. Isso por acaso é crime? – Sasuke revirou os olhos. Deveria saber que Itachi e Shisui o provocaria. – Achamos que Sakura e Sasuke dariam um belo casal. – Sakura fingiu não ouvir, desviando os olhos, e Sasuke passou uma das mãos no rosto. – Não concorda, tia Rin?
— Deixem de provocar Sasuke e Sakura. – Izumi diz, fazendo Sakura agradecê-la mentalmente. – É o primeiro dia dela aqui, e vocês estão matando-a de vergonha.
— Desculpe, querida. Meu filho e Itachi parecem crianças quando estão juntos. – Obito explica. – E são piores quando estão provocando Sasuke. – Sakura apenas assentiu, não sabendo se conseguiria abrir a boca, e falar alguma coisa. O som da campainha chama a atenção de todos.
— Está esperando mais alguém, pai? – Sasuke pergunta.
— Não. – Ele vai até a porta, e se surpreende com quem vê. – Não acredito. – Sorriu. – Quem é vivo sempre aparece, não é?
— Oi, irmão. – Diz sorrindo, antes de abraçá-lo.
— Olá, Haruka. – Ela abraçou o cunhado. – Não esperava ver vocês tão cedo.
— Pois é, quisemos fazer uma surpresa.
— Estão todos na sala. Obito vai ficar surpreso ao vê-lo.
— Tio Izuna? – Sasuke, Itachi e Shisui perguntam quando veem o tio entrar na sala.
— Garotos, vocês realmente cresceram. Não são mais aquelas crianças que tocavam a campainha dos vizinhos e saiam correndo. – Itachi e Shisui riram, antes de abraçar o tio.
— Eu não fazia isso. – Sasuke se pronuncia, se aproximando.
— Não, fazia coisa pior. Você era uma peste, Sasuke.
— Como vai, Haruka? – Mikoto é a primeira a cumprimentá-la.
— Vou bem. Vocês devem estar aliviados por Sasuke estar em casa.
— Ah, estamos sim. Mas ele se mudou. Está morando sozinho com o Daisuke.
— Fez bem, sobrinho. Você precisa do seu próprio espaço. – Diz, enquanto colocava a mão direito no ombro do irmão do meio.
— Ele diz isso, porque seu tio foi morar sozinho assim que completou 18 anos, Sasuke. – Fugaku diz.
— Quase matou nossos pais do coração.
— E vocês? Por onde andaram durante esses... Quanto tempo faz mesmo?
— Dez meses. – Haruka quem responde. – Nós conhecemos muitos lugares.
— E agora vocês voltaram para ficar? – Obito pergunta.
— Sim. Voltamos para ficar. – Izuna olhou para a mulher de cabelos rosas, e ficou intrigado sobre ela, assim como a de cabelos castanhos, ao lado dela. – Vocês eu não conheço.
— Ah, sim. Tio essa é a Izumi, minha noiva.
— Você está noivo? – Sorriu. – É um prazer Izumi.
— O prazer é meu.
— Eu fiquei tanto tempo assim, longe? – Pergunta olhando para a barriga média da “sobrinha”. Fugaku sorriu.
— Ela já está com oito meses.
— Uau...
— Nem parece. Está com a barriga tão pequena. – Haruka comenta.
— Itachi escondeu ela da gente por anos, Izuna.
— E por que?
— Longa história. Basicamente, preferi priorizar o Daisuke. – E os tios compreenderam.
— Meu Deus, seu cabelo é rosa. – Os outros riram ao ouvir Haruka. – Não acredito que conheço alguém que tem o cabelo rosa.
— E ela não pinta, tia. – Shisui diz.
— Essa é a Sakura.
— Sua namorada? – Sakura corou.
— Não, tio. Ela é só uma amiga.
— Essa resposta está ficando velha. – Arrastou a última palavra.
— Cala a boca, Itachi.
— Então vocês não têm nada um com o outro? – Por que insistiam naquilo? Era o que Sakura e Sasuke se perguntavam.
— Eles insistem em dizer que não, mas eu não concordo. – O tio riu.
— Não ouça o Itachi, tio.
— Vocês dois ainda se provocam?
— Ele me provoca. Ele e o Shisui. – Revirou os olhos. – Por falar no Shisui, a filha dele e da Yumi nasceu.
— Eu fiquei sabendo. Recebi o aviso pelo e-mail. Eu fico muito feliz por vocês.
— Nós ficamos. – Haruka diz sorrindo.
— Vocês ficam para almoçar?
— Claro, irmão. – Olhou para o sobrinho e a mulher de cabelos rosas, ele estava intrigado com aqueles dois. Sakura percebeu os olhares, mas preferiu continuar olhando para Izumi, que lhe falava alguma coisa, que ela não conseguia prestar atenção.
— Cadê o Daisuke?
— Ele está na sala, com a Mayu.
— E quem é Mayu?
— É a filha da Sakura, tia. – Sasuke responde.
— Se a senhora ficou impressionada com a cor dos cabelos de Sakura, vai se impressionar ainda mais ao ver os da Mayu.
— Papai, eu tô com fome. – Ele para no corredor. Izuna e Haruka tinha os olhos pousados na garotinha ao lado dele.
— Não tem como dizer que ela não é sua filha, né? – Sakura sorriu para Haruka. – Ela é idêntica a você.
— É ouço muito isso.
— Daisuke, se lembra do tio Izuna? – Ele assentiu.
— Garoto, você cresceu, hein? E só fazem dez meses. – Daisuke sorriu.
— Voltô de viagem hoje, tio?
— Sim, nós acabamos de chegar. – Mayu grudou uma das mãos na camisa de Daisuke, envergonhada por ser o centro das atenções. O pequeno olhou para a amiga, antes de apresentá-la.
— Essa é a Mayu, ela é filha da Sakura.
— Nós já estamos sabendo, querido. – Sorriu ao ver a timidez da garotinha.
— Ele está a cada dia mais parecido com você, Sasuke. É como se eu tivesse voltado no tempo. – Sasuke sorriu.
— Então, vamos almoçar? – Mikoto pergunta quando viu sua empregada lhe dar um sinal.
— Graças a Deus. – Sakura sussurra. Sasuke, que estava ao lado dela, a ouve, e concorda com ela mentalmente.
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— Olha, se o Itachi não fosse seu irmão e noivo da Izumi, eu teria enforcado ele. – Diz quando entram em casa. O Uchiha tinha feito indiretas todo o almoço, e pior, com a ajuda de Shisui.
— Não se preocupe. Eu tenho o mesmo sentimento.
— Ele não tem desconfiômetro? – Pergunta, franzindo o cenho.
— Itachi e desconfiômetro na mesma frase, Sakura, não existe. – Ela quase riu de como ele disse. – E eu tinha pedido para ele não fazer aquilo.
— Eu devia saber que ele não te ouviria. Mal o conheço, e mesmo assim, sabia que ele faria aquilo, mesmo com você pedindo o contrário. – O olhou. – Dá pra entender?
— Ah, dá sim. Vamos dar graças a Deus por Naruto não ter estado lá.
— Amém. – Ele sorriu de lado. – Quase morri de vergonha.
— Eu vi. – Ela desviou os olhos. – Meus pais gostam de você. – Ela voltou a olhá-lo. – E parece que meus tios sentem o mesmo.
— Izuna é o mais novo? – Quis mudar de assunto.
— É sim. Por que?
— Nada. Só que ele é o que menos parece com seu pai e seu tio.
— Ele pegou alguns traços da minha avó. Todos dizem que ele foi o único da família que pegou os traços da minha avó.
— Você não concorda?
— Eu não sei. Não a conheci. Quando ela morreu, eu estava na barriga da minha mãe.
— Então só o Itachi a conheceu.
— E o Shisui. – Diz ele, balançando a cabeça. – Você falar sobre isso, me fez lembrar de uma coisa que eu prometi fazer.
— E o que seria?
— Procurar saber sobre a irmã do Shisui.
— Ele tem uma irmã? – Pergunta, surpresa.
— Tem sim, mas foi sequestrada quando era bebê. – Sakura ficou horrorizada.
— Papai, Sakura... O filme. – O garotinho grita, da sala.
— O Suke já colocô. – A voz de Mayu veio em seguida.
— Já estamos indo. – Sasuke diz alto o bastante para as crianças ouviram. – Te conto sobre isso outro dia.
— Não precisa se não quiser.
— Na verdade... Eu estava pensando se não podia me ajudar.
— Como?
— Você é uma Hyuuga. – Não era uma pergunta, mas mesma assim Sakura respondeu.
— Sim? Tenho o sangue dos Hyuuga, por causa da minha mãe.
— Os Hyuuga eram os bem-feitores de um orfanato chamado “Lar das Joaninhas”
— Sim, minha mãe me levava naquele lugar quando eu era criança, para eu doar minhas bonecas, livros usados, entre outras coisas...
— Preciso que consiga uma coisa para mim.
— É só dizer o que é. – Diz sorrindo.
— Amanhã eu não vou trabalhar, e nós vamos até lá. Conto todo o meu plano no caminho.
— Mas e o Daisuke e a Mayu?
— Tenho certeza de que minha mãe vai amar ficar com eles.
— Tudo bem, então.
— Papai. – Gritou.
— Já estamos indo, Daisuke.
— É melhor irmos. – Sakura diz sorrindo.
— Vocês demora demais. – Mayu diz quando Sasuke e Sakura chegam á sala.
— É. A gente qué assisti o filme.
— Qual é o filme? – Sasuke se senta ao lado do filho, enquanto Sakura fazia o mesmo, do lado da filha, deixando as crianças no meio.
— “A Origem dos Guardiões”.