Seize The Day

  • Gabbysaky
  • Capitulos 28
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 17 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Em família

    Hentai, Linguagem Imprópria, Sexo

    Boa Leitura

    Sasuke terminava de se vestir quando o filho entrou no quarto um pouco emburrado. O menino se jogou na cama do pai, sentando-se, esperando pelo mesmo. Seu pai já tinha lhe ajudado a se vestir. Estava com uma bermuda bege, uma camisa branca de mangas curtas, com um desenho de um leão, e calçava um tênis "MD runner", preto da nike. Sasuke estava com uma bermuda marrom, uma camisa branca de mangas até os cotovelos, com um desenho de uma cruz preta, dentro dela, um leão, e calçava um tênis preto e branco da nike "shox NZ SE". 

    — Eu nem me dispidi da Sakura. – Sasuke se virou para o filho, quando terminou de se calçar. Daisuke estava reclamando disso desde que acordou.  

    — Você estava dormindo, filho. – Repetiu mais uma vez naquele dia. 

    — Mesmo assim, papai.  

    — Você se desculpa na segunda. – O menino cruzou os braços.  

    — A gente nem vai vê ela hoje, né? 

    — Não. Eu não disse que ela não viria no final de semana? – Ele assentiu. Sasuke ainda não estava acostumado com o "apego" que Daisuke já tem com Sakura. Não que isso o incomodasse, mas sabia que o filho sofreria quando ela fosse embora.  

    — A gente não pode ligá pra ela? – Sasuke se virou para o filho. – Por favor? 

    — Daisuke...  

    — Pur favor, papai. – O menino o interrompeu.  

    — Ela está de folga, filho. Não pode esperar até segunda? 

    — Vai demorá muito. – Sasuke suspirou, sabia que o filho não desistiria, e por isso pegou o celular em cima da cômoda e o entregou. Viu o filho sorrir.  

    — Vamos fazendo isso no caminho para a casa dos seus avós. – O desceu da cama, já que o filho estava concentrado no celular. Sasuke abriu a porta de "casa", a trancou e empurrando o filho pelas costas, de vagar, caminhou até o elevador. 

    — Ela não atendi. – Fez um bico.  

    — Ela deve estar ocupada.  

    — Agorinha eu ligo de novo. – Sasuke preferiu não responder, não adiantaria pedir que ele esperasse até o dia seguinte.  

    **--** **--** 

    Sakura andava de um lado para o outro, desesperada. Tsunade estava com sua filha á quase uma hora, e ninguém tinha ido dar notícias. Ela se perguntava se sua bebê estava bem. Sakura tremia enquanto andava de um lado para o outro, naquela sala de espera. A imagem de sua filha, vomitando desesperadamente, bastante quente; por conta da febre, extremamente pálida, além das manchas avermelhadas pelo corpo, não saía de sua cabeça. Ela tinha acabado de terminar o café da manhã quando ouviu um barulho no quarto de sua filha, quando ela entrou, encontrou sua filha no chão do quarto, vomitando, manchas no corpo, febre alta e com os olhos vermelhos; por conta do choro. Ela ficou desesperada e se aproximou, tentando acalmar a sua filha. A menina chorava ao mesmo tempo que vomitava. Sakura só conseguiu tirar a filha de casa, quando a menina estava vomitando menos. Tsunade entrou com Mayu para a UTI assim que chegou, desesperada.  

    — Tsunade. – Ela diz, quando a vê se aproximar.  

    — Calma, Sakura. Ela está bem. – Sakura suspirou, aliviada.  

    — Eu... Tive tanto medo quando vi...  

    — Você sabia que isso aconteceria em algum momento, Sakura.  

    — Não é justo. – Tsunade a pegou pela mãe e a fez se sentar.  

    — Eu sei que está com medo, mas ainda tem chances, Sakura. Não desista. 

    — Nunca. Eu acredito que Deus não vai deixar minha filha morrer.  

    — Eu quero que ela fique aqui por hoje. 

    — Você vai liberá-la amanhã? 

    — Vou. Mas é melhor avisar seu "patrão" que você pode se atrasar.  

    — Tudo bem. Eu vou avisar ele mais tarde. Posso ver minha filha agora? 

    — Claro. Ela está dormindo, e deve continuar assim por mais algumas horas. – Avisou enquanto acompanhava Sakura té o quarto de Mayumi. 

    **--** **--**  

    — Até que enfim, Sasuke. – Itachi diz quando abriu a porta e viu o irmão.  

    — Eu cheguei antes do meio dia. – Retrucou.  

    — E aí, carinha, não vai me cumprimentar? 

    — Oi, tio Itachi. – O tio arqueou as sobrancelhas, estranhando a atitude do sobrinho. 

    — Sasuke, querido, que bom que chegou. – Mikoto interrompeu a resposta do filho mais novo. – Como você está?  

    — Estou bem, mãe. – A abraçou de volta. – E a senhora? 

    — Estou melhor agora, que vocês chegaram. – Sorriu. 

    — Oi, vovó. – Ela beijou a bochecha do neto.  

    — Está tudo bem, querido? – Perguntou, ao perceber que o neto estava muito quieto. Ele assentiu. – Então por que está emburrado? 

    — Ele está assim porque não conseguiu falar com a Sakura.  

    — Ela não atendi, vovó. 

    — Ela deve estar ocupada. Você não pode esperar até amanhã? 

    — Não. – Mikoto e Itachii arquearam as sobrancelhas. Ele estava muito sério, e era raro vê-lo daquele jeito. – Eu nem me dispidi dela ontem. – Sasuke sentiu os olhares da mãe e do irmão, mas fingiu não ver.  

    — Oi, filho. – Fugaku apareceu.  

    — Oi, pai. O senhor está melhor? – Perguntou ao se lembrar que seu irmão havia ligado no dia anterior para dizer que seu pai tinha passado mal no dia anterior. 

    — Estou ótimo. 

    — Ele só precisa relaxar. Fica preocupado mesmo depois que você ocupou o lugar dele. 

    — Eu não me preocupo com a empresa, sei que Sasuke vai cuidar de tudo muito bem. Eu só não consigo ficar sem fazer nada. – Sasuke e Itachi se olharam. 

    — Vai ter que se acostumar, querido.  

    — O que aconteceu, Daisuke? – O menino olhou para o avô.  

    — Como assim, vovô? – Fugaku olhou para o filho mais novo. 

    — Ele está assim por causa da Sakura. Ele quer falar com ela, mas ainda não conseguiu. 

    — Você fala com ela amanhã, Daisuke. Qual é a pressa? – O menino fez um bico e cruzou os braços.  

    — Por que não vai assistir TV, querido? – Mesmo que ainda não estivesse conformado, ele foi. – Está nesse nível? 

    — Pois é.  

    — Mas faz uma semana que eles se conhecem. 

    — Ela conquistou ele. Ela até mesmo foi trabalhar ontem, mesmo que eu não precisasse, porque ele pediu. – Fugaku e Mikoto ficaram surpresos.  

    — E ela jantou com a gente. – Sasuke fuzilou o irmão, que fingiu não ver.  

    — Jantou? 

    — Daisuke convidou.  

    — E foi ela quem preparou o jantar. – Itachi completou. 

    — Estou curiosa. A primeira babá do Daisuke, ele odiou. E essa, em uma semana, ele já a adora. Fico me perguntando como isso é possível. 

    — Sakura faz tudo que ele pede. Quinta eu não fui almoçar em casa, tive uma reunião importante... Quando cheguei em casa, o banheiro do Daisuke estava cheio de espuma. E os dois e Mayu estavam no meio dela. – Itachi riu. – Quase tive um troço.  

    — Ah, agora eu entendi porque Daisuke adora ela.  

    — Você não brigou, certo? 

    — Não tive nem coragem de fazer isso, mãe. Daisuke estava se divertindo. – Mikoto e Fugaku sorriram.  

    — E é isso que importa. Certo? – Sasuke concordou com o irmão. – Então... Eu disse que tinha algo para falar... – Seus pais o olharam, curiosos. 

    — Diga, querido. Eu estou curiosa. 

    — Bom... É melhor nós sentarmos.  

    — É algo ruim, Itachi? 

    — Não. Claro que não. – Suspirou. – Vamos para a sala de estar.  

    — Então, agora diga o que têm para falar. – Fugaku se pronuncia depois de todos se sentarem. 

    — Bom... Já era para eu ter dito á um tempo, mas... – Olhou para Sasuke. – O Daisuke precisava de mim, e eu... achei que poderia esperar mais um pouco para anunciar.  

    — Itachi, diz logo. – Sasuke diz. – Que enrolação. 

    — Idiota. – Bufou. – Então... Eu estou noivo. – Mikoto e Fugaku olharam para um para o outro, desviaram os olhos para o filho mais novo e depois voltaram os olhos para o filho mais velho. 

    — Como é? – Perguntam juntos. Sasuke segura uma risada.  

    — Eu estou noivo. – Repetiu. 

    — Não acredito que estou ouvindo isso, Itachi. Desde quando? 

    — Já tem um ano. 

    — Um ano? – Fugaku pergunta, surpreso. – Tem um ano que está noivo?  

    — Eu estou namorando ela desde o primeiro aniversário do Daisuke.  

    — Itachi. – A mãe o repreendeu.  

    — Eu não queria que nosso foco fosse outro. O Daisuke precisava de mim. Precisava de nós... 

    — E ele estava com medo da senhora também. – Sasuke segura outra risada ao perceber que seu irmão o fuzilava. Fugaku tem a mesma reação do mais novo. 

    — Medo de mim? 

    — Da sua reação. A senhora quase matou o Sasuke de vergonha quando ele trouxe a Karin aqui.  

    — Eu não acredito no que estou ouvindo. Eu tenho uma nora. Eu tinha o direito de conhecê-la. 

    — E isso não é tudo, mamãe.  

    — Sasuke, eu pedi para você me ajudar. – Rosnou. 

    — Eu estou ajudando.  

    — O que mais tem escondido de nós? – Cruzou os braços. – Só falta você me dizer que tem um filho por aí. – Sasuke riu, fazendo Mikoto olhar para ele e depois voltar os olhos para o filho. – Itachi, eu não acredito... – Diz, incrédula. 

    — Não. Eu não tenho filho... 

    — Ainda. – Sasuke completou.  

    — Como assim?  

    — Minha noiva está grávida. – Fugaku e Mikoto mais uma vez estavam surpresos. – Sete meses. 

    — Sete meses? – Mikoto se levantou. – Sete, Itachi? – Ela bateu no braço do filho, e o mais novo riu.  

    — Você gosta de um mal feito, não é? 

    — Eu já esperava essa reação da mamãe, pai. – Fugaku balançou a cabeça, concordando com o filho mais novo. 

    — Eu vou ser avó dentro de dois meses, e agora que você vem me falar? – Praticamente gritou. 

    — Mikoto. – Fugaku puxou a esposa para longe do filho que passou a mão onde a mãe bateu, três vezes. – Deixe que ele termine de falar.  

    — Eu ia contar antes. Mas aí... Sasuke teve aquele problema na cadeia, Daisuke ficou... Todo desesperado... – Olhou para o irmão. – Eu falei com ela, e combinamos de falar para vocês quando ele saísse. Estamos noivos á um ano, porque eu queria Sasuke no meu casamento.  

    — Mas não precisava esconder isso, filho.  

    — Eu sei. Eu deveria ter dito desde o começo, mas... Fiz o que eu achei que era o melhor.  

    — Nós entendemos. – Fugaku diz, fazendo com que todos olhassem para ele. – Você era o que mais passava tempo com Daisuke. Ele era grudado em você, assim como Sasuke quando pequeno. 

    — Seu pai está certo. – Diz depois de um longo suspiro. – Mas mesmo assim... Você podia ter contado tudo isso depois que ela ficou grávida, não? 

    — É. Eu deveria. Foi mal. 

    — Ah, já passou. – Fugaku diz. Apesar de achar que o filho errou em não confiar neles, ele não iria crucificá-lo. Itachi era adulto e sabia o que estava fazendo. 

    — E quando eu vou conhecer minha nora? – Itachi sorriu. 

    — Hoje. – E mais uma vez sua mãe e seu pai estavam surpresos. – Quando eu disse que traria alguém hoje aqui, para almoçar com a gente... 

    — É ela? – Ele assentiu. – E qual o nome dela? 

    — Izumi. 

    — Os pais dela sabem sobre isso, Itachi? 

    — Ela é órfã, pai.  

    — Entendo.  

    — Então ela não tem ninguém? – Ele negou. – Não deve ter sido fácil para ela. 

    — Ela não gosta muito de falar sobre isso, então... 

    — Claro. Não vamos comentar.  

    — Quando vai buscá-la? 

    — Ela deve estar chegando. 

    — Itachi. – Ela bateu no braço do filho novamente. 

    — Ai. O que foi que eu fiz dessa vez? – Sasuke riu. 

    — Você não vai buscá-la?  

    — A teimosia em pessoa não quis. – Bufou. – Eu disse que iria, pergunta para o Sasuke. 

    — É verdade. Ela não quis que ele fosse.  

    — Pelo jeito, ela tem personalidade. 

    — Não faz ideia, pai. Por isso ela e Sakura se deram tão bem ontem. 

    — Nisso eu tenho que concordar.  

    — E como vai a filhinha dela, filho?  

    — Ela está bem.  

    — Shisui vai ver os exames dela. – Seus pais o olharam. – Sasuke me pediu, e eu falei com o Shisui mais cedo. 

    — Isso é ótimo, ele vai poder ajudar aquela garotinha.  

    — Mayu precisa de um milagre. – Sasuke diz.  

    — E você não acredita nisso?  

    — Não mais. – Fugaku, Itachi e Mikoto o olham com pesar. – Mas, talvez Shisui e Itachi saibam de alguma... outra opção que a ajude.  

    — Acredita que o pai da menina é um maldito desgraçado? – Itachi diz. Estava indignado desde que soube da história. Como um "pai" pôde abandonar a filha e não se importar com a doença dela? Ele ainda não tinha tirado aquela história da cabeça. Mesmo depois de tudo que aconteceu entre Sasuke e Karin, ele não abandonou o filho. Itachi não conseguia entender como podia ter pessoas tão egoísta nesse mundo. – Ele traiu a Sakura e abandonou ela e a criança.  

    — Coitada. Fico com pena dela.  

    — O desgraçado foi atrás dela exigindo direitos.  

    — Que direitos? – Fugaku arqueou as sobrancelhas.  

    — Ele acha que os têm. Mas Sasuke vai ser o advogado da Sakura.  

    — Ela precisa de um, e eu posso ajudar, então... – Os pais assentiram. – Eu estou me segurando para não socar aquele maldito. – Os outros se olharam. – Ontem ele foi atrás dela no mercado. A ameaçou na minha frente e das crianças. Além de que falou da Karin... E vocês sabem que minha paciência tem limite. 

    — Não vá fazer nada que possa prejudicá-lo, Sasuke. – A campainha é ouvida.  

    — Eu atendo. – Itachi se levantou. 

    — Sasuke, querido, você acha que ele pode prejudicar você e a Sakura? 

    — Eu e ele nunca nos demos bem.  

    — Vocês estudavam juntos? 

    — E ele também era da minha equipe de basquete. O maldito a traiu com metade das garotas daquela escola.  

    — Que horror. 

    — Nunca falei nada porque não era da minha conta, mas depois do que Sakura me contou, penso que eu deveria ter dito. 

    — Como você disse, filho: não era da sua conta.  

    — Mesmo que não fosse, você deveria ter tentado abrir os olhos da garota. – Mikoto diz. – Fazemos com os outros, o que gostaríamos que fizessem com a gente, querido.  

    — Naquela época eu tentei falar com ele, mas ele não se importou... Deixei quieto. Não queria me meter na vida alheia.  

    — Eu compreendo porque você não disse nada. – Mikoto diz. – Você pelo menos tentou falar com o garoto. 

    — Esse tipo de pessoa vai sofrer muito ainda, na vida.  

    — Que se dane. Vai ser mais do que o merecido, depois de tudo que ele fez. 

    — E a Mayumi? – Mikoto, desde que conheceu a pequena, tinha se encantado por ela. Estava mesmo preocupada com a menina. 

    — A Mayu ficou assustada, claro. Não estava entendendo nada do que estava acontecendo. Sakura não contou sobre Sasori para ela... Mas podemos culpá-la por isso? – Os pais dele concordaram com o que o filho disse.  

    — Mãe, pai. – Eles se viraram e encontraram uma mulher ao lado do filho. – Essa é a Izumi. – Os dois se levantaram. – Izumi, esses são Fugaku e Mikoto.  

    — É um prazer conhecê-los. Itachi falou muito de vocês. – Ela diz, um pouco nervosa.  

    — O prazer é nosso, querida. – Sorriu, se aproximando. – Itachi acabou de nos contar sobre você. Quer dizer, sobre vocês. – Izumi sorriu, mais aliviada.  

    — Seja bem-vinda á família. 

    — Obrigada.  

    — Itachi, você ainda não disse o sexo do bebê. – Mikoto soltou as mãos de Izumi. 

    — Ah, vai ser uma menina. – Mikoto sorriu ainda mais. – E vai se chamar Akanne.  

    — Akanne. Eu adorei o nome.  

    — Rin vai gostar de ter mais uma garotinha na família.  

    — Obito vai ficar louco quando souber.  

    — Ele vai dizer que eu fui um ingrato, por ter escondido por tanto tempo. – Eles riram. – Eu pensei em chamá-los hoje, mas achei que só os meus pais, seria melhor.  

    — É. Principalmente porque a tia Rin também te bateria se ela estivesse aqui. – Sasuke se aproximou. – Oi, Izumi.  

    — Oi, Sasuke. Você apanhou? – Olhou para o noivo. 

    — Minha mãe me deu uns tapas.  

    — Deveria ter levado mais por esconder isso de mim. – Fugaku balançou a cabeça.  

    — E o Daisuke? – Izumi pergunta, sentindo a falta do garotinho por quem ela já tinha um grande carinho. 

    — Ele está na sala de TV. Está emburrado.  

    — Por que? 

    — Porque ele não conseguiu se despedir da Sakura ontem, meu amor. – Ela fez um "ahh", como se compreendesse. Ela tinha visto como o menino já amava Sakura. 

    **--** **--** 

    — Oi, gatinha. – Sussurrou quando percebeu que a filha acordava. Mayu a olho, mas quando percebeu onde estava começou a ficar nervosa. – Calma, amor.  

    — Tira, mamãe. Tira. – Ela começou a chorar, se remexer na cama. Sakura teve que segurar as mãozinhas da filha para que ela não tirasse a agulha que estava em seu bracinho.  

    — Mayu, olha para a mamãe. – Pegou no rosto da pequena com ambas as mãos. Ela respirava ofegante, tremia, e dizia para a mãe tirar aquelas coisas do corpinho dela. – Você está bem. Você precisa respirar devagarzinho... Assim... – Fez a respiração calma, para que a filha fizesse o mesmo, e a menina começou a fazer como a mãe pediu. – Isso, querida. Isso mesmo. – As lágrimas ainda desciam pelo rostinho.  

    — Tô cum medo.  

    — Eu sei, querida, mas não precisa. Você é uma garotinha muito esperta, não é? – Ela balançou a cabeça para cima e para baixo. – Então, para a Mayu melhorar, ela precisa ficar aqui, quietinha. – Mayu voltou a se agitar, mas Sakura voltou a conversar com ela, sabia que isso a acalmaria. – A vovó Tsu vai cuidar da Mayu... E então, nós vamos para casa, meu amor.  

    — Hoje?  

    — Amanhã. Mas você precisa ficar calma, não se agitar, e ficar quietinha, está bem? – A menina assentiu. – Você quer água? 

    — Quero. – Sakura pegou um copo de canudo em cima da mesa de cabeceira, colocou água e deu para a filha, ajudando-a a tomar.  

    — Sakura. – Ela e a pequena olham para a porta. – Que bom que já acordou, pequena. – Tsunade sorriu, entrando no quarto. – Como você está? 

    — Tô bem. – Sussurra.  

    — Não sente nenhuma dorzinha? – Passou a mão nos cabelos rosados da criança, enquanto via ela balançar a cabeça. – Isso é muito bom. Daqui a pouco você vai comer um pouquinho. 

    — Não quelo.  

    — Mas para a gatinha ficar forte e ir para casa, ela precisa comer.  

    — Só um poquinhu. – As adultas sorriram. – Vo pra casa, né, vovó Tsu? 

    — Claro, querida. Mas só amanhã. Hoje eu quero ver como anda esse seu corpinho lindo. – Tsunade olhou para Sakura. – Eu quero refazer os exames agora.  

    — Tudo bem. – Olhou para a filha. – A mamãe vai esperar você bem aqui, gatinha. – Nesse momento duas enfermeiras entraram, levando Mayu. 

    — Volto logo com ela. – Sakura se sentou no sofá, e respirou fundo, enquanto pedia a Deus mais uma vez, que não deixasse sua filha morrer.  

    **--** **--** 

    — Papai. – Eles ouviram os passos de Daisuke, e quando o viram, se surpreenderam. 

    — Daisuke, o que você fez com a sua roupa? – O menino se olhou, mas não estava nem um pouco preocupado, ao contrário do pai.  

    — Tava brincano com a "Shasta". – Ele não via a cachorrinha que havia ganho do seu tio Gaara, desde que se mudou. Estava com saudades.  

    — Filho, você está todo sujo. – Itachi segurou uma risada. – E eu não trouxe outra roupa para você.  

    — Tem roupas dele aqui, querido. – Mikoto se pronunciou.  

    — Eu não devia ter colocado roupa clara em você, né? – Ele passou as mãos nos cabelos.  

    — Deixe o garoto, Sasuke. – Itachi se meteu, fazendo o irmão olhá-lo. – Ele é uma criança, é assim mesmo. – Sasuke suspirou. Seu irmão estava certo, era isso mesmo que que queria que o Daisuke fosse, uma criança normal.  

    — Tudo bem. Você está certo. Mas eu não acho que vai sair essa cor de terra da bermuda dele. – Mikoto riu.  

    — Deixe aqui, filho. Eu darei um jeitinho.  

    — Agora eu já posso falá, papai? – Percebeu que o filho estava agoniado, vendo todos falarem, menos ele. – Posso ligá pra Sakura?  

    — Daisuke, por que não espera até amanhã? Só falta um pouquinho. – Tentou, mas pela cara do filho, sabia que ele não desistiria. 

    — Ainda nem é noite, papai. Vai demorá muito. – Itachi olhou para o irmão, assim como os outros.  

    — Ela deve estar ocupada. – Tentou mais uma vez. 

    — Papai, pur favor.  

    — Deixe que ele ligue, Sasuke. Ele não vai desistir... – Itachi diz.  

    — Tudo bem, Daisuke. – Pegou o celular que estava em cima da mesa de centro e entregou para o filho. Ele observou o filho voltar para o jardim com seu celular nas mãos. – Eu realmente não entendo esse apego dele na Sakura. Só faz uma semana.  

    — Ela o conquistou. É como eu disse uma vez: Daisuke precisa de uma presença feminina. E ele encontrou "isso" na Sakura. – Sasuke se joga no sofá. 

    — Eu não quero ser intrometida, mas eu concordo com seu irmão. Daisuke demonstrava isso até quando ele ia me ver. Queria atenção, queria que eu brincasse, que eu contasse histórias... – Sasuke a olhou, curioso. – Ele adora brincar com crianças da idade dele, mas em algum momento... Ele começou a querer essas coisas.  

    — Isso tudo porque ele via o carinho que os "primos" ganhavam das mães. – Itachi completou. – Boruto principalmente, já que era com ele que Daisuke passava a maior parte do dia.  

    — Eu não sabia disso. 

    — Não queríamos dizer isso para você, irmãozinho, para que não ficasse pensando em coisas que não deve. – Sasuke soube o que o irmão quis dizer com aquela frase. Eles não queriam que ele se culpasse ainda mais pela morte de Karin. 

    — Sasuke, eu sei que você acha que não deve deixar ele se apegar tanto na moça, mas eu acho que você não deve é fazer o contrário. – Seu pai se pronuncia. – Ele gosta dela. Afastá-lo dela seria muita maldade. Antes, ele tinha Mikoto e até mesmo a Izumi, agora ele passa o tempo dele em um apartamento, com você trabalhando meio período... Ele precisa dela.  

    — Eu só acho que vai ser pior quando ela se for. 

    — E se não for assim? 

    — Mãe... 

    — Eu sei que você não quer pensar em um relacionamento agora... E eu te compreendo, apesar de não apoiar. Mas não precisa afastar Sakura de sua vida. Mesmo que ela pare de trabalhar para você, um dia... – Ela frisou a última palavra. – Eles ainda podem se ver. Daisuke gosta dela, e da filha dela.  

    — Eu sei disso. 

    — Então pronto. Deixe as coisas fluírem, Sasuke. Não fique pensando no futuro. Pense no presente. O resto, as coisas vão caminhar como deve ser. – Sasuke suspirou e assentiu, concordando com o irmão. 

    **--** **--** 

    — Saky. – A rosada olhou para a porta e encontrou as amigas. Todas elas. – Nós soubemos que a Mayu passou mal. 

    — Ah, não fazem ideia. – Se levantou para cumprimentar as amigas. Elas se abraçaram.  

    — Como foi isso? 

    — Ela começou a vomitar. Muito. Estava com febre altíssima, manchas avermelhadas em todo o corpo... Eu fiquei desesperada. – Ino apertou uma das mãos da amiga. – Tsunade a levou agora a pouco para fazer mais exames. 

    — O nariz dela sangrou? – Temari pergunta, preocupada. 

    — Não, graças a Deus. 

    — Por que não ligou? 

    — Eu não queria dar trabalho, e preocupar ninguém, Ino. 

    — Que bobagem, Saky, somos amigas. – Temari diz. – Você não só pode nos ligar, como deve. Sempre que precisar.  

    — Eu não sei até quando ela vai suportar. 

    — Não diz isso. – Hinata se pronuncia. – Eu sei que é difícil, mas seja forte, amiga.  

    — Está difícil ser forte.  

    — Sabemos disso. É a sua filhinha... Mas você precisa ser forte por ela.  

    — Essa medula vai aparecer. – Tenten diz, firme. – Nós acreditamos. Você tem que acreditar também.  

    — Eu acredito. Eu acredito. – Suspirou. – Por falar nisso, eu preciso de um favor... – Elas assentem. – Preciso que peguem algumas roupas lá em casa, para mim e para a Mayu, nós vamos sair daqui amanhã, e ir direto para o apartamento do Sasuke. 

    — Você acha que é uma boa ideia? 

    — A Mayu está fragilizada. 

    — Eu preciso do emprego. E o Sasuke precisa de mim também. – Elas se olharam. – Ah, além das roupas, eu preciso que pegue também os exames da Mayu. Todos eles. 

    — Para que?  

    — O irmão do Sasuke vai ficar com eles. Ele disse que ele e um primo vão ver todos os exames para saber se tem outra opção.  

    — Tsunade diz que não tem. 

    — A Sakura quer que outros dê uma segunda e terceira opinião... – Temari começa. – Então que seja. Eu faria o mesmo se estivesse no lugar dela.  

    — Eu vou até lá. – Hinata se prontifica. – Pego tudo e trago em alguns minutos aqui para você. 

    — Obrigada, Hina. 

    — Eu vou com você, cunhada. – Elas saem e deixam Sakura com as outras duas.  

    — Eu ainda tenho outro problema para resolver... – Se jogou no sofá.  

    — Qual? – perguntam juntas. 

    — Sasori. – Elas arquearam as sobrancelhas. – Ele apareceu ontem na porta do meu apartamento para dizer que queria ver a Mayu. 

    — Que desgraçado. Quem ele pensa que é?  

    — Ele acha que tem direitos sobre minha filha, Tema.  

    — Direitos o escambau. Ele não pode aparecer assim... Você foi atrás dele quando ela ficou doente, e ele não moveu uma palha para te ajudar... 

    — Agora ele quer fazer um exame de sangue para comprovar... – Foi interrompida por uma Ino totalmente transtornada. 

    — Como é? – Ela se levantou. – Ele quer que Mayu passe por exame de DNA? Quem esse canalha pensa que é? Ele não pode sair do inferno para vir atormentar você e minha sobrinha. 

    — Pelo jeito, Ino, ele acha que pode. Ele me seguiu até o mercado... – Suspirou, se lembrando do que tinha acontecido. – Tentou dizer á Mayu que ele era seu pai, mas eu o interrompi. Ele começou a me assustar...  

    — Vou falar com o Gaara. 

    — Sasuke se prontificou em me ajudar. – Elas olham para a amiga, surpresas. Ino voltou a se sentar. – Ele estava comigo no mercado... 

    — O que estavam fazendo lá?  

    — Estávamos comprando algumas coisas para o jantar que Sasuke daria para o irmão e a cunhada.  

    — Você é babá, não cozinheira.  

    — Ino. – Temari a repreendeu. 

    — Eu só queria ajudar, okay? Não vejo problema nisso. – Elas assentiram. – Sasori começou a dizer coisas sobre a Karin... 

    — Olha como é maldito. A mulher morreu. Ele tem que falar dos mortos também? 

    — Acho que Sasuke só não o socou por causa do Daisuke.  

    — Ele deve se sentir muito culpado. 

    — Não foi culpa dele, foi uma fatalidade. Se vamos culpar alguém, então que sej o motorista. 

    — Eu não julgo o Sasuke. – Temari gesticula. – Nossos maridos também estavam envolvidos, e só não foram presos, porque Sasuke foi muito... Leal aos amigos. E não os entregou. 

    — É verdade. Se ele tivesse entregado os outros, nós teríamos ficado tão transtornadas quanto a Karin.  

    — Coitada. Não merecia nada do que aconteceu a ela. 

    — Daisuke se parece com ela, ás vezes. – Sorriu. – Eu estou totalmente encantada por aquele garoto. 

    — Cuidado, Sakura. 

    — Com o que? – Olhou para Ino, confusa. 

    — Com esse "encanto". Porque você de modo algum deveria se aproximar tanto do menino... Isso é um risco muito grande. Você pode sofrer e ele também, afinal, você não vai ficar lá para sempre. 

    — Ah, não pense nisso, Saky. – Temari foi a sua defesa. – O menino precisa de atenção, e você está dando isso a ele. Sasuke não vai afastá-lo de você... Caso você não mais trabalhe lá, isso não quer dizer que não possa vê-lo. Principalmente porque moramos todos perto um dos outros.  

    — Você acha mesmo que é uma boa ideia? 

    — Sim, Ino. Ela tem que pensar no agora, e não no depois. Deixe que do resto, o "destino" cuida. Se for para ser, vai ser. – Sorriu para a amiga.  

    — É o meu celular. – Sakura diz, ao ouvir o toque. O pegou e atendeu. – Oi, Daisuke. – As amigas olharam para ela. 

    — Sakura, pur que não atendeu antes? 

    — Eu estava ocupada, querido. Mas aconteceu alguma coisa? 

    — Não. É que eu nem me dispidi de você ontem, Sakura. – Ela sorriu, achando fofo da parte do menino.  

    — Ah, querido, você estava dormindo.  

    — Você vai amanhã, né? 

    — Vou sim. Mas é provável que eu chegue atrasada. 

    — Pur que? — Sakura imaginou ele fazendo um biquinho, e por isso sorriu. 

    — Porque aconteceu algo importante... – Se lembrou da condição filha. – E você? Onde está? 

    — Tô na casa do vovô e da vovó. Eles já sabe da tia Izumi e da minha priminha. 

    — Ah é? 

    — E a vovó bateu muito no tio Itachi. — Sakura riu. – Mas agora eles tão convesando lá dentro. A Mayu tá bem? – Sakura não poderia contar a verdade. 

    — Ela tá sim. Está dormindo agora. 

    — Ah, tá. Eu queria falá com ela tamém. – Sakura voltou a sorrir. 

    — Tenho certeza de que ela também iria querer. 

    — Manda um beijo pra ela, tá? 

    — Pode deixar, querido. Daisuke, eu posso falar com seu pai?  

    — Maia gente vai se vê amanhã, né?  

    — Prometo.  

    — Então, tá. Tchau, Sakura. Beijo.  

    — Beijo.  

    — Você vai falar com o Sasuke? 

    — Vou dizer que eu vou chegar atrasada amanhã. Ele precisa saber.  

    **--** **--** 

    — Papai... – Daisuke entra correndo. – A Sakura qué falá com você. – Sasuke arqueou as sobrancelhas, mas pegou o celular, enquanto se levantava e então se afastou. 

    — Oi, Sakura. 

    — Oi, Sasuke. 

    — Você queria falar comigo? Desculpe por Daisuke te incomodar. 

    — Ah, ele não incomoda, não. Achei fofo, na verdade. – Ele sorriu. – Eu queria avisar que eu provavelmente vou me atrasar amanhã. 

    — Aconteceu alguma coisa? 

    — Sim. A Mayu está hospitalizada. — Ele se preocupou. 

    — O que houve? 

    — Ela passou mal. Ela teve uma crise, e eu tive que trazê-la.  

    — Eu sinto muito. E como ela está agora? 

    — Ela está melhor. Tsunade está fazendo alguns exames nela, novamente. E é por isso que eu queria falar com você... Ela só vai liberar a Mayu amanhã. 

    — Tudo bem, não se preocupe. Eu posso ir para a empresa mais tarde. 

    — Eu sei que eu tenho meu horário... 

    — Sakura, é da sua filha que estamos falando. Ela precisa de você. – Ele era pai também, afinal de contas. – Se você precisar ficar com ela em casa... 

    — Não. Eu posso ir trabalhar. Ela vai estar bem... Se Deus quiser, ela vai estar bem.  

    — Tudo bem, então. Qualquer coisa você me liga. 

    — Tudo bem. Muito obrigada por compreender. 

    — Não precisa agradecer. Nos vemos amanhã. 

    — Até amanhã. – Eles desligaram, e Sasuke voltou para a sala. 

    — Eu vou chegar mais tarde na empresa amanhã. 

    — Por que? – Fugaku perguntou.  

    — Sakura vai se atrasar. Mayu foi hospitalizada. 

    — Mas o que houve? – Sua mãe se preocupou, assim como os outros.  

    — Ela passou mal. Sakura disse que ela teve uma crise. 

    — Não deve estar sendo fácil para ela.  

    — Mas ela vai trabalhar amanhã? 

    — Vai, pai. Senju Tsunade vai liberar a Mayu amanhã. 

    — Então é Senju Tsunade quem é a médica da menina? Ela é muito boa. – Itachi diz. 

    — Eu fico com pena da Sakura. Eu ficaria desesperada se estivesse no lugar dela. – Izumi olha para a barriga.  

    — Eu e Shisui vamos dar uma olhada nos exames. Mas ele estava me dizendo que o que poderia ajudar seria o cordão umbilical de um bebê.  

    — Mas para isso, querido, a criança teria que ter o mesmo tipo sanguíneo da Mayu, certo? 

    — É raro você encontrar um cordão umbilical que seja compatível, se o bebê não tiver um laço sanguíneo com a paciente. Então sim.  

    — Então... Sakura teria que ter outro filho. 

    — E mesmo assim, pode ser que não sejam compatíveis.  

    — Isso é uma droga. – Izumi passa a mão na barriga.  

    **--** **--** 

    — Esse garoto está totalmente apaixonado em você. – Sakura sorriu. – Ele ligou porque não se despediu ontem, Sakura.... 

    — Ele é muito fofo.  

    — Daisuke é um amor. – Ino concorda. – Eu estava conversando com Gaara, ele parece querer muito uma presença feminina. Ele está encontrando o que ele não teve, em você. – Diz. Ela se preocupava, mas faria como a cunhada disse, deixaria nas mãos do "destino".  

    — O carinho que ele ganha de Mikoto não é o mesmo que ele vê os "primos" ganharem de mim, da Ino, da Hinata, da Tenten... Eu fico penalizada.  

    — Eu também fico. E é por isso que divido minha atenção para ele e para a Mayu. – Elas assentem. – Eu sinto que ele precisa, entendem? 

    — A gente entende. – A porta se abre, e as enfermeiras entram com Mayu. 

    — Tivemos que sedá-la, ela começou a ficar nervosa. – Sakura se aproximou. – Os exames demonstraram uma alteração, mas ela está bem. O problema maior Sakura, é que ela precisa da medula o mais rápido possível. – Ela assentiu, com os olhos lacrimejados. – E é por isso que o corpinho dela vai enfraquecer. Ela vai começar a sentir alguns sintomas... Como: Febre, enjoo, desmaios, fraqueza... 

    — Entendo.  

    — Fique de olho, está bem? – Ela assentiu. – Vou deixá-las. – Tsunade olhou para as amigas da rosada, como um pedido mudo para que cuidassem dela, e elas assentiram. Tsunade saiu do quarto.  

    — Minha filha vai passar por tudo isso... E nós nem sabemos se ela vai conseguir... 

    — O que eu disse sobre pensamentos negativos? – Temari a interrompeu.  

    — Ela tem chances, Saky. São pequenas? São. Mas que podem salvar sua filha, então não pense que não vai dar certo. – Ela assentiu.  

    — Chegamos. – Tenten se pronuncia, ao abrir a porta.  

    — Como ela está? – Hinata pergunta. 

    — Está bem. Tsunade teve que sedá-la. – Elas assentiram. – Minha filha vai começar a sentir os sintomas. Ela já começou a sentir alguns... – Todas a olham, penalizadas. Elas tinham dinheiro, muito dinheiro, e mesmo assim não podiam ajudar a amiga. O que Mayu precisava era de um milagre.  

    — Então, nós viemos aqui não só para ver vocês... – Temari e Ino sorriram ao mesmo tempo. 

    — Não? 

    — Temos novidades.  

    — Boas? Por favor, dizem para mim que sim. 

    — Ótimas, Saky. Ótimas.  

    — Digam logo. Estou curiosa.  

    — Eu estou grávida. – Dizem juntas. Sakura ficou surpresa. 

    — A-As duas? – Elas assentem. – Meu Deus. Não acredito... – Sorriu. – Estou tão feliz por vocês. – Ela as abraçou ao mesmo tempo. – De quanto tempo? 

    — Eu acabei de completar dois meses. 

    — E eu estou de pouco mais de um mês.  

    — Elas descobriram ontem, quando vieram aqui á tarde fazer exames de rotina.  

    — Não fazíamos ideia.  

    — Eu fico tão feliz. Desejo tudo de bom nessa gravidez. 

    — Obrigada. – Respondem juntas, sorrindo. 

    — E como estão os papais? 

    — Estão felizes. Assim como nós duas. Eles vão contar aos garotos hoje, na reunião deles.  

    — Eu e Ino queremos você como madrinha.  

    — Eu fico lisonjeada. – Sorriu novamente, agradecida, dessa vez. – Eu tenho muitos afilhados agora. Ichiro, Boruto, os gêmeos: Shikadai e Ayame. E agora esses bebês. 

    — Você é nossa melhor amiga. Não poderia ser de outro jeito. 

    — Os meus gêmeos não são seus afilhados, mas eu te amo mesmo assim. – Sakura riu. 

    — Não se preocupe com isso, Ten. Quem sabe na próxima? 

    — Próxima? Amiga, eu e Nejí paramos nos gêmeos.  

    — Isso é o que ela pensa. 

    — Ino, você por acaso está jogando praga em mim? 

    — Um bebê não é "praga". – Tenten balançou a cabeça, se arrependendo do que disse. 

    — Não foi isso que eu quis dizer. Eu só acho que dois está de bom tamanho. 

    — Talvez venha um terceiro aí. – Tenten bufou.  

    — Ou um quarto. – Sakura completou, e todas começaram a rir. 

    **--** **--** 

    — Daisuke, vá tomar um banho para a gente ir para casa. 

    — Agora? – Reclamou. 

    — Sim. Já passa das 17h. 

    — Mas a Shasta tá com saudade, papai. E ela vai ficá aqui sozinha. – Sasuke segurou uma risada. – Vamo levá ela? 

    — Como é? – Se surpreendeu com o pedido. – Daisuke, nós moramos em um apartamento. A Shasta é muito grande. – Ele fez um biquinho. – Agente vem visitar a Shasta mais vezes. Prometo. 

    — Tá bom. – Passou as mãos no pelo da cadela. – Tchau, Shasta. Eu venho te , tá? Não isquece de mim. 

    — Daisuke, você não vai embora para sempre. – Diz, enquanto ria.  

    — Ela não sabe, papai. Ela vai ficá tristinha... 

    — A Shasta vai ficar bem. Agora vamos tomar um banho. Você está sujo pra caramba.  

    — A Shasta quiria brincá, ué. – Sasuke balançou a cabeça. – Ah, agente tem que mostrá a Shasta pra Sakura e pra Mayu, tá, papai?  

    — Um dia, filho. – Eles chegaram na escada, e encontraram Itachi e Izumi voltando da cozinha. 

    — Tio Itachi, cuida da Shasta pra mim.  

    — Pode deixar, carinha.  

    — E não isquece da ração dela. – Izumi sorriu, o achando ainda mais fofo. 

    — Seu tio vai cuidar da Shasta muito bem, agora para o banho. – O menino começou a subir. – Vou levar sua roupa daqui a pouco.  

    — Ele já toma banho sozinho? 

    — Eu fico por perto. – Ela fez um "ah". Ele vê os pais se aproximarem. – Mãe, as roupas do Daisuke estão no antigo quarto dele? 

    — Está sim, filho. 

    — Então deixa eu subir. 

    — Eu vou levar a Izumi em casa. 

    — Então é melhor se despedir do Daisuke ou ele vai surtar. – Sasuke diz, fazendo os outros rirem.  

    — Nós subimos com você então.  

    — Você vai voltar para casa, filho? 

    — Não. Vou ficar com a Izumi. – Ela assentiu.  

    — Acredita que o Daisuke pediu para levar a Shasta? – Itachi riu.  

    — Eu acho fofo o tanto que ele ama essa cadela.  

    — Ele estava falando com ela agora a pouco, como se ela fosse entender. 

    — Criança é assim mesmo.  

    — Você falava com o dinossauro de pelúcia. – Comenta depois da noiva. 

    — Cala a boca, Itachi. – O irmão riu.  

    — Ah, vocês dois deviam ser tão fofos quando criança.  

    — Sasuke era grudado em mim, igual o Daisuke, amor.  

    — Eu quero ver fotos depois.  

    — Izumi, esse mico, eu passo. – O irmão e a cunhada riram. Eles entram no quarto do Daisuke. – O que está fazendo? 

    — Papai, olha, eu incontrei a sua foto com o tio Itachi.  

    — Ah, deixa eu ver, Daisuke. – Izumi pegou a foto antes que o noivo ou o cunhado pudessem fazer alguma coisa. – Ah, que fofo. Sasuke, Daisuke é a sua cópia de quando você era pequeno.  

    — Eu era lindo. 

    — E modesto. – Itachi revirou os olhos. 

    — Vocês dois eram.  

    — Para o banho, mocinho. 

    — Antes, Daisuke... – Se aproximou. – Eu e sua tia já vamos. 

    — Mais já? Pur que todo mundo qué i embora? 

    — Porque já está na hora. 

    — A gente se vê outro dia. – Ela beijou a bochecha do menino e ele a abraçou. 

    — E eu vou vê-lo ainda essa semana.  

    — Mesmo? 

    — Com certeza. Eu tenho que importunar muito o seu pai.  

    — Não vou nem responder. – Daisuke riu, enquanto abraçava o tio.  

    — Ainda bem que eu estou de preto, né? – Olhou para a roupa do sobrinho. – Você estava rolando na terra, garoto? – Ele voltou a rir.  

    — Tchau, Sasuke. – Sasuke deixou ser abraçado por Izumi e Itachi. 

    — Até mais. Vão com cuidado. 

    — Digo o mesmo, irmãozinho. – Eles saíram do quarto. 

    — Banho. – Gesticulou, apontando. O menino correu para o banheiro. 

    — De banhêra

    — Nem pensar. De chuveiro. – Seguiu o filho. – Eu quero chegar em casa antes das 19h. 

    **--** **--** 

    — Mamãe. – Sakura se aproximou quando ouviu a filha.  

    — Oi, amor. Que bom que você acordou. Está sentindo alguma coisa? 

    — Não. A Mayu tá bem. – Ela olhou para a agulha enfiada em seu bracinho.  

    — Está machucando? 

    — Não, mais é chato, mamãe. 

    — Eu sei, querida. Mas você precisa aguentar mais um pouco, okay? – Ela assentiu. – Sabe quem ligou para saber da minha princesinha? 

    — Quem? 

    — O Suke. – Sorriu. – Ele queria falar com você. 

    — Eu tamém quiria. A gente vai vê ele amanhã, né? 

    — Claro que vamos. E a gente vai brincar muito. – A menina ficou animada. – Sabe quem esteve aqui para ver você? – Ela negou. – Suas tias.  

    — E elas nem disse oi pra mim.  

    — Você estava dormindo, querida. Mas sabe, elas vieram trazer uma notícia muito boa. 

    — Qual? 

    — Sua tia Tema e sua tia Ino vão ter um bebê.  

    — As duas? – Sakura assentiu. – Que legal, mamãe. Eu vo brincá muito com os bebê, né? 

    — Vai sim, amor.  

    — E quando eu vo vê os bebê? 

    — Querida, vai demorar muito ainda. Lembra da Izumi? 

    — A tia do Suke? 

    — Isso mesmo. Viu a barriga dela, como tava um pouco grandinha? – Ela assentiu. 

    — Ingual da tia Hina. 

    — Isso mesmo. A barriga das tias ainda tem que crescer que nem a das duas. – Ela fez um "ah". – Tenho certeza que suas tias vão querer falar pra você depois. – Ela sorriu. – Vamos comer agora? 

    — Eu não quero. Tô injuadinha

    — Mas amor, você precisa comer. Ficar forte. Como você vai ficar fortinha, e brincar amanhã, se você não comer? – Ela fez um biquinho. – E então? 

    — Tá bom, mamãe. Mais só um poquinhu, tá? – Sakura se aproximou da porta e falou para a enfermeira que a filha tinha acordado.  

    **--** **--** 

    — O que você vai querer jantar? – Perguntou quando entraram no apartamento. 

    — Macarrão. 

    — Daisuke, você precisa comer algo que não seja massa.  

    — Ah, papai, mais eu gosto de macarrão. 

    — Deixa para outro dia. Vou fazer estrogonofe, pode ser? 

    — Sim. Mais tem que tê batata. – Sasuke balançou a cabeça, deixando um sorriso aparecer.  

    — Tudo bem. Mas você vai comer salada. – Ele fez um biquinho. – É pegar ou largar. 

    — Tá bem, papai. Eu como a salada, mais tem que tê tomate. – O pai assentiu. O celular do Sasuke tocou e ele atendeu no segundo toque. 

    — E aí, Teme.  

    — Oi, Naruto. 

    — Estou ligando porque tenho uma notícia para dar. 

    — E é boa? Porque, amigo, se for ruim, eu dispenso. 

    — Não é ruim. Ela é ótima. Já que você não pôde vir na reunião dos amigos hoje... você não soube da notícia...  

    — Fofoqueiro, eu já ia contar. – Sasuke ouviu a voz do Gaara. 

    — Eu não sou fofoqueiro, Gaara, eu só gosto de contar as notícias. – Os outros riram. 

    — Em outras palavras: Você é um tremendo de um língua solta. – Nejí diz, e eles voltaram a rir. 

    — Vão se ferrar. – Sasuke quem riu dessa vez.  

    — Fala logo.  

    — Tá no viva voz, então eu vou deixar o Gaara dizer.  

    — A Ino está grávida.  

    — O que? – Ficou surpreso. 

    — E a Temari também. – Shikamaru diz. 

    — O que é isso? Virose? – Sasuke pergunta, incrédulo. – Mais alguma grávida na área? Além delas e da Hinata, é claro. 

    — Não. Só elas. 

    — Tem certeza? Nejí, a Tenten já fez um exame? 

    — Ela não está grávida. Nós tivemos gêmeos, e decidimos que iriamos parar neles.  

    — Eu e Ino também tivemos gêmeos.  

    — Você e a Ino estão parecendo coelhos. — Nejí comenta, rindo. 

    — O caramba, infeliz. – Sasuke riu. 

    — Na verdade, todos vocês, né? Não acham que quatro é muito, não? 

    — Vai se ferrar, Nejí. – Todos dizem juntos. Sasuke riu. 

    — O que é, papai? 

    — Suas tias Ino e Temari vão ter um bebê.  

    — Legal. – Sorriu.  

    — É. Muito legal. – Se voltou para o celular. – De quanto tempo elas estão?  

    — Ino está com pouco mais de um mês. 

    — E a Temari acabou de entrar no segundo mês. 

    — Está no início ainda. Eu fico muito feliz por vocês.  

    — Obrigado. – Dizem juntos. 

    — Vamos comemorar depois.  

    — Claro. Vamos combinar. 

    — Beleza, então. Eu vou fazer o jantar, nos falamos depois. 

    — Boa noite. 

    — Boa noite. – Desligaram. – Você vai ganhar mais primos, pelo jeito. 

    — Papai, tenho uma pergunta. – Sasuke ajudou o filho a se sentar na cadeira.  

    — E qual é essa pergunta?  

    — Como eu posso tê um irmãozinho? – Sasuke, que estava segurando uma panela, de costas para Daisuke, deixou a mesma cair no chão, desviando os olhos surpresos, para o filho.


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