Seize The Day

  • Gabbysaky
  • Capitulos 28
  • Gêneros Romance e Novela

Tempo estimado de leitura: 17 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 3

    Primeiro dia como babá

    Hentai, Linguagem Imprópria, Sexo

    Espero que gostem

    — Bom dia. – Eles dizem juntos, um para o outro. 

    Sasuke já estava pronto para ir para o trabalho quando Sakura chegou. Daisuke ainda dormia, assim como a garotinha de cabelos rosados que estava nos braços da mãe. Sasuke desviou os olhos para a menina, ela se parecia muito com a mulher à sua frente. Imaginava se ela tinha os mesmos olhos verdes brilhantes. Seus amigos não tinham lhe contado sobre o pai da criança, e mesmo que estivesse curioso a esse respeito, não os questionou.  Ele se lembrava que Sakuta namorava Akasuna no Sasori, que fazia parte do time de basquete no qual ele era o capitão. Nunca tinha se dado bem com o ruivo, o achava um idiota, principalmente por a mulher a sua frente. Nunca tinha dito nada a ninguém, pois não era de sua conta. Naquela época, ele pensou em contar para a mulher à sua frente, mas achou melhor não o fazer. Eles nunca tinham conversado, apenas tinham amigos em comum. Eram completos estranhos um para o outro, por isso achou que não devia se meter na vida dela, e deixou aquela história de lado. Sakura percebeu os olhos de Sasuke desviar para sua filha, o que ele estava pensando, era o que ela se perguntava. Eles não eram amigos na época da escola, mas sabia que ele amava Karin de verdade. Via como ele a tratava, com carinho, proteção... Diferente de Sasori, que era grosso na maioria das vezes, além de ser possessivo ao extremo. Mesmo que ele a assustasse às vezes, ela o amava. Que idiotice, ela pensou. Deveria ter amado a si mesma, antes de tudo. Se deixou levar por palavras bonitas, mas mentirosas, e acabou se machucando no processo. Ela só não odiava Sasori muito mais, porque ele tinha lhe dado a coisa mais importante. Mayumi. 

    — Sua filha. – Afirmou, ainda olhando para a garotinha de curtos cabelos rosas. 

    — Sim. – Sussurrou. Ela sorriu, olhando para a filha. – Mayumi. 

    — Ela é linda. – Sakura o olhou. – Se parece com você.  

    — Graças a Deus. – Sasuke a olhou, não entendendo aquele comentário. 

    — Entre. – Diz, quando percebe que continuavam na porta. Sakura entrou e ele fechou a porta. – Daisuke ainda está dormindo. Ele ainda não está acostumado a ficar sem mim, principalmente depois que... – Ele se interrompeu propositalmente. 

    — Entendi. – Sakura decide dizer. Ele assentiu, agradecendo mentalmente por não ter que terminar a frase. – Ele sabe sobre mim? 

    — Sabe. Eu contei a ele no dia anterior. Ele não gostou muito, mas é pelo fato de eu ir trabalhar, não por sua causa. – Ela assentiu. – Qualquer coisa é só ligar. O número do meu celular e do escritório está pregado na geladeira. Têm também o número do meu irmão e dos meus pais.  

    — Não se preocupe. 

    — Eu vou vir para o almoço. Ele sabe disso, mas caso precise dizer novamente, só para ele se tranquilizar... 

    — Pode deixar. Ele tem alguma alergia? 

    — Que bom que me perguntou, porque eu me esqueci de deixar avisado... – Suspirou. – Ele não pode nada que tenha castanha, amendoim, cebola e pimenta. – Ela assentiu. – Caso precise falar comigo e eu não atender meu celular, pode ligar para o meu escritório. Vou deixar minha secretária avisada.  

    — Tudo bem. Mais alguma coisa que eu precise saber? 

    — Não, eu acho... – Olhou novamente para a criança. – Têm um quarto vago do lado do quarto do Daisuke... Pedi que arrumassem. Você pode colocar sua filha lá, se quiser.  

    — Obrigada. 

    — Bom, eu vou indo. – Pegou as chaves em cima da mesa de centro. – Se tiver algum problema...  

    — Não se preocupe. – Voltou a dizer. Ela compreendia seu desconforto em deixar o filho. Ele não fica longe do filho a um mês. Deveria ser muito difícil ir trabalhar e deixá-lo com a babá. Ele ficou tanto tempo longe do menino na época em que estava preso, e agora isso. – Vou cuidar muito bem dele, pode confiar. 

    — Obrigado. – Agradeceu e saiu, fechando a porta em seguida.  

    Sakura suspirou. As crianças ainda demorariam a acordar, por isso, depois de deixar a filha no quarto, foi para a cozinha ver o que poderia fazer para as crianças comerem quando acordassem. Preparou um suco de laranja e o colocou na geladeira. Caminhou até a sala e sentou-se no sofá, ligando a TV em seguida. Agora era só esperar Daisuke e Mayu acordarem. 

    **--** **--** 

    — Papai! – Sakura ouve o menino gritar, e sobre as escadas correndo. – Papai! – Gritou novamente, e então Sakura o vê saindo do quarto do pai. Ele estava assustado. Sakura sentiu seu peito apertar. Parou onde estava, não queria assustá-lo ainda mais.  

    — Calma, eu sou sua babá. – Explica quando ele a vê. – Seu pai falou de mim, não falou? – Ele assentiu, agora mais calmo. Sakura então sentiu que podia se aproximar, e assim o fez. – Ele foi trabalhar, mas volta para o almoço. 

    — Ele nem me acodô. – Sakura sorriu. 

    — Estava tão cedo, querido. – Ele fez um bico fofo. 

    — Qual seu nome? 

    — Sakura. O seu eu sei que é Daisuke. – Ele assentiu. 

    — Seu cabelo é rosa. – Sakura quase riu. – É de verdade? 

    — É sim. – Uma das portas se abre, e de dentro do quarto saiu uma garotinha de cabelos rosados, coçando um dos olhos verdes. Ela ainda não tinha percebido Sakura e Daisuke no corredor.  

    — Mamãe... – Chama. – Mamãe, cadê... – Ela então percebe a mãe e ao lado dela, um garotinho de cabelos negros. – Oi. – Cumprimenta, tímida.  

    — Quem é ela? 

    — Minha filha. Mayumi. Mayu, esse é o Daisuke.  

    — Ah, a mamãe vai cuidá dele, né? – A mãe dela assentiu. 

    — Então, vocês estão com fome? 

    — Sim. – Dizem juntos. 

    — Então vamos descer. – Pegou na mão da filha, e com Daisuke ao lado dela, eles descem as escadas. Sakura sabia que o menino estava estranhando, mas também sabia que era só questão de tempo para ele se acostumar. – Você gosta de torrada? 

    — Gosto. – Sakura se virou para a máquina. – O papai fais panqueca no café da manhã. 

    — Panqueca? – Ele assentiu. – E é isso que você quer? 

    — Você sabe fazê? – Sakura sorriu. 

    — Com certeza. A Mayu adora, não é, querida? – A menina assentiu, sorrindo. 

    — Então eu quero. – Sakura assentiu e se voltou para a geladeira. 

    **--** **--** 

    **Sasuke** 

    Escritório

    — Ei, irmãozinho. – Olhei para a porta e encontrei meu irmão mais velho. – Como você está? 

    — Bem. – Dei de ombros, voltando a me concentrar nos papéis em minhas mãos.  

    — Eu não acreditei muito nesse “bem”. – Decidi não responder, e mudar de assunto. 

    — Você não deveria estar bem longe da empresa, agora que eu estou finalmente aqui? 

    — É, mas seu irmão médico não tem nenhuma consulta hoje, e por isso eu vim visitar você. – Revirei os olhos. – Não diga que não gosta. Você me ama.  

    — Não se ache muito. – Itachi sorriu. – Como é que você aguentava isso? – Levantei o documento que estava em minhas mãos. 

    — Ah, eu não sei como não surtei quando estava no seu lugar. – Eu sorri, imaginando a cena. – Sério. Me agradeça muito, ouviu? Eu mereço. 

    — Já não te agradeci o suficiente? – Brinquei. Eu sabia que tinha muito a agradecer ao Itachi ainda. Ele cuidou do Daisuke, quando essa tinha que ser a minha função. Ele deixou de lado por alguns anos, seu sonho, para poder ajudar nosso pai aqui na empresa. Então eu devia muito a ele. – Brincadeira.  

    — Ah, eu sei disso. – Revirou os olhos. – Então, como está sendo seu primeiro dia longe do Daisuke? – Suspirei. 

    — Está indo... – Itachi arqueou as sobrancelhas, e eu sabia, se eu não dissesse, ele me deixaria em paz até que ouvisse a verdade. – É complicado. Eu e ele tivemos um mês juntos, e foi ótimo, mas agora eu estou aqui. E ele em casa. Faz três horas que eu estou longe dele, e eu não consigo parar de pensar em como ele está. 

    — Você disse que a babá é confiável. 

    — Sim. Apesar de não ter sido minha amiga no colégio, ela era do Naruto. Éramos representantes de turma juntos, mas... Nunca fomos muito próximos. 

    — Também... Você era um antissocial. – Revirei os olhos, bufando em seguida. – Como é que a garota ia conseguir se aproximar? Bom, o importante é que ela está cuidando do Daisuke, e que você não precisa se preocupar.  

    — Impossível. Ele ainda não está acostumado a ficar sem mim. 

    —  Ele deve estar estranhando. 

    — Tenho certeza de que está. Falei sobre ela no dia seguinte, e ele não gostou. Não queria uma babá. Mas eu consegui convencê-lo. – Meu irmão assentiu. – Me sinto... Estranho. Eu não devia ter deixado ele, devia ter pedido mais tempo para ficar com ele. – Baguncei meus cabelos. 

    — Você não precisa ficar aqui mais tarde. Quando não tinha nada para fazer, eu pegava minhas coisas, avisava minha secretária e ia embora. – Dou uma risada. – E eu faço o mesmo no meu trabalho, então você pode fazer o mesmo aqui também. – Ele riu. 

    — Você é uma negação. 

    — Ah, Sasuke, o que mais você vai ficar fazendo aqui se não tem mais nada para resolver? – Ele meio que não está errado. Não vou ficar perdendo meu tempo aqui, sendo que esse tempo, eu posso ter com meu filho. – Você deve fazer isso. Qualquer coisa você estará no celular.  – Concordei. 

    — Mudando de assunto... – Me encostei na cadeira. – Mamãe disse que você anda saindo muito, e às vezes até mesmo leva o Daisuke. 

    — E. Eu não gosto de ficar enfurnado em casa. – Ele estava mentindo, eu tinha certeza disso. 

    — Daisuke disse que você está com alguém. 

    — O que? Ah, aquele fofoqueiro. – Eu ri. 

    — Itachi, ele não disse nada. – Ele me olhou incrédulo. – Daisuke quase abriu a boca, mas percebeu que não devia falar e parou na hora. Disse que você pediu segredo. 

    — Você jogou verde... – Se interrompeu, indignado. 

    — Sim. E deu certo. – Ele me fuzilou, e eu sorri. – Nossos pais estão curiosos. E eu estou começando a ficar também. 

    — Okay. Eu estou com alguém sim. – Revirou os olhos, confirmando minhas suspeitas. – Apenas o Daisuke sabe. 

    — Nem mesmo o Shisui? – Itachi negou. – Por que? 

    — Eu confio no Shisui, mas eu queria que tudo ficasse escondido, por enquanto. Só contei para o Daisuke porque ele era grudado em mim...  

    — Tá, mas porque não contou para ninguém, Itachi?  

    — Porque primeiro, eu não estava preparado. E segundo, você sabe como a mamãe é. – Assustadora. É assim que ela é. Me lembro até hoje do dia em que ela conheceu Karin. Senti meu corpo estremecer.  

    — Desde quando estão juntos? 

    — Desde o primeiro aniversário do Daisuke. – Fiquei surpreso. Tanto tempo? 

    — Você esconde ela assim, por tanto tempo, e ela nunca reclamou? 

    — Ela me entende. – Deu de ombros. – Daisuke a adora.  

    — Como é o nome dela? 

    — Izumi. No domingo vou apresentá-la a família, finalmente. 

    — Boa sorte. 

    — Vou precisar. – Nós dois olhamos na cara um do outro e então começamos a rir. – Eu queria contar para você primeiro. – Começou quando nos recuperamos. – Porque você é meu irmãozinho. – Sorri. 

    — Eu fico feliz por você, Itachi. – Fiquei sério de repente, e Itachi me olhou confuso. Eu estava muito feliz pelo meu irmão, mas, eu me sinto um pouco culpado. Culpado porque eu sei que meu irmão ficou tanto tempo escondendo esse namoro por minha causa. – Mas alguma coisa me diz que você parou sua vida, não só por causa da mamãe, mas por minha causa também. 

    — Não. Você precisou de mim, Sasuke. Daisuke precisava de mim, como eu daria as costas para as duas pessoas que eu mais amo? 

    — Você já devia estar casado e com filhos, se não fosse... – Ele me interrompeu. 

    — Não termine, okay? Somos irmãos, Sasuke. E eu faria tudo de novo por você, se quer saber. Izumi me entendia, me entende, e por isso ela nunca me pressionou para ser apresentada à família. – Eu assenti, mas mesmo assim, me sentia culpado por ter parado a vida do meu irmão. – Eu tenho uma coisa para te contar. Você vai ser o primeiro a saber. Quer dizer, o segundo, já que Daisuke está sabendo. 

    — Diga... – Eu realmente estava curioso, ele tinha um sorriso enorme sorriso. 

    — A Izumi está grávida. – E eu quase me levanto da cadeira de tão surpreso. – E estamos noivos. Bom, esse segundo já faz um tempo. 

    — Itachi... Como assim? 

    — Você achou que seria o único a se tornar pai? – Eu revirei os olhos e ele riu. – Eu e ela não estávamos esperando por isso, na verdade. Apenas aconteceu. 

    — A mamãe vai surtar. 

    — Que se dane. Ela engravidou quando já estávamos noivos. 

    — Desde quando está noivo? 

    — Á um ano. 

    — Um ano? Está enrolando a mulher a um ano? 

    — Não é enrolar. Eu só precisava que estivesse livre. 

    — Itachi... – Ele me interrompeu. 

    — Nem comece. Você é meu irmãozinho, eu já disse. Não iria me casar sem você estar presente. 

    — Ela está com quantos meses? 

    — Já está no sétimo. 

    — Já vi que esse jantar no sábado vai dar no que falar... – Meu irmão me surpreendeu. Como ele conseguiu esconder uma noiva e uma gravidez por quanto tempo? A mamãe vai ficar louca. Eu já até imagino a cena. 

    — Eu sou adulto. Não preciso dar explicações sobre minha vida para ninguém. 

    — A mamãe vai se decepcionar.  

    — Ela vai ter que me entender. Meus motivos são bem claros, e eu vou explicar.  

    — Vai ter que fazer isso antes de sua noiva chegar. Ela está grávida, não vai dar para esconder uma gravidez de nossa mãe. 

    — É, eu sei disso. – Eu me levantei e dei a volta na mesa.  

    — Eu fico muito feliz por você, Itachi. – Ele sorriu, se levantou e eu o abracei. 

    — Obrigado. Você ainda vai encontrar alguém também. – Eu fiquei sério. 

    — Não acho que isso seja para mim. 

    — Sasuke... 

    — Itachi, eu só me importo com meu filho no momento. Mulher nenhuma me interessa. – Ele não gostou, mas não me importo. Ele vai ter que aceitar, assim como nossos pais. Eu não quero me casar, e nem vou. A pessoa com quem eu ia me casar era a Karin, e ela não está mais entre nós, então... Não era para eu me casar. 

    — Tudo bem. – Por que alguma coisa me diz que ele não desistiu? Espero que ele não faça nada. Não quero me irritar com ele. – Voltando ao assunto... Você vai ter uma sobrinha. – Sorri. 

    — E a minha sobrinha tem nome? 

    — Akanne. 

    — Akanne... – Sussurrei. – É um nome muito bonito. 

    — Eu e Izumi escolhemos juntos. – Assenti. Daisuke tinha sido o nome que eu e Karin tínhamos decidido juntos também. – Você vai conhecer minha noiva antes dos nossos pais. Preciso de ajuda. – Eu quase ri. 

    — Por mim tudo bem. Por que não aparece com ela sexta para jantarmos? 

    — Vou falar com Izumi e eu te aviso. 

    — Mas eu vou comprar comida. Nem pagando que vou cozinhar. – Meu irmão riu. 

    — Ô preguiça do cão, hein?! 

    — Olha quem fala... 

    — Bom, eu vou te deixar trabalhar. – Se dirigiu para a porta. – Ah... A sua secretária, o que achou? – Me sentei antes de responder.  

    — Por enquanto não tenho nada a dizer. 

    — A minha era uma anta. – Eu ri do modo que ele falou. – Bom, boa sorte. 

    — Valeu. – E então ele fechou a porta. Olhei para os documentos. É melhor eu terminar isso logo de uma vez.  

    **Sasuke** 

    **--** **--** 

    — Daisuke. – Ela chamou o garotinho ao entrar na sala. – O que você quer comer no almoço? – Ele deu de ombros. – Faço o que você quiser. 

    — O que eu quisé? – Ele ficou interessado. – Intão eu quero batata frita. – Ela riu. 

    — Besteira você quer, né? – Se aproximou, sentando-se ao lado dele no sofá. – E o que quer fazer enquanto eu não preciso fazer o almoço. 

    — Não têm nada pra fazê. – Deu de ombros. 

    — O que você fazia na casa da sua avó? 

    — Eu brincava no jadim. – Sakura suspirou. Ele não estava acostumado viver em um apartamento. – Pur que a sua filha tá durmino tanto? 

    — Ela está cansadinha. – Responde, desconfortável. 

    — Hummm... Você sabe jogá xadreis? – Sakura arqueou as sobrancelhas. Como uma criança de cinco anos sabe jogar xadrez?  

    — Sei. Você tem o tabuleiro? 

    — Tenho. – Se levantou do sofá. – Tio Shika me deu no meu anivesário de treis anos. – Ela se surpreendeu. – Vo buscá. – Ela o observou subir as escadas e descê-las alguns minutos depois com um tabuleiro de vidro em mãos.  

    — Shikamaru ficou maluco? 

    — Você conhece o tio Shika? 

    — Sim. Sou amiga da esposa dele.  

    — Ah, intão você e a tia Tema é amigas, né? – Ela assentiu. Ele colocou o tabuleiro em cima da mesa de centro, e se sentou. Sakura se levantou do sofá para se sentar no chão que era coberto por um tapete caramelo felpudo. – Você começa. Eu fico com os preto. 

    **--** **--** 

    **Sasuke** 

    — Arata, peça para Uzumaki Naruto comparecer na minha sala? – Pedi pelo telefone. 

    — Sim, senhor. – Suspirei. Estava preocupado, tentei falar com meu filho e não consegui. Já era a terceira vez que eu ligava e ninguém atendia. Calma, Sasuke, seu filho está bem. 

    — E aí, cara. – Naruto entrou. – Como está indo hoje? 

    — Está indo parado. – Ele riu, enquanto se sentava na minha frente. – Você tem o número da Sakura? Eu esqueci de pegar com ela hoje. 

    — Aconteceu alguma coisa? 

    — Eu tento ligar lá em casa e ninguém me atende. 

    — Não precisa ficar tão preocupado. Daisuke está bem. Hinata disse que falou com Sakura hoje, agora a pouco, na verdade. 

    — Falou? – Eu me aliviei quando ele assentiu. – Então porque ela não me atendeu? 

    — Vai ver o telefone da sua casa não está prestando. – Deu de ombros. 

    — Você se sentiu estranho quando teve que deixar seus filhos em casa para vir trabalhar? 

    — Não muito. Eles têm Hinata pela maior parte do dia. – Assenti. – E também, com você é diferente, por causa de tudo que aconteceu... 

    — Pode ser. Eu só não me sinto bem em deixá-lo em casa, entende? 

    — Ele está com Sakura. 

    — Eu sei, mas... Não é que eu não confio nela. Vocês disseram que ela é confiável, e eu... Bom, eu nunca tive nada contra ela na escola. Mesmo assim eu me preocupo. Daisuke não estava feliz em ficar sem mim.  

    — Fica tranquilo. Daisuke vai se acostumar. – Assenti. – E outra, daqui a pouco você vai estar em casa com ele. 

    — O problema maior é eu me acostumar. Eu perdi tantas coisas sobre o meu filho... Foram cinco anos, Naruto. 

    — Sasuke, você vai recuperar o tempo perdido. Pare de ficar remoendo essa culpa. 

    — É difícil. Me lembrar da Karin... 

    — Eu sei. – Me cortou. – Também sinto falta da minha irmã. Mas você precisa parar de se culpar, isso não te faz bem, cara. Eu não o culpo pelo que houve. Ou meus pais... Então porque você vai fazê-lo.  

    — Não é fácil. – Era fácil me abrir com meus amigos, principalmente com Naruto. 

    — Então procure ajuda. – Ele olhou no relógio de pulso. – Já são 12h. 

    — Então eu já vou indo. – Desliguei o computador e me levantei. Naruto fez o mesmo logo em seguida. – Já vai também? 

    — Sim. Eu ainda tenho que buscar o Boruto e os gêmeos na casa do Nejí. Hinata tinha umas coisas para resolver com o pai. – Eles passaram pela secretária, que sorriu. 

    — Eu vou para casa, e não volto mais hoje. – Naruto me olhou. – Eu estarei no meu celular o tempo todo, então qualquer coisa que aconteça, me avise. – Ela assentiu, e eu e Naruto nos dirigimos para o elevador. 

    — Cara, estou vendo que terá problemas com essa daí. – Arqueei as sobrancelhas, ao ouvir seu comentário.  

    — Algum problema? 

    — Muitos. – Ele apertou o botão quando entramos no elevador. – O primeiro é que eu a vi maltratando um cliente. – Arqueei minhas sobrancelhas mais uma vez, mas dessa vez, minha feição demonstrava o quanto aquilo tinha me incomodado. 

    — Você viu e não fez nada? 

    — Eu chamei a atenção dela, claro. – Era raro ver Naruto sério, e esse era um desses momentos. – O outro problema, foi que ela me chamou por “Naruto”, como se fôssemos íntimos. – O elevador abriu as portas e saímos. 

    — Pois comigo é diferente. Amanhã mesmo vou lhe dizer as regras. – Ele assentiu. Eu gostava de profissionalismo, e se ela não pudesse me dar isso, então que trabalhasse em outro lugar.  

    **Sasuke** 

    **--** **--** 

    — De novo? Garoto como é possível você ganhar de mim seis vezes seguida? – Ele riu. – Não é possível. 

    — Você é muito ruim. 

    — Eu não sou nada. 

    — É sim. – Retrucou. – E você disse que sabia jogá. – Sakura quase riu de como ele disse. Ouviram a porta se abrir. 

    — Cheguei. – Daisuke se levantou de onde estava e correu até o pai. 

    — Papai. – Sasuke o pegou no colo. Sakura que entrava no hall, sorriu com a cena. 

    — Ei, campeão. Como foi aqui hoje? 

    — Legal. A gente tava jogando xadreis, mais a Sakura é muito ruim. – Sasuke sorriu. – Vamo jogá depois, papai? 

    — Depois do almoço. – O colocou no chão. – Oi, Sakura. 

    — Oi. O almoço está pronto. 

    — Obrigado. E essa nem mesmo é sua função. 

    — Não se preocupe com isso. Eu não me importo. 

    — E a sua filha? – Pergunta, ao não encontrar a pequena. 

    — Ela está dormindo. – Sasuke estranha, mas então se lembra da doença da garotinha. – Vou acordá-la. 

    — Tudo bem. – Viu ela se virar para as escadas. – Ajuda o papai a arrumar a mesa? 

    — Papai... – Sussurrou e Sasuke estranhou. – Pur que a Mayu dormi tanto? 

    — Por que pergunta, filho? 

    — É istranho. – Sasuke compreendia a curiosidade do filho. – Eu peguntei pra Sakura, mais ela ficô tristi... – Apesar de ter apenas cinco anos, seu filho era mais esperto do que qualquer um na sua idade.  

    —  A Mayumi não está bem. 

    — Como assim? 

    — Falamos sobre isso depois. – Sasuke piscou para o filho quando ouviu passos. Seu filho assentiu. 

    — Eu vou pegar... – Ela olha para a mesa. – Os pratos. 

    — Eu e Daisuke já fizemos isso. 

    — Mayu, esse é o Sasuke. Ele é o pai do Daisuke. – Sasuke percebeu que a garotinha estava tímida. 

    — Oi. – Sussurra, tímida. 

    — Oi. – Ele sorriu. – É incrível a semelhança. – Sakura sorriu. 

    — Eu posso dizer o mesmo. Ele é incrivelmente parecido com você. Seu DNA é forte.  

    — É o que dizem. Vamos comer? 

    — Eu como depois. 

    — Sakura. – Ela o olhou. – Você fez mais do que cuidar do meu filho, e vai ficar aqui até ás 17h... Coma. – Ela então concordou com Sasuke. Ele pegou o prato do filho e caminhou até as panelas.  

    — Ah, eu fiz batata gratinada. Eu não sei se gosta, mas... – Colocou a filha sentada ao lado de Daisuke. 

    — Para falar a verdade, eu nunca comi. 

    — Nunca? Você nunca comeu batata gratinada?  

    — Não. O que tem de mais?  

    — É só... Simplesmente a coisa mais gostosa da face da terra. – Diz, gesticulando. Ele sorriu. – E é uma comida fácil e tradicional. Como é que nunca comeu? – Ele deu de ombros. 

    — Para tudo tem uma primeira vez. – Ela concordou. 

    — O que é isso que falô, Sakura?  

    — Ah, é... Parecido com batata no forno, mas que vai temperada com um monte de coisas, inclusive o queijo. – Ela colocou o tabuleiro com a batata em cima da tábua de madeira, colocando em seguida, um pedaço no prato de Daisuke. – Você gosta de batata, não é? 

    — Frita. – Sasuke e Sakura riram. 

    — É. Isso é uma coisa que a maioria das crianças adoram. 

    — Mamãe, não  cum fome. – A menina diz, brincando com a boneca média de porcelana que estava em suas mãos. 

    — Vamos comer só um pouquinho, okay? – Ela não respondeu. Sasuke percebeu os olhos de Sakura perderem o brilho. 

    — Salada? – Daisuke reclamou, chamando a atenção dos adultos. 

    — Você não gosta? 

    — Ele só gosta de tomate. 

    — Ah, claro. – Riu. – Tinha que ser seu filho. 

    — Como você... – Ele a olhou surpreso. 

    — Me encontrei com Karin alguns anos atrás... Ela reclamava de você só comer tomate quando tombamos uma na outra. 

    — Ah, ele desviou os olhos. Sakura percebeu a gafe e passou uma das mãos no rosto. 

    — Me desculpe. 

    — Não. Está tudo bem. – Voltou a olhá-la. – Eu sei que vou ouvir alguma coisa sobre ela, vez ou outra, só não me acostumei ainda.  

    — É por isso que estou pedindo desculpas. 

    — E não precisa, já disse. Eu sei que não fez por mal. – Se sentou de frente para o filho. – Eu nunca soube sobre essa história. – Sakura ficou surpresa, ela não esperava que ele voltasse aquela conversa. 

    — Você conheceu a mamãe? 

    — Ela estudou comigo e sua mãe, filho. – Sasuke respondeu. – Elas eram líderes de torcida. – Sabia que o filho já tinha ouvido falar sobre aquilo antes. Naruto tinha lhe contado das fotos de Karin, da época da escola, que Kushina mostrava ao neto. 

    — Eu era a capitã da sua mãe. – Completa, sorrindo. 

    — Vocês era amigas? 

    — Amigas? – Sakura repetiu, pensando. – Éramos colegas. Tínhamos coisas em comum. – Sakura olhou para Sasuke, se sentindo mal por ter tocado naquele assunto. Desviou os olhos para a filha. – Mayu, você tem que comer. 

    — Eu não quelo, mamãe. Não  cum fome. – Sakura suspirou. 

    — Só um pouco, gatinha. – A filha balançou a cabeça, negando o pedido da mãe. Sakura respirou fundo. Sabia que a filha não tinha culpa. Não era malcriação, ela deveria estar se sentindo enjoada. – Come só a batata então. – A menina voltou a negar, e Sakura sentiu uma enorme vontade de chorar. Daisuke tinha parado de comer para observar a menina de cabelos rosas. – O que você quer então? A mamãe faz. 

    — Não quelo. – Sakura passou as mãos nos cabelos longos e se levantou. 

    — Licença. – Ela não queria chorar na frente dos outros. Primeiro, porque não queria que vissem. E segundo, porque provavelmente iria assustar Daisuke. Sasuke olhou para a mulher, assim como o filho. 

    — Ela não vai comê? – Daisuke pergunta, quando Sakura sai do cômodo. 

    — Agora não, filho. – Sasuke responde, ainda olhando para onde Sakura tinha ido. – Vamos comprar sorvete depois do almoço? – O filho assentiu, sorrindo. 

    — A Sakura e Mayu também vai? 

    — Se elas quiserem... – Se levantou, ao perceber que a menina não prestava atenção na conversa. Sabia que não era da sua conta, mas podia pelo menos tentar, mesmo que a menina não lhe conhecesse direito. Por isso se aproximou, se abaixando ao lado dela. – Tem certeza de que não vai querer? – Mayu o olhou. Eu acho que você deveria comer um pouco, ou Daisuke vai comer tudo. Ele adora batata frita. – Daisuke olhou do pai para a Mayu. – Não quer mesmo? 

    —  injuadinha

    — Entendo. – Ele não poderia obrigá-la. – Mas e comer com suco? – Ela não respondeu. 

    — Eu quero suco, papai. – Sasuke se levantou, e pegou a jarra que estava em cima da mesa, colocando em dois copos com canudo. – Não vai tomá, Mayu? – Sasuke sorriu ao ver o filho perguntar. Ela o olhou, e depois para o suco. Sasuke e Daisuke não demoraram a ver ela pegar o copo e começar a tomar do suco, colocando a batata na boca logo em seguida. 

    — Se fizer mal me avisa, está bem? – Ela assentiu. – Daisuke, qualquer coisa você me chama. – O filho assentiu e Sasuke saiu do cômodo, encontrando Sakura na sala, sentada no sofá com as mãos no rosto. Ele não sabia o motivo, mas ficou com pena dela. Sasuke pensou que o mesmo estivesse acontecendo com seu filho, ele ficaria tão desesperado quanto a rosada. – Sakura. – Ela respirou fundo e levantou o rosto limpando os vestígios de lágrima. 

    — Oi? Já estou voltando. 

    — Ela está comendo a batata. – Ela o olhou surpresa. 

    — Ela está comendo? 

    — Está. Dei um pouco de suco para ela. – Ela assentiu, agradecendo mentalmente. – Mas ela não pode viver de batata frita. 

    — Eu sei. Mas o que eu posso fazer? Não sei mais o que fazer... – Passou as mãos no rosto. – Meu Deus, eu já fiz de tudo.Tudo. Nada deu certo. Ela só tem piorado. Ela passou uma cirurgia no cérebro e sobreviveu. Mas então eu descubro que ela precisa de um transplante e... – Ela morde o lábio. Sasuke percebeu que ela estava desabafando, então não a interrompeu. – E até agora nenhuma medula compatível foi encontrada. E ela tem piorado desde então. Não tem comido bem... – Engoliu um nó que vinha da garganta. – Minha filha vai morrer. – Ela disse com os olhos cheio de lágrimas, os lábios tremiam, segurando o choro. Sakura percebeu o que estava fazendo e limpou as lágrimas. – Desculpa. 

    — Não precisa se preocupar. Se eu estivesse no seu lugar, provavelmente estaria tão desesperado quanto você. 

    — Dê graças a Deus por não estar passando por isso. 

    **--** **--** 

    Sasuke observava o filho dormir. Depois do desabafo de Sakura eles voltaram para a cozinha. Depois que ela lavou o rosto, claro. Ele ficou pensando em tudo que ela desabafou, e se perguntou mais uma vez, onde estava o pai da garotinha. Seus amigos nunca comentaram sobre ele. Sasuke imaginou que talvez estivesse falecido. Passou a mão no rosto do filho, se lembrando do rosto desesperado de Sakura, por algum motivo ele não parava de pensar naquela cena. Ele não sabia o que falar ou o que “fazer” para ajudar pelo menos um pouco. O que poderia fazer? Se ela que é médica, não sabe o que fazer, imagine ele, que é apenas um advogado que passou cinco anos na cadeia. O rosto pálido da filha de Sakura lhe veio á mente. Ela não estava mesmo bem. Ela não passou mal depois que comeu, mas também, com a quantidade de batata que comeu, impossível. Quase não tocou na batata que estava no prato. Sasuke balançou a cabeça, tentando pensar em outra coisa. Ouviu o filho murmurar: mamãe. Sasuke, como se não tivesse pensando em Sakura alguns minutos atrás, se lembrou de Karin. De quando eles escolheram o nome do filho. 

    — Temos que escolher um nome. 

    — Um nome? — Sasuke sorriu. — Nós nem mesmo sabemos ainda, se é menino ou menina. 

    — Não importa. Quero que nosso bebê já tenha um nome. Ele ou ela vai ficar feliz. 

    — Okay. Você quer escolher o da menina ou o do menino? 

    — Escolho o do menino, mas se não gostar trocamos. 

    — Por que você não quer escolher o da menina? 

    — Porque, meu amor... — Beijou seus lábios lentamente. — Eu sei que vai ser um menino. —Sasuke riu. 

    — Ah é? E como sabe disso? Viu nas cartas? Virou mandingueira agora? —Ela bateu nele. 

    — Não fale assim da sua noiva. — Fez um bico. 

    — Me desculpe, amor. — Beijou a bochecha dela. — Tudo bem. Eu escolho o da menina. Eu já tenho um nome em mente já tem alguns dias.  

    — É? — Ela sorriu. — Qual? —Pergunta curiosa. 

    — Naomi. 

    — Naomi? — Inclinou a cabeça. — Eu gosto. Ainda mais do significado. 

    — “Aquela que é bonita e honesta”. — Ela sorriu. — É. Eu sei o significado desse nome. Nunca colocaria um nome em meu filho, antes de saber o significado. 

    — Você é tão fofo. — Sasuke arqueou as sobrancelhas, e a noiva riu, sabendo que ele não gostava de ser chamado por aquele adjetivo. 

    — Você me chama assim só porque eu não gosto, não é? — Ela o beijou. 

    — Não seja tão ranzinza, amor. Eu te acho fofo, mas ninguém precisa saber disso. —Ele não respondeu. — Agora o nome que eu escolhi. 

    — E qual é? —Ela sorriu abertamente. 

    — Eu estava pensando em um nome que terminasse como o seu. 

    — O meu? Suke? É isso? 

    — É. E eu vi vários, mas o que eu mais gostei foi: Daisuke. 

    — Daisuke. — Ele sorriu. — É um nome muito bonito. Qual o significado? 

    — “Grande protetor”. 

    — Eu aprovo. — Ele a beijou. — Eu te amo. 

    — Eu te amo muito, muito mais. Assim como nosso bebê. Daisuke. — Sasuke ia retrucar dizendo que poderia ser Naomi, mas a sua mão, que estava na barriga da noiva, sentiu um chute. O casal se olhou, surpresos. 

    — Ele... Ele chutou? 

    — Eu acho que ele também gostou desse nome. 

    — Isso quer dizer que ele é ele? 

    — Eu tenho certeza de que é ele. — Diz rindo. 

    Sasuke suspirou. Naquela semana eles descobriram que era mesmo “Daisuke” e não “Naomi”. E sua noiva ficou semanas se achando, por ter acertado. Sasuke passou as mãos nos cabelos negros do filho, se lembrando que assim como a noiva acertou no sexo do bebê deles, ela acertou no tom dos cabelos. Seu filho era exatamente como sua noiva disse que seria, exceto pelo tom dos olhos. Eram tons diferentes. Nem negros, nem azuis como os dela, era um meio termo. Azul escuro. Mas que lhe lembrava os olhos dela. 

    — Papai. – Sasuke ouve o sussurro. Pensou que o filho estivesse no décimo sono, mas estava completamente errado. 

    — Hummm? 

    — Vai dumi comigo? 

    — Acho que vou. Tudo bem pra você, dividir sua cama comigo? – Brincou. 

    — Sim. – O menino abriu os olhos. – Mais o papai vai  que me dividi com o “Fred". 

    — Oh, é mesmo? O “Fred” tem mais lugar do que eu? – O filho riu. – Humm... Eu acho que fiquei magoado agora. 

    — Não, papai. Ninguém nunca tem mais lugá que você. – Sasuke sorriu. 

    — Você também é o que mais importa para mim, sabe disso, né? – Ele assentiu. – Daisuke... Seu tio me contou o segredo de vocês. 

    — Ah, intão ele contô da tia Izumi? – Sasuke riu. 

    — Tia? 

    — É, ué. Ela é namorada do tio Itachi, intão é minha tia. 

    — É. Ela é sua tia.  

    — E sabia que eu vo ganhá uma priminha? 

    — Ele me disse isso também.  

    — Não conta pra vovó e o vovô, é seguedo. – Sussurrou e Sasuke riu. 

    — Seu tio vai contar tudo para seus avós. 

    — Ixi, vai sê poblemático. – Sasuke arqueou as sobrancelhas, seu filho nunca tinha dito aquela palavra antes.   

    — Problemático? 

    — É. Tio Shika fala isso toda hora. E eu acho que vai sê poblemático contá pro vovô e pra vovó. – Sasuke sorriu achando fofo o modo como seu filho lhe explicou.  

    — É, eu tenho que concordar com você. Mas a gente vai ajudar, não é? – Ele assentiu. 

    — Eu gosto muito da tia Izumi. – Sasuke percebeu que o filho estava quase voltando a dormir.  

    — Tenho certeza de que ela gosta muito de você também. – O menino sorriu. – Vamos dormir? – Daisuke, que já tinha fechado os olhos, assentiu. – Boa noite, filho. – Sussurrou. 

    — Boa noite, papai.


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