Yooo,
Antes de iniciar o capítulo, gostaria de avisá-los que postei uma "nova" história chamada "Os Cinco Selos - Reset"
Lá, eu irei postar capítulos, em forma de prosa, da forma mais próxima de que eu vejo para o futuro de Os Cinco Selos, ou seja, é basicamente minhas ideias reescritas com alterações significativas na história.
Aaaaaaaaaaaa, não sei explicar melhor. Se tiverem curiosidades, dão um pulo lá, lê, e dai irão entender melhor
Boa leitura ^^
Dante abriu as pálpebras e chiou quando a forte luminosidade atingiu seus olhos, e as fechou imediatamente. Até então estava deitado de costas para a superfície, mas ficou sentado em seguida e desta vez abriu os olhos fintando a areia negra. Ele pegou um punhado desta areia e observou ela escapando por entre seus dedos rapidamente, demonstrando que eram bem fina. Percebendo que sua visão havia se acostumado melhor, decidiu erguer a cabeça para descobrir o porquê daquela claridade tão intensa.
O céu era azul e limpo. Dante observou um sol de coloração vermelha. Olhando ainda mais para cima, encontrou um segundo sol, duas vezes maior do que o primeiro, mas de coloração amarela. Ainda não o suficiente, olhou para trás e deparou-se com um terceiro sol, porém do tamanho do vermelho e de coloração negra com as bordas laranjas. "Lúcifer levou a sério demais o lance dos humanos falarem que o inferno é escaldante", pensou enquanto se postava de pé. Olhando lentamente ao redor, ele confirmou aquilo que já esperava: a infinidade da areia e nenhum Selo ou Uriel à vista.
— Ah! Mas é óbvio que iriamos ficar separados. Caso o inimigo não faça isso, a natureza faz por si só. Sempre. Agora cá estou eu, sozinho, com areia no rabo, com um puta calor e sem saber para onde caralhos ir. Que beleza! Mal começamos e já tô puto!
Sem tentar raciocinar para onde deveria ir, Dante simplesmente seguiu em frente, resmungando.
Depois de muito tempo caminhando, o Selo voltou a olhar para cima, mas os sóis continuavam na mesma posição. "Só faz sol aqui?", pensou. No horizonte a sua frente, passou a enxergar uma fileira de pedras em meio a areia negra. Sem aumentar o ritmo dos passos, continuou seguindo em direção a elas. Conforme se aproximava, percebeu que as pedras se moviam bem lentamente.
Quando finalmente chegou ao encalço, Dante percebeu que aquelas pedras redondas estavam sendo carregadas por humanos. Todos eles, sem exceção, eram tão magros que a pele desenhava os ossos, estavam nus, não tinham olhos e nem cabelos e a boca era completamente ressecada. As pesadas pedras eram acopladas em suas costas por uma corrente. Não era apenas uma simples fileira de humanos, pois se estendia a frente até onde os olhos dele conseguissem enxergar. Eles carregavam aquela pedra pesada com seus corpos magros e frágeis, sobre a areia macia e quente e sob os sóis escaldantes.
— O que faz aqui? — questionou Dante para um deles.
Sem resposta. A figura moribunda continuou a caminhar, no mesmo ritmo. O Selo levou sua mão para a frente do humano e a moveu para cima e para baixo, mas não teve nenhuma reação. Não satisfeito, Dante o cutucou. As pernas do moribundo tremeram intensamente e recaiu sobre a areia de quatro. Nada mais aconteceu. Ele apenas começou a se arrastar, pois não mais conseguia se reerguer.
— Ih... foi mal. Deixa eu te ajudar.
Utilizando as mãos, Dante rompeu os elos da corrente, e pedra rolou direto para a areia, demostrando as costas em carne viva. Subitamente, o humano começou a gritar de forma horrenda e tão aguda que obrigou o Selo a tampar os ouvidos. No momento em que Dante iria silenciá-lo com seu punho, o moribundo se transformou gradativamente em areia negra. Olhando ao redor, percebeu que nenhum dos outros moribundos reagiu ao que acabou de acontecer.
Um leve tremor fez Dante abrir um sorriso sádico.
— Finalmente alguma ação.
Da areia, romperam diversos longos tentáculos, que atingiu o Selo em cheio, arremessando-o no ar em meio aos grãos e muitos outros moribundos — e não esboçavam qualquer reação. A criatura gigantesca que emergiu detinha a forma de uma lula, porém sua estrutura era feita de carapaça negra com diversas irregularidades e pontas; e era constituído por muito mais tentáculos, que ondulavam sem parar.
Dante deslizou os pés suavemente pela areia ao cair. Sua esclera tornou-se negra e suas íris vermelhas cintilaram intensamente. As chamas vermelhas começaram a envolver seu corpo ao mesmo tempo em que ele erguia os braços. Um tentáculo veio de cima, atingindo o Selo certeiramente.
Com o impacto, a areia esvoaçou e chamas se propagaram logo em seguida.
O selo da Fúria agarrou o membro com as mãos e, cerrando os dentes tanta força que fazia, girou seu corpo. Não suportando a força, o kraken-de-areia se desprendeu da areia e seu grande corpo se submeteu ao momento do corpo do nephilim, assim saiu rolando violentamente. O triunfo do Dante durou pouco, pois, antes que conseguisse soltar, o tentáculo ondulou até ele como uma onda, arremessando-o para o céu.
Enquanto subia sem conseguir se mover, Dante percebeu outro membro indo em sua direção, e este a carapaça em sua extremidade era pontiaguda. Sem conseguir se defender, foi atingido diretamente, e seu corpo se projetou violentamente contra a superfície, onde quicou uma vez antes de rolar por alguns metros e conseguir se colocar de pé novamente.
O Selo olhou para sua armadura, e não havia nem mesmo um pequeno arranhão.
— É mesmo resistente. Eu levaria um corte superficial, pelo menos.
Flexionando os joelhos, as chamas vermelhas envolveram suas pernas com intensidade, e Dante investiu com ímpeto. Os tentáculos ondularam no ar e açoitaram em sua direção, mas não o acertavam, porque o Selo alternava constantemente sua movimentação. Então, Fúria saltou intensificando as chamas em seu braço direito e golpeou diretamente o kraken-de-areia. A carapaça não aguentou o poderoso impacto, estilhaçando-se e deixando a carne vermelha-escuro da criatura exposta. Sem delongas, Dante logo alternou o ataque para seu braço esquerdo, penetrando no corpo da criatura com suas chamas. Por onde era possível, o kraken-de-areia exalou fumaça, e depois seu corpo tombou, morrendo enquanto chiava agudamente.
Dante retirou seu braço de dentro da criatura, exalando fumaça.
— Até que foi fá-
Um tentáculo se enroscou no Selo, içando-o e depois o abaixando com força até seu corpo brandir contra a areia, e este processo se repetiu diversas vezes. Por fim, o segundo kraken-de-areia ergueu o Selo acima do seu corpo, que começou a se dividir verticalmente ao meio, demonstrando sua enorme boca dentada. Dante, arregalando os olhos, pensou me utilizar suas chamas para se libertar, porém não foi necessário. Um terceiro kraken-de-areia tentou tomar a presa dos tentáculos de seu semelhante, e Selo apenas caiu. As duas criaturas passaram a confrontar-se entre si, com seus membros se movendo incessantemente, talhando um ao outro.
Dante ficou parado por um curto tempo, indignado, observando as aberrações lutarem entre si e ignorá-lo por completo. Fechando os dedos da mão direita, concentrou as chamas vermelhas em seu braço, recuou e o socou o ar. A pressão do movimento amalgamou com as chamas, fazendo-as deslocar violentamente em um curto turbilhão, dessa forma atingindo e a carapaça de um dos krakens-de-areia, enfraquecendo-a. A outra criatura aproveitou disso, penetrando com a parte a afiada do tentáculo na parte frágil, matando seu semelhante.
O kraken-de-areia fintou seu inimigo enquanto oscilava seus membros, e o Selo devolveu o olhar. Contudo, uma garra trespassou o corpo da criatura, tirando-o do combate imediatamente. A criatura revelada era um caranguejo incrivelmente grande, apenas um pouco menor que kraken, e sua carapaça era marrom-escuro.
Dante fez uma careta, mas deu de ombros.
Ele avançou contra o novo adversário. O caranguejo moveu sua temerosa pinça visando o nephilim, porém atingiu apenas a areia, e Dante deslizou para sob a criatura.
— Quero ver me atingir aqui, seu mer-
O caranguejo abaixou, esmagando Dante contra a areia. E isso se repetiu uma, duas, três e quatro vezes. Por fim, o Selo se enfureceu, e fez um espeço e potente turbilhão de chamas vermelhas imergir, despedaçando a criatura em alguns pedaços, que caiu como chuva.
Limpando a armadura com a mão, Dante reparou que, mais a frente, havia um caranguejo gigante brigando contra um escorpião gigante.
— Qual é o problema deste lugar?
Continua <3 :p