Os Cinco Selos - Reset

Tempo estimado de leitura: 22 minutos

    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    O Início de Tudo

    Violência

    Yooooo!

    A sinopse pode parecer meio vaga, mas eu não posso falar tão abertamente quanto nas notas, então irei esclarecer melhor aqui.

    Para aqueles não leem Os Cinco Selos: nem adianta ler está história. Pode até entender o que está acontecendo, mas nem de longe será a mesma coisa.

    Bem, para meus leitores com sérios problemas psicológicos, RESET é, na verdade, o mais perto de como desejo a forma final de Os Cinco Selos, em outras palavras, esta é minha reconstrução da história. Aquele polimento delicioso.

    Pode parecer que mudou muita coisa a princípio, mas irão notar que a essência ainda é a mesma. E que, mais do que ALTERAR, eu irei SOMAR a história. Eu planejo dar foco a reconstrução da história quando finalmente eu terminar de postá-la, mas os capítulos que postarei aqui, são momentos de epifania que eu tive e simplesmente fui escrevendo para não perder posteriormente.

    Achei interessante mostrar a vocês um pouquinho do que este mundo pode ser capaz de expandir e melhorar, e é o que tentarei fazer. Aviso desde já que, quando eu terminar de postar Os Cinco Selos, está fic será excluída na hora.

    Como a nota final não aparece mais, irei comentar aqui também sobre as alterações que fiz...

    Bahamut agora se chama Lysfur e Abaddon, que é um nome bem mais bonito e aterrorizante e de respeito

    Eu tirei a figura de Deus e Jesus. É meio óbvio porque tirei, mas eu diria que o motivo principal é que eu ansiava em fazer uma "nova" mitologia, apesar de ainda usar o termo anjo e demônio. Porém, com o Faz-Mundos, um novo deus, eu posso fazer ele bem mais flexível

    Adicionei elfos e anões porque me permitem uma maior diversidade de situações no mundo, principalmente caso eu queira aproveitar mais dos mortais, digamos. Além de, obviamente, adorar história com elfos e anões. No próximo capítulo entenderão isto melhor

    Enfim... Boa leitura ^^

    Caindo dos céus como a fúria de um meteoro, Faz-Mundos chegava ao planeta, e seu pouso foi tão leve quanto uma pena, pois não causou destruição ao seu redor.

    O Construtor observou que o planeta em que caíra era completamente rochoso, contudo, ao olhar para cima, surpreendeu-se com a beleza do céu azul e das nuvens brancas. Simplesmente por conta disso, essa beleza, Faz-Mundos percebeu que aquele lugar deveria ser ainda mais belo.

    Ora, no instante seguinte ele subiu aos céus e pegou uma das nuvens em suas mãos. Adicionando um pouco de poder a esta nuvem, ele a torceu até uma gota d’água finalmente gotejar, criando assim os oceanos e mares. Com suas mãos onipotentes, capturou os raios de sol e os comprimiu amalgamando com o seu poder, assim criando o magma, depositando-o em condutos na abertura da crosta terrestre que levavam ao centro do planeta, criando os vulcões. Em seguida, foi em uma área com altas montanhas por quilômetros, e lá utilizou seu poder para transformar aquelas montanhas em um mar de areia, fazendo surgir o deserto. Em mais outras áreas como essa, ele achatou as montanhas com seus pés, desta forma criando as planícies. Depois, esticou seus braços até conseguir pegar uma estrela, em seguida amassou-a na palma da mão com seus dedos até virar pó. Por fim, soprou o pó brilhoso e pesado por todo o planeta e também fertilizou o solo com seu poder.

    Então, subiu novamente aos céus e criou uma construção por entre as nuvens, e por lá se sentou para descansar e esperar.

    Anos se passaram, e finalmente suas primeiras plantas começaram a crescer. Mais anos se passaram até enfim a primeira floresta florescer por completo, e todas as outras chegaram a seu ápice não muito depois. Admirado com a bela visão que teve dali, Faz-Mundos, espantado, reconheceu esta como sua melhor obra.

    Ora, Faz-Mundos então decidiu criar seres para que pudessem compartilhar esta sua bela obra, e também para que ela se enaltecesse ainda mais. No mesmo instante, desceu dos céus e coletou um pouco de cada elemento do planeta; sentou-se e começou a moldar conforme sua imaginação, que estava em seu ápice de criatividade.

    Anos se passaram e seus dedos finalmente se cansaram pela labuta incessante. Satisfeito pela quantidade e diversidade inicial, O Construtor subiu para sua morada nos céus novamente e, com a força de seu pensamento, deu vida para todas as criações que modelou. Por lá continuou sentado, apenas observando as peculiaridades e evolução de cada uma de suas espécies.

    Dentre as criações, aqueles que ele nomeou de humanos foram os que mais chamaram sua atenção, pois fora a melhor que evoluiu, tanto que repararam e entenderam a existência de Faz-Mundos, seu criador, e passaram a adorá-lo. Faz-Mundos ficou feliz com isso, e se mostrou para eles — o que passou a fazer raramente, porque preferia apenas observar.

    Pela primeira vez em sua longa vida, O Construtor sentiu-se sozinho, porque não havia alguém como ele para se juntar e observar sua obra. Com a solidão o corroendo, O Construtor dividiu seu corpo para criar aquilo que os humanos chamam de filho, e deu o nome a ele de Lysfur.

    Lysfur tinha seu corpo idêntico ao de um humano em sua fase inicial, ou seja, uma criança. Faz-Mundos queria que o corpo de seu filho evoluísse para que Lysfur entendesse melhor sobre o que de fato era evolução. É claro, Lysfur tinha o poder de uma divindade, igual seu pai, apesar de não saber usar, e a imortalidade.

    Ora, Faz-Mundos não havia percebido o quão complexo este mundo havia se tornado. Uma força, lei, havia sido criada e estabelecida sem o seu consentimento, que agia independente e de maneira que nem ele poderia mudar: o equilíbrio. E, infelizmente, essa força da natureza agiu sobre Lysfur.

    O Construtor é uma divindade extremamente poderosa, bondoso e que ama construir. Lysfur, entretanto, por causa da sina imposta, é uma divindade extremamente poderosa, maldosa e que ama destruir.

    Faz-Mundos logo percebeu essa sina terrível, pois, sempre quando desciam dos céus, Lysfur preferia matar insetos e utilizar seu poder para destruir pedras e árvores, ao invés do ensinamento sobre o mundo em que vivia. Entristecido e temeroso, Faz-Mundos fez de tudo para livrar seu filho deste terrível e temível extinto.

    Anos havia se passado, e finalmente Lysfur havia atingido a sua fase corpórea adulta. Nesta fase, a fome de destruição se tornou grande, e necessitava de ser saciada. Portanto, desceu de sua morada em meio as nuvens até o solo, e em seguida queimou as florestas, envenenou os rios e matou qualquer ser vivo que encontrava, causando enorme destruição.

    Isto despertou a ira em Faz-Mundos, que desceu para confrontar seu filho. A batalha épica que ocorrera levou devastação por quilômetros. Obviamente, em seu fim, Lysfur perdeu diante a ira de seu pai. Faz-Mundos, porém, não tinha coragem de matar seu filho, e, como solução, baniu-o para as terras mais longínquas, onde nenhuma de suas criações com alma haviam chegado.

    No mesmo dia, O Construtor, ainda ferido, foi até os humanos e mentiu sobre toda a situação. Ele disse aos humanos que outra divindade, Abaddon, havia chegado a este mundo para destruí-lo por inveja, e, após matar Lysfur e provar da ira dele, fugiu para seu reino sombrio em terras distantes. Ora, os humanos acreditaram cegamente, pois nenhum humano que viu Lysfur sobreviveu para contar a verdade, e choraram pela falsa perda.

    Então, Faz-Mundos subiu aos céus novamente e pensou no que fazer quando seu filho retornasse para se vingar. Imaginando que Lysfur voltaria ainda mais poderoso e sedento, temeu pelas suas criações. De imediato, começou a criar duas outras grandes raças para os homens: os anões e elfos. Com a junção destas três raças com peculiaridades diferentes, as possibilidades de sobrevivência aumentariam. Ademais, deu a capacidade para as três raças de controlar os resquícios de poder que ainda pairava invisivelmente no ambiente, que ficou conhecida mais tarde como mana. Seguidamente, criou animais que sabiam controlar essa mana desde o nascimento, mas cada espécie de sua maneira particular.

    Quando se recuperou suficientemente de suas feridas, Lysfur, agora também consumido pelo ódio e desejo por vingança, tentou causar mais destruição a todas as criações de seu pai, mas percebeu de imediato que muita coisa havia mudado. Receoso, raptou alguns humanos e os torturou em busca de resposta, mas, fiéis a sua divindade, nenhum deles respondeu o que era questionado. Sem piedade, continuou torturando os humanos até enfim as almas deles se corromperem, e Lysfur descobriu que podia criar criaturas cruéis e cheia de ódio com seu poder e espíritos corrompidos, e assim surgiu os demônios. Com estas criaturas malignas, foi possível espionar seu pai, e finalmente descobriu sobre as mentiras contadas. Lysfur riu e aceitou de bom grado estas mentiras, e assim surgiu Abaddon, o deus da destruição que detinha o reino sombrio em terras longínquas.

    Descobrindo que seu filho de fato havia criando um reino com suas próprias criaturas, Faz-Mundos temeu ainda mais os planos dele. Sua primeira ação foi mover sua construção em meio as nuvens para outra dimensão atemporal a esta, dessa forma evitando os espiões de seu filho. Lá, expandiu sua construção e cercou-se de seus vassalos, os anjos, e desta forma surgiu o Reino dos Céus.

    Ora, anos se passaram e Abaddon nunca mais teve notícias dos espiões sobre seu pai, mas ele era uma divindade impaciente, e, quando seu poder se tornou grandioso, atacou com sua grande horda de demônios. Os humanos, elfos e anões por anos também se preparam para enfrentar o deus da destruição, e juntos o enfrentaram com todo seu poderio. Não obstante, o exército sombrio de Abaddon era muito poderoso, e os homens pereciam cada vez mais rapidamente. Enfim, o som de trombetas ecoou, e a hoste de anjos adentrou no combate, surpreendendo a todos, mas o exército sombrio continuou persistindo.

    O rumo da contenta mudou quando os arcanjos Samael e Miguel infligiram danos fatais em Abaddon. Neste momento, os demônios viram a cena de seu onipotente deus sangrado, e fugiram de medo dos anjos. Abaddon, sem escolha, também recuou em seguida, gritando de fúria. A vitória recaiu sobre os homens com a ajuda dos anjos.

    Faz-Mundos soube que naquele momento era a melhor oportunidade para matar Lysfur, porém ele não conseguiria e suas tropas estavam exaustas, feridas e com graves perdas — e enviá-los seria arriscar tudo. O medo agiu sobre ele, impedindo-o de fazer esta escolha. Entretanto, uma ideia surgiu em sua mente — criar a quinta e última raça de suas criações, e a mais poderosa dentre elas: os nephilins.

    Como na criação de suas outras raças, Faz-Mundos coletou cada elemento do planeta e, como feito com Lysfur, pegou uma parte de seu poder para criá-los. Faz-Mundos não era tolo por colocar tamanho poder em um único ser novamente e nem de desafiar o equilíbrio por fazer muitos, então determinou que sete era o suficiente.

    Considerando a quantidade, os nephilins foram os que mais levaram tempo e poder para ser criados, pois O Construtor os modelou e poliu com toda sua destreza. Mas, enfim, a raça nephilim passou a existir: Morte, Guerra, Fúria, Peste, Fome, Vida e Vingança eram seus nomes. Porém, apenas os cinco primeiros iriam confrontar Lysfur, portando foram marcados com selos em suas almas para selá-lo e seriam treinados por Samael. Vida e Vingança também fariam algo de suma importância, mas isso será contado em outro momento.

    Na dimensão do Reino dos Céus o tempo transcorria mais rapidamente, então os Cinco Selos tiveram seu treinamento concluído antes mesmo que Abaddon se recuperasse totalmente de suas feridas. Então, com armas forjadas e magias projetadas pela Vida, os Selos invadiram o reino sombrio. Surpreendido, Abaddon não conseguiu parar a investida impetuosa dos poderosos nephilins e acabou sendo selado, aprisionado em outra dimensão.

    Mesmo com o reino sombrio estando situado em terras longínquas, fora possível sentir o poder e os gritos de fúria de Abaddon emanando da batalha. No fim, Tyrael apareceu diante os homens e comunicou que Abaddon havia sido selado por cinco nephilins, mas, em tempos distantes, o selo se romperia e o deus da destruição retornaria.

    Alegraram-se então os homens pela queda de Abaddon, o Senhor Sombrio. E os Selos passaram a ser adorados por eles como verdadeiros deuses.

    Ora, acontece que, depois de tantos anos de paz, as raças passaram a conflitar entre si, e por fim separaram-se cada um para seu lado, contudo, nunca pararam de guerrear pela supremacia. Novos deuses passaram a ser adorados, os antigos esquecidos e a história do início de tudo virou lenda, que cada geração a mais era esquecida. Humanos, elfos e anões esqueceram o que é o verdadeiro medo; esqueceram que um dia Abaddon retornaria com insaciável obsessão por destruição.


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