Os Cinco Selos

Tempo estimado de leitura: ontem

    14
    Capítulos:

    Capítulo 192

    Embarcação

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yoooo

    Tô postando nesse horário porque to passando meio mal, e não tenho certeza se irei sobreviver até amanhã

    MAS SEM CAPÍTULO SEMANAL A GENTE NÃO FICA NESSA PORRA

    Só as vezes

    Boa leitura ^^

    Após a abertura do pórtico, Edward mergulhou para dentro do desconhecido sem pensar duas vezes.

    Pietra se apoiou na borda do navio, observando seu capitão desaparecendo, e suspirou.

    — O que deu nele? — perguntou ela.

    — Nada de mais. Na verdade, só se tornou um verdadeiro arrogante — respondeu Mika, dando de ombros. — Quem não ficaria depois de aguentar uma luta contra Bahamut por tanto tempo que nem ele?

    — Isso é bem verdade.

    Aiken percebeu que a força com que seu navio estava sendo tragado pela fenda não possibilitaria a parada com a âncora. Praguejando por ter que perder o Eclipse, avisou a todos para que não saíssem que nem o idiota do capitão. Contundo, ele sorriu com a ideia do Eclipse ser o primeiro navio a navegar direto para o inferno.

    Pouquíssimo tempo havia se passado, e finalmente haviam sido puxados até a borda da grande e profunda cavidade. Aiken gritou para que se segurassem em algo, mas desnecessariamente, pois todos já estavam agarrando-se firmemente pelo convés, e Dante segurava o Corvo. No momento em que a proa do navio ficou voltada para baixo, ansiosos, eles prenderam a respiração ao encarar a escuridão da queda que parecia ser infinita.

    — Espera, por que nós não descemos para o convés inferior?! — questionou Dante.

    Quando abriram a boca para respondê-lo, Eclipse começou sua queda para o destino final.

    Seus corpos, que estavam pendendo para frente por causa da inclinação da proa, foram projetados violentamente para trás. A parte da borda onde Dante se agarrava não aguentou seu peso e força feita pelos seus músculos, assim quebrando-se e fazendo ele voar até conseguir se segurar na popa perto de Kleist. Uriel, que estava segurando-se no mastro, viu a madeira onde Dante segurou começando a rachar. De imediato, ela fez o gelo brotar de suas mãos e congelar as mãos dos Selos no lugar de apoio. Mikaela e Aiken estavam segurando firmemente a balaustrada do em volta do leme, e nenhum deles sentiu o sangue congelar por causa da adrenalina. O gelo não foi necessário em Pietra, pois suas mãos haviam escorregado da proa e seu corpo viajou até bater de costas contra a parede da cabine do capitão, que por sorte não ruiu, e a gravidade segurou ela.

    Mikaela, Dante, Aiken e Pietra gritavam, mas não de medo. As gotículas da água que caiam junto com eles salpicavam seus rostos.

    Ora, em um piscar de olhos, adentraram na dimensão do Inferno. A água, outrora pura e cristalina, tornou-se negra, podre e fétida. Notaram que a textura da rocha nas paredes havia mudado para outra coisa, mas que não conseguiam enxergar por causa da elevada velocidade. Sentiram que o ar se chocando contra eles estava mais pesado, parecia que havia se tornado completamente palpável.

    Segundos após, Edward surgiu e agarrou-se no mastro, acima da Uriel, com uma mão, enquanto a outra segura a foice com força. Mantendo um leve semblante de preocupação, ele olhou para o Aiken e vociferou:

    — Tem uma besta subindo em direção a nós do tamanho do navio, Aiken!

    — Hã?! E o que cê quer que eu faça?!

    — Corta ele! — vociferaram eles.

    Praguejando mentalmente, Aiken deixou seu corpo mais pesado quando suas chamas prateadas o envolveram. Quando seu corpo começou a cair mais rápido do que o Eclipse, soltou-se da balaustrada e caiu até pisar na borda da proa. Com o peso, o navio chacoalhou, e o ele teve ainda mais dificuldades de se equilibrar. Uriel fez o seu gelo seguir até os pés do Selo e estacas emergiram diagonalmente até as laterais de sua cintura, estabilizando-o por quase completo. “Corte ele”, pensava Aiken levando a mão no cabo de uma de suas katanas. "Falaram como se fosse fácil fazer isto nestas condições". Suas chamas prateadas começaram a concentrar-se.

    Em um determinado momento, a criatura entrou no raio de visão do Selo e linha prateada que só ele podia ver se traçou retilineamente até ela. De imediato, percebeu que a criatura era praticamente idêntica a Sa'ezuroth, porém em um dimensionamento muito menor, e também porque havia apenas dois pares de patas.

    Aiken sacou sua katana Lua, onde sua lâmina roxa encontrava-se complemente encorpada com o prateado ondulante das chamas prateadas. Segurando o cabo com as duas mãos, levou a katana até sobre a cabeça.

    A besta demoníaca abriu sua bocarra cravejada de dentes pontiagudos e irregulares, faminto.

    Fome abaixou seus braços. Sua katana assobiou suavemente no ar, deslizando por entre a linha prateada que traçava o caminho certo. Da lâmina, um tênue e silencioso cintilar prateado seguiu em direção ao demônio. Em seguida, a criatura alada começou a dividir-se em dois, enquanto a inércia em seu corpo ainda o jogava para cima. O navio seguiu caindo, passando por entre as metades.

    — E foi realmente fácil — sorriu Aiken, embainhando a katana.

    O momento de triunfo se fora tão rápido quanto surgiu: avistaram o final da queda, que era contra o chão. Os sete arregalaram os olhos e gritaram.

    Eclipse chocou-se contra a superfície, desfazendo-se em migalhas, e toda a água negra recaiu sobre eles. Como se não bastasse, as metades do demônio alado também recaíram sobre eles, fazendo a água subir com o impacto junto com os destroços do navio.

    Edward saiu deslizando de costas pelo chão com Mikaela trajada com a armadura sobre ele.

    — Obrigada — agradeceu ela um grunhido. — Já havia aceitado ser esmagada pela aquela coisa.

    Mikaela observou sua armadura. Seu corpo estava envolto por um tecido negro que detinham partes de aço negro fixas sobre ele, que era adornado por fissuras horizontais: na parte superior dos braços, ombros, no peitoral, costas e coxas. Botas do mesmo aço ornamentada pelas mesmas fissuras e com um leve ressalto protegiam suas pernas. Ela ficou ainda mais admirada quando uma luz refletiu na armadura, revelando que o aço cintilava cores multicoloridas: verde, azul, amarelo, vermelho e prata. Ao sair sobre Edward, sentiu que a armadura pesava quase nada e que não atrapalhava em nada os seus movimentos.

    Dante, Corvo e Uriel caíram juntos, virados de face para o chão. O Selo se ergueu, também trajado com sua armadura, onde o aço detinha um belíssimo dourado. Sua couraça, na região do peitoral, o aço se sobressaia em camadas de baixo para cima; e dali para baixo, seguia em uma só camada com fissuras que desenhava seu abdômen. Suas ombreiras era a face achatada e fina de um dragão, assim como em suas grevas, que subiam até ocultar o joelho. Suas coxas eram protegidas pelo aço sobreposto um sobre o outro, também de baixo para cima, porém de forma quase imperceptível. Seus braços, porém, ficavam completamente despidos da armadura — e ele agradeceu por isto.

    Pietra saiu em meio aos destroços com Aiken em seus braços. A armadura dela era prateada, que cintilava igual as dos arcanjos. O peitoral, na região dos seus seios, era mais robusto, liso e desenhava suas curvas, mas depois descia rente ao seu corpo talhado com formato semelhante à escama de peixes. Suas manoplas, na parte superior, eram mais robustas, com a caricatura de várias almas em sofrimento talhadas em sua superfície, completamente nítido por causo brilho prateado; assim como em suas botas, que eram ressaltadas. De suas ombreiras, algumas tiras de tecido verde e translúcido desciam em seu corpo, ondulando mesmo sem o soprar do ar, parecendo ter vida própria.

    — O que seria de mim sem você, minha heroína? — disse Aiken, sorrindo divertido enquanto se agarrava a ela. Depois, depositou um beijo na bochecha dela.

    — Seria um homem que não estivesse correndo risco de vida — sorriu Pietra, docemente.

    — Ah, cruel, cruel, irmã.

    Aiken tocou os pés no chão, e finalmente soube o quão leve era sua armadura de aço de coloração cinzenta. A couraça, que começava mais alavancada na região do peito, descia em camada até seu fim; de forma superficial, estava talhado desenho de almas devorando umas as outras por toda sua extensão. De sua ombreira esquerda, havia uma curta capa negra que passava pelo pescoço e recaia no ombro direito, no início das costas e por quase todo o braço direito. Seus braços eram cobertos pelo tecido negro e o antebraço pelas manoplas, que desciam em camadas iguais à couraça. Grevas protegiam suas pernas e o tecido negro sua coxa.

    Kleist fora arremessado para cima junto com água fétida e os destroços e caiu rolando pelo chão, mas rapidamente se colocou de pé, antes que vissem. A couraça de sua armadura descia em camada de aço dourado em forma de “V” cada vez menores, e a parte de fora destas camadas era lisa de aço prateado cintilante. Suas ombreiras, douradas, era de uma caricatura de uma alma com expressão de horror. Em seu braço esquerdo, a armadura dourada descia em camadas de placa de aço que se reduzia cada vez mais, até chegar nas costas da mão, encobrindo a manopla. Seu braço direito, porém, era protegido por colunas um pouco separadas de finas correntes que acoplavam da borda da ombreira até os anéis em cada dedo da mão.

    — Não senti nem mesmo uma dorzinha da queda — observou Mika. — Essa armadura é mesmo incrivelmente boa.

    — Com certeza — dizia Uriel —, fora Vida que a forjou, afinal.

    Os Selos estavam tão distraídos com suas novas armaduras que esqueceram de olhar ao redor, todavia, por fim, foi o que fizeram em seguida.

    O inferno, pelo menos naquela parte, parecia ser um túnel de proporções exorbitantes. Suas paredes, ao invés de ser constituída por rochas, era de uma estrutura semelhante a carne e com certos pontos feitos de um tipo de casca cinzenta ou vermelho-escuro. Desta estranha parede, haviam orifícios que variavam de tamanho, e deles saiam uma gosma verde e também uma espécie de pequenos insetos demoníacos redondos e com asas de libélula. O chão, nada nivelado, em que pisava era feito da mesma casca nas paredes, mas estas pareciam ser mais sólidas e resistentes. Sentiam que o ar que respiravam, além de cheirar mal, era mais pesado e sujo, tanto que era possível ver pequenas partículas pairando. A luz lá dentro era meio apagada, apesar de ainda conseguirem enxergar bem, e eram providas de cristais e fungos luminosos.

    — Não me parece ser um bom lugar para chamar de lar — comentou Aiken, cutucando o nariz.

    — Para aonde vamos agora? — questionou Pietra.

    Dito isso, gritos de agonia ecoaram, cada vez mais próximo. Do mesmo lugar em que vieram, as almas moribundas desceram e passaram por eles, seguindo inferno adentro por um caminho.

    — Bem... seguir as almas que serão torturadas e posteriormente transformadas em demônios parece ser uma boa opção para mim — disse Ed, tomando a frente, e Corvo pousou em seu ombro.

    Ora, então foi o que todos fizeram. Os Selos, por muito tempo, trilharam o caminho pela qual as almas seguiam. A todo o tempo, o “túnel” variava bem pouco de suas características iniciais, sendo que estas mudanças era apenas quando encontravam alguma bifurcação ou fenda em suas paredes, que na maioria das vezes saiam criaturas demoníacas de lá, mas eles nunca desviavam do caminho. A maioria das criaturas demoníacas que atacaram os Selos neste meio tempo pareciam ser uma versão grotesca e, em alguns casos, maior do que encontrado no plano existencial. Haviam formigas demoníacas do tamanho de um cachorro de grande porte e seres quadrupedes um pouco maior e dotado de músculos sem olhos ou narinas, apenas com bocarra enfileirada por dentes irregulares e alguns pontiagudos. É claro, não pode faltar os insetos demoníacos voadores: mantódeas e mosquitos. Nos mantódeas, seus membros anteriores sob a cabeça eram como lâminas, assim como os bicos dos mosquitos — e nem queira o saber o quanto de sangue ele sugaria de você. Obviamente, a proporção e seu visual era um tanto quanto grotesco. Aiken logo foi capaz de perceber que estas criaturas não são sencientes, como qualquer demônio inferior, mas Edward notou que elas não detinham alma. Uma nova incógnita surgiu com isto.

    Não é novidade em que nenhuma destas aberrações não foi problema para nenhuma das aberrações chamado Selos. Ademais, aproveitaram do momento para fazer alguns testes em suas novas armaduras. Obviamente, ela era muito resistente, sofrendo nem mesmo um arranhão. O tecido negro presente nas armaduras de Aiken e Mikaela, para a surpresa deles, também era bem resistente, mas não tanto quanto o aço, e se regenerava depois de um certo tempo.

    Em um determinando momento, eles chegaram no fim do caminho que traçavam, e de lá haviam cinco bifurcações em que poderiam escolher para seguir. Se entreolharam esperando que um deles desse algum palpite sobre a direção, porém não foi necessário. Almas seguiram pela bifurcação mais à esquerda, e seguiram por esta. Agora, sentiam-se em um verdadeiro túnel; era estreito, escuro e dificultava a respiração. Estavam pisando em uma substância gosmenta, que prendiam suas botas.

    — Ae, Dan, pago uma rodada de cerveja para cê comer esse troço — propôs Aiken.

    — Nem fodendo.

    — Diz isso só porque Uriel está aqui — disseram os Selos.

    — É verdade, Dan? — perguntou Uriel.

    — Nunca escutei tanta calúnia antes — respondeu Dante com falsa segurança.

    Uriel não acreditou nele.

    Gritos de horror ecoaram. Diversas almas passaram por dentro dos corpos deles, provendo uma sensação de frio intenso e horror acentuado, fazendo-os praguejar bem alto quando cessaram. Depois, começaram a escutar o barulho de água transcorrendo como se fosse em um rio.

    Poucos minutos após adentrarem, que parecia uma eternidade, o túnel finalmente chegou ao fim. A área agora era incrivelmente ampla. Olhando para cima, eles percorreram os olhos pelas paredes até elas se perderam na escuridão acima. Olhando ao redor, a situação era a mesma. Diversos das criaturas demoníacas, sendo algumas novidades, entravam e saiam por todos os buracos espalhados pelo lugar. Perceberam que, ao seu lado esquerdo, havia sim um fim, e todos correram para lá. Conforme se aproximavam, o som de águas ficava mais violento.

    Chegando na borda, todos imediatamente observaram as diversas cascatas de água negra caírem diretamente para a mesma foz, que descia muito abaixo deles. A violência da água chocando-se contra água fazia partículas subirem. Se não fosse pela coloração e o cheiro fétido, aquela seria uma bela e memorável vista.

    Voltando para a trajetória, eles logo chegaram até o leito do rio podre. No momento em que iam saltar para o outro lado, Uriel observou que havia uma embarcação não muito distante de onde estavam, e para lá que foram, receosos. Era um grande navio sem detalhe algum, onde seu casco se erguia muito mais do que qualquer navio. Seu convés não havia mastros, nem leme, nem balaustradas; nada além de um único ser. Ele estava envolto em um manto negro e encapuzado e parecia ser feito de sombras; se tinha rosto, não era possível ver, assim como o próprio corpo. Carregava apenas uma lanterna de ossos em sua mão, com chamas verdes e azuis que ondulavam. Com a rampa do navio tocando a superfície, diversas almas começaram a adentrar e amontoar nessa estranha embarcação.

    — Ei — chamou-o Ed —, quem é você?

    — Eu sou um espectro. Podem me chamar de Vigia. — respondeu a figura sombria, com a voz soprando como uma brisa. — Suas almas têm um corpo para habitar. Para adentrar, um preço há de se pagar: seus corpos terão que abandonar.

    — Ah, não quero perder este meu corpinho escultural, tá ligado? — disse Aiken, deslizando as mãos pelo corpo.

    — Credo, Aiken — resmungou Pietra —, só tem pessoas do nosso grupo aqui e estou envergonhada ainda assim.

    — Quietos — reclamou Ed.

    — Ih, alá, está dando uma de capitão responsável — sussurrou Aiken ao Kleist.

    Edward virou seus olhos furiosos em direção ao Aiken, que logo evitou-o e ergueu os braços.

    — Parei, parei.

    — Então, Vigia — retomou Ed encarando o espectro —, somos os Selos, até mesmo aquele retardado, e sou o Morte, o capitão. Não iremos pagar o que você pede. Exijo que nos leve até Lúcifer.

    — Selos... Morte... Ah, então vocês são os discípulos de meu Imperador. — O Vigia balançou a lanterna de leve, fazendo um curto silêncio. — Sim... vocês podem adentrar sem pagar o preço.

    Edward foi o primeiro a saltar direto para o convés e outros fizeram o mesmo em seguida, com exceção a Uriel, que ficou indignada.

    — Sério? — ela dizia — Não temos nenhuma informação sobre o inferno, e vocês simplesmente sobem em um barco com um demônio que diz que irá levar-nos para o Lúcifer?!

    — Sim — simplesmente concordaram.

    Mikaela suspirou.

    — Acredite, Uriel, eu estive justamente na mesma posição em que você está agora. — Mikaela se apoiou na borda com o cotovelo e repousou o queixo sobre a palma, com uma expressão de consentimento. — Olha só para mim agora... Só percebi o que fiz depois que você disse. Vamos, suba logo, não irá convencer estes idiotas...

    Uriel continuou indignada, mas, ao ver os sorrisinhos estampados nos Selos (exceto em Kleist, claro), aceitou maneando a cabeça em negação. Então, subiu para o convés.

    Misteriosamente, a embarcação começou a navegar, sem vento a soprar, sem remar e nem mesmo houve o barulho da âncora a emergir.

    — Onde estamos, Vigia? — perguntou Kleist.

    — Na entrada do Inferno. Para aonde vamos agora é adentrar de fato.

    — Mas se seguirmos por aqui, iremos direto para a foz — interveio Ed.

    — Para vocês, sim, é apenas uma foz.

    Com a tripulação em silêncio, a embarcação seguiu pelo leito até chegar ao fim. Os Selos e a arcanjo correram até a proa, e ficaram surpresos ao ver que foz havia se transformado em um vórtice com diversas almas em meio a água negra, gritando de horror e sofrimento.

    — Sejam muito bem-vindos ao Inferno, meus discípulos — soou uma voz familiar, vindo detrás.

    Os Selos e a arcanjo arregalaram os olhos, virando-se para trás.

    A embarcação inclinou-se para a queda, desequilibrando a todos. Mas, ainda sim, eles puderem ver o rosto de Lúcifer. Estava diferente: haviam várias veias negras espalhadas por sua face, parecia estar mais velho, os cabelos mais longos e a esclera de seus olhos estavam negras. De imediato, Uriel e Edward aplumaram suas asas e tentaram atacar Lúcifer, mas, mesmo daquela distância do vórtice, sentiram mãos agarrando-os e puxando-os para baixo, impedindo a investida.

    — Desfrutem de sua estádia. — Lúcifer sorriu sadicamente. — Pode ser o último lugar que vocês irão conhecer, afinal.

    Edward e Uriel se debatiam tentando livrar-se das mãos. Mikaela pensou usar seu teletransporte, mas sabia que não iria fazer diferença. Os outros Selos podiam fazer nada a respeito.

    Então todos foram tragados pelo vórtice.

    Continua <3 :p


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!