Sarah (FF1)

O futuro era incerto e Sarah temia pelo que viria a seguir. Estava sentada em sua cama trajando apenas uma fina e transparente camisola branca. A lua brilhava alto no céu, o satélite parecia feliz e indiferente de todo o horror do mundo. Sarah tinha inveja dela, também queria estar em paz e segura.

Embora vivesse na proteção do palácio de Cornelia, sendo a princesa do reino, Sarah não podia simplesmente fechar os olhos para os males que assombravam o mundo. Males esses que cresciam a cada dia em um caminho catastrófico que só poderiam levar ao cãos. Monstros se tornavam mais astutos e violentos, saindo de seus territórios e atacando cidades. Tempestades e terremotos ocorriam com mais frequência e muitos eram os barcos que naufragavam na água escura do mar, vidas eram ceifadas as dezenas e perdiam-se para sempre no interior do oceano. E, como se tudo isso não bastasse haviam os sonhos.

Sarah sonhava com algo poderoso, uma sombra sinistra que ameaçava não só Cornelia, mas também o mundo inteiro. Ela não sabia o que era pois seus sonhos nada explicavam sobre o perigo que viria, mas eram bem claros quanto a ameaça que logo chegaria. Talvez por causa desses sonhos terríveis que ela não conseguia dormir aquela noite. Já era bem tarde e a princesa estava sentada em sua cama, abraçava os próprios joelhos enquanto fitava a lua com um olhar triste.

A porta para a sacada do castelo estava aberta e por isso o ar gélido da noite invadia o quarto. Sarah se levantou devagar e foi até a sacada, encostou suas mãos na grade de proteção e ficou a fitar o reino lá embaixo. Não havia quase ninguém visível, apenas alguns soldados sonolentos fazendo a guarda do castelo.

Sarah era a filha mais velha do rei, com seus dezoito anos era a próxima na linha sucessória, quem um dia herdaria o trono de Cornelia. Seus cabelos eram curtos de uma coloração castanha-clara que as dependendo de como a luz batia neles adquiria uma tonalidade loira sutil. Seus seios eram muito fartos, tão grandes que ela chegava a ficar sem jeito. Estava praticamente nua se não fosse uma fina camisola que deixava seus ombros e braços a mostra. O tecido transparente deixava a mostra o contorno de seus belos seios. A roupa descia até a metade das coxas e balançava sutilmente ao ritmo do vento.

- Ah o que será de Cornelia? – disse a princesa para ninguém em particular.

Obviamente não houve resposta, mesmo assim ela ficou um tanto decepcionada, queria alguma coisa, um sinal, de que haveria um feixe de luz para dissipar aquela escuridão. Havia uma profecia que dizia que em tempos sombrios guerreiros portando cristais mágicos viriam para trazer a paz, mas essa era uma profecia antiga, tão antiga que muitas pessoas já não acreditavam mais nelas. Os tempos estavam perigosos e hostis, mas os guerreiros da luz, como assim eram chamados na profecia, não haviam aparecido.

Sarah sempre acreditou que eles viriam, mas em alguns momentos sua fé fraquejava e ela começava a duvidar de que a profecia fosse mesmo se cumprir. Aquele era um daqueles momentos. A princesa fitava o céu e um sentimento de tristeza e abandono a invadiam lentamente. Ela juntou as mãos em uma oração silenciosa, pedindo com toda sua força para que Cornelia não mais sofresse, que os guerreiros enfim surgissem.

Aquela não era a primeira noite em que ela rezava pedindo uma luz. Desde que seus sonhos começaram Sarah rezava com cada vez mais frequência. Naquela noite porem algo diferente aconteceu. Ela teve uma resposta.

Uma voz feminina doce e longínqua lhe sussurrou que tudo ficaria bem e que os guerreiros aos quais ela esperava não tardariam a chegar. Embora Sarah ansiasse por uma resposta a mesma ficou assustada por finalmente tê-la. Sobressaltou-se e recuou alguns passos. Tímida olhou para os lados procurando a dona da voz, mas não havia ninguém ali. Ela estava sozinha ou pelo menos aparentava estar.

- Oi....? – disse insegura – se alguém me respondeu por favor fale comigo.

Sarah sentiu o ar noturno ficar ainda mais frio, tão frio como se estivesse em uma noite de inverno. Institivamente abraçou o próprio corpo, sua fina camisola quase não lhe protegia daquele frio repentino. Não era para menos visto que Sarah estava praticamente nua por debaixo de sua roupa de dormir.

Foi então que algo magico aconteceu, uma luz branca-azulada surgiu em frente a princesa. De inicio eram apenas pequenas moléculas de luz, como fadas brincando no ar, mas rapidamente essas partículas multiplicaram-se, unindo-se até formar uma figura humana. Uma mulher surgiu da luz, uma entidade de pele branca e longos cabelos azuis anis. Sarah ficou encantada por aquele ser divino, era uma mulher linda, parecia um espirito sagrado. Ela tinha gentis olhos azuis e cabelos que desciam pelas suas costas como cascatas congeladas. A moça levou as mãos aos ombros da princesa e a fitou de forma maternal.

- Sarah, não tenha medo pois por mais difíceis que estejam as coisas os heróis da profecia irão surgir. A muito tempo ouço suas preces minha pequena. Seu coração é cheio de bondade e compaixão e saiba que sempre a aqueles que ouvem suas preces. É uma pessoa iluminada, terá um papel importante para auxiliar os guerreiros da luz.

As palavras daquela entidade encantavam Sarah que ouvia a cada uma delas com um brilho de admiração nos olhos. Sentia-se atraída de uma forma inexplicável por aquela mulher, sabia que ela não era uma criatura comum. O mais provável era que fosse um espirito elemental e pela sua aparência e o toque frio de suas mãos Sarah tinha certeza de se tratar de um espirito do gelo.

As mãos daquela mulher subiram dos ombros até encontrar o rosto da princesa. Gentilmente ela o acariciou sem deixar nem por um segundo de encarar Sarah nos olhos.

- Me chamo Shiva, sou o espirito elemental de gelo – disse e, como um sinal de boas-vindas, Shiva beijou-a lentamente nos lábios.

Não foi um beijo intenso, na verdade não passara de simples selinho, mesmo assim a princesa perdeu-se naquele doce beijo. O tempo parou para ela e o mundo inteiro se tornou mais colorido. Timidamente ela abraçou Shiva retribuindo com amor ao beijo. O corpo da elemental era frio, mas mesmo assim Sarah sentia-se acolhida e protegida nos braços dela.

Quando o beijo terminou Sarah sentia-se meio tonta, ainda embebecida pelo sabor dos lábios de Shiva. Ela a beijou mais uma vez, dessa vez de uma forma um pouco mais intensa e Sarah retribuiu com carinho.

Gentilmente o espirito do gelo guiou Sarah até sua cama, pedindo para que ela deitasse. A princesa obedeceu ciente do que aconteceria a seguir e corando só de imaginar que teria uma noite de amor. Tudo poderia parecer muito rápido e de fato o era, mas a verdade é que tudo fluía naturalmente. Sarah sentia vergonha e nervosismo por fazer amor, mas nem um pouco pressionada ou em duvida sobre realmente querer isso. Seu pai porem obviamente não aprovaria aquilo e o fato de Sarah se envolver as escondidas só tornava o ato mais excitante.

A princesa deitou-se na cama ainda um tanto tímida. Muito sem jeito começou a despir sua camisola deixando seus grandes seios a mostra. Eram seios fartos com mamilos inchados e atraentes, Shiva sorriu ao vê-los e disse, elogiando a princesa.

- É muito bela Sarah – ela se sentou na cama ao lado da princesa, suas mãos iniciando carinhos nos seios de Sarah, estimulando-os com toques sutis.

A sensação de ser tocada era maravilhosa. Sarah eram virgem, mas já havia se estimulado com caricias em seu próprio corpo para adquirir prazer. Nesses momentos se imaginava sendo tocada por algum galante cavaleiro com armadura reluzente igual aos contos de fadas. Ela já havia imaginado sendo tocada por moças também, mas nem em suas mais delirantes fantasias havia imaginado fazer amor com um espirito do gelo.

A princesa estava praticamente nua, tudo que lhe cobria era uma fina calcinha branca com bordados florais. Ela se mantinha confortavelmente deitada com a cabeça apoiada em macios travesseiros. Shiva a olhava intensamente, suas mãos sempre trabalhando em acariciar os seios de sua princesa. Sarah arfava um pouco, nervosa por aquilo tudo.

- Isso... é novo para mim – disse corando, suas faces tão vermelhas devido a situação – se alguém soubesse do que acontece aqui agora seria um escanda-lo!

- Já fiz amor com muitas princesas antes em diferentes situações – disse Shiva sorrindo de forma carinhosa, suas mãos faziam uma massagem nos seios de Sarah – ninguém descobriu nada, então não se preocupe o que acontecera aqui ficara só entre nós.

Para selar o que dizia ela beijou novamente Sarah que retribuiu o gesto com muito amor. Shiva desceu sorrateiramente uma das mãos até a intimidade da princesa colocando suas mãos dentro da calcinha dela e encontrando sua delicada vagina. Com experiência acariciou entre as pernas de Sarah o que produziu gemidos excitados. Rapidamente ela ficou úmida nesse ponto e Shiva sorriu satisfeita.

Shiva a estimulou por mais alguns instantes, provocando-a com uma masturbação agradável. Quando achou que a princesa já estava ponta retirou-lhe a calcinha deixando-a totalmente nua.

- Com sua licença princesa – disse educadamente abrindo as pernas de Sarah e beijando-a na vagina. A princesa sentiu seu corpo todo tremer de desejo e sentiu-as ainda melhor quando Shiva começou a lambe-la de forma estimulante ali.

Se tocar para conseguir prazer não era nada comparado ao que Sarah sentia naquele momento. Estava excitada, queimando por dentro. Shiva era experiente em suas caricias, nem rápida nem lenta demais, ela parecia conhecer o corpo de Sarah melhor do que ela própria.

- Meu deus...! – gritou enlouquecida de prazer, instintivamente suas mãos fechavam-se sobre os lençóis brancos da cama – meus deus!! – repetiu ainda mais alto – não pare! Por nada nesse mundo!!

E que motivos tinha Shiva para descumprir um pedido real? Continuou com suas lambidas. Suas mãos repousaram confortavelmente nos seios da princesa massageando-os com um pouco de firmeza. Sarah gemia baixo, contorcia-se na cama e murmurava o nome de Shiva. Nada mais existia em seus pensamentos a não ser os toques e caricias de sua amante. O prazer que a princesa sentia só aumentava a cada segundo, culminando em um orgasmo que fluiu quente entre suas pernas.

Shiva engatinhou até a princesa que arfava ofegante. Distribuiu beijos em todo o corpo de Sarah: coxas, barriga, seios, até que os lábios das duas se uniram em um beijo final, sublime.

- Satisfeita princesa? – perguntou Shiva deitando-se sobre sua amante. Os corpos das duas estavam bem colados, o calor da princesa constratando com a frieza do corpo da elemental.

Sarah não se lembrava de ter ficado tão satisfeita em toda sua vida. Com mais coragem devido a transa recente ela teve a iniciática de tocar o corpo de Shiva, acariciando-lhe os seios e descendo as mãos até a bunda dela. As duas juntaram ainda mais seus corpos em um gesto cheio de intimidade e carinho.

- E agora? O que será de nós? Você ira me visitar de novo ou...? – Sarah deixou a frase no ar. Tinha vergonha de se sentir tão atraída, deixando-se levar tão itensamente pelo sentimento de amor que repentinamente sentia por Shiva.

O espirito do gelo acariciou os cabelos de Sarah beijando-lhe a testa. Sorrindo com carinho respondeu.

- Eu sou um espirito que existe a incontáveis séculos... não posso me relacionar com você ou com ninguém, não da forma como você merece – ela sorria, um sorriso gentil que fazia o coração de Sarah acelerar – você merece se casar Sarah, ter uma família governar seu reino. Já eu... – ela deu de ombros como se não pensasse muito em seu futuro – eu continuarei vivendo, velando por esse mundo e dando auxilio aqueles que pretenderem protege-lo. Não poderemos ter uma relação mas eu posso visita-la em noites como essa e nós poderemos nos amar como fizemos hoje.

Cada uma daquela palavras tocou Sarah e a princesa as guardou em sua memória como pedras preciosas. Ela amava Shiva, não de uma forma simplesmente sexual, não, era algo mais belo que isso. Sarah a admirava e por isso a desejava. Sentia pelo espirito carinho e, em seus braços, encontrava conforto e proteção. Ela entendia que as coisas deveriam ser como Shiva dissera e aceitava isso.

- Vou esperar ansiosamente pelas suas visitas – disse corando, suas mãos massageavam a bunda de Shiva – mas essa noite ainda não acabou, temos muito tempo então – Sarah corou mais, surpresa com sua própria ousadia. Sua vergonha porem não a impediu de beijar novamente sua amante – vamos continuar a nos amar.

Shiva sorriu de leve e as duas voltaram a trocar carinhos e beijos. A noite era realmente longa e elas ainda tinham muito o que aproveitar.