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- Já terminamos? – perguntou Sindel com uma voz sutil encoberta de ironia.
Estava na sala do trono em seu castelo, aonde sua inimiga tivera a tolice de desafia-la. Era um grande e amplo salão de pedra, escuro e mórbido. Tochas acesas estavam espalhados por todo o lugar, queimando com chamas esverdeadas e dando ao castelo da rainha um clima pesado e macabra, exatamente como ela gostava.
Sonya Blade gemeu alguma coisa no chão. A lutadora terráquea havia feito a tolice de desafia-la e agora pagaria com a vida. Sindel se aproximou de sua adversária com passos calmos, não tinha pressa, queria saborear aquele momento, cada pedacinho dele. A imperatriz de Edenia possuía longos cabelos brancos que desciam até a cintura, com uma longa mecha de cabelos negros bem no centro. Era muito bela a seu modo, uma beleza levemente horripilante, as pupilas brancas, a face com traços sutilmente bestiais e a postura imponente lhe faziam uma rainha temida tanto fora quanto dentro dos combates.
Ela vestia uma roupa de um roxo impactante que em sua forma se assemelhava a um maio. Seus fartos seios eram bastante realçados pelo decote. Sindel possuía a aparência de uma mulher de aproximadamente trinta e cinco anos de idade embora, na verdade, já tivesse vivido muitos milênios.
Ela cutucou o rosto de Sonya com a ponta do pé, a guerreira estava semiconsciente, sangue manchava sua testa e escorria de seu nariz. Seu corpo com músculos atraentes estava repleto de hematomas. Sonya Blade havia mostrado coragem e determinação desafiando-a para uma luta singular, mas a garota não sabia com quem estava lidando e escolhera a pessoa errada para enfrentar. Sindel não havia se tornado imperatriz a toa, precisou derramar muito sangue para manter-se no trono e ela era do tipo que preferia fazer isso com as próprias mãos.
- Isso até que foi divertido querida. Já acabamos? – perguntou com uma voz sensual ajoelhando-se ao lado da guerreira. Admirando-a com mais calma Sindel pode notar o quanto Sonya era bela com seus longos cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, seu corpo bem definido, e sua roupa apertada que dava um ótimo realce nas curvas de suas coxas. A loira vestia um top verde e branco que deixava a mostra sua barriga e uma calça led das mesmas cores. A mente perversa e sádica da rainha se excitava ao ver sua adversaria vulnerável e machucada. Sindel lambeu os lábios observando Sonya de cima a baixo, devorando-a com os olhos. Ela acariciou o rosto de sua inimiga, sentindo a pele macia dela. Sua mão desceu até os seios da loira, tocando-os sem pudor.
- Hmmm... nada mal. Posso deixa-la viver para virar minha serva pessoal o que me diz? – sua mão desceu ainda mais, acariciando a barriga de Sonya. A moça soltou um gemido baixo. Aos poucos recobrava a consciência.
Sonya abriu os olhos devagar, piscando-o algumas vezes. Havia sido nocauteada por sua inimiga. Sentiu seu corpo todo ardendo de dor. Todos os seus ossos pareciam ter sido esmagados, mas aquilo não foi o pior, e sim sentir aquela demonia tocando-a indiscriminadamente.
- Então finalmente acordou? – Sindel voltar a acariciar o rosto de sua adversaria que tentou se afastar inutilmente. Toda aquela resistência só fazia Sindel se excitar ainda mais. A rainha voltou a falar, repetindo sua proposta – posso deixa-la viver se aceitar ser minha escrava pessoal... imagino que saiba que tipo de serviços irei querer de você.
Sonya imaginou-se tendo que servir aquela mulher arrogante e asquerosa, sendo sua serva e escrava sexual. A ideia lhe deu asco, mas apesar disso ela não conseguia dizer não. Por pior que fosse servir Sindel era essa a única oportunidade de Sonya continuar viva. A policial se viu em um dilema, mas a duvida não durou mais do que alguns segundos. Era preciso apenas encarar os olhos perversos da rainha para que Sonya soubesse sua resposta.
- Va... pro inferno! – roncou a loira tossindo sangue. Podia perder sua vida, mas não sua honra.
Por Sindel tudo bem, com brutalidade segurou sua inimiga pela nuca e a puxou obrigando-a a se levantar. Sonya soltou um gemido, mas fraca como estava não podia resistir. Com um movimento rápido a rainha empurrou-a contra uma coluna de pedra. Sonya gritou alguma coisa e teria caído no chão caso Sindel não a segurasse pelo pescoço.
- Não se preocupe, logo seus amigos se juntarão a você – disse a rainha aproximando seu rosto do de Sonya. Ela lhe deu um selinho breve e foi retribuída com uma mordida no lábio inferior pela loira.
Sindel recuou o rosto com um grunhido de dor. Sua face adquiriu uma expressão monstruosa, que chegou a apavorar Sonya, mas rapidamente suavizou-se em um sorriso diabólico. Ela encarou sua adversária nos olhos e nada disse. Palavras não eram necessárias pois seus olhos diziam tudo. Sonya soube, com toda convicção, que iria morrer.
Sindel inspirou fundo, acumulando ar em seus pulmões então abriu a boca de uma vez e um som ensurdecedor saiu dela. Era um grito agudo, arranhado e cortante. Sonya gritou de dor, mas seu grito nem sequer foi ouvido devido a som altíssimo de Sindel. Aquilo não era apenas som, era algo mais, algo além. Sonya sentiu seus tímpanos estourando, sua mente se destruía em centenas de minúsculas explosões. Era como se todos seus neurônios estivessem sendo dizimados.
Sangue escorreu pelos olhos e narinas da loira, misturando-se com lagrimas e suor. Feridas microscópicas se formavam em seu rosto que era rasgado pelas ondas sonoras produzidas pela rainha. Enquanto tudo isso acontecia, enquanto Sonya sentia a sua vida desvanecer em demorados segundos, ela encarava o olhar sádico da rainha. Sindel a encaravam com um prazer indescritível. Seu rosto era puro êxtase e crueldade.
- P...pare... – sua voz parecia um murmúrio frente a voz avassaladora da rainha – eu aceito... eu aceito ser sua escra...va...
Sonya não acreditou que Sindel pudesse ouvi-la, mas ela ouviu, ou então simplesmente leu seus lábios. Cessou seu grito pondo fim a dor indescritível que a loira sentira.
- Muito bem, isso vai ser divertido.
E com essas palavras Sindel a soltou. Fraca demais para se manter de pé Sonya caiu no chão. A ultima coisa que viu antes de perder a consciência foram os pés de Sindel. Então, a escuridão a abraçou.