Os Cinco Selos

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 188

    Vida

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yooooo

    Estou postando capítulo agora porque eu quero

    ME DEIXA

    E os livros do The Witcher são muito bons, podem comprar

    Boa leitura ^^

    Atualmente...

    Após fecharem a ruptura que trazia o pilar para esta dimensão, Mikaela, Edward e Lizzie foram para a beira de um lago. Lá, eles usufruíram da água cristalina para retirar o sangue seco de seus corpos e tentaram amenizar as que estavam nas roupas.

    Terminado, eles se teletransportaram para a aldeia onde moravam, e ficaram completamente aliviados ao ver que tudo estava intacto e que não havia sinais de tentativa de invasão. Os moradores, ao ver Mikaela, logo foram enchê-la de agradecimentos e perguntas. Desviando, Edward seguiu caminho em direção a casa deles. Ao adentrar, seus filhos imediatamente correram para abraçá-los, e fizeram o mesmo quando Mikaela, não muito depois, também chegou. Eles informaram brevemente a Anne e Afonso sobre o que aconteceu no pilar, e propositalmente deixaram seus filhos escutarem.

    Edward vestiu seu sobretudo sem uma camisa por baixo e pegou Lizzie pelos braços, colocando-a em suas costas.

    — Para aonde vai, Ed? — perguntou Mika.

    — Tenho perguntas que precisam de repostas.

    — Irá demorar?

    — Não. — Ele olhou para ela, sério. — Busque os outros Selos. Não temos tempo a perder para esperar eles chegarem.

    — Considere feito. — Mika sorriu.

    Ele devolveu o sorriso e dirigiu-se até a porta, indo para fora. Corvo crocitou lá de dentro.

    — Pode vir junto, Corvo.

    ***

    No Reino dos Céus, haviam centenas de corpos mortos de anjos e demônios. Os anjos que não detinham ferimentos graves estavam responsáveis pela limpeza, fazendo o máximo que conseguiam para retirar tanta imundice sobre o solo sagrado. Os arcanjos Miguel, Jael e Amtiel ajudavam na limpeza.

    Em um determinado momento, os três sentiram um poder horrendo e poderoso aproximando-se lentamente da borda do Reino. De imediato, eles empunharam suas armas e outros anjos começaram a se reunir, todos olhando tensos para onde o ser iria surgir.

    Ora, acontece que quem surgiu foi Edward, com a haste de sua foice repousada no ombro e um corvo pousado no outro. Indiferente ao ter aquelas lâminas apontadas para ele, pousou na superfície serenamente. Percebendo que ninguém havia parado de estar hostil mesmo o reconhecendo, o Selo fez uma careta.

    — O que foi? — perguntou.

    — Por que motivo chegou aqui esbanjando sua aura horrenda? — questionou Miguel.

    — Ah, para. Não me diga que estão com medo só porque falamos que nem vocês estão livres de nossa punição caso coloquem o equilíbrio em risco. — Um sorriso abriu-se no rosto do Edward. — Acalma-se. Vocês não infligiram nada... pelo menos não dessa vez.

    Dito isso, os arcanjos abaixaram as armas e os anjos fizeram o mesmo logo em seguida. Sem dizer mais nada, Edward passou por eles, seguindo seu caminho desviando dos corpos. Não muito depois, Tyrael se juntou ao Selo na caminhada.

    — É bom vê-lo, Morte — cumprimentou o arcanjo.

    — Igualmente. Então, como foram as coisas aqui?

    — Caóticas. Fome e Fúria até passaram por aqui montando em uma monstruosidade gigante, enquanto enfrentavam outra monstruosidade gigante. Mas, felizmente, nos saímos bem, apesar de tudo. Digo, sofremos menos baixas do que eles.

    — E que diferença faz sofrer menos? Sabemos nem mesmo quantos demônios há na toca deles.

    — Hm. Isso é verdade. Boa observação. Então fomos mal — corrigiu. — O que fazes aqui? Se me permite perguntar.

    — Ah, tenho perguntas a serem saciadas.

    — Entendo. Irei parar de importunar então. — Tyrael esticou a mão em direção ao Selo. — Perdão pela arrogância de meus irmãos. Se bem que você colabora com esta arrogância.

    — Assim é mais divertido. — Ed sorriu e apertou a mão do arcanjo, puxando-o para mais perto e sussurrando: — Comunique aos outros para tomarem cuidado. Lúcifer criou dez seres poderosos. Não é preciso ser um gênio para saber que eles são criados especificamente para confrontar a nós.

    — Assim farei.

    Edward seguiu o caminho subindo os degraus que levavam para a sala do trono. Ele passou pelas antigas repartições dos serafins, que agora estavam completamente vazias, servindo apenas para relembrá-los dos pecados cometidos por setes deles. Pensativo, ele seguiu pelo corredor em direção a porta da sala, e os anjos que ali vigiavam rapidamente abriu-a. Desta vez, uma fenda estava por trás dela, surpreendendo até mesmo os vigias. Sem delongas, o capitão dos Selos adentrou na ruptura.

    ***

    Do outro lado da fenda, a calmaria atingiu Edward em cheio. O céu estava azul, ensolarado e com poucas nuvens, e o vento frio roçava em sua pele. O lugar era tomado por árvores, flores e a grama, todos com uma coloração bela, com um verde que nunca seria visto no plano existencial. Lizzie e Corvo também desfrutavam da sensação de paz que sentiram no momento em que entraram.

    Eles seguiram caminho pela estrada de tijolos, que os levava em direção a uma construção circular alavancada por tijolos brancos muito bem polidos. Um sulco ao lado, seguindo para o mesmo destino, transportava água cristalina, e subia pelos tijolos sem vazar. Corvo, que estava quieto, viu um corvo branco voando e voou em direção a ele.

    No cume da construção, o barulho de aço chocando-se ecoou ao mesmo tempo em que um brilho azul emanou. Conforme subiam a escada feita do mesmo material de tijolos, Edward sentia suas chamas respondendo a esse brilho azul, e percebeu que, ao invés de mana, era na verdade chamas.

    No fim dos degraus, Edward conseguiu observar uma mulher que estava mais à frente. Ela detinha cabelos negros e ondulados, que desciam até o fim de suas costas. Era do mesmo tamanho dele, e estava vestida com um tecido branco que deixava a lateral de seu corpo até a cintura à mostra. Em sua mão direita, havia um martelo negro com as extremidades de impacto feitas de cristal azul-escuro. Na mão esquerda dela, segurava uma alma sob uma grande bigorna. As chamas azuis pulsaram mais intensamente no martelo e ela brandiu contra a alma, fazendo o som de metal ressoar junto com as chamas que pulsaram pelo lugar. Por fim, ergueu a alma que definhou gradativamente no ar até desaparecer. Em seguida, a mulher olhou por cima do ombro, com um sorriso sem mostrar os dentes, e, com seus olhos azuis, fintou os de Edward.

    — Olá, irmão, Lizzie — ela disse.

    — Yo — cumprimentou Liz.

    — Há quanto tempo, Vida. — Edward sorriu.

    — Bastante. Até mesmo para mim. — Vida olhou Morte de cima a baixo, estudando-o minuciosamente. — Você ficou poderoso.

    — O que posso dizer, irmã? — Ele estufou o peito e colocou as mãos na cintura. — A experiência faz o guerreiro.

    — Ah, é? Esse monte de alma dentro do seu corpo que virou um novo ser tem nada a ver com sua força, então?

    — Talvez tenha. — Suspirou. — Chama-se Sombra. E é um cusão. Graças a ele, porém, posso fazer isso. — Edward ergueu o braço envolto em chamas azuis. Com a liberação da energia negra, transformou-se em chamas negras.

    — Incrível — ela disse, com os olhos cintilando. Por fim, piscou. — Acredito que você não tenha vindo aqui para me contar sobre as novidades.

    — Não. Estou desconfiado de algo, e preciso de sua ajuda para responder umas perguntas.

    — Certo. Acontece que, por causa desta guerra, minha demanda de almas está um pouquinho grande. — Vida pendeu a cabeça para o lado. — Que tal..., tendo em vista que o tempo aqui passa ainda mais devagar do que no plano celestial, eu termino de reconstruir algumas almas, você me conta as histórias, e depois respondo suas perguntas enquanto reparo a lâmina da Liz?

    Lizzie imediatamente sorriu e olhou para Edward. — Aceita?! — exclamou ela.

    — Aceito. — Edward sorriu.

    — Oba! — disseram as duas.

    Continua <3 :p

    Curiosidades:

    Vida: ela é responsável pela a reconstrução da integridade das almas que voltarão para os corpos de seres que estão sendo criados. Ademais, é responsável pela confecção e manutenção das armaduras dos anjos e arcanjos; e também na criação de magias. Tanto que fora responsável por criar a mais poderosas magias descritas nos livros do Mephistos, que teve Tyrael como encarregado pela a entrega destes livros aos humanos. Não só disto tudo, como foi a forjadora do machado da Pietra, das katanas do Aiken e a espada de Kleist — sim, fora ela responsável pelo aprisionamento do Odin, mas não pela sua derrota. Seu nascimento fora antes mesmo dos Selos, apesar de o cálculo de sua existência ser atemporal, entretanto, diferente do Vingança, a existência dela em si é temporal.

    Alguns de vocês foram capazes de perceber de imediato que, para eu descrever a Vida, deixei muitas descontinuidades (vulgo furo) na história. Eu estou ciente disto. Não, eu não criei ela do nada, na verdade, eu sempre tive a vaga ideia sobre a Vida. Infelizmente, essa ideia só se tornou sólida na minha imaginação enquanto estava no desenvolvimento da segunda parte. Esta criação firme sobre ela trouxe e encaixou-se em partes cruciais no desenvolvimento da história, tanto nos eventos que ocorrem anteriormente, agora e futuros. E, para isto, precisa ter um laço entre a Vida e a Morte bem fortes, assim como há entre os Selos, e a única maneira fora tornando-os irmãos.

    Portanto, por aqui, peço-lhes humildes desculpas por estar cometendo este erro proposital. Considere que, se eu mexesse nos capítulos anteriores, seria ainda mais errado com vocês, leitores que já passaram há muito por lá. E também peço que “ignorem” este erro, para um bem maior. Não obstante, com certeza irei introduzir a Vida desde cedo e da forma correta na história caso eu reescreva um dia, assim como algumas outras descontinuidades que já encontrei.

    Muito obrigado. Comam alface e tamo together ^^


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