Yo!
Depois de alguns capítulos seguidos com uma quantidade grande de palavras, finalmente temos um com a quantidade muito próxima ao padrão
Uma observação muito inútil, de fato, que estou fazendo só para ter algo escrito aqui
E eu estou muito puto por o meu teclado está tendo duplo clique ou mais
Boa leitura ^^
Edward sobrevoava sobre a guerra que acontecia, deslocando-se com os arcanjos Miguel e Anahel para o próximo demônio guardião da barreira que protegia o pilar que mantinha o reino dos Céus no plano existencial.
Vindo debaixo, um pilar de chamas laranjas emergiu em direção ao Selo. Ainda no ar, Edward girou seu corpo ao mesmo tempo em que suas chamas azuis o envolviam, assim dissipou todo o pilar quando as chamas o alcançaram, sem nenhuma dificuldade. De imediato, sentiu um demônio se aproximando dele.
— Eu sou Jorge!
Jorge, o demônio que bebericou do sangue de Lúcifer e fora derrotado por Dante, viajava no ar com seu braço esquerdo revestido com uma espessa camada de gelo. Edward ergueu seu braço esquerdo em posição defensiva, e acabou sendo atingido pelo punho em seguida. O Selo foi arremessado até bater pesadamente contra a barreira que cercava o pilar. Os pés do demônio tocaram o chão, e ele logo atirou-se para cima novamente em direção ao Edward.
— Mooooorra! — vociferou Jorge.
Anahel segurou o braço esquerdo de demônio com ele no ar, e imediatamente o revestimento de gelo foi desintegrado. Ela girou seu corpo, e atirou Jorge em direção ao chão, fazendo-o brandir pesadamente contra o solo de costas. Em seguida, a arcanjo desceu em direção ao demônio com seu braço direito pronto para desintegrá-lo, mas parou quando viu o turbilhão de chamas laranjas em seu caminho. No entanto, Miguel postou-se em sua frente e dissipou as chamas com o balançar de sua lâmina revestida com sua luz intensa. Quando Anahel voltou seu olhar para o demônio sob, não o viu.
Jorge havia recuado para ao lado de Belphegor — o demônio que Edward matou nos arredores de Gindeon —, e os dois ficaram encarando os arcanjos em meio à guerra que acontecia lá embaixo.
— Dispersem imediatamente! — vociferou Miguel para os anjos, que logo fizeram como ordenado, obrigando os demônios a fazerem o mesmo, deixando uma área livre ao redor de Jorge e Belphegor.
— Eu cuido dos dois — assegurou Edward, aproximando dos arcanjos. — Dão conta dos demônios grandes sem mim?
Miguel fez uma careta.
— Acredita que nós necessitamos de sua fútil aju-
— Sim, Morte — confirmou Anahel, interrompendo a arrogância de Miguel. — E você conseguirá?
— Claro.
Edward girou sua foice e arremessou-a para longe, distante do confronto.
Os dois demônios seguiram com o olhar para onde a foice ia, entretanto, quando viraram novamente seus rostos, viram a palma do Selo a poucos centímetros de si. Edward agarrou-os pela face e carregou-os no ar, e, depois de uma certa distância do confronto, arremessou-os para o solo.
Os demônios rolaram pelo solo e rapidamente colocaram-se de pé, e encontraram o Selo tão rápido quanto. Mais à frente, Edward estava em pé sobre a haste negra de sua foice, onde a lâmina estava fincada no chão. Ele estava com a postura ereta e com mãos cruzadas atrás das costas, e fintava Jorge e Belphegor serenamente.
— Perdoe-me se eu estiver enganado, mas posso jurar que matei você, Belphegor, e que Dante matou você, Jorge.
— Eu sou Jorge!
— Sim, você é.
— Lúcifer nos trouxe de volta. — Belphegor abriu um sorriso sádico. — E estive ansioso para lutar com você novamente desde então. Fiquei ainda mais forte, Morte.
— É mesmo? — Ed fez uma careta. — Não parece.
— Morra, por favor! — vociferou Jorge.
O demônio fez seus braços ficaram revestidos pelo gelo e avançou impetuosamente contra o Selo. Edward deslizou pela haste para mais perto da lâmina e girou seu corpo tendo seu pé direito como eixo, fazendo Jorge passar direto, e manteve o equilíbrio sobre uma perna.
Em seguida, Belphegor fez suas chamas irem até o Selo em forma de turbilhão, atingindo-o em uma explosão. Ignorando estas chamas, Jorge voltou e atacou com seu poderoso punho, aumentando o raio de explosão e fazendo à terra misturar com o fogo. Em meio a isso, Edward saiu incólume com a haste da foice repousada no ombro, e logo percebeu a aproximação de Belphegor. Belphegor o atacou com seu punho envolto em chamas, mas o capitão dos Selos girou seu corpo no ar, e o golpe acertou o chão. Morte colocou seus pés sobre as costas do demônio e impulsionou-se para cima, assim desviando da investida silenciosa, porém poderosa, de Jorge.
— Vamos lá, Jorge, sei que você consegue pelo menos fazer-me bloquear seu ataque — disse Ed, mantendo-se no ar com suas asas negras.
Recuperando-se apressadamente, Jorge flexionou seus joelhos e atirou-se contra o Selo. Desta vez, Edward defendeu-se com a foice, sendo empurrando para cima junto com o demônio. Seguidamente, Jorge começou a desferir uma sequência de golpes com seus punhos, o selo da Morte apenas movia seu corpo para desviar e utilizava a foice para desviar os punhos. Não obstante, Edward fora obrigado a aparar um poderoso soco dentre eles, fazendo-o ser atirado para o chão. No momento em que seus pés tocaram o solo, Belphegor confrontou-o diretamente com seus punhos e chamas laranjas, e as chamas azuis responderam no mesmo instante, entrelaçando-se. Sem se importar por Belphegor estar lá também, Jorge recaiu sobre o Selo também, erguendo uma cortina de poeira em meio ao confronto das chamas. Novamente, o capitão dos Selos saiu em meio a amálgama sereno, porém com a manga de sua camisa com uma parte queimada.
— Por que você não ataca?! — vociferou Belphegor, quando tudo fora dissipado. — Faça-me sentir dor! Dê-me novamente a excitação de lutar contra você!
— Vocês ainda não entenderam, seu masoquista de merda. — Edward suspirou e caçou a cabeça. — Por que vocês pensam que, só por terem ficados mais fortes, estão em meu nível? Em que tipo de mundo clichê vocês acham que vivem? — Mais um suspiro. — Farei vocês entenderem. Ei, Jorge, mate-me, por favor? Com toda sua força.
— Morra, por favor!
Subitamente, o gelo tomou conta do corpo do Jorge com uma armadura, porém bem mais robusta; seu poder começou a crescer demasiadamente, fazendo o solo tremer levemente. Em um piscar de olhos, o demônio avançou, mas, antes mesmo de conseguir desferir o ataque, já havia perdido o Selo de vista.
Edward, mais veloz do que os olhos de Jorge poderiam acompanhar, havia saltado, e agora estava sobre ele no ar. As chamas azuis envolviam Morte, então girou o corpo, e a foice teve o trabalho de cortar, sutilmente, o corpo do demônio verticalmente ao meio e abrir uma fenda no solo. Ele pousou no chão, e atrás dele as metades de Jorge recaíram de cada lado, formando uma poça de sangue.
— Entendeu agora, Belphegor?
Belphegor arregalou seus olhos negros e recuou um passo. Ele começou a sentir uma aura horrenda o envolvendo, e no segundo seguinte uma pressão enorme ficou sobre seus ombros, ocasionando um de seus joelhos tocarem o chão. Essa pressão ficou ainda maior e todo seu corpo tocou a superfície de bruços, e ele passou a não conseguir mover se quer um dedo.
— Isso o que está sentindo agora é o meu poder. Calma, não irei matar você agora. — Ed aproximou-se e pressionou a cabeça de Belphegor com o pé, fazendo a face dele ser pressionada contra o solo. — Tenho algumas perguntas que adoraria que você respondesse. — Ele agachou e agarrou o chifre do demônio, erguendo apenas a cabeça dele. — A primeira e a mais óbvia: onde está Lúcifer?
— Onde mais, senão o inferno?
— Realmente. Diga-me mais sobre esse seu novo lar.
Belphegor riu.
— Você acha que irei te contar tudo o que quer, Morte?
O demônio ergueu olhar para encará-lo, e encontrou os olhos frios e sombrios de Morte, enchendo-o de temor.
— Ainda pensa que pode falar assim comigo? — Edward afundou a cabeça de Belphegor com tanta força que vários sulcos se abriram. Quando ergueu a cabeça, o sangue pingava. — Antes, você podia ser do meu nível, agora não passa de um reles demônio imundo. — Novamente fez a cara do demônio bater contra o chão, porém com ainda mais força, fragmentando a superfície. Depois, pegou a foice e cravou nas costas de Belphegor, emanando chamas para dentro do corpo dele. Quando o grunhido de dor parou, Edward ergueu a cabeça dele. — Conte-me sobre o inferno.
— A... a maior parte... é como os humanos dizem. — Belphegor pausou para tossir sangue. — Almas pecadoras vão para lá... e sofrem até virarem demônios. Mas... existem divisões lá dentro... e Lúcifer fica na mais funda.
— Como se fossem andares?
— S-sim. Todos eles são prote...tegidos por demônios de alto nível... os Dedos.
— Quantos Dedos existem?
— Dez.
— Como chegamos lá?
— Não... sei. Lúcifer nos trouxe para cá com fendas criadas por ele e outros demônios.
Edward sentiu uma sensação estranha quando a presença da Mikaela emanou até onde estava. Ele ficou de pé e descravou a lâmina do demônio, erguendo-a.
— Espere... Não sei se Lúcifer é mais forte que Bahamut... mas é mais inteligente e astuto. Cuidado.
— Obrigado, Belphegor.
A lâmina azul da foice zuniu e sibilou, decapitado a cabeça de Belphegor pela segunda vez, e as chamas azuis o incinerou em seguida.
Continua <3 :p