O Mago Das Espadas - Livro 0: Os Escolhidos

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 3

    A Reunião

    Linguagem Imprópria, Nudez, Violência

    Surpresa pessoal!!! Venho com mais um capitulo para completar o dia, espero que gostem pois nele veremos nossa bancada de professores, nem um pouco convencional! Desde já um bom capitulo!!!

    Mais tarde na sala dos professores...

    – É sério, porque essa reunião? – Pergunta um homem de vestes azuis, cabelo azul preso em um rabo de cavalo, tinha uma lança vermelha cor de carmesim ao seu lado apoiada na mesa.

    – Não faço ideia, mais parece que o Archer teve uma reunião com o diretor e depois mandou todos nós nos reunirmos. – Responde um homem trajando um quimono azul e roxo, cabelo também de cor azul, preso em um longo rabo de cavalo que ia até sua cintura. Em suas costa carregava um longa katana de empunhadura e bainha laqueada, com duas pequenas cordas azuladas amarradas em seu cabo, sentado na mesma mesa, porém a frente do homem de lança.

    – Espero que não seja mais uma ideia maluca do diretor, só de lembrar das inúmeras lista que eu tive que pegar naqueles reinos e cidades... aff! Não gosto nem de lembrar!

    – Releve meu amigo.

    – Eu tento mas...

    – Que fuzuê é esse? – Diz uma voz feminina adentrando a sala, os dois homens se calam e vem à beldade entrando no recinto. Uma bela moça trajando um vestido curto e negro se junta a eles. Seus longos cabelos rosados que iam até o chão lhe davam um ar todo exótico, seus olhos eram cobertos por uma venda da mesma cor da de seus cabelos, mas que não parecia influenciar em nada em sua visão. Calçava botas de cor negras longas e luvas longas da mesma cor. Alisou os cabelos antes de se sentar perto do homem de lança que não desgrudava os olhos dela... principalmente de seus volumosos seios...

    – Ahhhh... Rider... como vai? Gostaria de...

    – Não! – Responde fria a moça.

    Silencio no recinto. O homem de lança fica de boca aberta, pasmo até...

    – Mas você nem ouviu o que eu tinha pra dizer?

    A moça apenas suspira, apoia o rosto sobre sua mão esquerda e diz:

    – Vindo de alguém que só sabe reclamar do trabalho... imagino o que seja um pedido pra sair... mas como disse antes e todas as outras vezes, minha resposta é NÃO!!!

    O homem de lança fica branco como um papel e faz um bico, para logo depois sentar-se, virar-se de frente para a mesa e bater sua testa na mesa afundando a cara nela.

    – Tô perdido!!! – Dizia em lagrimas.

    O samurai a sua frente apenas meneia a cabeça ao ver seu amigo naquele estado, até que sua atenção se volta para a porta principal por onde outra pessoa entra, porém aquela era especial...

    – Olá... Saber-san! – Cumprimenta o samurai para a jovem que entra na sala, seus cabelos loiros presos a um laço azul celeste reluziam a luz do Sol, seus olhos verdes pareciam duas esmeraldas, pele branca como a neve, uma princesa diriam quem a visse, mais mudariam de ideia apenas ao vela lutando! Usava um vestido azul safira com um mistura de branco na frente e nas bordas da saia, em sua cintura carregava uma imponente espada com cabo azul safira e empunhadura feita de ouro puro.

    – Bom dia. – Responde de maneira educada ao samurai, depois acena para a jovem de cabelos longos que acena em retribuição para ela e depois olha para o homem de lança que chorava molhando a mesa. – Aconteceu algo com o Lancer? – Pergunta a jovem.

    – O mesmo de sempre amiga... reclamando de barriga cheia. – Responde Rider.

    – UMA OVA!!!! – Brada Lancer se erguendo. – Estou puto, porque nada dá certo na minha vida e sou tratado que nem capacho!!!!

    – Isso porque você deixa querido!

    Todos se calam. Uma voz penetrante cruza a sala, todos já tinham uma ideia de quem era.

    – Essa presença... – Diz o Samurai.

    – É ela! – Exclama a garota chamada de Saber.

    – Caster! – Exclama Rider e na mesma hora uma mandala surge no ar e de dentro dela uma pessoa começa a sair flutuando.

    Suas vestes eram negras como a noite, cobriam todo seu corpo, sua cabeça era coberta por um grosso gorro com detalhes em dourado. A maior feiticeira e professora de magia da escola havia chegado.

    – Como vão meus queridos, muito ocupados? – Pergunta de maneira meiga e sedutora, sentando-se em uma cadeira luxuosa e confortável que surgiu do nada atrás dela. Despois puxa seu gorro revelando seu belo rosto, pele branca, olhos azuis claros como água, cabelos negros, lisos como a noite, orelhas pontudas e lábios vermelhos como rosa. Cruza as pernas e se recosta, não sem antes estalar os dedos e fazer surgir uma bandeja de prata na frente de cada um dos presentes abastada de comida e bebida.

    Poderia se passar séculos, mais a maga nunca deixava de surpreende-los.

    – Cortesia crianças! Mais mudando de assunto o que foi essa reunião de última hora? – Pergunta à maga.

    – Nem nós sabemos. – Responde Saber que bebia um pouco da bebida que a maga trouxe. – Hummmm, o que é isso? É revigorante!

    – De fato. – Diz o samurai.

    – Fascinante! – Exclama Rider.

    – Eu tô me sentindo até mais útil! – Exclama Lancer, fazendo gotas aparecerem atrás das cabeças de todos.

    – B-Bom isso é ambrosia derretida com mel, um ingrediente divino com algo natural... acho que vou chama-lo de... Ambromel! O que acham? – Pergunta a maga sorrindo.

    – Hummm, nome simples e ótimo sabor! Gostei! – Reponde Rider.

    – Aprovado! – Confirma Saber bebendo seu segundo copo.

    – BLOGBLOG (TUDO OK)!!! – Diz Lancer bêbedo o líquido na garrafa mesmo.

    O samurai ao ver isso meneia a cabeça.

    – Bom acho que só faltam o Archer e o Berse...

    Logo no final da frase do Samurai um forte barulho chama atenção de todos que se voltam para a porta, ou melhor, para a parede que havia sido derrubada por um imenso homem de tamanho de mais ou menos seis metros, músculos que pareciam feitos de pedra, olhos vermelhos, cabelos negros e compridos que pareciam uma enorme juba, usava como roupa apenas um saia de metal antigo e enferrujado como os antigos gladiadores, estava descalço e olhava para todos.

    Bom dia! – Diz o gigante.

    Todos calados olhando para ele até que um certo lanceiro se manifesta:

    – Bom dia o caramba!!! Porque você não usou aporta como todo mundo?!

    O gigante ao ouvir isso, se vira, olha para trás e responde.

    Eu não abro portas... eu faço portas... entendeu? E aquela estava me incomodando... então abri uma nova... alguma reclamação a mais... palito?!

    Lancer ao ouvir aquelas amigáveis palavras se encolhe e responde com uma voz fina.

    – Não senhor!

    Ótimo! – E caminha até a mesa tirando a cadeira e sentando-se no chão, para logo começar a comer e a beber a refeição em um dos pratos que Caster invocou.

    Logo depois a porta da sala é aberta revelando o ultimo interagente da banca dos professores.

    – Parece que estão todos aqui. – Diz Archer adentrando a sala.

    – Sim, estamos. – Responde Saber.

    – Ótimo! – Responde o homem que caminha para a cabeceira da mesa, não sem antes cumprimentar cada um.

    – Hercules, Kojiro, Saber, Rider, Caster e... Lancer tudo bem?

    – Tudo! – Responde o lanceiro ainda encolhido.

    Archer olha aquilo sem entender, mais deixa pra lá e se senta em seu acento e começa:

    – Em primeiro lugar, bom dia a todos vocês e segundo devo um pedido de desculpas formal, já que acabei tirando vocês de seus compromissos e até descanso merecido ordens de Odin então se quiserem reclamar... reclamem com ele!

    Despois desse comentário, não ouvem quem não estivesse rindo, até o gigante Hercules riu de se acabar.

    – Ai, ai!  Essa foi boa Archer, mais qual é motivo da reunião? – Pergunta a Caster.

    O chefe dos professores suspira e responde:

    – Bom... vocês sabem como nosso diretor é não é?

    Todos concordam com a cabeça sabendo que o diretor era meio biruta.

    – Hoje cedo ele me chamou para uma conversar sobre o novo ano letivo que vai começar, mais precisamente sobre os alunos.

    – Algum problema? – Pergunta Saber preocupada.

    – Nenhum né? Eu entreguei aquela lista enorme de candidatos pra ele no início da semana.

    – Lista essa que ele tacou no fogo. – Responde Archer deixando Lancer mudo.

    Cinco segundos depois...

    – O QUÊÊÊÊÊÊ!!!!!!!!!!

    O berro do professor foi tão forte que vários copos de vidro, jarros e janelas se quebraram na hora, todos taparam os ouvidos, já Hercules cansado daquele berro, pega um abacaxi e joga no lanceiro o acertando na cara e o derrubando no chão. A gritaria acabou e todos destamparam os ouvidos.

    Você grita como um bezerro desmamado! Por isso castiguei você!!!

    Lancer se levantava aos trancos e barrancos.

    – Por quê? – Choramingava. – Estava tudo certinho... porque ele fez isso?! Se ele não queria a porra da lista era só ter pedido!

    – Você sabe como ele é, muda de ideia num estalar de dedos, sempre foi assim. – Comenta Saber.

    – Mas mesmo assim... uma lista inteira! Nunca vi ele fazendo isso. – Comenta Rider pensativa.

    – Idem! Geralmente ele escolhe os melhores e os chama... aconteceu algo para ele tomar essa atitude Archer? – Pergunta o Samurai de nome Kojiro.    

    – Sim, aconteceu e a culpa não foi sua Lancer, ele me pediu para te pedir desculpas pela lista.

    – S-Serio?

    – Sim, acredite.

    Mas então o quê Mestre Odin quer Archer?

    Archer cruza as mãos sobre a mesa e responde olhando para todos.  

    Ele quer algo diferente.

    – Diferente, como assim? – Pergunta Rider.

    – Ele quer que chamemos pessoas que realmente... tenham a verdadeira magia dentro de si.

    Todos olharam estupefatos para o chefe dos professores.

    – Ahhh... acho que não entendi? – Pergunta Saber.

    – Muito menos eu! Que porra ele tá querendo Archer?! – Exclama Lancer sem entender.

    O líder dos professores suspira e começa:

    – As palavras do diretor foram as seguintes; “Estou cansado de ver a escola entupida de pessoas com alto poder aquisitivo, que vem a magia como algo fútil e sem valor, que estão apreendendo por obrigação, mas que nunca vão querer usar de verdade, em suma, pessoas com futuros já pré-determinados e que não fazem a mínima questão de mudar seu destino”.

    Bocas abertas quase até o chão.

    – E-Ele disse isso? – Pergunta Rider incrédula.

    – Com todas as palavras e se permitem dizer... ele não está de todo errado!

    – Hum! – Exclama todos.

    – Sejam francos! Há quantos anos não vemos verdadeiros alunos tentando e se esforçando para conseguirem algo, mesmo que tenhamos ótimos alunos agora todos eles parecem sem motivação nenhuma! É como se a chama da magia estivesse se extinguindo de pouquinho em pouquinho. Vejam um exemplo... os alunos do terceiro para o quinto ano não se misturam e os do sexto e do sétimo só querem saber de... namorar!!!

    – Archer, eles são jovens, releve! – Exclama Caster sorrindo.

    O chefe dos professores serra os olhos.

    – Tá, acho que exagerei. Já os do primeiro e segundo... parecem perdidos... nem sabem o que fazem aqui e isso... me entristece muito.

    Archer abaixa a cabeça e todos se entreolham, não diziam nada, mais as palavras de seu chefe adentraram como farpas em seus corações.

    Ele estava certo!

    – Você tem razão Archer.

    – Saber?

    – Eu... – Se levanta. – Eu quero voltar a ter aquele sentimento de que eu estou ajudando alguém, que meus ensinamentos possam ajudar essas crianças a alcançar novos patamares em suas vidas. SIM, eu quero ver a verdadeira magia de volta a essa escola! – E serra o punho e bate no peito. – A magia do amor, da amizade, da esperança e da coragem! É disso que Draconia precisa!

    Após o discurso de Saber sorrisos se espalhavam pelas faces dos professores. Algo antigo reacendia em seus interiores os motivando.

    – TÁ AI! GOSTEI!!! – Brada Lancer batendo na mesa.

    – Realmente... seria um recomeço para todos nós. – Diz Rider sorrindo.

    – Concordo... como andorinhas ainda no ninho, ensinaríamos a serem fortes e prepara-los para vida e que no futuro posam deixar o ninho e assar voo por este céu infinito! – Exclama o samurai Kojiro tendo palmas do professor Hercules.

    Tão bonito... snif...

    – Pode ser uma experiência nova e revigorante, mas... – Caster chama a atenção e todos. – Como escolheríamos esses novos alunos?

    – É! O velhote queimou a lista que eu trouxe lembram? Velho ordinário!

    – Fiquem tranquilos! – Responde Archer. – Primeiro quero dizer que estou feliz com as palavras de encorajamento de todos vocês e segundo... – O chefe dos professore estende a mão e uma luz azul começa a brilhar de sua palma e em um instante um pergaminho aparece em sua mão. – O mestre Odin viajou pelo mundo e recolheu alguns nomes que ele mesmo escreveu nesta lista para nós ajudar na seleção dos novos alunos... Caster pode multiplicar este pergaminho para cada um, por favor?

    A maga sorri e ergue seu pulso e diz:

    – Com prazer. – E estala os dedos e copias do pergaminho aparecem na frente de cada um deles.

    – Obrigado. – Responde Archer. – Agora se abrirem verão alguns nomes e espaços em brancos no pergaminho, são para colocarmos nomes de alguém que não esteja na lista e que tenhamos visto durante nossas viagens, eles serão bolsistas e receberam o convite para estudarem em Draconia, alguma dúvida?

    – Eu tenho! – Diz Kojiro erguendo o braço. – Quantos alunos poderemos chamar?

    – Trinta. – Responde Archer.

    TRINTA, SÓ? – Exclama o professor Hercules.

    – Pois é, já que o diretor quer gente que ganha pelo coração do que pelo bolso vamos ter que cortar despesas, incluindo a número de alunos, lamento pessoal.

    Todos dão de ombros derrotados, a ideia do diretor era boa, mas havia os contras também.

    – Então sem demora, vamos começar!

    E todos abrem os pergaminhos e começam a ler os nomes da lista feita por Odin. Um silencio tomou conta da sala, todos liam com atenção os papeis e as recomendações de cada aluno. Caster materializou tinta e penas para que eles pudessem escrever.


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