Yoo!
Esse á o último capítulo da parte 3, mas, relaxa, vai ter parte 4, mas...
Infelizmente, terão que esperar um pouco. Sim, pela primeira vez em dois longos anos (quase três), irei entrar em um verdadeiro hiato. Estou na reta final dos meus estudos, e preciso de maior foco no momento. Na verdade, já faz mais de um mês que não escrevo.
Quando irei voltar? Talvez no finalzinho do ano, ou em seu inicio. Talvez mais tarde... depende
Mas irei voltar, com toda a certeza. Exceto se eu morrer, né
Enfim, espero que entendam!
Deixa o Tio tirar umas férias, vai
Fiquem com a sensação de que a história terá um final incompleto!
Boa leitura ^^
Cerca de um mês depois...
Nesta manhã, o sol brilhava intensamente em meio ao céu.
O planalto que antecedia a cidade de Eldos era belo: altas elevações se faziam, decorados pela grama verde e pequenos punhados de árvores, onde suas folhas eram verdes por cima e prateadas por baixo. Graças a estas folhas, a região ficou conhecida como Planalto Prateado. Mais abaixo, por entre estas elevações, seguia o rio Eldar, que banha, com suas águas cristalinas, a cidade de Eldos. Não só ela, mas ele muda de nome quando passa de Eldos, ou se desvia.
Sobre uma das elevações do Planalto Prateado, algo acontecia.
Cadeiras estavam enfileiradas, com um tapete vermelho as cortando. Grandes barris estavam postos ao lado de uma grande mesa farta de vários tipos de comida.
Nas cadeiras, alguns monges estavam sentados. Dentre ele, estava Tantor, um monge que ensinou a Lizzie a utilizar a cura, porém naquela época era jovem, e agora está velho e enrugado. O velho mentor Iketsuo havia morrido alguns anos antes, ultrapassando mais de cem anos, e Tantor fora ascendido em seu lugar.
Lá também estava Eugene e seus companheiros de tripulação. Ele está tão velho quanto seu pai estava ao morrer. Se vocês lembram bem, sabem que Teach, o Barba Negra, havia há muito morrido com um ataque cardíaco enquanto fazia suas brincadeiras com uma meretriz. Aiken tem quase certeza que Eugene morrerá da mesma forma.
Diana, com seu filho Yuri nos braços, e seu marido Neitan estavam sentados na primeira fileira de cadeiras, juntos com Alfonso, filho de Anne.
Mais à frente, perto da queda da elevação, estavam os Selos, próximo do belo arco de flores coloridas: azuis, verdes, vermelhas, amarelas e prateadas. Por entre arco, estava Edward, e por detrás, estava Anne.
— Estou bonito? — perguntou Ed, de frente para o tapete vermelho. Ele estava trajado com um gibão aveludado negro com mangas brancas, adornados com desenhos de galhos, folhas e flores douradas. O colar de cristal azul cintilava em seu peito.
— Esta é a milésima vez que você pergunta isso, Edward! — reclamou Pietra. Ela estava vestida com um vestido estilo tomara-que-caia verde-esmeralda, onde tinha uma abertura para deixar sua perna esquerda à mostra, e estava calçada com luvas brancas de cano alto. Seus lábios estavam pintados na cor nude. Em suas orelhas, brincos de esmeralda. — E, pela milésima vez, está lindo!
— Está tão lindo que eu te beijaria — adicionou Kleist. Obrigado por Pietra, estava vestido com uma túnica vermelha com suas bordas sendo de tecido dourado. Seu cabelo castanho ondulado estava à mostra, quase tocando seus ombros.
Os Selos olharam para Kleist.
— Ai, irmão, se quis fazer brincadeira com isso, pegou muito bem não — caçoou Aiken. Ele estava trajado com uma túnica acinzentada, quase prateada. Suas bordas eram pretas iguais os dragões gêmeos bordados, que se entrelaçavam entre si.
Enquanto riam, Kleist arrependia amargamente em seu âmago por ter dito aquelas palavras.
— Ela está vindo — avisou Anne. A Mephisto trajava um belo vestido longo roxo-escuro de mangas longas, que deixava suas costas à mostra. Na parte de frente, na região dos seios, o tecido era semitransparente, onde toda a região do torso era adornada com flores de veludo. Seus lábios estavam pintados de vermelho-claro, e seu pescoço enfeitado por um colar de cristal branco.
Então Mikaela surgiu no campo de visão, atraindo todos os olhos de todos ali presente. Caminhava calmamente com seu longo vestido negro que descia em camadas da cintura para baixo, onde ele era cravejado por vários cristais vermelhos-sangue que combinavam com seus olhos, e o véu negro ondulavam com o vento. Seus lábios estavam pintados de vermelho-sangue e seus olhos delineados pela coloração negra. Em seu pescoço, o colar de cristal azul cintilava recaído em seus seios.
Ao seu lado, estava Dante a acompanhando com o braço entrelaçado ao dela. Ele vestia uma camisa branca, onde seus músculos a faziam parecer apertada, e uma gravata preta pendia. E essa fora a única roupa mais formal que encontram para caber no corpo do grandalhão.
— Sortudo do caralho — murmurou Aiken para seu capitão.
— Eu sou — concordou Edward de imediato.
— Por que foi o Dante o escolhido a vir com ela mesmo? — perguntou Kleist.
— Quando íamos decidir, ele foi o primeiro e o mais energético a se voluntariar — respondeu Pietra, também aos sussurros.
— Corrija-me se eu estiver enganado... mas o vestido não deveria ser branco? — perguntou Ed.
— A gente avisou isso para ela — respondia Anne —, mas ela simplesmente falou “estou nem aí, o casamento é meu”.
— Justo — disseram os Selos.
Dante e Mikaela chegaram no tapete vermelho. Ele se livrou do braço dela e depois abraçou-a.
— Cuide bem dele — sussurrou a ela.
— Cuidarei. — Sorriu Mika.
Mikaela seguiu pelo tapete vermelho, passando por entre os convidados, que olhavam ela; e chegou até Edward, ficando de frente para ele. Inclinando um pouco a cabeça, ela fixou seus olhos nos dele, ao mesmo tempo que os dedos de suas mãos se entrelaçaram. O que Mikaela pensou ainda na outra linha temporal havia realmente acontecido: Edward envelheceu. Antes, a sua testa e a dele tinham a mesma altura, todavia agora a testa dela tocava os lábios.
Quando os dois ficaram entre o arco de flores, Anne ficou próximo a eles e disse:
— Hoje todos nós aqui estamos reunidos para celebrar a união de Edward e Mikaela. Sim, celebrar, pois eles já estão unidos há muito tempo. É bonito ver dois seres que deveriam ser inimigos naturais superando essa inimizade e tornando-se belos amantes, indo contra esta própria natureza ruim. E, deste belo amor, foram geradas duas sementes. — Anne fez uma pequena pausa, admirando-os. — Não só se amam, como também lutam juntos, sangram juntos. Seus lanços, por causa disto, tornam-se cada vez mais forte...
Enquanto Anne continuava a falar, Edward e Mikaela entreolhavam-se trocando sussurros:
— Você está diferente hoje — dizia ele —, penteou o cabelo?
— Ah, você notou? — Sorriu Mika. — Está lindo. Você.
— Você está ainda mais. — Ed devolveu o sorriso.
— Cadê a nossa pequena princesa? — questionou Anne, atraindo atenção dos dois.
Todos olharam para trás, e viram a pequena princesa: Lizzie. Assim como Mikaela, seu vestido descia em camadas da cintura para baixo, porém era branco e cravejado de cristais azuis como seus olhos, e a manga era semitransparente com flores bordadas. Em seu ombro esquerdo estava o Corvo, que carregava uma rosa em seu bico. Já Lizzie, em suas mãos, carrega uma pequena almofada com dois anéis com pequenos cristais azuis encrustados.
Enquanto ela passava pelo tapete vermelho, as pessoas ali presentes clamavam por ela e assobiavam, fazendo-a corar.
Lizzie aproximou-se dos dois, e Edward deu um beijo em sua bochecha direita e Mikaela na esquerda ao mesmo tempo, cada um pegando as alianças em seguida. Corvo bateu suas asas chamando a atenção.
— Ora, é para mim? — Mikaela pegou a rosa do bico do corvo e acariciou as costas dele. — Obrigada, Corvo.
E os dois voltaram a se entreolhar. Edward tomou a mão de Mikaela e começou a colocar a aliança no terceiro dedo da mão esquerda dela.
— Prometo-te afastar toda a escuridão que a cerca, minha lua.
Mikaela sorriu, corada. Ela também tomou a mão de Edward e colocou a aliança no terceiro dedo da mão esquerda dele.
— Prometo-te ser a luz que te guiará mesmo na escuridão mais densa, meu sol.
Edward sorriu, corado. Ele levou suas mãos até o rosto dela, puxando-a levemente para um beijo delicado.
Neste momento, os convidados urraram e os piratas começaram a tocar seus instrumentos. Dante surgiu entre eles com os braços erguidos (uma caneca em uma mão e uma coxa de frango na outra) e gritou:
— Vamos festejar!
E eles festejaram durante horas. O casamento começou perto do meio-dia, e seguiu com a festa a tarde inteira, depois anoite e, quando enfim a madrugada chegou, só sobrou os Selos sob o céu estrelado da madrugada.
Dante estava jogado no chão — ainda acordado — olhando para as estrelas. Aiken também fazia isso, mas, por outro lado, estava deitado sobre a mesa. Kleist estava sentando na grama, com a cabeça da Pietra repousada em suas coxas — e ela soluçava por beber demais. Edward estava sentado na beira da elevação, com Mikaela sentada de lado em seu colo, repousando a cabeça no peito dele — Mika havia decidido não beber naquela noite, e Edward a acompanhou nesta decisão. Lizzie estava de costas dadas com Edward, acariciando as Corvo em seu colo, que cochilava.
— Ed, nós precisamos de sobrenomes — ela disse.
— Por quê?
— Todos os humanos têm. Se quisermos que Mih e Deck vivam como eles, também precisam, consequentemente nós.
— Podem usar o meu e o da Diana. Sparda — propôs Kleist.
— Não é o nome da família da Lucy? — perguntou Pietra.
— Sim.
— Tem certeza que podemos usá-lo? — questionou Ed.
— Aham. Até onde eu saiba, a família Sparda sempre foi uma família pobre e moribunda. Lucy era a última que carregava este nome, que passou para Diane e a mim também. — Ele hesitou por pouco instantes. — Acredito que ela ficaria muito feliz se vocês usarem. Todos vocês. Apesar de se envergonhar inicialmente por passar um sobrenome tão... imundo.
Mikaela olhou para Edward.
— Edward Sparda.
— Mikaela Sparda.
Kleist olhou para Pietra (ele não soube se ela ficou corada por isso ou por causa da bebida).
— Pietra Sparda.
— Kleist Sparda.
Aiken pegou uma maçã e acertou a cabeça de Dante.
— Dante Sparda!
— Aiken Cusão Sparda! — devolveu com raiva.
E todos juntos entoaram:
— Lizzie Sparda!
Pega de surpresa, Lizzie deu um pequeno pulinho e corou com um sorriso.
— Deckard e Miana Sparda — ela disse, timidamente.
O silêncio veio junto com a brisa fria. Kleist olhou para cima, vendo além deste céu... "Lucy Sparda", pensou.
***
Meses se passaram desde o casamento entre Edward e Mikaela, e dois passaram a morar em uma vila relativamente grande que ficava apenas alguns minutos de distância da cidade de Eldos.
Em um certo dia, de manhãzinha, finalmente a bolsa de Mikaela rompeu. Com o auxílio de uma parteira que morava na vila, Lina, o parto começou. Aconteceu no segundo andar da casa, no quarto, e Edward fora expulso, sendo obrigado a ficar no primeiro.
Ele ficou durante horas indo de um lado para o outro, e Lizzie tentava acalmá-lo, mas não conseguia. Quando enfim lembrou que deveria avisar isso para os outros Selos, Edward aumentou um pouco de sua força para chamar atenção.
Não demorou muito para que os Selos chegassem lá (não todos de uma vez), pois pensaram que algum inimigo havia sido revelado. Alegram-se ao saber que era o nascimento das crianças que finalmente estava acontecendo. Como Edward, Dante também ficou andando de um lado para o outro, apreensivo. E Pietra subiu para auxiliar no parto também.
Mais horas e horas passaram-se, e o sol já começava a descer. Quando completou quatorze horas de parto, com a lua já no topo, Pietra desceu as escadas e acenou com a cabeça sinalizando que Edward deveria subir.
Edward, que agora estava sentado, levantou-se em um salto e subiu os degraus, adentrando no quarto. Lá, ele viu a parteira Lina suja com o sangue, e o fedor adentrou em suas narinas. Ignorando tudo ao seu redor, seus olhos imediatamente foram para Mikaela, que estava deitada na cama com dois bebês enrolados em tecidos nos seus braços, sendo que um deles chorava intensamente. Ela tinha um semblante muito cansado — o mais cansado que ele já viu — porém esboçava um radiante sorriso.
Agora, lentamente, aproximou-se da cama. Seus olhos azuis focados nos vermelhos de Mikaela, agora desceram para o bebê que chorava intensamente. Com receio, Edward tomou-o em seus braços como se fosse o material mais frágil e valioso do mundo. De imediato, sentiu uma sensação boa no peito e algo além: sentiu suas chamas dentro de si responderem ao bebê. Ele soube que o bebê havia sentindo isso também, pois havia parado de chorar, e encarava-o com seus olhinhos vermelhos, sorrindo. Então, esboçando um belo sorriso espontâneo, disse:
— Você é linda, Miana.
Continua na parte quatro <3 :p