Yo!
Eu já estou desistindo de ter horário fixo para postar
Terceira vez que me atraso
Dessa vez foi porque dormi tarde mesmo
JoJo é foda mesmo, viu. Agora tenho a necessidade de ficar fazendo poses aleatórias durante qualquer hora
Boa leitura ^^
*Nota obrigatória antes de iniciar o capítulo: tratarei os Selos desta linha temporal como Guerra, Fome, Peste e Fúria para melhor entendimento.
Os Selos e os gêmeos assistiam a luta quase sem respirar. Apesar de estarem uma distância segura, os golpes e as explosões eram sentidos por eles, principalmente pelo vendaval que gerava. Eles queriam ir para lá ajudar, entretanto a especulação de Aiken provava-se cada vez mais certeiras: a presença dos Selos tornou-se muito nítida.
Passando-se poucos minutos, enfim os Selos desta linha temporal chegaram. O momento foi bem estranho: ficaram em silêncio entreolhando-se com os seus iguais. Depois, seus olhares desceram para Mikaela e os gêmeos. Uma estranha sensação, porém boa, ardeu dentro deles, principalmente ao ver Deckard e Miana. Todavia, Guerra sabia que agora não era momento para isso.
Ele retirou de seu casaco um papel e esticou seu braço até Mikaela, que o tomou de seus dedos. Ao abri-lo, ela imediatamente notou que aquela letra era exatamente igual a sua, e começou a ler:
“Bem, aquele Selo que viaja pelas linhas temporais apareceu para mim alguns anos antes. Eu não sei para quem escrevo, mas, se ele é um subordinado de Edward, então confio nele. Vash me disse que eu tinha que planejar algo para derrotar Bahamut, e desde então venho pensando nisso. Foi complicado, pois Bahamut é um ser extremamente poderoso, e só algo muito poderoso poderia matá-lo. Algo muito poderoso, sim. Essa é a resposta. Um acúmulo massivo de poder para destruir este desgraçado de uma vez. Aviso agora, que só será possível realizar isto se tiver intimidade com magia, seres poderosos ao seu lado e ter pelo menos um dos Selos consigo, ou alguém que possa matar imortais, claro. Vash contou-me que eles não estavam mortos, e isso encheu-me de esperanças, pois eu sempre soube que Edward não nos trairia...”
Mikaela continuou lendo, e esticou sua mão esquerda em direção a Miana.
— Dê-me uma de suas facas — disse-lhe.
Sem questionar, Miana entregou uma de suas facas de arremesso para a mãe. Mikaela pegou e rapidamente cravou a lâmina em seu braço direito, rasgando-o ao desenhar a runas. Depois de escrever por toda a extensão do seu braço direito, começou a fazer o mesmo com o esquerdo. Com ambos os braços pingando sangue, ela por fim rasgou um círculo em cada palma e jogou a faca no chão.
— Deckard, prepare nossa fuga. Selos, atirem suas chamas em mim com a intenção de matar-me. — Ela olhou para sua filha. — Você também, Mih.
Mikaela abriu os braços e suspirou. Suas runas acenderam-se em um brilho multicolorido, queimando em sua carne e pele. Ela encostou as palmas de suas mãos uma na outra, fechando os olhos em seguida. O brilho colorido começou a envolver seu corpo intensamente. Então o selo da Redenção ergueu seus braços, e extensos braços mágicos translúcidos subiram em direção a nuvens.
— Agora! — ela disse.
As chamas azuis de Miana foi a primeira a atingir Mikaela, onde as runas a absorveram e começou a subir pelos braços translúcidos. Depois dela, fora o Guerra, e todos os outros foram em seguida praticamente ao mesmo tempo. Mikaela sentia o fervor das chamas, porém não se queimava, e elas subiam pelos braços translúcidos, colorindo-os. Por entre as palmas, as chamas começaram a remexer formando uma esfera, que crescia gradativamente. Quando chegou em um determinado diâmetro, Redenção começou a mover seus braços, e as mãos mágicas responderam movendo-se também, desta forma impedindo o crescimento da esfera e possibilitando o crescimento do poder assolador.
Mikaela sentia a dor espalhar-se pelo seu corpo por esforço excessivo. Era muito poder, pesado demais. Um de seus olhos fechou inconscientemente em uma expressão de esforço e um filete de sangue escorreu pela sua narina, passando pelos seus lábios.
Distante, mas nem tanto, Edward continuava segurando Bahamut.
— Se você me manter preso, você também irá morrer com aquele poder! — vociferou Bahamut.
— Você ousa duvidar de minha insanidade, Bahamutizinho?!
— Solte-
Antes que terminasse de falar, Edward acertou-o com uma inesperada cabeçada, silenciando-o. O Selo entrelaçou uma de suas pernas com a de Bahamut, ergueu-o passando pelo ombro e afundou-o no chão. A energia roxa explodiu imediatamente e as chamas negras veio com mesma intensidade para confrontá-la.
Uma joelhada atingiu o estômago de Edward, fazendo a dor pulsar pelo seu corpo, mas ele continuou segurando. Uma segunda atingiu o mesmo lugar, fazendo o sangue brotar de sua boca e respingar no rosto de Bahamut, mas Edward não soltou. "Eu o farei pagar, eu o farei pagar, eu o farei pagar...", pensava o Selo repetidas vezes. Mais uma joelhada acertou seu corpo, fazendo muito de seus ossos se quebrarem, a dor fora intensa. "Eu o farei pagar, eu o farei pagar, eu o farei..." Com uma quarta joelhada, os ossos quebrados perfuram seus órgãos internos. Neste momento, sua consciência vacilou, mas ele sentiu braços invisíveis o segurando e colocando-o de volta a si.
“Faça-o pagar!”, rugiram Lizzie e Sombra.
As chamas negras explodiram intensamente, sobressaindo-se sobre a energia roxa. Surpreso, Bahamut encarou o Selo, e, pela primeira vez, sentiu medo. Metade da cabeça do Edward estava tomado pelas chamas negras, formado um segundo rosto e um chifre de chamas cresceu do mesmo lado no topo da cabeça. Este rosto de chamas negras tinha não-lábios, que, apesar de ser apenas metade, Bahamut notou que se torcia em um sorriso doentio. Os olhos azuis fintavam-no intensamente.
A morte sorria para Bahamut desejando ceifar sua vida. E o deus a temeu.
— SiM... fAreMoS eLe PaGaAr — entoou o capitão dos Selos em três tons diferentes: um mais brando, outro mais agudo e por fim um tom fino, feminino. Morte, foice e sua sombra, todos com um só e intenso objetivo: fazer Bahamut pagar por tudo.
Distraído com sua primeira sensação de medo, Bahamut hesitou, e percebeu tarde demais que aquela esfera de chamas já caia em cima deles. A pressão era intensa, assim como o calor, um poder muito massivo. Então, com ódio, disse:
— Então, Morte, você morrerá comigo!
E o capitão dos Selos gargalhou doentiamente.
— MorreR cOm vOcê? NAdA me traRIa mais desGostO. — As correntes que selavam os braços dos dois desapareceram, assim como as chamas que envolvia o corpo de Edward. Utilizando de suas asas, ele saltou para trás e abriu os braços. — Minha heroína está a caminho.
Mikaela fraquejou no momento em que soltou o acúmulo massivo de chamas, e seu joelho tocou o chão. Miana levou seus braços para ajudá-la, mas Mika recusou com um tapinha nas mãos dela.
— Vá para o círculo — ordenou ela.
— E você não vai?!
— Tenho que salvar o idiota do seu pai! Vá, Miana.
A garota hesitou por um instante, mas Guerra a pegou pela cintura e a carregou até o círculo mágico, onde estavam os outros Selos. Deckard encarava sua mãe com receio, mas Mikaela assentiu para ele, então começou a recitar a magia.
— Seu eu não voltar — ela dizia para os Selos —, ou morremos pegos pela explosão, ou Bahamut ainda vive. Não voltem até estarem preparados para o segundo caso.
Então eles sumiram.
Mikaela fechou os olhos. Distante, mas nem tanto, ela sentiu um exacerbado poder harmônico e muito belo, porém destrutivo. "Não é ele", pensou. Em seguida, sentiu demasiado um poder horrendo, carregado de ódio, rancor e que cheirava a morte. "Ai está você, meu amor", e esboçou um sorrisinho. "Teletransporte"¹.
Quando abriu os olhos, Mikaela enxergou as costas de Edward. Ela rapidamente o agarrou passando os braços pelo peito dele e as pernas pela cintura.
Morte e Lilith mostraram a língua para o Rei dos demônios, sumindo em seguida.
Bahamut berrou, fazendo sua energia roxa envolver seu corpo e disparou contra a esfera maciça de chamas.
Edward e Mikaela caiam livremente do céu. Sob ele, estava uma floresta ainda não destruída. Ao longe, era possível enxergar o ponto negro: a esfera de chamas.
— Isso foi arriscado para caralho! — ela disse.
Então houve a explosão. Foi possível ver a fumaça negra subir aos céus em meio ao um brilho multicolorido, o toque de sua devastação sendo assoladora por quilômetros, varrendo tudo em seu caminho. Fora tão intensa que, apesar deles estarem a muito quilômetros, a ventania que chegou a eles foi intensa, cheia de calor, empurrando-os para mais distante.
— Sabia que você viria me salvar! — replicou ele.
— Foda-se!
E os dois continuaram caindo. Edward olhou para a direção da explosão, e imediatamente sentiu sua foice ressoar.
“Edward, essa sensação... ele está vivo”, sussurrou Liz.
— Mika, nos leve de volta para lá!
— O quê?! Você acha que ele tenha sobrevivido a isso?
— Lizzie disse que sim.
— E ela é extremamente sensitiva...
Ela se apertou mais forte nele e se teletransportou...
... Para a borda da gigantesca e profunda cratera que se formou, onde toda a área do reino Sombrio havia sido engolida por completo. Era possível ver o vapor exalando, alguns lugares ainda ardendo em chamas. Sobrando nem mesmo vestígios das forjas. Lá no fundo da cratera, porém, havia um corpo.
Bahamut estava com sua pele completamente carbonizada. Seu braço esquerdo se fora, assim como seu antebraço direito. Da cintura para baixo, seu corpo já não existia, porém seu peito subia e descia.
— Está vivo — observou Mika.
— Sim. Dê alguns dias para o desgraçado e ele voltaria matando a todos.
Quando Edward deu um passo à frente, Mikaela o impediu de avançar com o braço. Ela saltou para baixo, descendo deslizando pela terra até chegar ao centro da cratera. Bahamut, sem olhar para ela, começou a dizer:
— Dentro todas minhas criações, você foi o único erro. Eu te desprezo. Dei-lhe uma vida para destruir tudo e matar todos em sua frente. Era essa sua única missão, e você foi inútil até para isto, Lilith.
— Deu-me uma vida? Não me faça rir. Demônios são apenas seres reforjados das almas que você corrompe daqueles que mata. Não cria nada. Não dá vida a nada. Fui cega durante séculos.
— E o que fez você enxergar? O amor? Não me faça rir, sua-
O pé da Mikaela atingiu a lateral da cabeça do Bahamut, silenciando-o antes que terminasse a frase. Ela postou um pé de cada lado do corpo e agachou ficando sobre ele.
— Qual é a sensação, pai? — Com seus olhos negros e sombrios, fintou Bahamut intensamente a apertou a mão na garganta. — De sentir o gosto da derrota pela segunda vez? Pelas mãos dos “mesmos” seres? — Ele tentou falar, mas Lilith fechou seus dedos com mais força. Depois, aproximou seus lábios perto do ouvido dele, sussurrando bem baixo: — Qual a sensação de saber que nunca irá chegar aos pés de seu Pai?
Neste momento, o braço direito do Bahamut regenerou-se por completo e avançou em direção a ela.
Houve o som abafado de uma explosão.
O braço parou.
Mikaela ergueu-se, sua mão esquerda estava sobre o peito de Bahamut, que exalava fumaça por causa da magia explosiva que devastou seu coração. Ele não tinha mais forças, mas Lilith ainda via vida nos olhos, então prosseguiu:
— Sim, eu fui um erro. E agora você paga por isto.
A vida em seus olhos se esvaiu e seu corpo desintegrou-se por completo em um pó roxo brilhoso.
— Você está bem? — perguntou Ed, lá de cima.
— Estou...
— E os outros?
— Vivos. Todos eles.
— Ótimo.
— E como você está, Ed? — Mikaela subiu seu olhar até ele, mas o viu caindo em sua direção, já em sua forma semelhante aos humanos. — Edward!
De imediato, ela saltou e o pegou, atirando-os para fora da cratera. Gentilmente, Mikaela deitou a cabeça dele em suas coxas, e ficou aliviada ao ver que sua respiração se mantinha continua e firme. "Apenas desmaiou de cansaço", pensou. O sangue empapou suas vestimentas, assim como o rosto.
A chuva começou a cair intensamente. Mikaela aproveitou-se disso para limpar o rosto dele, tirando o sangue, mas o inchaço continuou. Deslizando os dedos pela bochecha dele, ela olhou ao redor para procurar algum abrigo, contudo não achou: tudo devastado.
— Não tenho mana o suficiente para levar a gente para Arcádia, e nem posso usar minha energia vital. — Olhou para ele. — Sabia que Deck e Mih sugam minha mana para desenvolverem-se? Se minha mana acabar, só lhe restam a energia vital.
Depois dessas palavras, eles se teletransportaram...
... Para a mesma floresta alguns minutos antes. Mikaela levantou-se tentou tirar a foice dos dedos da mão do Edward, mas, não importa o quão forte puxava, ele não largava.
— Não deixará ninguém tirar ela de você até mesmo nestas condições? — Suspirou. — O que seria da morte sem sua temível foice, afinal?
Com certas dificuldades, Mikaela passou o braço esquerdo do Edward pelo pescoço e começou a carregá-lo em meio a floresta e a chuva intensa. Quando anoite começou a chegar, ela finalmente encontrou uma gruta e adentrou, mas já estavam muitos encharcados.
Mikaela deitou o pai de seus filhos no chão, e depois sentou-se exausta, sentindo todo seu corpo doer. Ela voltou a sua forma humana², e deu um suspiro de cansaço.
— Acho que ficaremos aqui até amanhã de manhã. — Ao fintar Edward, ela notou que a respiração estava mais pesada e seu rosto rosado. Estranhando isso, Mika levou sua mão até a testa dele, sentindo fervor ao toque. — Febre...? — Então notou que o rosto dele continuava inchado apesar de tanto tempo ter passado.
Estranhando isso, ela puxou a camisa dele para cima, e viu que os ferimentos continuavam abertos e graves, sem nenhum tipo de melhora. Preocupada, levou a mão ao peito dele e fechou os olhos, e sentiu a energia vital bem baixa.
— Como eu sou burra! É óbvio que ele usaria a energia vital para manter o ritmo!
Temendo que Edward estivesse morrendo, Mikaela imediatamente rasgou seu vestido (que já era trapos) e a despir ele, deixando-os com a pele nua. Com delicadeza, envolveu-o em seus braços e repousou a cabeça em seus seios, compartilhando seu calor para ele.
— Não deixarei você morrer.
Mikaela deixou sua sede de sangue transbordar para espantar qualquer animal selvagem que pensava em chegar perto dali, mas seus olhos vermelhos não se desviaram da entrada da gruta.
Continua <3 :p
Observações:
1 – O teletransporte da Mikaela pode funcionar de três formas diferentes. A primeira, ela precisa sentir a presença de alguém. A segunda, ela precisa estar olhando para o lugar em que quer ir. E, a terceira, só precisa querer, mas será levada para um local aleatório.
2 – Mikaela tem sua forma original a demoníaca. Contudo, ela usou a forma humana por tanto tempo que acabou tornando-se mais habitual, e sua forma demoníaca acabou exigindo esforço para mantê-la.