Yorokobi no Namida 2

Tempo estimado de leitura: 40 minutos

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    Capítulos:

    Capítulo 3

    Renegados

    Vamos recapitular os acontecimentos. Eu caio da nuvem e dramaticamente lembro de um pouco do que parece ser meu passado, e de uma sombra tarada me agarrando em pleno ar. Maravilha.

    Então eu percebi que não era uma sombra, e sim um garoto, ou seja, em vez de uma sombra eu tinha um garoto tarado. Sim, eu amo minha vida, alguém tem uma arma aí? Não? Saco. Ele usava uma capa com capuz, então só pude ver pela sua franja balançando que ele tinha cabelos negros.

    - Não sei como se diz uma renegada Sora. Pelo visto não tem capacidade nem de pilotar uma nuvem direito. ? ele disse.

    Sua voz era calma e fria. Ele olhou diretamente para Sora, que fez uma cara emburrada para ele, e então vi que tinha olhos verdes. Ele olhou para mim. Não sei se foi com desprezo ou curiosidade, mas ele me fitou por alguns segundos, e depois levantou um pouquinho a minha blusa, até a altura do meu umbigo. Senti meu rosto corar, e também, senti vontade de dar uma voadora na cara dele. Ele devia ter pressentido isso, porque abaixou minha blusa de novo.

    - Entendo... renegada... - ele falou, me deixando confusa. ? Sora, já sabe para onde levá-la. ? ele disse, me fazendo flutuar até a nuvem, e só então percebi que ele estava voando.

    - Ha, desculpa Aya... Tudo bem? ? Sora disse.

    Não disse nada. Nem conseguia. Renegada, eu já havia escutado aquela palavra antes. Senti um aperto no coração quando tentei lembrar, o significado disso. Abandono, dor, sofrimento, todas essas palavras vieram a minha mente. Comecei a chorar, e Sora deitou minha cabeça no corpo dela.

    - Light, é melhor irmos para o lugar que o Yosuke falou né? ? ela disse, enquanto passava a mão em meus cabelos. ? Tem algum jeito de tirar agora o efeito da cachoeira da Aya?

    - Acho que sim... uma magia harmonia funcionaria.

    Vi Light estender as mãos perto de mim e uma pequena esfera de luz apareceu na mão dele, e imediatamente vi que podia me mexer.

    ? Já pode se mover Aya?

    - S-sim... - eu disse sem me virar. - O que são renegados...? ? essa ultima fala eu disse num sussurro. O rosto de Sora se tornou sombrio.

    - Quer mesmo saber? ? ela disse com a voz soando fraca.

    Assenti com a cabeça e continuei a olhar para ela.

    - Nesse mundo todos utilizamos a magia no nosso dia-a-dia. Os magos costumam formar grupos chamados de guildas. Nas guildas as pessoas mandam pedidos e oferecem recompensas aqueles que as cumprem,mas, existem alguns tipos de magos que... Costumam ficar só entre si. - ela suspirou e continuou. ? Uns desses magos eram conhecidos como magos celestiais. Esses magos viviam só entre si, e era muito raro um mago celestial ter vontade de sair do país. Um dia, esses magos receberam uma profecia, crianças que nascessem com tal marca, trariam dor e sofrimento, e assim, cada criança que nascia com essa marca, era morta sem nenhuma piedade. Mas, eu não sei direito o porquê, só que, algumas crianças, em vez de mortas... Foram jogadas das nuvens. Essas crianças... Bem... Acabaram sobrevivendo, e ficaram conhecidas como renegados. Até hoje os feiticeiros celestiais estão atrás delas.

    Um silencio perturbador tomou o ar. Nenhum de nós ousou olhar-se nos olhos, Então por fim, perguntei.

    - Como é essa marca?

    Sora levanta levemente a blusa, e gravada em sua barriga como se fosse uma tatuagem estava uma marca que parecia o símbolo do yin-yang, só que posto na imagem de uma alma.

    - Assim. ? ela disse.

    Eu suei frio. Raito não levantou sua camisa, mas, tive certeza de que havia uma marca igual nele. Com as mãos tremendo de medo eu levantei a minha blusa, mesmo sabendo que eu ia ver uma marca igual à de Sora. E eu vi.

    Continua...


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