Yoooo,
Passaram-se alguns capítulos, senhoras e senhores, mas o Tio chegou com algo que vocês provavelmente sentem falta
Conseguem sentir o cheiro de sangue pairando no ar?
Enfim... Boa leitura ^^
Mikaela saiu do castelo e à primeira vista que teve fora de Deckard e Miana trocando golpes com Dante para aquecê-los para o que viria a seguir. Aiken estava incitando os jovens com palavras desafiadoras. Pietra ria em um canto observando-os, e Kleist, ao seu lado, dava-lhes pequenas dicas e corrigia seus movimentos.
Ela se aproximou do grupo e eles brevemente discutiram os cuidados que os gêmeos deveriam ter e como eles deveriam agir. Com um ar sério e sereno, Miana e Deckard prestaram atenção no que sua mãe falava, e depois no que os Selos falaram.
— Não acham melhor esperar o pai? — perguntou Miana.
— Não podemos enrolar, Mia — respondeu Kleist. — Seu pai irá aparecer.
Após discutirem, os seis encostaram em Mikaela e se teletransportaram...
... Para o reino sombrio do rei dos demônios. Não havia muros para delimitar seu reino — tudo era dele —, mas uma grande área de árvores fora devastada, o solo tornou-se negro e infértil. Ao redor do onipotente castelo erguido por pedra negras, haviam diversas forjas administradas por demônios. Escravos humanos, todos em estado deprimente, carregavam cargas pesadas para alimentar estas forjas. A grande quantidade de demônios que cercavam por toda a área era dividida de forma desordenada. Boa parte deles ficavam em consideráveis aglomerados e brigavam entre si em uma forma de disputa; outros ficavam cuidando da forja, criando armas e armaduras; enquanto mínimos tentavam ficar em forma organizada para patrulhar o perímetro.
Sem se preocupar com a quantidade e formação dos inimigos, os Selos avançaram calmamente. Ao ver tamanha quantidade de demônios em um só lugar, os corações dos gêmeos começaram a bater mais forte — nunca haviam visto tantos, seja junto ou separado. Eles não estavam com medo, o coração de ambos batia mais forte de ansiedade pelo o que estava por vir.
Quando o primeiro grupo de patrulha avistou os Selos, tocaram uma trombeta, depois outra fora tocada, assim acontecendo sucessivamente até ecoar por todo o reino sombrio. Parecendo impossível, o silêncio tomou conta por um instante e os olhares foram direcionados para os Selos. Aquela massa toda de seres vis rugiu e investiu contra os invasores.
As chamas vermelhas começaram a arder em volta do braço direito do Dante. Ele levou seu membro para trás e trouxe-o para frente novamente. A pressão exercida pela sua força misturado com chamas vermelhas tornou-se um impetuoso turbilhão, massacrando em alta escala os seres sombrios em seu caminho.
Sobre o sútil barulho de suas lâminas negras saltando da bainha, Aiken avançou de encontro com os demônios. Seu corpo ficou envolto de suas chamas prateadas e ele começou seu serviço. Seus braços começaram a se mover de forma rápida e continua, e seus inimigos começaram a ser dilacerados sem tempo de reação. Ora cabeças eram degoladas, ora eram cortados ao meio, mas nenhum permanecia de pé.
— Tão lentos... — ele disse.
Neste momento, Aiken moveu suas katanas para frente e aparou um golpe de espada de um demônio que esperava por ele. Em seguida, um demônio de cada lado atacou o Selo ao mesmo tempo com suas respectivas armas. Fome saltou, e os demônios erraram os golpes. No ar, ele abriu as pernas, atingindo um chute no rosto dos demônios nos flancos; e depois abaixou uma de suas katanas, cravando-se na cabeça do demônio em sua frente. Chegando ao chão, a linha prateada em sua visão desenhou-se para sua esquerda, e ele moveu sua lâmina cortado esta linha, assim rasgando o demônio ao meio, enquanto, ao mesmo tempo, descravou a lâmina direita da cabeça do demônio já morto e cravou no coração do demônio em seu lado direito.
— Tão fracos...
A sombra de um demônio muito alto e musculoso engoliu Aiken, e o martelo de guerra que empunhava cintilou no alto. Ao mesmo tempo que o martelo descia, o Selo subiu, e suas katanas negras cortaram o martelo facilmente. Ainda no ar, as chamas prateadas do Aiken intensificaram-se nas lâminas e ele as abaixou, dividindo assim o demônio em três partes com um golpe.
— Tão mortos.
Miana, envolto em chamas azuis, também fazia sua dança em meio aos demônios, porém com maior dificuldade, claro. Utilizando suas adagas negras, ela aparou o golpe da espada do demônio, desestabilizou-o com uma ombrada e cravou sua lâmina direita na garganta e rasgou a barriga com a lâmina esquerda. Miana rapidamente mergulhou na própria sombra, assim desviando de um golpe de uma maça, e emergiu por de trás do demônio atacante, assim cravando ambas lâminas no cérebro dele.
Sua armadura de couro negro começou a ser tingida de escarlate.
Ela observou o corpulento demônio vindo em sua direção. Uma gigante boca fazia-se no centro de seu corpo gordo, enquanto seu rosto era liso onde deveria realmente deveria estar a boca. Miana preparou-se para confrontar o punho vindo em sua direção, mas notou que outros demônios, estes menores, vinham em sua direção. No momento em que percebeu que não seria rápida o suficiente para ser engolida pelas sombras, hesitou sem saber o que fazer.
Lâminas começaram a brotar do chão empalando os demônios que estavam ao redor de Miana. Uma espada perfurou o demônio corpulento por trás, varando pela grande boca que se localizava na barriga, e subiu rasgando-o. As metades do demônio penderam cada um para um lado antes do corpo tombar no chão formando uma poça de sangue, dessa forma Mia conseguiu ver Kleist do outro lado.
— Não hesite em um confronto que envolva tantos inimigos, pode te levar a ruína — aconselhou Kleist. — Nem se distraia. Abaixe.
Miana abaixou, e a garra de um demônio quadrupede cintilou por onde deveria estar a cabeça dela. Ela rapidamente encrustou a adaga no único olho dele varando a cabeça, silenciando-o rapidamente.
— Obrigada, tio.
Em um outro local em meio a contenta, espessas raízes começaram a brotar do chão a bel-prazer de Mikaela. Utilizando de suas pistolas, Deckard matava cada um dos demônios enraizados atirando projéteis de mana em suas respectivas cabeças. Seus olhos e seus braços eram redirecionados a todo momento, e seus dedos não paravam de se mover. Um demônio se aproximou e golpeou com uma maça pontiaguda, Deckard girou seu corpo para desviar e foi para trás do inimigo, acertando-lhe um tiro na nuca. A sua direita, um demônio quadrúpede arremessou-se em sua direção para abocanhá-lo no pescoço, contudo fora a pistola que ele mordeu, e Deckard puxou a gatilho, fazendo os miolos avoaçarem em meio ao sangue.
Não muito distante dele, Deckard viu um demônio saltado em direção as costas de Dante. Ele rapidamente mirou e disparou, e o projétil explodiu a cabeça do ser vil. Dante, por outro lado, agarrou pela cabeça o demônio no qual lutava contra e jogou-o em direção ao Deckard. Pego desprevenido, Deckard rapidamente abaixou, e o demônio que passou sobre ele atingiu um segundo que o atacaria pelas costas.
— Essa foi por pouco!
Em seguida, houve uma explosão muito próximo a ele, que o fez erguer-se em um susto. Após a poeira se dissipar, revelou um demônio partido ao meio por um machado vermelho.
— Que merda você está fazendo, Deckard?! — questionou Pietra se aproximando. Seu braço esquerdo ficou envolto em chamas verdes e ela incinerou os inimigos que a flanqueava. — Pelo que eu saiba, você é um atirador de combate a média e longa distância.
— Bem, eu-
— Vá ficar com sua irmã!
Pietra o içou e arremessou pelos ares em direção a Miana.
Mantendo-se no ar graças a belas asas translúcidas multicoloridas, Mikaela vinha confrontando os demônios que sabiam voar. Ela os matava atirando estacas pontiagudas de gelo e, às vezes, utilizando de sua magia explosiva. Quando tinha brecha o suficiente, tentava auxiliar os Selos abaixo dela com suas raízes.
— Ei, Mika! — chamou Pietra.
— Sim...?
— Você viu o que Deckard estava fazendo?!
— Com certeza.
— E por que não o advertiu?
— Estava esperando que ele aprendesse sozinho.
— Depois que um demônio fizesse um rasgo nele?!
— Bem... aham.
— Você é muito cruel!
— Ah, poupe-me! — Mikaela fez raízes brotarem do chão ao redor da Pietra, que os finalizou com seu potente machado envolto em chamas verdes. — Vocês que estão mimando eles demais.
O som do rugido propagou-se.
Rompendo dos céus, um dragão de pele escamada dourada chegou ao campo de batalha pisoteando nos demônios; suas asas eram negras e raios tão amarelo quanto sua pele estalavam constantemente ao seu redor. Um segundo dragão caiu para o campo de batalha, este, porém, era todo acinzentado e suas escamas reluziam, como se fosse feito de metal; e, em suas pernas dianteiras, haviam partes pontiagudas semelhantes a lâminas. Por fim, um terceiro dragão saiu das nuvens e posou no topo do castelo.
Este último dragão era muito diferente de todos os outros: era maior, mais musculoso e... mais sombrio. Sua pele escamada era roxa-escura, onde cristais roxo-claro em certas partes em seu corpo pareciam protegê-lo como uma armadura. Seu rugido fora mais poderoso, e fez até mesmo com que os demônios sentissem medo, assim como os outros dois dragões hesitaram por um instante. Era o mais poderoso dos dragões, Deathion.
Pela primeira vez, os Selos notaram a presença do ser ainda mais onipotente que aquele dragão. Bahamut flutuava a frente de seu castelo. Ele estava equipado com uma armadura completa em um tom de roxo bem escuro. O rei dos demônios e dragões retirou sua franja castanha-escura de frente de seu olhar sombrio e fintou o massacre abaixo dele.
Aiken, dilacerando os demônios distraídos com dos dragões, correu em direção Dante.
— Dante, jogue-me para cima!
E ele saltou. Dante esticou seu braço direito musculoso e, quando Aiken ficou sobre seu braço, atirou-o em direção aos céus. O Selo da Fome subiu e subiu, então houve a explosão de chamas prateadas.
O brilho das chamas ofuscava quem estava sob ela. Mas aqueles que conseguir ver — os Selos e Bahamut —, começaram a notar que a densa quantidade de chamas começou a tomar forma... de uma pata. Segundos depois, as chamas foram dissipadas por uma forte ventania, revelando um corpulento dragão prateado. Sobre a cabeça da criatura alada, estava Aiken. Seu manto de chamas prateadas estava envolto de seu corpo, sua máscara prateada cobria seu rosto e o nimbo prateado em suas costas proferia seu status de deus na Personificação.
Por debaixo da máscara, seu sorriso sádico se fazia.
— Avante, Máquina Mortífera! Banhe-se do sangue de seu inimigo e faça o sofrimento dele o teu deleite!
Sob o próprio rugido forte, Máquina Mortífera mergulhou em direção ao dragão roxo, Deathion. Os dois dragões chocaram-se, parte do castelo fora destruído, e o dragão prateado carregou o roxo até ambos caírem no chão, já distante.
Bahamut, ao ver a cena, praguejou bem alto.
— Que desgraçado! Você faz ideia do quão difícil é achar demônios espertos o suficiente para fazer um misero castelo?!
Controlando seu descontentamento, Bahamut voltou sua atenção no palco principal. Ele viu Guerra indo em direção ao dragão dourado com Lilith em seu encalço, e também viu Peste indo em direção ao dragão acinzentado. "Ora, o Morte deles também não estão aqui", pensava, "os termos foram quebrados, com toda certeza. Bem, talvez eu deva matar os filhos de Lilith agora". Ele olhou para baixo e observou Fúria caminhando calmamente em sua direção. Sorrindo, Bahamut desceu até o chão.
— Então... você será meu adversário?
As chamas vermelhas explodiram de forma espalhafatosa, engolindo o corpo de Dante por completo e queimando assim por um tempo. Em seguida, elas começaram a ser absorvidas e foram substituídas por um vapor ainda mais quente que as próprias chamas. A pele de Dante estava escamada e com a coloração negra, fissuras rasgavam-se pelo seu corpo com um vermelho rubro, e mais um par de braços faziam-se abaixo dos originais. Seus olhos detinham um vermelho intenso. Em suas costas até acima da cabeça, o nimbo vermelho cintilava. Seus dois braços direitos incandesceram tão intensamente que parecia estar coberto por lava.
O Senhor Sombrio esboçou um sorriso sádico.
— Interessante... De fato, interessante.
Continua <3 :p