O Principado de Órion

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    Capítulo 25

    Destino Oshibana

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Lucy estremeceu com o aperto em suas costas. As mãos dele estavam tão tensas e ainda havia o seu olhar. Cauteloso, com um brilho quase desesperado. Ele realmente quis dizer o que entendeu? Confusa, pousou os dedos levemente em seus braços, atenta às expressões dele.

    - Natsu... Isso sobre perder...

    - Não diga.

    Ele fechou os olhos suspirando e então, se debruçou nela escondendo o rosto na curva do seu pescoço. Lucy prendeu o fôlego quieta e os braços ao redor de sua cintura estreitaram num leve aperto, ao mesmo tempo em que Natsu inspirava profundamente causando arrepios em sua pele. Engoliu em seco, sem sabe como reagir. Seu coração estava acelerado, além do mais, não podia deixar de notar a mudança sutil na temperatura dele. O calor que emanava anormalmente do corpo embaixo do seu havia abrandado. Na verdade, o mago parecia um tanto frio, como igual quando viajaram para a missão.

    - Etto... Você está bem?

    Mordeu lábio, se xingando. Isso foi uma pergunta muito idiota. Claro que ele não estava bem. A abraçando mais, Natsu sussurrou cansado.

    - Vou ficar. Uma noite com você e isso passa.

    Arregalou os olhos. Seu rosto queimando de vergonha.

    - Como é?!

    Ele prendeu o fôlego por um segundo, parecia surpreso e depois tremeu num riso abafado. Isso só aumentou seu embaraço

    - Seu pervertido.

    Remexeu o empurrando, tentando se soltar. Natsu apenas soltou outra risadinha. Apesar da situação, o som em seu ouvido agitou o seu estômago, de um jeito bom. Tomando fôlego, ele suspirou.

    - Quis dizer passar a noite dormindo com você e não transando. Do jeito que está agora não agüentaria comigo loirinha. Mas se acha que pode...

    - C..c.cale a boca. Devia ter explicado direito. E t..também até parece que a gente vai fazer isso.

    Virou o rosto, podia apostar que estava vermelho rubro de tão corada. O silencio na cozinha predominou por uns instantes até se tocar do que ele estava falando.

    - Espere aí. Você não pode ficar aqui, Natsu.

    Roçando o rosto no seu pescoço, ele tocava sua orelha com a boca.

    - Por que não?

    Fechou os olhos com a onda de arrepios. Ele tinha que sussurrar na sua orelha? Sua mente ficava desorientada e tonta com a respiração morna. Droga.

    - Por..porque eu não durmo sozinha. Tenho uma colega de quarto que por acaso me detesta. Além disso, é o dormitório das garotas.

    Em resposta ouviu um risinho.

    - Então vai me deixar doente além de me expulsar. É bem egoísta, loirinha.

    Arfou ofendida. Desde quando ele virou um adulador?

    - Doente coisa nenhuma. Você está bêbado. Além disso, o máximo que tem é uma queda de pressão.

    - Está errada.

    Natsu ofegou. Isso a alertou, ainda mais com as mãos dele escorregando em suas costas, afrouxando o abraço.

    - Ei...

    - Apaziguar um Matador de Dragão não significa apenas me acalmar... O que aconteceu hoje, Gajeel aquele cretino me fez lembrar de coisas que não queria... E você sumiu o dia inteiro.

    - Eu não sumi.

    - Eu sei.

    O tom irritado na voz dele a estremeceu, no entanto, estava um tanto confusa e surpresa.

    - Por que veio exatamente aqui?

    Ofegando ele soltou um braço dela e apertou o rosto na curva do seu pescoço. Parecia esquentar como se... se estivesse corando!

    - Natsu?

    - Abstinência.

     O que?!

    - E..eu não entendi.

    Rosnando ele apertou sua cintura, a assustando.

    - Mas que droga, Lucy. Já é bem humilhante admitir isso. Sorte sua do que estou sentindo falta agora é seu cheiro.

    Engoliu em seco. Ela realmente achou que estava falando de outra coisa. Além disso, ele a chamou pelo nome. Sinal que falava sério.

    - Ah.. tudo bem. Eu acho que tem um quarto no primeiro andar. É pequeno, mas...

    - Não importa, vamos logo.

    Dito isso levantou da cadeira a segurando. Chiou de susto, o abraçando nos ombros, reflexo para não cair e devagar Natsu a pôs no chão. Sem coragem encarava sua camisa branca se soltando dele. Suas bochechas queimavam. Já ele não parecia se sentir afetado. Ela também não quis verificar. Quieta seguiu mancando até a porta da cozinha, sabendo que Natsu ia bem atrás dela. No corredor de paredes salmão mordia o lábio em nervosismo.

    Não acreditava que compactuou com isso! Só em fazer quebrava umas três regras:

    Uma - Dormir fora do seu próprio quarto.

    Duas - Esconder seu... seu namorado no dormitório e

    Terceira - Dormir com o próprio no recinto. (o que na verdade significava outra coisa)

    Fechou os olhos. Estaria super encrencada se a pegassem. Ainda bem que ninguém dormia no primeiro andar.

    //////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

    No dia seguinte

    - Senhorita Heartfilia.

    A secretária de uniforme branco chamou na sala de espera. O hospital de Eramar se situava no centro da cidade. Próximo às áreas de preservação e do parque central. O lugar estava movimentado, era um dos poucos especializados na medicina etheriana. Prática com magia. Ao chamado Lucy se levantou do banco junto de Natsu. Ele logo enrolou o braço na sua cintura sustentando seu peso. Isso causou uns suspiros coletivos. As outras pacientes e algumas das enfermeiras não paravam de olhá-los.

    Porem, o que a incomodava mesmo era atenção excessiva em Natsu. Ele usava outros daqueles coletes, dessa vez um azul anil totalmente fechado na parte de cima deixando as abas farfalharem enquanto andava, em contraste da calça clara. Será que ele não percebeu as risadinhas femininas enquanto passavam? As mulheres pareciam gatas no cio! Pelo amor de Deus!

    - Parece que vai explodir, loirinha.

    O espiou atravessada, encontrando um sorriso bem humorado. Nesse gesto, o mago deixou claro que sabia exatamente o porque. Só fez aumentar sua raiva, lembrando de mais cedo.

    - Não se ache muito. Estou brava por outra razão. Por que não foi embora mais cedo? Quase fui expulsa.

    Quase rindo ele a puxou mais para si, se inclinando para sua orelha.

    - A culpa é toda sua. Esqueceu de trancar a porta.

    Seu rosto queimou mais, porem não revidou. Era verdade, mas o que custava ele ter acordado mais cedo? No quartinho do primeiro andar havia somente uma cama de solteiro como já sabia. Era reservado para a cozinheira, um canto de descanso. As paredes de madeira e o tapete de lã davam um ar aconchegante, bem longe do que sentia no momento.

    Parada no meio do cômodo assistiu o mago se livrar dos sapatos, do colete surrado (a peça estava mais que destruída com tantos rasgos) jogando tudo no chão. Antes de deitar na cama ele a encarou e sem avisar agarrou sua mão, a puxando e depois caíram no colchão. Quase gritou. Antes que se ajeitasse e a camisola que havia subido, o mago simplesmente se debruçou nela, deitando o rosto entre seus seios enquanto enfiava um braço debaixo de si.

    Seu pulso disparou enlouquecido, além do fato dele ser pesado. Quase o empurrou de cima dela, porem, antes de toca-lo, Natsu segurou sua mão levando-a até a própria nuca. Mal afundou os dedos e ele suspirou, relaxando adormecido. O corpo dele finalmente aquecendo.

    Demorou um bom tempo até sossegar (checando se Natsu realmente estava dormindo) e então caiu no sono... Só para acordar com grito de Levy os pegando na cama.

    A garota escondia livros proibidos debaixo do móvel. E ela esqueceu completamente disso.

    - “Polushka, maga curandeira”. É aqui.

    Piscou voltando ao presente. Natsu abria a porta do consultório devagar e logo entraram no que lhe lembrava um jardim. Piscou surpresa vendo vasos e vasos de plantas de vários tipos e tamanhos espalhados pelas paredes aromatizando o local. As gavinhas de uma em particular soltavam brotos de flor que cheiravam à mel. Toque adocicado de bromélias.

    - Aproximem-se logo. Não tenho o dia todo.

    Voltaram-se para a voz rouca. Uma mulher idosa, de cabelos rosados e presos num coque estava parada perto de uma maca. Seu jaleco cobria parcialmente o vestido negro, contudo o olhar severo intimidava. Rápido Natsu obedeceu indo até a maca e a sentou sem esforço. Ele estava incomodado com a médica, deu pra ver. Se voltando para ela, a senhora a analisou sem toca-la em todos os machucados. Segurando seu pulso e verificando num medidor estranho perto da maca a mulher franziu o rosto.

    - O que ainda faz aqui rapaz?

    - Estou acompanhando ela.

    - Eu sei. Espere lá fora.

    - Prefiro ficar.

    Lucy engoliu em seco, assistindo enquanto os dois se encaravam. Impressão ou soltavam faíscas de raiva entre os olhares? Estreitando os olhos, Polushka soltou seu pulso e virou-se para uma mesa, procurando nas ampolas de uma grade uma especifica. Todos os vidrinhos tinham cores do vermelho até o verde musgo.

    - Dragons Slayers são irritantes e territoriais demais para meu gosto

    Arregalou os olhos.

    - Com..como a senhora...?

    - O centro de magia dos seus corpos estão selados. Já vi esse selo em outro Exterminador de Dragão.

    Segurando uma seringa, Polushka pegou uma ampola de liquido transparente espetando a agulha na tampa borrachuda do vidrinho. Enquanto enchia a seringa, observou severa o mago ignorando seu choque.

    - Há quanto tempo ela é sua Apaziguadora?

    Lucy olhou para ele e arfou. Natsu estava tão sério, mal escondendo a raiva que sentia da mulher.

    - Não creio que seja da sua alçada, doutora.

    Mordeu o lábio. Ele estava tão irritado. Ela que devia se sentir assim. Somente agora soube essa história de selo. Achava que ele estava brincando sobre o assunto!

    - Muito bem. Então sugiro que encontre alguém no principado se será capaz, porque pelo o que estou vendo essa menina está com um nível baixíssimo de etherano no corpo. Fato que lhe afeta também ou estou enganada?

    Esperou outra resposta arisca dele, no entanto, Natsu apenas suspirou desviando o olhar. Sentiu uma inquietação. Ele estava escondendo alguma coisa. Com certeza. Então teve um estalo, seria o jeito estranho dele ontem? Talvez... De qualquer modo, precisava contar pra alguém. Levy talvez a ajudaria.

    - Ai.

    Encarou o braço. Polushka tinha acabado de espetar uma veia sua no interior do antebraço. A dor fina e aguda a estremeceu. Detestava isso e um instante depois sentiu um toque calmo nas costas, bem abaixo da coluna. Seu rosto ficou quente, igual a mão em suas costas. Até que Natsu estava sendo um bom namorado. Do jeito dele, mas estava.

    - Pronto. Isso vai resolver o problema.

    - Arigatou.

    Dobrou o braço com a pastinha esverdeada na ferida que a médica passou. Ao descer da maca com a ajuda de Natsu, a Polushka entregou um frasquinho pequeno para ela. O olhou confusa e encarou a senhora.

    -  Para o ferimento da sua perna. Cicatrizará até amanhã

    Wow. Ela estava mesmo precisando. Sem dizer nada saíram do consultório, com Natsu novamente a abraçando pela cintura. Ela até ignorou a atenção que ganhavam ao seguir no corredor e na sala de espera enquanto iam embora. Porem ao saírem no caminho de cascalho do hospital não agüentou o silencio dele.

    - O que ela disse sobre selo...?

    - Ia te dizer. Mas não tive cabeça para isso ontem.

    - hum...

    O espiou cautelosa. Ele pensava longe e parecia ser algo sério.

    - Natsu, sobre a missão eu acho...

    - Vamos hoje a noite.

    - O que?

    Parou de andar, melhor dizer mancar. Se virando para ela, o olhar determinado dele esfarelou seus joelhos. Parecia o mesmo nos primeiros dias que se conheceram.

    - Vai melhorar até lá e a missão que peguei não é complicada, mas te interessa.

    - So..sobre o que é?

    O olhar negro ficou mais intenso e então ele sorriu, a arrepiando

    - Estrelas Ofuscantes do Zodíaco.

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    Enquanto isso na guilda, berros podiam ser ouvidos no grande salão. Aqueles que não consertavam o lugar (retiraram todos os escombros e moveis quebrados noite passada) erguiam a cabeça na direção do segundo andar. Não podia-se entender realmente o que os dois homens berravam um para outro. Somente que um Exterminador de Dragão estava muito possesso. Levy mordeu o lábio, abaixando o olhar para seu livro.

    Gajeel Redfox era tão temperamental quanto Natsu Dragneel. Falando nisso, a cena que viu hoje cedo deixou seu rosto rubro de vergonha. Havia entrado no seu esconderijo de livros eróticos. (outro rubor, mas ela gostava e daí?) e deu de cara com Lucy e o namorado dormindo agarrados. Seus olhos quase saltaram pra fora ao ver o Dragon Slayer com o rosto nos seios da amiga. Ele tinha algum fetiche ou algo assim? Sem contar que ele estava sem camisa (o que assustou muito Lucy, ela jurava que não tinha tirado) e a camisola da amiga suspensa até a cintura.

    Pensamentos quentes e lascivos encheram sua mente e soltou um gritinho. Quase que os entregou.

    - RESOLVA ISSO, VELHO!

    - ME RESPEITE, KOSO! O QUE TINHA A FAZER JÁ CUMPRI. AGORA SE VIRE!!!!

    Todos se calaram e então veio as risadinhas. Levy suspirou contrariada. Não deviam rir, será que não viram o que o Dragon Slayer fez ontem??? De qualquer modo ela já sabia a razão da discursão.

    Gajeel Redfox segundo o que leu sobre a participação de Fairy Tail na Guerra morreu com metade da Infantaria num contra-ataque inesperado do Levante.

    Não havia como efetivar numa guilda um mago morto. Mesmo que só fosse no papel. De todo jeito, isso não tinha nada haver com ela. No alto de suas costas a direita, sua insígnia estava à mostra para quem quisesse ver. Mesmo que muitos não acreditassem. Escolheu-a branca com contorno vermelho. Era diferente, delicada mas ainda sim chamativa.

    Estava tão concentrada no livro de glifos sobre seu colo que demorou em perceber o silencio anormal em torno dela. A sombra de repente de uma pessoa tapando sua luz.

    - Ei, pequena.

    Estremeceu com a voz rouca e engoliu em seco levantando os olhos sobre os óculos. Gajeel Redfox a observava do outro lado da mesa, sem emoção alguma.

    - Si..sim?

    Com seu gaguejo ele sorriu de canto e bateu a mão na mesa, se inclinando e ignorando seu pulo de susto. Ao estar no mesmo nível de seus olhos o mago sussurrou.

    - Soube que você é muito boa com decodificações e registros.

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    - Anda logo Lucy!

    - Já vai.

    Suspirou nervosa. Estava terminando de arrumar a mochila quando deu por falta de uma toalha. Teve que tirar tudo e arrumar outra vez. Ao seu lado asas frenéticas batiam.

    - Ei, não esquece isso.

    Olhou o gatinho azul. Happy estendia seu perfume. Agradeceu o bichano. Ele ia junto com ela e Natsu. O mago explicou mais cedo enquanto a trazia de volta ao dormitório. Happy fazia parte da equipe deles então o gato veio à noite para busca-la.

    - Lucy, sua amiga ta impaciente.

    Gemeu internamente. Levy tinha toda razão. Ela também precisava pegar o trem, para o que ela não disse. Não pegou uma missão, bom, ela também não insistiu. Estava grata pela ajuda da amiga hoje cedo. Sem Levy Natsu teria sido flagrado por Erza e o dormitório correria o risco também de ser demolido.

    Na ultima peça de roupa, puxou o zíper animada.

    - Pronto, acabei.

    Pôs a mochila nas costas e saiu do quarto acompanhada de Happy. O gato mastigava uma lula. Preferiu ignorar. Usava uma saia com um short confortável por debaixo. Sua blusa era de botões e como estava frio resolveu colocar um suéter por cima. Deu uma olhadinha para a amiga ao seu lado. Levy estava usando uma meia calça de malha negra, um vestido anil. Achou o estilo meio sombrio demais. Reparando na sua analise ela bufou irritada.

    - Estou de humor negro hoje.

    - Ta bom.

    Saíram do corredor dos quartos e logo chegaram as escadas para o hall. O dormitório estava movimentado. Muitas das meninas voltaram de missões. Ao passarem perto de um sofá, Evergreen quase se entalou com a bebida. Trocaram um olhar cúmplice e sorriram da garota.

    Ela se espantou mais.

    Evergreen sempre se gabava que saía sempre em missões, que era muito necessária à Rajinshuu e etc. Ver as duas que constantemente humilhava (o solidscript de Levy, A magia Seirei dela) indo viajar era um golpe forte no seu ego.

    Para irem mais rápido, Levy as levou de tapete e as duas riram de Happy enquanto o gato gritava de pânico. Ele insistiu em ir junto, nunca havia andado de tapete. Mas durante o caminho todo amaldiçoou o troço. Ao chegarem na estação subiram rápido a escadaria com o gato voando ao lado delas e correram para a plataforma. O lugar estava cheio. Afinal era a hora que todos voltavam ou saíam do trabalho.

    Procurando por Natsu Lucy verificou o bilhete que o gato trouxe.

    - Levy por acaso você ta vendo a plataforma 10? Acho que o Natsu deve estar lá como da outra vez.

    Mordeu o lábio, tomara que sim, por que de jeito nenhum perderia essa missão. Ao seu lado, ouviu um arfar e se virou para a amiga. Azulada parecia meio pálida.

    - O que foi?

    - Vo..você disse plataforma 10?

    - É, porque?

    Viu um bilhete de passagem na mão dela e rápido pegou. Sorriu aliviada

    - Vamos no mesmo trem! Qual é o destino?

    - O..Oshibana.

    Ela quase pulou, a perna quase curada.

    - Eu também. – então reparou no mal estar da amiga, sua animação sumiu – Poxa Levy, não precisa ficar assim.

    A baixinha mordeu o lábio desviando o olhar.

    - Não é isso.

    - Então o que é?

    Elas ouviram um risinho debochado e levantaram o olhar, encontrando Happy segurando o riso.

    - Qual o problema gato?

    Happy riu mais engasgado e então esticou a patinha, apontando para longe. Elas se viraram e no instante arfaram. Distante apenas cinco metros a coluna da plataforma 10 já esperava o trem que soltava vapor e vários passageiros embarcavam exceto dois. Em ambos os lados, encostados na coluna Natsu e Gajeel olhavam o grande relógio da estação impacientes, pareciam que iriam xingar quem esperavam, mas o engraçado era que ainda não se viram.

    - Vocês estão ferradas.

    A vozinha risonha as tirou do choque e ambas gemeram. Sete horas dentro de uma caixa de aço em alta velocidade. Será que agüentariam a viagem sem aqueles dois se matarem?

    Tomará que sim.


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