O Principado de Órion

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    Capítulo 22

    Aliados de Guerra - Parte II

    Álcool, Hentai, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    A confusão armada no grande salão logo se acalmava. Pelo o que ouvia, o repórter estava inteiro, só teve alguns dentes quebrados. Soltando um suspiro, olhou para baixo encarando os cabelos rosados e repicados. Natsu já estava um tempo bem quieto. Até respirava melhor, mas ele não havia dormido. Tinha certeza disso. Sentia um leve puxão, constante no laço da barra de sua blusa. Ele enrolava e enrolava num dedo sem soltar ou agarrar. Apenas brincava com essa tira de tecido e aos poucos, com as vozes das pessoas no grande salão ecoando até eles foi se dando conta de como estavam. Seu rosto esquentou em segundos junto ao pulso surdo que enchia seus ouvidos.

    Sentados no chão. Ela encostada na parede e ele ao seu lado quase todo debruçado nela. A respiração morna entre seus seios a estremeceu naquele sentimento leve e da vergonha. Afinal, ele estava com o rosto enfiado neles! Engoliu em seco, se perguntado o que tinha na cabeça pra puxa-lo nesse abraço. Ah.. foi a preocupação em vê-lo naquele estado...

    Nesse instante, os ombros dele tremeram e pasma, percebeu que segurava um riso. O que?!

    - Qual o problema, loirinha?

    Engoliu em seco, o rosto ficando mais quente.

    - Na..nada.

    - Tem certeza? – a voz saiu risonha – seu coração está disparado.

    Abriu a boca ofendida.

    - Seu...!

    - Ai meu Deus.

    O sussurro a gelou inteira. Virou o rosto para o arco do corredor e um jorro de gelo desceu por sua garganta, caindo feito uma pedra no estômago. De olhos arregalados encarava as cinco garotas assistindo essa sua cena carinhosa demais com Natsu. Cana estava de quatro no chão, parecia que tinha sido derrubada e olhava surpresa e maliciosa, atrás dela e meio curvada Bisca abria e fechava a boca, Mira não sabia se olhava para ela ou para Natsu com o rosto enterrado nos seus seios e Levy esbugalhava os olhos, tentando levantar o queixo. Mas a maior surpresa foi Erza. Ela estava totalmente vermelha balbuciando alguma coisa.

    Todas, em resumo, embasbacadas. Em pânico, viu a platéia aumentar. Gray que estava passando parou perto delas arregalando os olhos e mais dois rapazes apareceram. Um deles derrubou uma caneca de cerveja. Mal teve tempo de lembrar quem eram e Natsu fez um barulho, parecia um sorriso e calmamente se endireitou. Ignorando todos que assistiam sem disfarçar a fitou profundamente e segurou seu rosto numa mão, os dedos afundando nos seus cabelos junto ao olhar que escurecia de malicia.

    - Vamos ver se gostam disso.

    Prendeu o fôlego.

    - Nats..

    Num segundo ele se inclinou a puxando pela nuca, colando os lábios nos seus. Arfou fechando os olhos, um zumbido enchendo seus ouvidos com pressão leve que ele fazia e sentiu a ponta da língua deslizando provocante por todo seu lábio inferior. Arfou mais estremecida e Natsu se debruçou mais nela, o peitoral esmagando seus seios e uma mordidinha no canto dos lábios a esquentou agitando seu sangue. Como ele fazia isso?! Num movimento rápido, ele moldou os lábios nos seus, abrindo ao ponto do fôlego morno soprar por dentro da sua boca. Natsu então tombou mais sua cabeça, inclinando para o lado e aprofundou ainda mais o beijo. Cingindo tão lento e... possessivo? Isso quebrou um pouco do encanto.

    Segurou seus braços tentando se afastar, mas ele não deixava. Um rosnado baixo a surpreendeu a arrepiando inteira e pensou ter escutado Me beije, loirinha. Perdeu o pouco fôlego que ainda tinha e tremula obedeceu. O peitoral se apertando nela vibrou num barulho estranho, parecia um ronronar e esqueceu que nem sabia o que estava fazendo, só que era muito, muito bom e Natsu não parecia se importar se errava um pouquinho.

    Quente e entorpecida mal ouviu os arquejos chocados e mais e mais altos das garotas, concentrada no seu primeiro beijo oficial que estava dando e recebendo. O ronrono ficou mais alto e a vibração ecoando nela a deixou mais molinha. Os dedos na sua nuca a arranharam de leve agarrando mais seus cabelos. Seu rosto queimou de tão arfante que estava e seu corpo formigava inteiro. Natsu soltou seus lábios um pouquinho, ofegando ao encara-la tão de perto com os olhos semicerrados e nublados.

    - Se perguntarem... sou seu namorado.

    Abriu a boca chocada e sorrindo os lábios mornos deslizavam outra vez nos seus, molhados e sedentos. Natsu fazia questão de moldar suas bocas, a pressão enquanto a beijava estava marcando-a, podia sentir. Mal retribuiu surpresa e ele finalmente se afastou, soltando sua nuca ao enrolar o outro braço em sua cintura. Grogue o deixou levantá-la e o mago sorriu muito satisfeito (e safado) ao ver seu estado.

    - Boa sorte, loirinha. – se debruçou arfando sem folego nela, enfiando o rosto nos seus cabelos e inspirando fundo, ao rir baixinho em sua orelha – vai precisar.

    Paralisada no torpor do carinho (ele cheirava seu pescoço, certo?) o sentiu solta-la devagar e então Natsu seguiu no corredor adiante. Bem despreocupado enquanto suas pernas pareciam farelos. Quando o colete negro sumiu numa curva, um vulto passou por ela a acordando.

    - Ei! Cabeça de fósforo!

    O que?! Piscou mais incrédula e o tropel de passos a suas costas a atingiu em cheio. As garotas num segundo a rodearam esbaforidas enquanto Gray dobrava uma esquina seguindo Natsu. Olhando cada uma mais chocada que a outra (alem da malicia) foi que entendeu o que mago quis dizer.

    Boa sorte, loirinha... vai precisar.

    Que droga!

    //////////////////////////////////////////////////////////

    No dia seguinte, na sala de jogos da guilda

    - Então esse Happy ajudou vocês na missão?

    Natsu olhava o teto, distraído com as tabuas do soalho. Certo, na verdade ele estava lembrando de uma loirinha. Abriu um sorriso ainda sentindo os lábios formigarem. Tanto pelo gosto como pelo o que descobriu. Ela...

    - Oie! Acorda cara!

    Piscou se situando e encarou mal humorado o mago tarado. Estava jogado numa pilha de sacos de farinha enquanto o outro se apoiava numa estranha mesa de jogos. Ele havia falado que era bilhar... Como sempre as roupas dele sumiram, ficou imaginando quando tempo demoraria pra ele se livrar da cueca também, por que se fizesse isso... bateria nesse tarado até ficar coberto de hematomas.

    - O que?

    Gray sorriu malicioso e se inclinou cúmplice.

    - Tava lembrando da Lucy não é?

    Se estressou ainda mais, principalmente pelo tom desse idiota. Sentando nos sacos que devia carregar para o deposito encarou penetrante o sujeito seminu.

    - Só vou falar uma vez, hentaiarou. Fique bem longe dela.

    Gray franziu as sobrancelhas, estranhando e achando graça. Apenas aumentou mais uns graus da sua raiva que borbulhava por dentro.

    - Oie... só porque beijou ela já...

    - Fique longe, tarado. – suspirou fundo, tentando se controlar – não vou falar de novo.

    O mago piscou mais confuso e resmungou algo se voltando para a mesa atrás si. “Babaca”, conseguiu ouvir e se levantou, jogando num ombro as três sacas onde estava sentado. Poderia muito bem faze-lo engolir isso, mas estava enrolado com a tal de Mira. A garota parecia um demônio quando destruiu o bar inteiro mais cedo. Foi sem querer, mas... não tinha jeito. Teria que ficar quieto até encontrar uma boa missão para ele e a loirinha.

    Atravessando a sala seguiu direto para o arco do outro lado do cômodo. O deposito ficava mais a frente e ao entrar no corredor de pedra, se distanciando das vozes e do barulho, lembrou de ontem. Gray o encheu de perguntas enquanto ia a sala do Master. Ele nem respondeu e muito menos gritou com o cara. Apenas o ignorou sorrindo abobado. Apesar de tudo, ele conseguiu o que queria, a loirinha agora era sua namorada.

    Lucy era a garota certa para recomeçar sua vida. Além de que, não podia mais ficar se enganando. Em poucos dias, a garota o deixou completamente dominado. Porque? Por o deixar tão vidrado em seu cheiro, que em menos de três dias a escolheu como Apaziguadora. Isso era de fato assustador. Não é racional, é instinto. E ela aceitou mesmo sem perceber. Podia ser comparado com uma marca de companheira, só que não é visível. Sorriu largo sem notar que um grupo o olhava chocado no corredor. Queria ver como lutariam outra vez. Se a simbiose deles eram estreita mesmo. Afinal, o selo dessa magia estava nas suas fontes de poder dentro do corpo e não pôde deixar de sorrir mais.

    - Chamas de dragões e espíritos celestiais...

    /////////////////////////////////////////////

    - Lucy, confessa. Você gosta dele, não são namorados agora?

    Chateada levantou o olhar mal humorada para Levy. A amiga ria com vontade e por um bom motivo. Levy e todas as garotas a encurralaram e levaram para a Fairy Hills. Atravessaram a madrugada com perguntas indiscretas trancadas no seu quarto. Evergreen foi expulsa por Erza (a tirou da cama pelos cabelos) e Mira trancou a porta escondendo a chave Deus sabe aonde. Não teve outra escolha.

    Que droga. Estavam na cozinha do dormitório, precisamente sentadas junto a uma bancada enorme de madeira que divida o cômodo bem ao meio. Seu chocolate quente estava pela metade, mas Levy continuava a olhar maliciosa. Mil vezes droga!

    Hoje fazia um frio insuportável e teve o azar de ter sonhado com Natsu outra vez.  Balbuciava o nome dele e Levy escutou. No entanto, o que a deixava pensativa era o sonho. Foi diferente de todos os outros.

    Estavam ao ar livre. Ela estremecia de frio, parada a beira de um vale cheio de pedras estranhas e uniformes. Eram tantas que cobria cada pedaço de chão. A noite estava fria e escura, sequer ventava e antes que esfregasse as mãos para se esquentar, um par de braços a envolvia hesitantes por trás. Puxando-a levemente até suas costas derem de encontro ao um tórax quente. O coração dessa pessoa acelerava e teve uma vontade de rir porque se sentia extremamente boba. Queria ver o rosto dele que com certeza estava vermelho. Ele sempre ficava fofo envergonhado. Se debruçando nela, fechando os braços ao a estreitar contra o peitoral quente, o fôlego dele soprou quebrantado de nervosismo e suspirou derretida.

    - Está melhor assim loirinha?

    Revirou os olhos.

    - Já disse pra não me chamar assim.

    Sua voz saiu tão diferente, tinha um tom debochado e divertido. Ele riu abafado e depois suspiraram, o ar leve de brincadeira passado enquanto observavam o vale outra vez. Seu coração pesava cheio de angustia e nesse momento foi que se distanciou desse abraço. De repente, estava flutuando no ar vendo um rapaz de cabelos rosados abraçado à uma garota loira olhando o vale. As expressões dos dois na semi-escuridão eram sérias e determinadas. Uma explosão estourou estremeceu o ar numa onda de choque, os céus iluminados num clarão em segundos e arquejou sem fôlego.

    O rapaz usava roupas e botas escuras, um casaco com as mangas enroladas até os cotovelos e a garota um vestido negro. Meias escuras subiam até suas coxas e botas também negras iam até seus joelhos.

    Eles... eram Natsu e ela. Mas... já o viu usando roupas parecidas. O choque quase a tomou quando viu onde estavam realmente. No meio de uma floresta. Sozinhos e fitando esse vale.

    Segurando sua mão, Natsu a girou para o lado de repente, desfazendo o abraço e ambos correram para a beirada, saltando em queda livre.

    - Lucy!

    Levy bateu a mão na mesa e a caneca balançou. Respingando chocolate quente em si.

    - Levy, olha o que você fez? Quase derramou.

    A baixinha suspirou se endireitando outra vez no banco enquanto tentava tirar os respingos na sua blusa. Era enorme e praticamente sumiu dentro dela. Fitando a maga azulada, pestanejou com a expressão preocupada.

    - O que foi?

    Se inclinando um pouco, Levy a encarou mais profundamente.

    - Você esta bem? Digo, bem mesmo?

    - Claro que sim.

    Ela apenas a fitou mais cética.

    - Lucy...

    Se emburrou.

    - Fala logo o que esta pensando.

    Soltando o ar ela verificou em volta, checando se estavam mesmo sozinhas e se inclinou mais sobre a bancada.

    - Depois te digo, outra coisa é mais importante. Eu não queria te falar para não te assustar, mas nesses dias encontrei algo muito estranho nos registros da guilda.

    A curiosidade inflou com o tom de mistério da amiga.

    - O que encontrou?

    - Você disse uma vez que sua ancestral era uma maga de suporte, certo? – assentiu e ela continuou – ela fazia parte da infantaria, como nos sabemos, só que... Lucy, no dia da grande batalha ela e Natsu foram sozinhos para uma missão. Tipo, não tinha mais ninguém com eles. Todos do exercito estavam no deserto de Acrabia. Você sabe como é lá. Um cânion enorme corta a Floresta Senquioal. Se algo desse errado não tinha como alguém ajudá-los.

    Sem querer empalideceu e Levy arregalou os olhos, nervosa.

    - Lucy...

    - Aconteceu, não foi?

    Lembrou da reação do mago ontem, a menção do esqueleto do dragão no museu.

    - Eu não sei se...

    - Qual era a missão deles?

    Piscando com sua interrupção ela deu os ombros.

    - Aí é que está. Não sei.

    - Como assim?

    A deixou curiosa e assustada por nada?!

    - No livro não tinha nada a respeito. Só dizia “O time Honō to Tetsu se separará na batalha. Os dois com a massa ampla de ataque farão a missão contingente, o outro se juntará com o exercito para a emboscada.”

    Empurrou a caneca para o lado, pensativa.

    - Honō to Tetsu... Quer dizer...

    - Chamas e Ferro. Os elementos dos dois Dragões Slayers.

    Fitou a amiga. Ela estava engolindo em seco, que esquisito.

    - O que foi?

    - Lucy... Esse era o time que mais exterminou dragões da 5ª unidade. Porque você acha que ela é a mais famosa de todas?

    Dessa vez foi ela que engoliu em seco.

    - Não me diga que...

    - Isso. Era o time do Salamander, Kurogane no Gajeel e a Valquíria Celestial. Havia mais um Matador de dragão, mas por algum motivo ele se afastou, o que não fez diferença nenhuma.

    Riu sem graça, mas ela mesma empalideceu. Os nomes dessas alcunhas causavam medo pelas histórias que os acompanhavam. Dois rapazes e uma garota. Sozinhos mataram dezenas de dragões em menos de um ano.

    - Tem uma coisa estranha.

    - O que?

    Levy tinha a voz baixa e tímida. Devia estar espantada com a história.

    - Porque separaram eles?

    - Não sei.

    O silencio se estendeu e ambas pensavam a mesma coisa. Alguma coisa muito fática aconteceu nesse dia.

    ///////////////////////////////////////////////////////

    Horas depois

    Já anoiteceu e ela não apareceu. Procurou não se irritar com isso. Afinal, Lucy estava muito machucada, não se curava rápido como ele. Não chegava a ser uma cicatrização ultra rápida, ainda sentia doer as costas, mas depois de tantas vezes se ferir não o incomodava tanto.

    Diante do Request Bord do segundo andar procurava por uma missão mais emocionante que a ultima. Sorriu de canto olhando os pedidos e seus dizeres, soube que a loirinha tinha ficado irritada pela Missão Classe S. Ele mal foi nomeado Classe S na época e o enviaram naquela missão maldita. Queria aproveitar e saber como eram esses tipos de pedidos. Estava cansado de guerra.

    - Ah, você aqui.

    Observou de soslaio a pessoa e a ruiva de armadura o encarava séria. Qual era mesmo o nome?

    - Você...

    - Erza. Erza Scarlet.

    Ela estendeu a mão, a manopla de aço rangendo leve e desinteressado segurou.

    - Prazer.

    Ao puxar a mão a garota segurou apertando e estreitou o olhar para ela. Os olhos castanhos expressavam uma determinação férrea, quase igual a raiva ferina de ontem. Procurou segurar o gênio. Ela era uma dos cinco. Gray tinha um pavor dela e de Mira. Mesmo odiando, aprendeu a respeitar os medos do mago tarado.

    - O que você quer?

    - Nada demais. Lucy é minha amiga e gostaria que ela não se machucasse.

    Quase riu.

    - É meio difícil, sabia? Em batalha...

    - Não estou falando disso.

    Ah... seu sorriso presunçoso aumentou e sua mão foi apertada mais forte. Essa ruiva estava mesmo com raiva dele.

    - Quer me esmagar a mão, garota?

    - Se servir como aviso...

    Suspirou irritado.

    - Ouça bem. A loirinha e eu somos mais que parceiros. Você e todos daqui nem fazem ideia de como e não vou me explicar pra você só porque quer protegê-la. Lucy não é feita de vidro. Ela pode muito bem se defender.

    Puxou a mão com força demasiada, fazendo a maga finalmente o soltar. Estava irritado, mais ainda pelo “sumiço” de Lucy na guilda. Não gostava de ficar longe dela, a ansiedade aumentava e não tinha nada a haver com saudade. Era... necessidade. Talvez ela se sentisse assim também, os efeitos do selo entre um Dragon Slayer e sua Apaziguadora eram relativamente iguais.

    Chegava ao extremo desse corredor largo de madeira quando um cheiro o fez paralisar. Arfou fitando o nada e estremeceu. Atrás de si, Erza girou no lugar de rompante e os cavaletes, que serviam para sustentar o telhado acima rangeram. O cheiro de madeira quase encobriu, mas não o suficiente. Se jogou para frente, ouvindo um estrondo atrás de si e bateu a mão no chão, girando o corpo e se arrastou tentando frear. Pedaços de tabuas voavam para todos os lados. Da nuvem de poeira uma sombra se endireitava levantando e estremeceu mais forte.

    - Gehe... ótimos reflexos Salamander.

    - Omoe...

    Passos correndo quebrou a saudação estranha e num zunido uma lamina de espada cortou a nuvem de poeira. O intruso se esquivou saltando para o cavalete onde se fincou. Com duas laminas pequenas saindo das botas o prendendo de cabeça para baixo.

    Erza simplesmente estreitou o olhar e abrir a mão esquerda. Uma espada igual a outra que empunhava surgiu brilhando e a mesma inclinou o rosto, a franja ruiva deixando apenas um olho encarando duramente.

    - Quem é você? Ninguém ataca um membro da Fairy Tail e fica impune.

    O homem, um rapaz de aparência bruta sorriu debochado para ela e Erza estremeceu de raiva.

    - Calma ruiva, meu assunto é com ele e antes de mais nada, sou um mago da Fairy Tail também.

    - Eu nunca te vi...

    O rapaz simplesmente mostrou o ombro esquerdo para ela e os olhos castanhos arregalaram de espanto. Mesmo que ele estivesse pendurado de cabeça para baixo era inconfundível a insígnia negra. Natsu não se atentava para isso, ele observava chocado o sujeito e realmente não via coisas. Até o cheiro ferroso o embrulhava como antigamente. Cabelos selvagens e negros. As cicatrizes nos braços e pedaços de aço, como pequenas esferas nas sobrancelhas e no nariz. Ele usava uma calça e um colete negro todo rasgado na barra, só as botas eram iguais.

    Arquejou de raiva estremecendo.

    - Gajeel.

    O sujeito o olhou desdenhoso e cruzou os braços.

    - Não foi o único a ser selado por um dragão, Salamander.


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