Capítulo 1
Era em local vasto, um grande salão com arquitetura gótica que transparecia em seus belos e antigos vitrais. Em algum momento deveria ter sido uma igreja frequentada por muitas almas aflitas, porém agora estava com suas janelas quebradas e tapeçarias gasta a muito tempo. Acabou por ser tornar palco da mais pura carnificina. As paredes eram tingindas de vermelho intenso, assim como o chão.
YOUKAIS, de niveis inferiores, seus corpos dilacerados, visceras a mostra, braços, pernas, cabeças separadas dos corpos, um ainda agonizava ao ver o ser que massacrara os outros, arregalou os olhos negros tentando se lenvantar entre outros corpos...
- MISERICÓRDIA!! - escapavam dos lábios do youkai, esverdeado sem forças no chão, ofegando.
- Ahh!! - teve o braço direito pisoteado pelo coturno negro.
- ...e-era apenas brincadeira... - disse o youkai desesperado.
- Brincadeira? - sussurrou uma voz feminina melodiosa.
- ...é-é.... - disse o youkai, morinbundo, forçando um riso.
O coturno apenas afundou na cabeça do youkai, que não teve tempo de gritar.
A luz pálida da lua cheia entrava pela clara-boia, rachada em fendas largas. Era inicio de primavera, a brisa soprava misturando o cheiro de flores com sangue.
Entre os corpos surgia a figura esguia feminina de roupas negras, banhadas em sangue, pele palida, olhos tão azuis quanto o céu de dia, e longos cabelos até os quadris, tingidos em roxo em uma longa trança, apenas com as longas franjas e sombracelhas loiras.
- Ela esta magnifica... - o rosto de anjo observava a lua, respirou fundo. Por mais que fizesse qualquer coisa que fosse, sentia um enorme vazio dentro da alma... - Está próximo... Narú... - Kumo fitava ainda a lua, nuvens grossas enchiam o céu noturno. - Está vindo uma tempestade. -sussurrou para si mesma.
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As gotas caiam fortes, o soar de trovões era ensurdecedor, os relâmpagos cortavam o céu de forma sinistra.
Os passos rapidos pela escadaria que se misturavam a chuva se desiquilibrou, quase caindo voltando dois degraus. A chuva difilcultava o avanço. A calça jenas, a jaqueta verde e o tênis all star já estavam encharcados. Seu coração doia, havia recebido a noticia naquela tarde e se apressou em ir ao encontro da velha mestra. Os outros já estavam lá, porém ele tinha dito que fossem na frente visita-la, não espereva que ela, sua forte mestra, teria um ataque cardiaco fulminante, pois estava bem a cerca de 2 dias atrás.... Se esforçou chegando até o portão e travessando rapido o pátio. Correu até a porta, abrindo tirando o tênis e indo rapidamente onde sentia a presença dos outros.
Lá fora o vento zunia, a chuva era insistente entre os relâmpagos e trovões. Um raio caiu em algum lugar clareando toda a redondeza. Nesse momento, Yusuke, com a portas da entrada principal e do quarto de sua mestra abertas, cai de joelhos entre lágrimas, com a luz dos raios as suas costas.
- Sin-sinto muito Urameshi... - susurrou Kowabara
Yusuke não podia acreditar... sua velha mestra derrotada pelo velho coração?
Kurama, Shizuru e Yukina não conseguiam olhar para ele, de joelhos a porta do quarto. Keiko correu para abraça-lo. Seus longos cabelos castanhos farfalhavam ao movimento rapido, agachando e amparando Yusuke, que chorava feito uma criança.
- Id-idiota...VELHA IDIOTA!!! - gritou Yusuke, com todas as suas forças, desabando a chorar se encolhendo junto a Keiko.
No futon, a velha Genkai tinha um semblante de dor, mesmo após tantas batalhas havia sido derrotada pelo proprio coração. Era frustrante, e a dor no corações de todos era enorme.
Lá fora os trovões se acalmavam. A chuva diminui e a noite parecia chorar junto com os outros.
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- NÃO, NÃO E NÃO!! Eu não vou guiá-la por uma segunda vez!!! - esbravejava Botan
- Mas Botan...
- NÃO SENHOR KOENMA !!Ela é minha amiga... - dizia quase entre lagrimas a guia espiritual de quimono rosa, com seus cabelos azuis presos em coque alto e franjas soltas.
- ... tudo bem... - arfou Koenma, em sua forma diminuta atras do grande gabinete dourado. - Tomé!!! - berrou.
- Si-Sim, Senhor Koenma!!! - surgiu o diabo azul todo atrapalhado, cruzando a grande sala a corrida, quase caindo.
Se desiquilibrou e caiu em cima da mesa, em cima de vários documentos, os espalhando. Koenma e Botan o olhavam.
- Olha o que você fez, diabo!!! - berrou Koenma, com uma veia latejando a testa.
- Des-desculpe ...Senhor... - disse, tentado ajeitar os documentos que ainda "voavam".
- Deixa pra lá... - Koenma disse, suspirando. - Vá chamar Hinagueshi, tenho uma missão para ela.
- Senhor Koenma, espero que não seja algo bobo, afinal seu pai...
- Vai logo Tomé!!!
- Sim senhor!! - e sai da sala com um monte de documento em seus braços.
- Meus documentos....
- Obrigada Senhor Koenma. Posso ir vê-los?
- Sim, mas esteja aqui logo, preciso de vo... seus serviços! - disse, sem jeito de encarar a guia.
Botan sorriu docemente.
- Obrigada senhor Koenma. - saiu dando meia volta.
- Avise-os que assim que me permitir, irei vê-los!
- Sim senhor!! - e foi em direção ao Ninguenkai
Koenma a olhava sair ainda com suas face corada.
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Mukuro olhava o horizonte,uma velha ao seu lado maltrapilha insistiu em jogar as contas e ver seu futuro.
- Então o que vê Moyra?
- Nada ainda ... - falou a velha, remechendo as contas coloridas dentro do cesto raso de vime.
- Humpf... isso é besteira... - resmungava Hiei, pela nona vez.
- Shh! Axo divertido. - disse Mukuro, olhado para o lado onde Hiei estava sentado, ajeitamdo seus cabelos ruivos que agora eram compridos.
Estavam em uma varanda em um final de tarde qualquer no Makai.
- Vejo... - a velha Moyra, com seus rastafaris e mãos enfaixadas, jogava as contas e olhava fixamente. - Dois... não, três seres de pele alva como a neve ...
- Grande coisa...
- Shh, Hiei!!
Moyra ficou estatica, suas pupilas negras se dilataram, ficando brancas, deixando cair o cesto com contas.
Mukuro se assustou, se levantando de onde estava. Hiei apenas observava.
- Vejo o retorno de um passado negro manchado de sangue, onde vários outros planos serão influenciados. O retorno dos antigos regentes chamados de grandes, aquele que julga no Reikai, o pai sendo lançado ao infinito....
- Está falando de Emma Dayo? - perguntou Mukuro preocupada.
- ... sim... e todos os que lutaram antes pelo Ninguenkai estaram en.... - Mayo caiu, se debatendo. A vibração que sentia era como o palpitar de um coração, uma face de pura maldade apareceu em sua mente. - Narú... - disse Mayo, antes de desmaiar, sendo amaparada por Mukuro. Até Hiei se instingou com o nome.
- Narú... - pronunciou Hiei, e encarou Mukuro.
Continua....