Os Cinco Selos

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    Capítulos:

    Capítulo 158

    Amálgama

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yoo,

    Vocês sabia que, contando com este, esta parte já tem 34 capítulos?

    Nossa, se você acompanha esta parte desde o primeira parte, você perdeu cerca de 340 minutos da sua vida só lendo isso aqui

    5 horas e 40 minutos que poderiam ser convertidos em estudo para tornar seu futuro melhor

    Pior que isso, é quem perde mais de 5 horas para escrever só um capítulo

    Se eu errei a conta, isso prova ainda mais que estou certo

    Boa leitura ^^

    Pietra e Mikaela

    Seguidamente dos rapazes terem ido destruir os cristais e lutar contra os dragões, Pietra e Mikaela saíram de Arcádia a cavalo. Depois de algum tempo cavalgando, enfim Mikaela achou um local apropriado para dar sequência ao plano. O lugar, com grama sobre o solo, era bastante plano, onde haviam algumas árvores e um local alavancado não muito distante.

    — Acho que este lugar está bom — disse Mika.

    — É. E está uma distância segura de Arcádia — concordou Pietra após uma rápida olhada ao redor.

    As duas desmontaram dos cavalos.

    — Poderia tirar aquelas árvores ao redor, por favor? — pediu Mika.

    — Mas é claro. — Pietra esticou a mão, um círculo magico verde formou-se na à frente da palma e seu braço entrou nele, sem transpassar para o lado, apenas sumindo. Depois, retraiu se braço, e a longa haste vermelha de seu machado saiu também, seguido pela lâmina. — Essa magia é muito útil!

    — Que magia é essa? — Mika ergueu a sobrancelha.

    — É a mesma que o da minha Personificação, porém eu crio apenas uma pequena dimensão para guardar o machado. Não é qualquer cavalo que aguentaria o peso do meu machado.

    Pietra começou a retirar as árvores ao redor com seu machado. Mikaela pegou um galho fino e longo do chão. Ela começou a depositar sua mana nele e, depois de um curto tempo, uma esfera multicolorida de energia surgiu em sua ponta.

    — Fazia tempo que eu não usava um cajado.

    — Por que não usa mais? — perguntou Pietra, cortando uma árvore com um golpe.

    — Bem, um cajado serve para converter sua mana em uma magia. Meu corpo já faz isso. — Mika manejou o cajado. — Usava apenas para parecer humana.

    Quando as árvores ao redor foram cortadas, o Selo da Redenção começou o seu trabalho. O cajado improvisado emanou um forte tão colorido, Mikaela o cravou no chão e começou a arrastá-lo, marcando o solo. Passando-se quase uma hora, ela enfim terminou de marcar. Mikaela havia feito um círculo e depois outro dentro do primeiro e escreveu três runas grande diferentes e outras três menores. Pietra subiu na elevação e disse:

    — Seu círculo está torto.

    — Não está não. — Mika fez uma careta.

    — Vem cá ver, então.

    Mikaela subiu na elevação e viu que seu círculo externo estava torto.

    — Mas que porra! — praguejou jogando o cajado no chão.

    — Acalme-se, amiga — consolou Pietra, segurando o riso.

    — Você está rindo. — Mika a fintou.

    — Não estou!

    — Está sim!

    — Está bem, estou!

    Por fim, Mikaela cedeu e riu também. Ainda praguejando mentalmente, ela consertou o círculo, perdendo mais alguns minutos. De volta para a elevação, a pele de Mikaela começou a ficar vermelha e manchas negras apareceram, seus olhos tornaram-se negros e um par de chifres cresceu em sua cabeça; e sentou-se sobre os joelhos. Pietra, ao seu lado, ficou apenas de pé com os braços cruzados.

    — Não se esforce muito, mamãe — disse Pietra.

    — Vou tentar. — Mika esboçou um sorriso. Ela observou Pietra por um tempo. O cabelo ruivo ondulava com vento e os olhos verdes pareciam estar distante. — O que lhe incomoda?

    — Não sei como dizer o que sinto por ele — respondeu depois de hesitar por um momento. — Não tenho coragem.

     — E ele também não, pelo jeito. — Mika se despreguiçou. — Sabe que pertencerem ao mesmo grupo não muda em nada, né?

    — Eu sei, mas... — Pietra maneou sua cabeça em negação. — Está preocupada com o capitão?

    — Mudando de assunto, hein? — Mikaela deu uma risadinha. — Não. É um idiota, mas sabe se virar.

    Uma das três runas marcadas no chão se incandesceu, poucos segundos depois a segunda marca também brilhou. Mikaela fechou seus olhos para concentrar-se. Pietra começou a alongar seus braços. Quando a terceira runa encandeceu, Mikaela deixou as palmas das mãos voltada para cima e recitou:

    — Os marcados pelo destino devem responder ao meu chamado. — Ela se ergueu e cruzou os braços. A energia multicolorida envolveu seu corpo, o próprio círculo e runas menores acenderam. — Ordeno-os que apareçam diante a mim. — A energia envolta dela se intensificou, então abriu os braços.

    Os círculos e as runas brilharam intensamente, obrigando a Pietra tampar os olhos com as costas de sua mão. Um tremor aconteceu, e ela pode vislumbrar por entre seus dedos a grandiosidades dos dragões que surgiram em sua frente. As criaturas estavam perto uma da outra, e dizimaram a flora ao redor com o seu elevado peso. O dragão de vento, sem uma perna, perdeu o equilíbrio e tombou. O calor do dragão de lava misturou-se com o frio do dragão de gelo, fazendo uma cortina de vapor pairar entre eles. Dante, Kleist e Aiken saíram desta cortina de vapor e afastaram-se de seus adversários com alguns saltos, todos já em sua forma humana.

    — Sua vez de arrasar — escutou Mika dizer.

    Os lábios de Pietra retorceram-se em um sorriso sádico. Saltando da elevação e indo em direção aos dragões, disse:

    — Despertar: Deusa da Peste. — As chamas verdes explodiram, parecendo engolir os dragões. — Personificação da Peste.

    As chamas verdes tornaram-se ainda mais exuberante. Obliterando o brilho das chamas, a escuridão tomou conta por completo.  Os dragões se entreolharam, extremamente confusos pelo o que estava acontecendo.

    — Primeira manha: dor — a voz da Pietra saiu rígida.

    Os ferimentos causados pelo confronto foram repassados dos Selos para os dragões. O de lava sentiu sua pele queimar, o de gelo e vento sentiram fortes impactos invisíveis contra seu corpo — sendo o do vento que mais sofreu, pois rugiu. Os três preparavam-se para fugir, contudo Pietra continuou:

    — Segunda manha: medo.

    Os dragões estavam prestes a fugir, mas seu rei apareceu entre eles. Bahamut fintou seus lacaios alados com um olhar carregado de fúria e desprezo. Aquelas criaturas temíveis tornaram-se reles bichinhos de estimação sob o olhar intenso de seu criador. Estavam assustados, talvez até mesmo tremiam.

    — Eu dei-lhes apenas uma função, e vocês falharam miseravelmente! —vociferou Bahamut. — Os cristais foram destruídos por culpa de suas incompetências!

    O falso rei dos demônios se aproximou do dragão de vento. Com o punho direito, acertou um golpe que aprofundou a pele escada do dragão, fazendo-o rugir de dor. Sobre sua palma esquerda, fez uma esfera de energia roxa, que jogou no dragão de gelo, fazendo-o rolar pelo chão. Ele se aproximou do dragão de lava e ergueu a cabeça para encará-lo — os olhos da criatura tremiam de medo. Bahamut flutuou até acima do dragão e acertou-o com um punho fechado sobre a cabeça, fazendo o dragão bater a cara no chão violentamente.

    — Como ousa olhar de cima para mim? Ponha-se em seu lugar, criatura inferior.

    Os dragões voltaram seus olhares para seu rei, mas ele havia sumido — deixando-os mais confusos. Como uma luz em meio a escuridão, Pietra apareceu entre eles. Sob os trapos sujos que trajava, seu corpo estava praticamente em pele e osso, mas seu cabelo continuava impecável. Estava com algemas com a correte rompida em cada pulso e tornozelo, e com uma faixa de ferro que dava volta ao redor de sua cabeça na altura dos olhos, deixando uma abertura para que o brilho de sua íris escapasse. Como prova de seu status de Deusa, o nimbo verde circulava em suas costas.

    — Seres como vocês temem tanto Bahamut assim? Patético. — Pietra riu. — Terceira manha: morte.

    Correntes circularam os corpos dos dragões e prenderam-nos com força. Chamas verdes arderam em seus respectivos corpos, assim sugando sua energia vital gradativamente. Como medida desesperada, os dragões se debatiam para quebrar a corrente, porém não conseguiam, e sentiam-se cada vez mais fracos.

    Aiken apareceu ao lado de Pietra.

    — Poupe o dragão de gelo para mim?! — ele pediu.

    Pietra deu um pulinho e suprimiu um grito com a mão.

    — Que susto, seu merda! — vociferou. Ela respirou para ficar calma e prosseguiu: — Por que tenho que poupá-lo?

    — É importante!

    — E como você quer que eu mantenha ele vivo sem causar risco a todos?!

    — Eu sei lá!

    — Talvez eu possa ajudar com isso — disse Mika, aparecendo no outro lado de Pietra.

    Desta vez, ela não conseguiu conter o gritinho de susto.

    — Vocês estão assustando-me de propósito, né?!

    Aiken e Mikaela deram de ombros.

    — Apenas deixe ele bem preso.

    A corrente no dragão de gelo estendeu-se até a mão de Pietra e, a pedido de Mikaela, ela mesmo garantiu que o dragão ficasse bem preso com sua força bruta.

    Mikaela aproximou-se da criatura e observou-o por um instante. Seus olhos pareciam cansados, tristes, e sua respiração estava pesada. Quase sentiu pena dele, mas sabia que, se não fossem pelas correntes, provavelmente estaria sendo devorada. Ela deu um beijo suave na pele escamosa do dragão — seus lábios ficaram estranhamente gelados — e afastou-se. Na palma esquerda abriu um grande círculo magico branco, onde mantinha apontado para o dragão. Uma barreira quadricular se formou ao redor do dragão, e selo azul emanou no local onde Mikaela havia beijado. A mão direita dela emanou um forte brilho, então recitou:

    — Os pecados são responsáveis por macular este mundo. Diante de tantos pecados, o mundo chora, mas hoje eles não têm poder sobre mim. Selo da restrição dos pecados... ativar.

    A barreira quadrada teve seu brilho intensificado e runas voaram ao redor, e o dragão começou a ter seu poder selado. O rugido de dor era intenso e incessante.

    Mikaela voltou para perto de Pietra e Aiken, e agora Dante e Kleist também haviam se juntado a eles.

    — Uma boa ideia usar o mesmo selo que usamos contra Bahamut — observou Aiken. — Mas não deveriam ter outros círculos mágicos?

    — Não. Vocês tiveram que usar mais círculos pois só Edward não conseguiria manter um sozinho. Vocês não têm tanta afinidade com magia — explicou Mika. Seu olhar ficou sério. — Há demônios em Arcádia.

    Mikaela se teletransportou em um piscar de olhos. Dante e Aiken passaram às pressas por Pietra e Kleist e foram correndo em direção ao reino de Arcádia.

    — Cuide-se — disse Kleist.

    — Você também. — Pietra o observou indo embora.

    A Deusa da Peste pegou seu machado vermelho e fintou os dragões. Pareciam ser tão fracos e inofensivos. Mas já era hora de morrerem, pelo menos dois deles.

    ***

    Algumas horas antes...

    Sentado em seu trono de pedra negra bem polida e lisa, Bahamut observava seus lacaios demônios travando lutas entre si. Ele não acha interessante a luta em si, mas achava engraçado como seres tão fracos e pequenos comemoravam tão ruidosamente vitórias sobre outros seres fracos e pequenos. Parece até mesmo que não poderiam ser mortos com um simples estalar de dedos de seu rei.

    A sala em que estava era incrivelmente ampla e enriquecida em detalhes com paredes de pedra. Cristais azuis deixavam a iluminação mais viva e as chamas em certo locais impediam que a escuridão se formasse.

    Um demônio franzino chegou até o primeiro degrau da escada que alavancava o trono de Bahamut e ajoelhou-se. Ele vestia uma leve túnica negra, diferente dos outros demônios que trajavam armaduras ou apenas tangas. Esperou calmamente em silêncio até seu rei redigir sua palavra a ele.

    — O que tem a dizer, Kalai?

    — Meu rei, temos fonte de energia desconhecidas nos cristais — comunicou o súdito.

    — São os Selos, com certeza. Humanos não são corajosos o suficiente para enfrentar meu dragão, nem mesmo tem força para tal. Bem, mande reforços para os outros dois cristais.

    — Não fui bem claro, meu Senhor, mas... — Kalai pareceu um pouco receoso. —Mas os outros dois cristais também estão sendo atacados.

    O lacaio esperava um surto de fúria vindo de seu rei, entretanto isso não ocorreu. Bahamut limitou-se a coçar sua barba.

    — Interessante. Kalai, se os Selos estão atacando ao mesmo tempo os três cristais, significa que a o reino dos humanos está desprotegido sem eles, certo? Ou, pelo menos, três deles não estão lá.

    — Creio que sim, meu Senhor — respondeu com sinceridade.

    — Envie os Apóstolos para lá para exterminar qualquer humano que verem. — O sorriso de Bahamut alargou-se. — Seu meus Apóstolos morrem para os Selos, eles nunca venceriam os anjos. E, se os Selos morrerem para meus Apóstolos, nunca iriam me divertir.

    — Será feito, meu rei — assegurou Kalai.

    — Mais uma coisa: onde está Morte?

    — Não o vejo faz um dia.

    — Entendo. Isso é tudo. — Observando seu lácio ir embora, Bahamut pegou um cálice e sorveu o líquido dentro, lambendo seus lábios logo após. — Os humanos são uma desgraça, contudo seus vinhos são uma maravilha, de fato!

    Continua <3 :p

    Curiosidades:

    Will: um dos guerreiros sagrados. A família de Will, seu pai e sua mãe, eram soldados do reino de Taric. Ambos morreram na luta contra os demônios para proteger seu reino da ruína, o que acabou sendo em vão no fim. Seus pais, temendo a derrota, pediram a Camille para que cuidasse de seu filho. A Rainha de Arcádia cuidou de Will, e fez questão de fazê-lo um soldado tão honrado e forte quanto seus pais foram.

    Armas: uma espada.

    Magia: também adquirida dos livros dos Mephistos como os outros, trata-se de uma luz que detém um calor mais intenso que as chamas. Ele autodenomina de Luz Sagrada, e punirá qualquer demônio em sua frente com ela.

    Idade: 20 anos.

    Altura: 1,88 metros.

    Aparência: dotado de um belíssimo cabelo longo e negro, sobre olhos castanhos claros. Tem ombros largos e músculos bem rígidos, apesar de não ser algo exagerado — um exemplo de guerreiro.

    Características: ele tem uma natureza tão retardada quanto Aiken. A maioria das vezes é ignorado, mas isso apenas fora de combate. Will é uma pessoa completamente responsável, apesar, e, o que lhe é ordenado, pode considerar sendo feito. Todos confiam nele — Camille, Guerreiros Sagrados, outros soldados e cidadãos. Seu senso de justiça é inabalável.

    Gosta: café e rosquinhas.

    Odeia: negligência.


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