Yoo,
Vocês sabia que, contando com este, esta parte já tem 34 capítulos?
Nossa, se você acompanha esta parte desde o primeira parte, você perdeu cerca de 340 minutos da sua vida só lendo isso aqui
5 horas e 40 minutos que poderiam ser convertidos em estudo para tornar seu futuro melhor
Pior que isso, é quem perde mais de 5 horas para escrever só um capítulo
Se eu errei a conta, isso prova ainda mais que estou certo
Boa leitura ^^
Pietra e Mikaela
Seguidamente dos rapazes terem ido destruir os cristais e lutar contra os dragões, Pietra e Mikaela saíram de Arcádia a cavalo. Depois de algum tempo cavalgando, enfim Mikaela achou um local apropriado para dar sequência ao plano. O lugar, com grama sobre o solo, era bastante plano, onde haviam algumas árvores e um local alavancado não muito distante.
— Acho que este lugar está bom — disse Mika.
— É. E está uma distância segura de Arcádia — concordou Pietra após uma rápida olhada ao redor.
As duas desmontaram dos cavalos.
— Poderia tirar aquelas árvores ao redor, por favor? — pediu Mika.
— Mas é claro. — Pietra esticou a mão, um círculo magico verde formou-se na à frente da palma e seu braço entrou nele, sem transpassar para o lado, apenas sumindo. Depois, retraiu se braço, e a longa haste vermelha de seu machado saiu também, seguido pela lâmina. — Essa magia é muito útil!
— Que magia é essa? — Mika ergueu a sobrancelha.
— É a mesma que o da minha Personificação, porém eu crio apenas uma pequena dimensão para guardar o machado. Não é qualquer cavalo que aguentaria o peso do meu machado.
Pietra começou a retirar as árvores ao redor com seu machado. Mikaela pegou um galho fino e longo do chão. Ela começou a depositar sua mana nele e, depois de um curto tempo, uma esfera multicolorida de energia surgiu em sua ponta.
— Fazia tempo que eu não usava um cajado.
— Por que não usa mais? — perguntou Pietra, cortando uma árvore com um golpe.
— Bem, um cajado serve para converter sua mana em uma magia. Meu corpo já faz isso. — Mika manejou o cajado. — Usava apenas para parecer humana.
Quando as árvores ao redor foram cortadas, o Selo da Redenção começou o seu trabalho. O cajado improvisado emanou um forte tão colorido, Mikaela o cravou no chão e começou a arrastá-lo, marcando o solo. Passando-se quase uma hora, ela enfim terminou de marcar. Mikaela havia feito um círculo e depois outro dentro do primeiro e escreveu três runas grande diferentes e outras três menores. Pietra subiu na elevação e disse:
— Seu círculo está torto.
— Não está não. — Mika fez uma careta.
— Vem cá ver, então.
Mikaela subiu na elevação e viu que seu círculo externo estava torto.
— Mas que porra! — praguejou jogando o cajado no chão.
— Acalme-se, amiga — consolou Pietra, segurando o riso.
— Você está rindo. — Mika a fintou.
— Não estou!
— Está sim!
— Está bem, estou!
Por fim, Mikaela cedeu e riu também. Ainda praguejando mentalmente, ela consertou o círculo, perdendo mais alguns minutos. De volta para a elevação, a pele de Mikaela começou a ficar vermelha e manchas negras apareceram, seus olhos tornaram-se negros e um par de chifres cresceu em sua cabeça; e sentou-se sobre os joelhos. Pietra, ao seu lado, ficou apenas de pé com os braços cruzados.
— Não se esforce muito, mamãe — disse Pietra.
— Vou tentar. — Mika esboçou um sorriso. Ela observou Pietra por um tempo. O cabelo ruivo ondulava com vento e os olhos verdes pareciam estar distante. — O que lhe incomoda?
— Não sei como dizer o que sinto por ele — respondeu depois de hesitar por um momento. — Não tenho coragem.
— E ele também não, pelo jeito. — Mika se despreguiçou. — Sabe que pertencerem ao mesmo grupo não muda em nada, né?
— Eu sei, mas... — Pietra maneou sua cabeça em negação. — Está preocupada com o capitão?
— Mudando de assunto, hein? — Mikaela deu uma risadinha. — Não. É um idiota, mas sabe se virar.
Uma das três runas marcadas no chão se incandesceu, poucos segundos depois a segunda marca também brilhou. Mikaela fechou seus olhos para concentrar-se. Pietra começou a alongar seus braços. Quando a terceira runa encandeceu, Mikaela deixou as palmas das mãos voltada para cima e recitou:
— Os marcados pelo destino devem responder ao meu chamado. — Ela se ergueu e cruzou os braços. A energia multicolorida envolveu seu corpo, o próprio círculo e runas menores acenderam. — Ordeno-os que apareçam diante a mim. — A energia envolta dela se intensificou, então abriu os braços.
Os círculos e as runas brilharam intensamente, obrigando a Pietra tampar os olhos com as costas de sua mão. Um tremor aconteceu, e ela pode vislumbrar por entre seus dedos a grandiosidades dos dragões que surgiram em sua frente. As criaturas estavam perto uma da outra, e dizimaram a flora ao redor com o seu elevado peso. O dragão de vento, sem uma perna, perdeu o equilíbrio e tombou. O calor do dragão de lava misturou-se com o frio do dragão de gelo, fazendo uma cortina de vapor pairar entre eles. Dante, Kleist e Aiken saíram desta cortina de vapor e afastaram-se de seus adversários com alguns saltos, todos já em sua forma humana.
— Sua vez de arrasar — escutou Mika dizer.
Os lábios de Pietra retorceram-se em um sorriso sádico. Saltando da elevação e indo em direção aos dragões, disse:
— Despertar: Deusa da Peste. — As chamas verdes explodiram, parecendo engolir os dragões. — Personificação da Peste.
As chamas verdes tornaram-se ainda mais exuberante. Obliterando o brilho das chamas, a escuridão tomou conta por completo. Os dragões se entreolharam, extremamente confusos pelo o que estava acontecendo.
— Primeira manha: dor — a voz da Pietra saiu rígida.
Os ferimentos causados pelo confronto foram repassados dos Selos para os dragões. O de lava sentiu sua pele queimar, o de gelo e vento sentiram fortes impactos invisíveis contra seu corpo — sendo o do vento que mais sofreu, pois rugiu. Os três preparavam-se para fugir, contudo Pietra continuou:
— Segunda manha: medo.
Os dragões estavam prestes a fugir, mas seu rei apareceu entre eles. Bahamut fintou seus lacaios alados com um olhar carregado de fúria e desprezo. Aquelas criaturas temíveis tornaram-se reles bichinhos de estimação sob o olhar intenso de seu criador. Estavam assustados, talvez até mesmo tremiam.
— Eu dei-lhes apenas uma função, e vocês falharam miseravelmente! —vociferou Bahamut. — Os cristais foram destruídos por culpa de suas incompetências!
O falso rei dos demônios se aproximou do dragão de vento. Com o punho direito, acertou um golpe que aprofundou a pele escada do dragão, fazendo-o rugir de dor. Sobre sua palma esquerda, fez uma esfera de energia roxa, que jogou no dragão de gelo, fazendo-o rolar pelo chão. Ele se aproximou do dragão de lava e ergueu a cabeça para encará-lo — os olhos da criatura tremiam de medo. Bahamut flutuou até acima do dragão e acertou-o com um punho fechado sobre a cabeça, fazendo o dragão bater a cara no chão violentamente.
— Como ousa olhar de cima para mim? Ponha-se em seu lugar, criatura inferior.
Os dragões voltaram seus olhares para seu rei, mas ele havia sumido — deixando-os mais confusos. Como uma luz em meio a escuridão, Pietra apareceu entre eles. Sob os trapos sujos que trajava, seu corpo estava praticamente em pele e osso, mas seu cabelo continuava impecável. Estava com algemas com a correte rompida em cada pulso e tornozelo, e com uma faixa de ferro que dava volta ao redor de sua cabeça na altura dos olhos, deixando uma abertura para que o brilho de sua íris escapasse. Como prova de seu status de Deusa, o nimbo verde circulava em suas costas.
— Seres como vocês temem tanto Bahamut assim? Patético. — Pietra riu. — Terceira manha: morte.
Correntes circularam os corpos dos dragões e prenderam-nos com força. Chamas verdes arderam em seus respectivos corpos, assim sugando sua energia vital gradativamente. Como medida desesperada, os dragões se debatiam para quebrar a corrente, porém não conseguiam, e sentiam-se cada vez mais fracos.
Aiken apareceu ao lado de Pietra.
— Poupe o dragão de gelo para mim?! — ele pediu.
Pietra deu um pulinho e suprimiu um grito com a mão.
— Que susto, seu merda! — vociferou. Ela respirou para ficar calma e prosseguiu: — Por que tenho que poupá-lo?
— É importante!
— E como você quer que eu mantenha ele vivo sem causar risco a todos?!
— Eu sei lá!
— Talvez eu possa ajudar com isso — disse Mika, aparecendo no outro lado de Pietra.
Desta vez, ela não conseguiu conter o gritinho de susto.
— Vocês estão assustando-me de propósito, né?!
Aiken e Mikaela deram de ombros.
— Apenas deixe ele bem preso.
A corrente no dragão de gelo estendeu-se até a mão de Pietra e, a pedido de Mikaela, ela mesmo garantiu que o dragão ficasse bem preso com sua força bruta.
Mikaela aproximou-se da criatura e observou-o por um instante. Seus olhos pareciam cansados, tristes, e sua respiração estava pesada. Quase sentiu pena dele, mas sabia que, se não fossem pelas correntes, provavelmente estaria sendo devorada. Ela deu um beijo suave na pele escamosa do dragão — seus lábios ficaram estranhamente gelados — e afastou-se. Na palma esquerda abriu um grande círculo magico branco, onde mantinha apontado para o dragão. Uma barreira quadricular se formou ao redor do dragão, e selo azul emanou no local onde Mikaela havia beijado. A mão direita dela emanou um forte brilho, então recitou:
— Os pecados são responsáveis por macular este mundo. Diante de tantos pecados, o mundo chora, mas hoje eles não têm poder sobre mim. Selo da restrição dos pecados... ativar.
A barreira quadrada teve seu brilho intensificado e runas voaram ao redor, e o dragão começou a ter seu poder selado. O rugido de dor era intenso e incessante.
Mikaela voltou para perto de Pietra e Aiken, e agora Dante e Kleist também haviam se juntado a eles.
— Uma boa ideia usar o mesmo selo que usamos contra Bahamut — observou Aiken. — Mas não deveriam ter outros círculos mágicos?
— Não. Vocês tiveram que usar mais círculos pois só Edward não conseguiria manter um sozinho. Vocês não têm tanta afinidade com magia — explicou Mika. Seu olhar ficou sério. — Há demônios em Arcádia.
Mikaela se teletransportou em um piscar de olhos. Dante e Aiken passaram às pressas por Pietra e Kleist e foram correndo em direção ao reino de Arcádia.
— Cuide-se — disse Kleist.
— Você também. — Pietra o observou indo embora.
A Deusa da Peste pegou seu machado vermelho e fintou os dragões. Pareciam ser tão fracos e inofensivos. Mas já era hora de morrerem, pelo menos dois deles.
***
Algumas horas antes...
Sentado em seu trono de pedra negra bem polida e lisa, Bahamut observava seus lacaios demônios travando lutas entre si. Ele não acha interessante a luta em si, mas achava engraçado como seres tão fracos e pequenos comemoravam tão ruidosamente vitórias sobre outros seres fracos e pequenos. Parece até mesmo que não poderiam ser mortos com um simples estalar de dedos de seu rei.
A sala em que estava era incrivelmente ampla e enriquecida em detalhes com paredes de pedra. Cristais azuis deixavam a iluminação mais viva e as chamas em certo locais impediam que a escuridão se formasse.
Um demônio franzino chegou até o primeiro degrau da escada que alavancava o trono de Bahamut e ajoelhou-se. Ele vestia uma leve túnica negra, diferente dos outros demônios que trajavam armaduras ou apenas tangas. Esperou calmamente em silêncio até seu rei redigir sua palavra a ele.
— O que tem a dizer, Kalai?
— Meu rei, temos fonte de energia desconhecidas nos cristais — comunicou o súdito.
— São os Selos, com certeza. Humanos não são corajosos o suficiente para enfrentar meu dragão, nem mesmo tem força para tal. Bem, mande reforços para os outros dois cristais.
— Não fui bem claro, meu Senhor, mas... — Kalai pareceu um pouco receoso. —Mas os outros dois cristais também estão sendo atacados.
O lacaio esperava um surto de fúria vindo de seu rei, entretanto isso não ocorreu. Bahamut limitou-se a coçar sua barba.
— Interessante. Kalai, se os Selos estão atacando ao mesmo tempo os três cristais, significa que a o reino dos humanos está desprotegido sem eles, certo? Ou, pelo menos, três deles não estão lá.
— Creio que sim, meu Senhor — respondeu com sinceridade.
— Envie os Apóstolos para lá para exterminar qualquer humano que verem. — O sorriso de Bahamut alargou-se. — Seu meus Apóstolos morrem para os Selos, eles nunca venceriam os anjos. E, se os Selos morrerem para meus Apóstolos, nunca iriam me divertir.
— Será feito, meu rei — assegurou Kalai.
— Mais uma coisa: onde está Morte?
— Não o vejo faz um dia.
— Entendo. Isso é tudo. — Observando seu lácio ir embora, Bahamut pegou um cálice e sorveu o líquido dentro, lambendo seus lábios logo após. — Os humanos são uma desgraça, contudo seus vinhos são uma maravilha, de fato!
Continua <3 :p
Curiosidades:
Will: um dos guerreiros sagrados. A família de Will, seu pai e sua mãe, eram soldados do reino de Taric. Ambos morreram na luta contra os demônios para proteger seu reino da ruína, o que acabou sendo em vão no fim. Seus pais, temendo a derrota, pediram a Camille para que cuidasse de seu filho. A Rainha de Arcádia cuidou de Will, e fez questão de fazê-lo um soldado tão honrado e forte quanto seus pais foram.
Armas: uma espada.
Magia: também adquirida dos livros dos Mephistos como os outros, trata-se de uma luz que detém um calor mais intenso que as chamas. Ele autodenomina de Luz Sagrada, e punirá qualquer demônio em sua frente com ela.
Idade: 20 anos.
Altura: 1,88 metros.
Aparência: dotado de um belíssimo cabelo longo e negro, sobre olhos castanhos claros. Tem ombros largos e músculos bem rígidos, apesar de não ser algo exagerado — um exemplo de guerreiro.
Características: ele tem uma natureza tão retardada quanto Aiken. A maioria das vezes é ignorado, mas isso apenas fora de combate. Will é uma pessoa completamente responsável, apesar, e, o que lhe é ordenado, pode considerar sendo feito. Todos confiam nele — Camille, Guerreiros Sagrados, outros soldados e cidadãos. Seu senso de justiça é inabalável.
Gosta: café e rosquinhas.
Odeia: negligência.