Os Cinco Selos

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 152

    Treino

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yooooo,

    Rapaz, estamos indo para o capítulo 152 (contando com os especiais), e isso é muito.

    Se você lê desde quando tinha pouco capítulo, além de parabeniza-lo, gostaria de fala que, se não acreditou que ia ter capítulo pra caralho, se fodeu

    Estou com 200k de palavras, e pensar que um livro de As crônicas de gelo e fogo tem 300k

    Boa leitura ^^

    Atualmente...

    Com o término da história de Deckard e Miana, os Selos ficaram sem reação, principalmente Mikaela. O silêncio perturbador pairou no ar. Os gêmeos apenas fintavam o chão com expressões tristes em seus rostos.

    — Cadê o capitão? — questionou Pietra olhando ao redor.

    Os gêmeos rapidamente ergueram a cabeça e ficaram o procurando apenas mexendo os olhos e a cabeça.

    — Foi para lá — respondeu Liz nas costas de Dante, apontando na direção oposta de Arcádia.

    Deckard e Miana imediatamente começaram a correr na direção que Lizzie apontou, quando Mikaela fora fazer o mesmo, Kleist impediu a passagem colocando o braço em sua frente.

    — Dê um tempo para eles — ele disse.

    Com receio, Mikaela assentiu.

    Edward foi até a beira de um precipício — o mesmo que Dante havia caído com o dragão — e sentou-se. Pouco tempo depois, começou a escutar o barulho de passos aproximando-se e a respiração pesada de quem vinha. Olhando para o céu, sentindo as últimas gotas de chuva em seu rosto, Edward disse:

    — Deve ser difícil para vocês olharem para o meu rosto. — Ele coçou a cabeça. — Não se preocupem, irei ficar o mais distante o possível de vocês.

    — Não! — eles disseram.

    Houve um curto silêncio.

    — Você não é o Edward desta linha temporal... — começou dizendo Deckard.

    — Nós vimos como você e a mãe são juntos. Mesmo que por pouco tempo, vimos em vocês dois o que nós sonhávamos ver quando crianças — continuou Mia. Ela enxugou seus olhos com as costas das mãos. — Vimos em vocês o que jamais pensávamos que um dia iriamos ver!

    — Mesmo assim...

    Os gêmeos se jogaram para cima de Edward, e quase os três caíram do penhasco. Ele sentiu o firme aperto dos dois em seu corpo.

    — Não nos abandone também — suplicou Mia em um sussurro abafado.

    Edward arregalou os olhos. O que era aquele aperto e a sensação estranha em seu peito? Dor? Raiva? Angústia? Felicidade? Ele fazia a mínima ideia. Edward nunca sentiu o que estava sentindo no momento, não entendia o que era, mas logo percebeu que não era algo ruim. Queria entender aquilo. Ele mordeu o lábio.

    — Certo. — E isso foi a única coisa que Ed conseguiu dizer.

    Poucos segundos depois, Mikaela se aproximou a passos lentos e abraçou os três, também em silêncio.

    Os Selos ficaram um pouco distante observando aquela cena. Eles mantinham olhares serenos e um pequeno sorriso — exceto Kleist, como de costume.

    — Temos que protegê-los de tudo e todos — ordenou Kleist.

    — Sim, vice capitão — concordaram Aiken, Pietra e Dante em uníssono.

    ***

    Dentro do castelo, a movimentação era intensa. Camille estava sentada no trono, lançando uma ordem atrás da outra. Com a entrada dos Selos, ela ordenou que todos se retirassem da sala, com exceção dos Guerreiros Sagrados, que se sentaram ao redor da mesa, inclusive Deckard e Miana. Camille deu uma rápida olhadela sorrindo para os gêmeos — percebeu que o olhar deles estava melhor —, mas logo voltou seu olhar para os Selos quer estavam em sua frente.

    — Resolveram alguns dos assuntos pendentes? — perguntou ela.

    — Com certeza — respondeu Ed.

    — Obrigada por cuidar de nossos filhos, Camille — agradeceu Mika.

    Camille assentiu.

    — É o mínimo que eu poderia fazer para as crianças que traziam consigo o reino de Arcádia. — Seu olhar foi para Edward. — Você é o líder?

    — O capitão, infelizmente, sim.

    — O que você acha da situação atual?

    — Uma merda do cacete. — Edward olhou para cima. — E não entendo porque os anjos não fizeram movimento algum.

    — Então existe anjos?! — exclamou Will, erguendo-se da cadeira.

    — Sim. E são todos cusões.

    — Exceto a Uriel, né, capitão? — perguntou Dante.

    Os Selos olharam para o Dante.

    — Sim, Dante... exceto Uriel.

    Dante sorriu, e o Selos balançaram a cabeça em negação.

    Enquanto os Selos e os Guerreiros Sagrados discutiam sobre os anjos, Edward ficou tempo olhando para o teto, refletindo. Ele arregalou os olhos e olhou para Aiken, que sorriu e assentiu.

    — Não podemos contar com a ajuda dos anjos — disse Ed.

    — Por quê? — perguntou Camille.

    — Em nossa linha temporal após derrotarmos Bahamut, os anjos começaram uma revolta no céu. Bem, tecnicamente, esta revolta está acontecendo neste exato momento.

    — Conflito na terra e no céu. — Ela suspirou. — Mas que situação...

    — Apenas mais um dia normal de trabalho — disseram os Selos.

    — E o que faremos agora?

    — Nos dê dois dias. — Ed ergueu os dois dedos. — No terceiro, começamos a pensar no próximo movimento.

    — Bahamut não irá nos atacar? — perguntou Boros.

    — Não. Bahamut não quer criar de fato um mundo onde ele julga perfeito, é apenas uma desculpa para destruir tudo em prol de sua diversão. Ele não pode começar uma guerra no céu, pois os anjos são imortais lá, seu plano seria que os anjos fossem até ele. Já que isso não vai acontecer por enquanto, nós somos o seu entretenimento.

    — Monstro...

    — Não, Boros. Bahamut é apenas um ser falho e doentio. Os verdadeiros monstros estão na minha frente. — Camille esfregou a mão no rosto. — Certo. Dois dias irá ser bom para organizar Arcádia. Vocês são mais do que bem-vindos aqui. Deckard e Miana serão responsáveis por vocês.

    Os Selos começaram a se retirar da sala, mas Kleist ficou parado. Depois de observar todos saindo, ele voltou seu olhar para a Camille.

    — Desculpe pelo o que houve com o Barek — Kleist pediu. — Se eu tivesse minhas memórias, talvez conseguisse salvá-lo também.

    — Tudo bem, Kleist — ela disse, com uma expressão triste. — Você fez o que podia.

    — Ele era corajoso e forte. Não hesitou em ajudar uma aldeia contra vários demônios.

    No fim, todos da aldeia foram mortos. Luxus, após perder tudo, decidiu seguir solitariamente pelo deserto, aceitando a morte em sua frente. Mas esta parte Kleist não contaria.

    — Fico feliz em saber disso. Fico mesmo. Obrigada.

    Kleist foi até a porta da sala, mas, antes de sair, olhou por cima do ombro e disse:

    — Não posso afirmar que mais mortes não acontecerão, mas Bahamut irá sucumbir.

    Do lado de fora do castelo, os gêmeos entraram na frente de Edward e ficaram olhando para ele com olhares determinados.

    — Pai, nos treine — pediu Mia.

    — Claro — aceitou Ed, com indiferença na voz. — Vamos para um lugar um pouco distante e sem pessoas.

    Mikaela, perto dos três, fez uma careta.

    — Eu vou junto só para garantir que saiam vivos — ela assegurou.

    — Não perco isso nem fodendo. — Aiken sorriu.

    — Nem eu — concordou Dante.

    — Você vem? — perguntou Pietra quando Kleist saiu.

    — Com certeza.

    Um pouco distante de Arcádia, estava um campo aberto e rochoso. Os Selos ficaram em um lugar alavancado, Edward e os gêmeos estavam no meio do campo, um pouco distantes entre si. Edward estava sem camisa demostrando seu físico bem definido e com a foice repousada em seu ombro, Deckard segurava suas pistolas e Miana mantinha suas adagas em punho.

    Miana e Deckard se sentiam cansados do confronto que acabara de participar, mas a ansiedade os impulsionava.

    — Antes de começarmos... O que difere vocês dos demônios? — perguntou Ed.

    Os dois se entreolharam fazendo uma careta.

    — Bem... eles matam eles por diversão e visando a destruição — começou Mia.

    — E nós matamos visando um mundo em que vivemos sem sua existência e para sobrevivermos — terminou Deck.

    Edward pendeu a cabeça para o lado e coçou o queixo.

    — Vocês não sabem o que são, né? — Edward os analisava minuciosamente.

    — Do que você está falando, pai? — Mia ergueu uma sobrancelha.

    — Entendo, entendo. — Ele sorriu. — Podemos começar?

    Os gêmeos se posicionaram e as escleras de ambos ficaram negras, e as chamas azuis rodearam o corpo de Miana. Edward fechou os olhos, seu sorriso esvaiu e abriu novamente. Ao verem os olhos negros com um azul cintilante de seu pai, Deckard e Miana sentiram uma súbita pressão intensa sobre eles que fez com que seus corpos travassem. Sentiram uma aura negra os rodearem, seu toque frio subindo pelo seu corpo, apertando seu pescoço. Os dois estavam sentindo dificuldade de respirar e os olhos estavam arregalados de horror, e Edward manteve sua expressão fria voltada para eles.

    — O que foi, crianças? Só mostrei um pouco de minha aura assassina. Não irão atacar?

    As crianças tremeram com os olhos arregalados como resposta.

    — Então eu que atacarei...

    Asas de energia negra ondularam, Edward flexionou os joelhos, avançou e, fazendo um arco, desferiu um golpe com a foice. No último instante, Deckard se jogou para trás e Miana foi engolida pela sua sombra. O corte da foice atingiu o chão, abrindo uma fissura funda e larga. Deckard ergueu sua pistola e atirou. Miana emergiu da sombra de seu pai e golpeou com as adagas. O tiro perfurou o coração de Edward e varou seu corpo, enquanto as adagas foram enterradas no lado direito de seu pescoço.

    Com a sumiço da sensação horrenda, os gêmeos finalmente perceberam o que fizeram com o seu pai. Miana levou suas mãos ensanguentadas ao rosto e Deckard abaixou a pistola boquiaberto.

    — Pai! — disseram.

    Edward se endireitou.

    — Moveram-se bem, crianças. — Ed retirou as adagas cravadas em seu pescoço e entregou para Mia. O buraco no peito e o rasgo no pescoço se fecharam. Ele percebeu a perplexidade em seus filhos, e sorriu. — Irão precisar mais do que isso para me matar. Além disso, vocês conseguiram moverem-se, mesmo com minha aura sendo imposta. Talvez nem o mais forte dos humanos conseguiria isso.

    Ele passou o braço pelos ombros de Miana e fizera o mesmo com Deckard, depois acolheu os dois para bem perto de si e continuou dizendo:

    — Vocês sabiam que sua mãe é um demônio?

    Os dois olharam fazendo careta para ele.

    — Pare de brincadeira, pai — disse Miana.

    Edward virou para a direção dos Selos e apontou com a cabeça para a Mikaela, que vestia o sobretudo dele. A pele dela começou a ficar avermelhada, manchas negras em surgiram em meio ao tom vermelho, seus olhos ficaram totalmente negros e, por fim, os chifres cresceram. Com um sorrisinho, ela acenou para eles.

    Os dois ficaram sem exercer reação alguma.

    — Então, crianças, com essa perspectiva totalmente nova, vou lhes perguntar mais uma vez. — O sorriso em Edward alargou-se. — O que difere vocês dos demônios?

    Sem dizer mais nada, Edward apareceu ao lado dos Selos — seus filhos nem mesmo reparam na velocidade que ele havia chegado lá.

    — Até que não foi tão ruim — disse Dante, indo embora assim como os outros Selos, deixando Mikaela e Edward para trás.

    — Não pegamos pesado demais? — perguntou Mika.

    — Não. — Edward a pegou nos braços e a olhou. — Por que você a é a única que fica bonita na forma demoníaca?

    Mikaela sorriu.

    — A falsidade tem que ser bonita aos olhos daquele que é iludido — ela explicou com uma voz doce.

    — Sinto-me um trouxa agora. — Ele fez uma careta, mas logo fora substituído por um sorrisinho.

    — Você pensou em algo malicioso, não pensou? — Mikaela o fintou semicerrando os olhos.

    — Não... — Desfez o sorriso e desviou o olhar. — Talvez...?

    — Argh, isso é nojento — reclamou Lizzie sobre as costas de Ed com uma expressão de nojo.

    Continua <3 ;p

    Curiosidades:

    Miana: filha de Edward e Mikaela, irmã gêmea mais velha de Deckard e Guerreiro Sagrado. Escolhi esse nome influência pela Trilogia dos Espinhos (muito foda). Acabei gostando bastante deste nome.

    Arma: duas adagas negras.

    Chamas: azuis como as de Edward, entretanto ela não possui a capacidade de amedrontar aqueles que sofreram um corte revestido pelas chamas.

    Magia: a única magia que ela usa a faz ter capacidade de adentrar na escuridão. Para isto, Miana não pode estar rodeada por suas chamas azuis, pois imite luz. Suas adagas serem negras são justamente por causa disso. Quanto menos luz emitir, melhor e mais fácil fica de andar na escuridão.

    Idade: 16 anos.

    Altura: 1,68 metros

    Aparência: seu cabelo longo é liso e branco; seus olhos são vermelhos e sua pele é branca. Apesar de não aparecer à primeira vista, seus músculos são bem rígidos. Sua silhueta é um pouco magra, onde detém seios medianos.

    Características: não gosta de ficar muito tempo parada, e isso reflete em muito em seu estilo de luta, pois é veloz e fica em contestante movimento. É calma, bem-humorada, um tanto quanto sentimental (apesar de não admitir) e extremamente fria se preciso.

    Gosta: de ficar insolada as vezes para pensar e ama doces.

    Odeia: café.


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