Os Cinco Selos

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    Capítulos:

    Capítulo 143

    Chuva

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yoo, tudo bom?

    Quando você utiliza um teclado mecânico para escrever parece que está usando uma máquina de escrever ( o que tecnicamente o computador é também e.e) por causa do barulho das teclas

    Após essa observação muito útil...

    Boa leitura ^^

    Edward

    Em meio a escuridão da noite e a chuva, a bola de chamas azuis coloria o céu com sua intensidade e deixava um rastro azul, e caia em direção a uma floresta. Com o impacto, a floresta foi dizimada e as chamas azuis incineraram o que sobrou, obliterando qualquer tipo de vida que talvez estivesse na redondeza.

    Na cratera profunda, Edward estava deitado de costas para o chão e Lizzie estava recaída sobre ele com a cabeça em seu peito. A chuva começou a cair sobre eles e ambos começaram a ficar encharcados. Lizzie se inclinou para trás e sentou-se. Os dois ficaram se encarando por um tempo em silêncio.

    – Você se lembra de algo? – Ed perguntou.

    Lizzie manejou sua cabeça em negação. Os fios molhados de seu cabelo já haviam começado a grudar em seu rosto.

    – Não.

    Edward se levantou. Lizzie passou as pernas pela cintura dele, abraçou-o e continuo com a cabeça repousada no peito dele. Já Edward, a segurou passando um braço pela cintura e colocando uma mão na cabeça dela, como se estivesse a protegendo.

    Após sair da cratera, Edward olhou para um lado e para o outro, procurando algo que lhe chamasse maior atenção para seguir caminho, mas não achou. O breu e a chuva dificultavam sua visão. Seguindo por um caminho aleatório, ele observou as árvores em chamas mesmo com a forte chuva. Também pode observar alguns animais chamuscados caídos no chão, mas nenhum vivo.

    Ele seguiu o caminho durante minutos, e a chuva não parava, nem diminuía, sempre mantendo o mesmo ritmo. E, pelo jeito, parecia que chovia assim a bastante tempo, pois os dois passavam por locais onde o nível da água era muito acima do normal. Um exemplo disso era a ponte natural de pedra em sua frente. O rio sob ela estava tão cheio que a ponte quase se ocultava, fazendo com que o rio passasse um pouco sobre ela.  Segurando Lizzie com mais firmeza, ele prosseguiu pela ponte natural, quase escorregando algumas vezes por causa das pedras lisas.

    O cenário em sua frente se tornou destruído. Várias montanhas estavam em ruínas, o solo a frente estava irregular, cheia de crateras, algumas muito profundas. Haviam também indícios de que lugar fora submetido a intensas chamas.

    – Lizzie – Edward disse. – Esse vai ser nome. Lizzie.

    – Por quê? – perguntou ela, apoiando seu queixo no peito do Ed para olhá-lo.

    – Por quê...? – ele pensou um pouco, sempre mantendo a cabeça erguida. – Soa suave... delicado. Sinto que devesse proteger a você a qualquer custo. Sem você, sinto que ficaria desprotegido, morto. Então... Lizzie.

    Edward sentiu os braços dela o apertarem, e ela repousar a cabeça em seu peito novamente.

    – O seu vai ser Destruidor Sadista – ela disse.

    – Por quê?

    – Soa forte e amedrontador. Sinto que juntos somos fortes e que podemos enfrentar qualquer coisa nos divertindo. Então... Destruidor Sadista.

    Uma lógica indiscutível, de fato.

    Mais à frente, Edward começou a enxergar um grupo de pessoas. Eles trajavam armaduras de couro sujas e incompletas, todos eles estavam equipados com lâminas ou portavam uma pistola de mana. Acorrentados no meio do grupo, estavam cerca de quatro pessoas, sendo um homem e três mulheres.

    Ignorando-os por completo, Edward seguiu o caminho como se nada acontecesse. Entretanto, os homens começaram a entrar em sua frente, e os que estavam mais recuados apontaram as armas para os dois.

    – Um momento, amigo – disse o homem que estava entre dois. Diferente dos outros, este usava um manto de lobo, onde a cabeça do animal era seu capuz. Provavelmente o líder. – Vocês tiveram o azar de nos encontrar, e agora virão conosco.

    Edward nada disse. O silêncio pairou no ar, sendo interrompido pelos múrmuros dos presos.

    – Ei, você me escutou? – perguntou o homem, esticando sua mão em direção a Lizzie.

    Edward ergueu sua cabeça com um olhar frio. A mão parou de avançar na hora. O líder começou a sentir uma aura negra cercando-o, começando a colocar suas mãos frias em sua garganta.

    – Não. Toque. Nela – advertiu Edward, mantendo o olhar.

    A aura negra invisível começou a apertar a garganta, sufocando-o. Ele levou suas mãos a garganta, tentando respirar. Vendo seu líder sufocando-se, os homens sacaram suas lâminas e aproximaram-se de Edward.

    – Para com essa porra – disse um dos homens, apontando uma arma para Ed.

    Lizzie ergueu sua cabeça para olhar Edward.

    – Sinto que temos que ir com eles – ela sussurrou.

    Edward abaixou a cabeça e ficou olhando para Lizzie até, por fim, assentir.

    Sentindo um alívio em sua garganta, o líder começou a aspirar ar desesperadamente, ficando ofegante com as mãos nos joelhos em seguida.

    – Prenda eles... agora! – conseguiu dizer.

    – Deixe eles me tocarem. Só agora – pediu Liz, novamente em sussurro.

    Receoso, Edward afrouxou os braços e Lizzie deslizou para o chão.  Discutindo por um tempo quem iria algemá-los, finalmente as corretes foram presas nos punhos de Edward e Lizzie (nela, colocaram na maior delicadeza o possível).

    Após juntar todos os prisioneiros e acoplar as correntes nos cavalos, o grupo seguiu em frente.

     

    Durante horas, Edward, Lizzie e os outros prisioneiros tiverem que correr na mesma velocidade que os cavalos, sem nem mesmo descanso. Uma mulher teve o fraquejar do corpo, mas continuou esforçando-se o máximo que conseguia. A chuva continuava sempre mantendo o mesmo ritmo, parecendo que ia ser eterna. De tempo em tempo, Lizzie tinha que virar para trás para avisar ao Destruidor Sadista que estava bem para ele não fazer nada.

    Por fim, eles chegaram nas ruínas da cidade de Gindeon, uma cidade subterrânea que em outrora já fora bastante movimentada, e agora era apenas um lugar abandonado. As casas estavam todas destruídas. Podia ver ossadas de humanos, demônios e até mesmo de outros animais. A cidade ainda era iluminada pelos cristais em seu teto que emanava um forte azul o suficiente para iluminar completamente a cidade – e é o mesmo cristal que Edward e Mikaela tem fragmentado em seus colares.

    Os prisioneiros foram abrigados a ficarem no chão quietos, enquanto alguns do grupo saíram para vasculhar a cidade.

    – O que vocês querem da gente? – perguntou o homem aprisionado. Seu cabelo era liso e negro, recaído sobre os olhos. Edward escutou que seu nome era Kai.

    – Com vocês, quero nada. Com os demônios, quero privilégios – respondeu o líder. Lizzie havia escutado alguém o chamar de Lourens. – Irei oferecer de início todos vocês. E, se o trato for bom, pensarei em falar sobre Arcádia.

    Enquanto todos faziam expressões assustadas, uma gargalhada ecoou entre eles. Esta risada, era Edward.

    – Você é burro, ou o quê? – zombou Ed. – Se demônios querem extinguir a porra da raça humana, por que vocês seriam privilegiados? – Ele fintou Lourens. – Você vai morrer. Todos vocês vão.

    Silêncio por ambos os lados.

    Continua <3 :p


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