Os Cinco Selos

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    14
    Capítulos:

    Capítulo 142

    Punição

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yooo,

    Escrever notas iniciais é sempre um momento difícil para mim

    É uma coisa que vai dar abertura para o capítulo, então tem que ter algo interessante e útil. Portanto, segue como fazer gelo:

    Ingredientes:

    - Água filtrada, mas se não tiver pode ser da torneira mesmo (é só não contar para ninguém) à gosto.

    - 1 Forma para gelo (não é necessário untar).

    Preparo:

    - Coloque a água na forma em quantidade que ache adequada para o tamanho do gelo desejado. Em seguida, leve ao congelador até que a água mude para o estado sólido. Isso ocorre quando a água fica parecida com uma pedra.

    - Desenforme girando as extremidades da forma de um lado para o outro, ou simplesmente dê pequenas porradas com a forma na mesa ou na pia da cozinha

    É isto.

    Boa leitura ^^

    ME DESCULPEM

    O lugar que os demônios levaram Pietra, Eri e as crianças era cercado por muros altos e quebradiços. No pátio principal (onde estavam agora) haviam uma boa quantidade de demônios. A atenção deles estava em uma disputa para tentar descobrir quem era o mais forte.

    Mais à frente, estava uma construção de pedra muito semelhante a um castelo, e estava em praticamente em ruinas. Dois demônios escoltavam os seis para dentro daquele local. Como Punidor havia ordenado, agora Pietra também estava acorrentada, tanto as mãos, como os pés.

    Ao adentrar naquela ruína, descobriram que era na verdade uma prisão. Por toda longa extensão daquele lugar (era maior do que parecia visto de fora) tinha jaulas, mas todas elas estavam vazias. Bem, quando tinha alguma pessoa, ela estava morta. O teto tem vários buracos, e era por lá onde os raios de sol entravam. Pietra notou que, assim como pessoas, não existiam outros demônios ali, apenas os dois que escoltavam eles. Uma boa oportunidade para o começo de uma bela e sangrenta fuga.

    – Irei acabar com estes dois. Pegue as crianças e escondam-se – murmurou Pietra.

    – Tem certeza? – sussurrou Eri de volta, com receio.

    – Caladas, porra – repreendeu um dos demônios.

    Pietra assentiu, e com um olhar sério disse:

    – Irei matar quantos demônio for preciso.

    Eri viu o verde dos olhos de Pietra intensificarem-se e viu o branco ser tomado pelo preto. As chamas verdes começaram a envolver o corpo dela em seguida. Eri, Pietra e os demônios observaram as chamas.

    – Mas o qu-

    Antes que pudesse terminar seu questionamento, o demônio fora atingido na bochecha pelas costas da mão direta de Pietra – sangue e dentes voaram. O Selo quebrou as correntes e rapidamente agarrou a cabeça do segundo demônio, e as chamas começaram a queimá-lo e drenar sua energia vital. Antes que ele gritasse, Pietra puxou a cabeça dele para baixo e acertou uma joelhada, seguido pelo alto barulho dos ossos se quebrando. Quando o primeiro saiu do seu estado de atordoamento, Pietra roubou a espada do segundo demônio, que agora estava morto, e cravou no meio da testa do primeiro, dando-lhe uma morte instantânea.

    – Escondam-se e não saiam de lá até eu mandar – disse Pietra.

    Tentando engolir o pavor e cobrir as crianças, Eri assentiu e, sem dizer qualquer outra palavra, esconderam-se em um dos breus na prisão.

    Pietra caminhava calmamente em direção a saída, o que significava morte para muitos. Ela se sentia calma. Já havia aceitado o poço de mistério que era para si mesma. Seguia apenas seu extinto, e o que eles diziam era bem simples.

    Sair lá para fora e matar todos. Eu posso.

    Perto da porta de saída, estava o demônio gordo que segurava o machado vermelho de um gume dela. Pietra parou alguns metros dele. Os dois se encaram por um instante.

    Com muito esforço, o demônio ergueu o machado acima da cabeça e avançou com passos pesados em direção ao Selo. Pietra se manteve parada até o machado vir em sua direção em forma de golpe. As chamas verdes arderam em seu corpo. Pietra parou o golpe do machado segurando a lâmina com a mão esquerda e perfurou o peito do demônio com sua mão direta – as chamas deixaram a penetração fácil, como cortar manteiga com faca quente – e retirou o coração, jogando-o no chão em seguida. Com a mão direita, Pietra recuperou seu machado e o repousou com a haste em seu ombro. Ao passar pelo demônio, ela deu tapinha em suas costas, ele caiu e o baque ecoou.

    Ao abrir a porta, Peste deu de cara com os demônios a esperando do lado de fora. Estavam todos em fileiras, como um exército preparado para a guerra.

    – Porra, tudo isso? – ela disse.

    – Você é uma escrava bem rebelde – declarou Punidor. Ele estava sentado no muro, a direita do exército. – Me desafiou e agora quero ver você tentar fazer o que prometeu. Estou disposto a sacrificar alguns de meus lacaios para adestrar você.

    – Se é o que deseja.

    As chamas verdes novamente tomaram o corpo da Pietra e, dessa vez, seu machado também. Sem hesitação, ela correu em direção aos demônios, e eles foram em direção a ela. Com o início do confronto, demônios voaram ao ar com seus respectivos corpos dilacerados. Pietra seguia brandindo seu pesado machado contra qualquer demônio que aparecesse em sua frente, e nenhum deles conseguia quebrar seu ritmo. Sentindo seu machado dilacerando corpos e gotas de sangue tocando rapidamente seu rosto antes das chamas fazê-las evaporar, Pietra entrava cada vez mais em frenesi. Então, sem que ela esperasse, algo parou seu machado. Frustrada, ela ergueu o olhar e viu que um homem de pele marrom e com um afro perfeitamente simétrico segurou seu machado com duas katanas negras.

    Chamas prateadas e verdes se entrelaçavam.

    Pietra e Aiken se entreolharam com olhos semicerrados.

    – Eu te conheço? – questionaram um ao outro, em uníssono.

    Dois demônios quadrupedes saltaram em direção a eles. As lâminas deslizaram uma sobre a outra, e Pietra girou seu corpo e acertou o demônio da esquerda, enquanto Aiken redirecionou sua katana e cortou o da direita. Atrás dos Selos, Lua empunhou sua espada e ficou em guarda.

    Com mais dois inimigos, no qual nunca tinham visto, os demônios hesitaram.

    – Dentro daquela ruína, há uma mulher e quatro crianças indefesas – disse Pietra para Lua. – Ajude-os, por favor.

    Lua olhou para Aiken, que assentiu.

    – Eu confio nela – disse ele.

    Lua observou o olhar do Aiken: serenos e sérios. Seu coração palpitou mais forte ao vê-lo daquele jeito.

    – Certo... – Lua pareceu um pouco receosa, mas logo os raios verdes dançaram pelo seu corpo – Delírio.

    E ela sumiu.

    – Vou ajudar você – afirmou Aiken.

    Pietra colocou o machado na frente do Aiken.

    – Aquele lá em cima do muro é meu – declarou Pietra.

    Pietra avançou. Os demônios se ordenaram de costas para o muro. Aiken passou correndo por ela envolto em chamas prateadas e começou a abrir caminho em meios aos demônios medíocres.

    Punidor ficou de pé no muro.

    – Alguns imprevistos, hmmm. – Ele esticou a mão em direção a Peste. – Ezy.

    A mão do Punidor emanou roxo, e o mesmo roxo ficou envolto no corpo da Pietra, mas, dessa vez, não conseguiu pará-la. Ela moveu se machado de baixo para cima – a lâmina talhou o solo – e brandiu contra o muro. Surpreso, Punidor saltou ao mesmo tempo que o muro se quebrou, ficando no ar em meios aos fragmentos. Ele sacou a espada das costas.

    Punidor caiu no chão. Pietra já estava perto dele desferindo um segundo golpe com seu machado. O demônio saltou e girou para trás no ar, e a lâmina passou rente as suas botas. Quando sentiu o solo novamente, Punidor desferiu um golpe contra a Peste, que por sua vez bloqueou o ataque utilizando a haste de seu machado. Os dois disputaram forças por poucos instantes, até Pietra o empurrar para trás.

    – Filha da puta – esbravejou Punidor. – Você ficou mais forte.

    Com um sorriso, Pietra disparou chamas verdes com sua mão esquerda no demônio. Em meio turbilhão de chamas, Punidor sentia sua pele queimar e sua energia vital sendo drenada cada vez mais. Reunindo o máximo de força que conseguiu, ele se jogou para o lado, saindo das chamas. Sua pele queimava e exalava fumaça. Com uma parcela de sua energia vital drenada, sentiu-se fraco. Ao olhar para frente, não viu a Pietra. Não estava aos lados, mas estava acima.

    Punidor viu Pietra no ar envolto em chamas verdes – o sol atrapalhava um pouco de sua visão. Ele postou a espada acima da cabeça para bloquear o golpe, mas a guilhotina da Pietra fora tão pesada que quebrou a espada e prosseguiu rasgando o corpo dele ao meio até chegar ao chão, fragmentando-o em um grande raio. Metade do corpo do Punidor caiu para um lado e a outra metade para o outro – o sangue começou a colorir o chão neste momento.

    Ao voltar para o covil, Pietra viu Aiken em pé perto dos vários corpos mortos dos demônios. Ele também havia acabado.

    Lua saiu da ruína com Eri e as crianças. As duas estavam com olhos arregalados enquanto tampavam a visão das crianças.

    Aiken e Pietra olharam um para o outro.

    – Por que toda vez que te olho me dá vontade de te bater? – ela perguntou.

    Aiken fez uma careta.

    – E toda vez que te olho me dá vontade de pedir desculpas – ele disse.

    Os dois sorriram. Naquele momento, ela sabia que ele também havia perdido a memória, vice e versa. Sentiam que eram conhecidos, que podiam e deviam confiar um no outro.

    Pietra fez uma expressão aborrecida.

    – É sério. Estou com vontade de te bater – ela disse.

    – Desculpa!

    Continua <3 :p


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