Casamento Por contrato

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Festa empresa são sinônimos de confusão

    Álcool, Estupro, Hentai, Linguagem Imprópria, Sexo

    Boa leitura espero que gostem

    Hoje é sexta-feira, ”graças a deus“ eu penso. Amanhã não terei que ir trabalhar na MSC, muito menos terei de ir à aula. Irei apenas trabalhar á noite na casa noturna, mas em compensação tenho trabalho de escola para fazer.

    Foi um dia comum na escola, nada de importante ou diferente. Suspiro quando toca o ultimo sinal, junto minhas coisas e vou direto para a empresa. Ao chegar lá me deparo com Leon conversando com a recepcionista do primeiro andar, passo por eles abro pequeno sorriso e desejo apenas um boa tarde aos dois, que foi prontamente retribuído por ambos.

    Sigo até o elevador, entro e espero subir ate o último andar, ao chegar vou em direção á grande porta de vidro, passo meu cartão e entro. Como sempre a única presença naquela sala por enquanto era eu, sigo em direção à minha mesa , me sento digitando a senha no computador para cumprir meus serviços. Fico um tempo vendo os arquivos para saber se tinha chego algum email a Natsu, ou melhor, “senhor” Natsu.

    —Não vejo nada e Natsu está na sala dele, não quero nem saber  - Digo bem baixo para mim mesma enquanto fecho tudo.

    Escuto uma porta se abrindo e levanto minha cabeça para verificar, vejo que é apenas Natsu saindo de sua sala. “Ótimo Lucy, agora tudo o que tu fala vira realidade, maldita boca que eu tenho” penso.

    —Boa tarde Lucy - Diz vindo em minha direção.

    —Boa tarde - Respondo voltando a olhar para computador. Percebo que o mesmo suspira e me pergunta: - Porque está me ignorando?

    — Eu não estou te ignorando, estou apenas chegando os arquivos e e-mails. – Ainda não viro meu olhar em sua direção.

    —  Então por que está desviando olhar? - Perguntou com cara de curioso

    — Eu não estou. – “Ok, agora devo olhar para ele.”

    — Está sim .

    — “arggg como ele é ...” - Penso e o encaro um tanto nervosa, vejo que ele faz o mesmo porém com um olhar sereno.

    — Posso ajudá-lo Sr.Natsu? - Eu falo com sarcasmo na voz na parte do “Sr”.

    — Senhor Natsu? Isso não combina nem um pouco comigo Lucy. - Ele diz levantando uma de suas sobrancelhas enquanto me encara. – Lucy, gostaria de sair amanhã comigo para almoça? - Pergunta me deixando surpresa.

    — “Em? Ele esta me chamando para almoça?“ – Minha cabeça está meio confusa - Desculpe Natsu, não poderei ir. Tenho compromisso amanhã, irei na festa da empresa, a noite tenho que ir trabalhar e depois fazer trabalho da escola.

    — Você vai na festa amanhã ? – Perguntou surpreso.

    — Sim, porque?

    — Lucy... – Deu uma pausa como se pensasse no que dizer - Essa festa não é exatamente o que parece .

    — Como assim? – Estou realmente cada vez mais confusa.

    — Alguém já te convidou para vir amanhã?

    — Sim, o senhor Leon me convidou.

    — Entendo... – Faz uma cara que não consigo decifrar - Apenas um aviso, essa festa não é para comemoração dos novos trabalhadores, tem outro motivo além desse.

    — Posso saber qual é? – Digo com uma cara desconfiada.

    — Amanhã você vai descobrir – E disso da um sorriso de canto. - Mas se precisa de mim amanhã, qualquer coisa, é só me ligar. - Ele se apóia na mesa, pega uma caneta, marca seu número em uma papel e me entrega.

    Observo atentamente seus movimentos até pegar o papel de suas mãos.

    — Voltarei pra minha sala agora, se precisa de alguma coisa é só vir fala comigo. – Diz dando uma volta e caminhando em direção a sua sala.

    — Mas que sujeito mais insuportável. – Começo a resmungar - Eu jamais ligarei para ele. Nunca! - Disse com ênfase no nunca.

    As horas passaram e Natsu não saiu mais de sua sala para me incomodar. Finalmente já podia arrumar minhas coisas, desligo computador, apago as luz da sala e saio da mesma. Enquanto caminhava para o elevador verifiquei minha bolsa novamente para me assegurar de que não esqueci nada. Em segundos já estava no térreo, pronta para ir embora, quando vejo Leon vindo em minha direção sorridente.

    — Te vejo amanhã? - Ele me perguntou parecendo bem feliz mesmo.

    — Sim. - Dou um sorriso mínimo para ser educada.

    — Até amanhã Lucy ! - Diz me acenando.

    — Até. - E dou um breve aceno.

    Saio e vou em direção para o meu segundo trabalho, como sempre aturar os homens bêbados com suas cantadas ridículas que não me agradam nem um pouco. Minha avó sempre diz que eu tenho de ser amável e educada com homens, um dia eu posso acabar encontrando a pessoa certa para mim. Tenho minhas dúvidas, não quero ser esse tipo de mulher. Ser uma pessoa completamente idiota cega por amor, para um dia alguém me fazer de trouxa, acabar me traindo e quebrado meu coração em pedaços.

    Não, esse não é o tipo de vida que eu quero. Eu sonho em ser uma mulher independente. Eu não quero arrumar qualquer tipo de homem para me dar dor de cabeça. Quero estudar, ter um bom emprego para que eu possa continuar pagando a bolsa do meu irmão, não quero que ele seja igual a mim.

    Mesmo que eu tenha de chegar a ponto de ser garota de programa, sim, por meu irmão eu me rebaixo a esse nível, jamais o deixarei passar fome novamente. Ele merece coisa melhor para vida dele.

    Ao chegar na casa noturna me arrumo como de costume, nós dançamos levando os homens a loucura todas as noites, porem por hoje apenas ajudo a servir as mesas.

    Vou andando pelo salão segurando uma bandeja de bebidas na mão, sigo até a mesa de numeração “8” servindo um grupo de homens que estavam sentados acompanhados de duas dançarinas. Eu apenas servi e me retirei. Suspiro aliviada por não ver nenhum sinal do Leon, fico muito feliz por ele não ter aparecido aqui até agora. Término o serviço e volto para casa exausta, ando até meu quarto morrendo de cansaço, caio sobre cama e acabo dormindo.

    Acabei por acordar só lá pelas dez da manhã, tomei meu café da manhã e vejo um bilhete da minha a avó sobre a mesa dizendo que foi para o hospital.

    Termino meu café e vou logo fazer meu trabalho, começo a pesquisar sobre o assunto, a copiar e responder umas perguntas, paro apenas para ir fazer almoço do meu irmão que já esta acortado, apenas sentado no sofá vendo televisão.

    — Lucy. – Ouvi sua voz, um pouco baixa pela distancia, me chamando.

    — Sim, Touma?

    — Quer ajuda para preparar o almoço?

    — Não precisa, eu me viro sozinha. – Disse após alguns segundos.

    — Ok... - “Ela nunca aceita minha ajuda.” pensou ele

    Depois de uma hora termino de preparar toda a comida, coloco sobre a mesa tudo e chamo meu irmão para comer. Começo a ter pensamentos negativos pois minha avó ainda não tinha retornado do hospital, mas mantenho tudo pra mim, Touma não precisa compartilhar desses pensamentos. Porem toda minha linha de raciocínio foi cortada pelo toque de um telefone tocando, o qual eu fui correndo atender.

    — Alô? – Digo assim que o encosto em minha orelha.

    — Olá Lucy, queria saber como estão as coisa ai em casa. – Assim que a voz fala eu reconheço ser de minha avó e acabo me acalmando.

    — Está tudo bem vó. – Mesmo que ela não me possa ver, eu estou com um sorriso mínimo.

    — Querida, hoje eu não poderei voltar para casa, o médico disse tenho ficar internada novamente. Por favor não diga nada a seu irmão, apena diga que tendo de ficar no hospital para fazer um tratamento.

    — Tudo bem vó, eu não direi nada. Por favor qualquer coisa me liga, se precisar de alguma coisa... Melhoras vó. -“Já esperava isso novamente.” penso enquanto o mínimo sorriso que eu tinha desaparece.

    Desligo o telefone e volto para mesa me sentando com Touma, volto a comer e digo.

    — Nossa avó acabou de ligar, disse vai ficar no hospital para fazer alguns exames.

    — Mana... – Deu uma pausa em sua fala - Eu sei muito bem o estado da vó, não adianta você ficar mentido para mim.

    —Touma! - O repreendi, ele não pode ficar falando desse jeito.

    — Para mim chega! Sei que o estado da vó é grave, nós não podemos ficar dependendo dela. – Fala estressado e coloca os dois punhos fechados sobre a mesa.

    — Eu sei Touma, porque acha que eu trabalho? – O encaro.

    — Eu não falo sobre isso, digo que você deveria me pedir ajuda de vez em quando, mas você nunca aceita minha ajuda e muito menos de outras pessoas.

    — Touma, isso é problema meu, quero você apenas estudando e nada mais.

    — Sempre assim. – Vai aumentando seu tom de voz - Você age dessa forma, nunca pensar em si mesma.

    — Não grite comigo Touma. – Acabo por gritar com ele também.

    — Mais isso é verdade – Voltou ao tom de voz normal - Sempre trabalhou duro, agora que arrumou outro serviço não para mais em casa, nem para descascar e quando para você faz trabalho de escola ou fica estudando.

    — Esses assuntos não são da sua conta Touma! O que eu faço ou não é problema meu.

    — Já estou satisfeito. – Fala levantando da mesa e indo embora.

    — Touma volta aqui! – Ordenei mas o mesmo me ignorou.

    —“Droga como ele é teimoso... Não sei mais o que fazer.” – Penso enquanto passo minhas mãos em meu cabelos num ato de tentar me acalmar.

    Acabo de almoçar, lavo a louça e subo para terminar meu trabalho escolar. Ao terminar o trabalho vou tomar uma ducha, único momento em que eu posso relaxar e esfriar cabeça, logo após sair começo a me arrumar para a festa da empresa. Antes de sair bato na porta do quarto meu irmão e digo:

    — Touma estou saindo. – E ele parece me ignorar.

    Pego minha bolsa, abro e verifico se está tudo certo, se não esqueci de nada e acabo vendo o número de Natsu marcado no papel.

    “Jamais eu vou ligar para ele.” – Penso com uma careta.

    Chamo um taxi pois assim posso chegar mais rápido na festa, digo o endereço para o motorista e em mais ou menos 25 minutos de viagem chego ao local, havia muita gente, muitos estavam bebendo e conversando, ao longe vejo um amiga que acabei conhecendo no trabalho da recepção, seu nome era Yuki, a mesma me ver e caminha em minha direção com duas mulheres.

    — Lucy-chan! – Veio com um belo sorriso no rosto. - Quem é seu par? - Pergunta um tanto quanto curiosa.

    — Meu par? Assim... – Fico meio nervosa - Leon me convindo mas até agora não me encontrei com ele.

    —Â É Mesmo?! Que sorte, você vai ser parceira do Leon. – Fala uma das mulheres está com Yuki.

    — Essa é a Kuroko, ela veio com Akame, logo eles irão para o quarto. – Me apontou a mulher que até então estava calada

    Elas dão uma pequena risada entre si e eu acabo ficando um pouco corada.

    — Agora falta poucos pares, Lucy você é uma desses que ainda não foi.

    Enquanto elas conversam entre si eu começo a tentar assimilar a fala dela com meu par que é Leon. – “NÃO.“ Penso e decido pergunta que assunto elas estavam se referindo.

    — Fazer o que?

    — Como assim fazer o que? – Ela parecia mais confusa que eu.

    — Você não sabe? – A outra garota que ainda não tinha falado diretamente comigo se pronunciou - Essa festa reúne todos os tipos de trabalhadores que você conhece, ser convidada por algum homem significa que esta aceitado ser parceira do mesmo que te chamou e no dia da festa você tem ter uma relação sexual com seu parceiro. Essa festa está mais para um encontro.

    As falava de Kuroko atingem meu cérebro... Na hora que ouvi sobre ter de ir para cama com pessoa na qual me convidou... Era isso que Natsu queria tentar me avisar.

    “Essa não, não posso continuar aqui.  Tenho que dar um jeito de sair o mais rápido possível...” - Minha cabeça já estava latejando.

    — Se vocês me dão licença meninas, tenho que ir ao toalete. - Dou uma desculpa qualquer para elas tentando sair daquele local para pensar. “O que eu posso fazer? Minha sorte é que ainda não encontrei com Leon.” Penso cada vez mais nervosa.

    Entro no toalete pesando no que poderia fazer, a primeira opção que me surge é ligar para “ele”. - “Não nem pensar Lucy!“ – Minha mente grita porem é a única maneira para sair daqui.

    Pego o papel que está dentro da minha bolsa e disco o número dele, sinto minhas mão tremendo, escuto o telefone tocar mas ele não atende, tento novamente e na terceira chamada escuto uma voz.

    — Alo?

    — Natsu! - digo um pouco gaguejando.

    — Está na festa?

    — Sim.

    — Estou indo te buscar.

    — Quem disse que eu te pedi para vir me buscar?

    — Pela sua voz, você descobriu o verdadeiro motivo da festa já.

    — Sim ...

    — Já se encontrou com seu parceiro ?

    — Não, cheguei agora, uma amiga veio conversar comigo que faltava pouco pares então vim para o toalete não me encontrei com Leon.

    — Fique ai por 10 minutos é o tempo de me arrumar e ir te buscar, então não saia daí.

    Ele desligou o telefone e comecei a tremer, o que eu acabei de fazer? Liguei para Natsu vir me buscar mas não tinha outra escolha.

    Se passa os 10 minutos e finalmente saio do toalete, respiro fundo e não vejo Natsu em nenhum lugar e acabo indo até as meninas .

    — Lucy! Leon chegou e está te procurando. - Yuki me avisa.

    “Droga“ penso.

    Então eu só escuto um grito repentino dela:

    — Leon! Lucy está aqui conosco. – Olho na mesma direção que ela e vejo Leon com um sorriso no rosto vindo em minha direção, chegando cada vez mais perto de mim. Meus pensamentos eram só de “cadê Natsu que não chega“.

    — Boa noite Lucy. – Disse Leon todo cortêz

    — Bo-boa noite Leon. – Acabo gaguejando não escondendo o nervoso que eu estava passando no momento.

    — Então, vamos? Já tem lugar livre para nós. – Ele disse estendendo sua mão para mim pega-lá.

    Sinto alguém me puxando pela cintura, olho para ver e o vejo.

    — Natsu! – Digo aliviada.

    — Desculpe, vim o mais rápido possível. - Ele sussurrou próximo aos meus ouvidos.

    — Ora Natsu, que você está fazendo aqui? Não é do seu costume aparecer a esses tipos de festa. – Ele parecia irritado com o aparecimento de Natsu.

    — Leon me desculpe aparecer  assim dessa forma sem avisar porem eu e Lucy temos um compromisso agora.

    — Desculpe-me eu mas hoje ela é minha, estamos na festa como par, e agora é nossa vez. - Diz Leon que parecia que ia tentar me puxar.

    — Desculpe estragar sua vez, mas surgiu um compromisso  de urgência da empresa. Eu não posso ir sem minhas secretaria. Se vocês nos dão licença meninas e Leon. Temos que ir agora. – E foi delicadamente me empurrando pra fora do local enquanto deu apenas um breve aceno com a cabeça para aqueles que ficaram.

    — Desculpe Leon, tenho quer ir ao trabalho agora. - Dou a falsa desculpa e saio de vez da festa, sinto meu coração disparar a mil.

    Olho para Natsu e vejo seu olhar escuro e feições irritadas.

    — O-obrigado Natsu. - Digo envergonhada.

    Ele se vira para mim e da um sorriso.

    — De nada, agora vamos! – E deu dois passos em direção ao seu carro.

    — Ah, vamos aonde?

    — Dar uma volta antes de eu te levar para sua casa.

    — Quero esfriar a cabeça antes. – Peço seguindo ele até o carro, e Natsu como um cavalheiro abriu a porta para que eu pudesse entrar e enquanto eu pegava o cinto de segurança e o botava em seu devido lugar, Natsu dava a volta no carro para se sentar no banco de motorista. Logo ao entrar no carro ouço um suspiro vindo dele para logo após ele olha para mim.

    — hum... - Eu não sabia bem o que falar.

    — Sua idiota, antes de fazer alguma coisa pense... Eu te avisei não foi? – Deu sermão apesar de seu tom ser calmo.

    — Eu... Desculpe, não sabia mesmo do que se tratava essa festa... – Minha cara revelava que eu estava um pouco abalada.

    Ele então me olha e fica encarando por alguns segundos. - Sua Idiota... - Natsu coloca as suas mão sobre meu rosto e acaricia, deixado-me paralisada por um momento. Ele se aproxima de meu rosto e me beija intensamente .

     


    Somente usuários cadastrados podem comentar! Clique aqui para cadastrar-se agora mesmo!