Os Cinco Selos

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    Capítulos:

    Capítulo 138

    Lua

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yooo,

    Estou sem criatividade hoje

    É isto

    Boa leitura ^^

    Aiken assobiava enquanto caminhava tranquilamente pelo túnel que ele esperava que iria levá-lo para a saída. Não demorou muito para o túnel se alargar e ele chegar em outra repartição.

    Naquela parte, haviam grande jaulas. Em uma delas, estava uma mulher. Ela tinha cabelo loiro e olhos azuis. Ela estava abraçada com os joelhos – sua pele e roupas estavam sujas de sangue.

    Aiken parou e olhou para ela, e o olhar dos dois se encontraram.

    Ele a ignorou e voltou a caminhar assobiando. A mulher arregalou os olhos e jogou-se nas grades.

    – Ei, ei, ei, ei, ei, ei, você ai do afro – chamou ela, agarrando-se nas grades.

    Aiken parou e olhou para ela.

    – Fala tu – cumprimentou ele.

    Ela fez uma rápida careta.

    – Me tire daqui, por favor.

    – E eu pareço ser alguém que você possa confiar? – perguntou Aiken, pendendo sua cabeça para o lado.

    – Sim – ela confirmou, depois de um tempo o analisando.

    Curioso, Aiken se aproximou da jaula, inclinou-se até seu rosto ficar perto do dela e ambos ficaram se encarando, sem desviar o olhar.

    – Por que confia em mim? O que você vê em mim? – perguntou ele, em um tom sério.

    – O que eu vejo? – ela repetiu, olhando nos olhos dele. – Vejo um ser excepcional no oficio de matar. Não se importa em matar, em sujar-se com o sangue, gosta disso, na verdade. Como se saciasse ao fazê-lo. Um desejo infinito por sangue. – Ela fez uma pausa, ainda analisando. – Mas isto, apenas com quem ele julga ser... escória? Cruel, porém, justo. Sabe diferenciar o mal do bem.

    Aiken sorriu.

    – Certo. Agora, diga-me, por que eu devo confiar em você? – perguntou Aiken, sempre mantendo o olhar fixo no dela. – Você tem uma faca de arremesso na palma de sua mão pronta para perfurar minha garganta, afinal.

    Ela também manteve-se encarando Aiken. O silêncio foi rompido pelo soar metálico da faca de arremesso batendo contra o fundo da jaula. Desta vez, foi ela que sorriu.

    – Nunca havia visto olhos prateados antes. São lindos... os seus.

    – Não venha tentar bajular-me agora – ele disse, erguendo-se e desembainhando uma de suas katanas.

    – Não tentei. – Ela se afastou das grades.

    Apenas com um balançar, Aiken cortou as barras de ferro. Ao ter sua katana embainhada, a mulher se jogou para cima dele e começaram a se beijar. Aiken caiu de costas para o chão, e, enquanto os lábios se tocavam, mãos deslizavam pelos corpos.

    Subitamente, os dois pararam e olharam para o lado, voltando a entreolharem-se em seguida.

    – Canibais – disseram, em uníssono.

    De imediato, os dois se puseram de pé.

    – Me empreste uma de suas espadas – pediu ela.

    Aiken sacou suas katanas negras e jogou uma para ela.

    – Ainda estou sob efeito da droga que eles colocam nos dardos – advertiu ela. – Não vou conseguir lutar com tudo.

    – Relaxa.

    Ela notou a calmaria em seu tom... em seu jeito.

    O grupo de canibais finalmente chegou. Todos eles quase nus, alguns armados e outros não, mas todos usavam máscara de pele. O grupo foi ao ataque.

    Com dificuldade, a mulher desviou do golpe do primeiro adversário, porém ele também desviou da sua lâmina. Como contra-ataque, ela foi concebida com um soco no rosto.

    Cuspindo sangue, ela praguejou mentalmente por seus reflexos estarem tão lentos.

    O atacante avançou contra ela novamente, que por sua vez apenas agachou e talhou o estômago do homem – e suas entranhas recaíram no chão. Ela parou um instante para ver como Aiken lutava.

    Aiken já havia matado dois. Um terceiro canibal foi em sua direção atacando com uma espada. Com sutiliza, o Selo desviou o golpe com sua katana – faíscas foram acessas com o deslizar das lâminas –, girou o corpo e degolou o canibal. Antes mesmo que o quarto pudesse fazer algo, a katana de Aiken já trespassava o coração dele. Ele olhou para a desconhecida e apontou com a cabeça advertindo que tinha mais atrás dela.

    A mulher só foi entender quando olhou para trás e viu a espada se aproximando. De maneira desajeitada, ela bloqueou o ataque com a katana, mas ambos caíram no chão. Toscamente, ela conseguiu perfurar o coração do canibal quando ele recaiu sobre ela. Ao retirar o corpo sobre si, a mulher viu mais um indo para cima dela, mas Aiken abriu um rasgo no peito do último antes que pudesse fazer outra coisa, e ele caiu já morto no chão, criando uma poça de sangue.

    Aiken embainhou sua katana e estendeu a mão para a desconhecida.

    – Tem que tomar cuidado, cê tá fraca, lembra? – ele disse, e sorriu.

    Ela segurou a mão e ergueu-se até o próximo do rosto dele. Aiken sentiu o ar ondular quando ela girou a katana e colocou de volta na bainha dele.

    – Me chamo Lua – ela se apresentou.

    – Prazer, Lua.

    – E você?

    – Lyu – ele mentiu, não se lembrava, afinal.

    – Nossa, parece com Lua – ela sorriu.

    Aiken deu uma risadinha nervosa.

    – É... parece mesmo. – Ele se virou. – Temos que sair daqui logo.

    – Espere – Lua segurou a mão dele. – Preciso achar minha espada.

    O Selo suspirou.

    – Certo... mostre o caminho, então.

    Seguindo por um terceiro túnel, eles chegaram em uma repartição onde haviam muitas lâminas. Pelo jeito, eram ali que jogavam as armas dos humanos que eles capturavam. Lua foi procurar sua espada e Aiken ficou de guarda na saída.

    – Como te pegaram, Lua?

    – Hmmm, eu saí em missão em busca por pessoas para levá-las a Arcádia, o reino protegido dos demônios. Então, quando entrei na floresta... – Enquanto revirara as lâminas, ela cortou o dedo e chupou o dedo sangrando. – Fui atingida por um dardo e dormi. E você?

    "Então este lugar é dominado por demônios?", Aiken pensou.

    – Não muito diferente. Floresta, vários dardos, dormi.

    – Vários? – Lua pegou uma espada khopesh, cuja a sua lâmina de um gume é levemente curvada para esquerda, e repousou sobre o ombro. – Levei uma e não me sinto bem até agora. Duas seria o suficiente para matar, talvez.

    Aiken deu de ombros.

    – Sua espada é irada.

    – Obrigada – ela sorriu. – Vamos logo.

    Eles foram de volta para a repartições onde ficavam as jaulas, e Aiken percebeu que faltava um canibal estirado no chão. Não demorou muito para que sinos ressoassem.

    – Agora todos sabem sobre a gente – disse Aiken.

    – Ótimo. Estou estressada por estes filhos da puta tentarem me comer.

    – Podre crê. Vejo que temos algo em comum.

    – É. Ambos quase foram comidos por canibais.

    Aiken riu e foi em direção a saída.

    – Não era algo em comum com você, tá ligado? – ele explicou, olhando por cima do ombro.

    Ela sorriu.

    – Está muito abusado, Lyu.

    Lua o seguiu em direção a saída.

    Continua <3 :p


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