Aquele encontro de casais sem dúvidas estava uma verdadeira loucura, nada anormal pra jovens na idade deles.
Miyako  estava um pouco corada com os braços de Willis envolvendo ela em um abraço enquanto andavam, ela olhou pra trás e parecia perceber que tinha gente descontente com a cena.
— Hikari-Chan  você podia vir comigo ao banheiro? Pergunta a violacea, se soltando de Willis.
—Claro Miyako-Chan, já volto John-Kun. Hikari avisa e sorri quando o namorado toca sua bochecha, John puxa a castanha para um beijo.
— São tão lindos! Sora comenta, se debruçando no ombro do namorado.
—É são mesmo. Concorda Yamato, com cara de nada.
— Quer parar com essa cara de azedo Yamato-Kun  não tá se divertindo? Pergunta Sora.
— Tô me divertindo, mas...
— Você não relaxa não é? Diz Sora.
—E quando ele relaxou? Taichi debocha, os digiescolhidos riram.
Miyako e Hikari  foram ao banheiro.
— Hikari-Chan , preciso perguntar algo a você antes de te conta uma coisa. A violacea parecia apreensiva e ansiosa.
— Miyako-Chan, se é sobre meu beijo com John, esse...
—É sobre o Takeru-Kun, seja sincera Hikari, Â você sente algo por ele? Pergunta Miyako.
—Com toda sinceridade, não! A princípio achei que sim, mas depois das férias descobri que era mesmo a mais pura amizade, todos os digiescolhidos... Até você e até a Tailmon botavam fé que íamos ficar, aquilo tava virando uma pressão muito grande, graças a Mimi-Chan  descobri que o Takeru  não passa de um bom amigo de infância o qual já passamos por poucas e boas, mas o que tem o Takeru? Pergunta Hikari,  colocando a mão na cintura.
—É que ontem na boate...
— Você... Miyako  Inoue, você foi numa boate? O Willis virou mesmo sua cabeça. Hikari pentelha a amiga.
— Hikari-Chan, o Takeru  tá namorando. Miyako conta.
—Então porque não o chamou com a namorada dele? Pergunta tranquilamente a castanha dando de ombros.
—É que eu não sei se ele tá namorando. Miyako deixa a amiga confusa com a contradição.
— Você acabou de dizer que estava, Miyako-Chan que papo maluco é esse? Pergunta Hikari.
—Willis, eu não entendi aquela conversa louca o barulho não deixou, mas uma garota esbarrou no Takeru  e o Willis disse que ele dormiu nos seios dela. Conta a violacea se lembrando da confusa conversa.
Hikari arregala os olhos e abre a boca surpresa.
— Desculpa, desculpa! Pede Miyako toda sem jeito.
— Miyako-Chan, calma, ... Estamos todos tão diferentes, como disse a Mimi-Chan  o cupido ta solto mesmo no colégio de Odaiba. Hikari tranquiliza a amiga.
— Pensei que ficaria chateada! Miyako diz surpresa.
— Chateada com o que? Takeru  pode e deve ser feliz, as pessoas achavam que ficariamos ótimos juntos por conta de nossos brasões Luz e Esperança, mas o que une duas pessoas como diz a Mimi são o sentimentos, eu e o Takeru-Kun temos amizade, e eu e John... Hikari vira.
— Tem amor! Vocês são um casal muito diferente, mas diferente bom. Miyako falava animada.
—E você e  Willis também. Hikari pentelha.
— Acho que temos que ir eles já devem estarem loucos com nós. Miyako chama
— Também acho e Miya, tenta não bater Daisuke, aquela de hoje empurrando na pista de Skate, você exagerou um pouquinho. Hikari pede a violacea.
—O pastel-Kun ta se roendo com você e o John. Miyako debocha.
—Mas deveria encontrar, tomara que encontre alguém que o ame...
—E que o aguente. Miyako  completa a frase da castanha  e as duas riem.
Ken acabou balançando a cabeça pra tentar se concentrar no filme, pois Willis estava marcando território deu aquela disfarçada se espreguiçando na cadeira e abraçando Miyako , chegou a imaginar jogando o copo de refrigerante em Willis, mas o guardião da bondade viu a violacea  sorrindo, achava que ela estava imensamente feliz com Willis que olhou pra Ken e sorriu, Ken entendeu aquilo como uma provocação.
— Cara eu não sei o que é pior, o filme ou todo mundo pregado desse jeito. Daisuke sussurra, estava desconfortável.
— Motomiya, não acha que é hora de entender que a Hikari-Chan  é só nossa amiga... Você deveria estar feliz por ela. Ken tenta acalmar o amigo.
— Gente dá pra vocês pararem de conversar. Mimi pede dando bronca..
—Ohw vem cá, calma Mimi, você zanganda fica tão excitante. Diz Michael  beijando Mimi.
—É melhor não se excitar num lugar desse, eu sei que eu mexo com você e provoco isso, mas deixa isso pro nosso quarto, vai que acendem as luzes de repente. Alerta Mimi o beijando.
—E a humildade ficou em casa também, né? Daisuke pergunta debochando.
Uma cena chamou a atenção do ruivo, como ele passou boa parte focado no casal JohnKari, ele não havia notado a presença de sua irmã mais velha, a qual notou quando ela deitou a cabeça sobre o ombro de Taichi  e o mesmo a abraçou e a beijou.
—Ai meu deus agora ele surta. Hikari prévia briga, pois sabia que Daisuke era ciumento.
— Pensei que era romance, não o exorcista. Diz John.
— Não é isso? É aquilo. Diz Hikari apontando pro demorado beijo de TaiJun.
Daisuke  não tava acreditando ele era apaixonado pela irmã do cara a frente dele e o mesmo estava beijando ferozmente sua irmã.
— Motomiya calma, eu não sei o que falar nesse caso. Diz Ken.
—Então era por isso que você não dormia em casa? Grita Daisuke ganhando as abstenções do pessoal na sessão.
— Daisuke se não quiser ir pra casa com o nariz amassado é melhor se sentar e calar a boca. Jun avisa em tom ameaçador.
— Como isso aconteceu? Você pegou minha irmã! Daisuke falava inconformado.
—Dahr, mais é uma mula mesmo. Diz John.
—Ah John, e Davis xiu, os dois formam um casal lindo, agora para de dar show e fica quieto que todo mundo quer assistir o filme. Hikari da bronca no namorado e principalmente em Daisuke e se senta.
Daisuke  senta zangado e meio sem querer.
— Essa doeu. Diz Ken.
Enquanto eles tentam assistir o filme....
Aiumy se levanta, Koushiro  continuava dormindo, estava só com o lençol em cima do corpo, Aiumy se levantou e penteou o cabelo e foi pra cozinha preparar algo pra comer, o celular do veterano da sabedoria  estava na bancada da cozinha, e a mãe dele liga.
—Alô! Diz Aiumy
—Alô, quem está falando? Esse celular é o do meu filho Koushiro Izumi. Â A mãe dele pergunta preocupada.
— Koushiro Izumi? É é dele sim, ele tá dormindo quer deixar recado? Pergunta Aiumy.
—Quem é você? Pergunta a senhora Izumi.
— Acho que agora sou a namorada do seu filho, ele não parece ser igual aos outros caras, mas enfim meu nome é Aiumy Jenkato, mas enfim o seu filho está dormindo.
— São três horas da tarde. Diz a senhora Izumi, preocupada.
—É eu sei, mas chegamos muito cansados, e um pouco excitados, se é que me entende... O Koushiro-Jun, acho que vai levantar quando o enfeito do álcool acabar, tadinho é novato, nunca bebeu é óbvio que ia ficar assim. Aiumy falava sem pensar.
— Bêbado? Pergunta A mãe do ruivo, chocada.
—Calma, sogrinha, ele é maior de idade, e universitário... mas fica calma que eu cuido dele, quando ele acordar eu dou o seu recado. Diz Aiumy.
                     Brasil 3:00 da manhã
O pai de Jonatha não parava de pensar em tudo o que tinha acontecido, só a traição já deixa o orgulho do homem ou da mulher em cacos, imagina ter o filho roubado, ele não sabia como e onde estava Jonatha, não acompanhou seu crescimento, ele estava fazendo as malas ia voltar pro Japão em Hikarigaoka, lugar onde tudo tinha começado, mas ficar no Rio onde ele sofria só de passar pela rua, a mesma onde o filho foi tomado de seus braços ele não conseguia mais, pega a bola, a mesma que o filho soltou quando foi apanhado pelos capangas do padrasto e coloca na mala.
— Vamos mesmo nos mudar pro Japão? Pergunta a empregada.
—Sim vamos, eu não consigo mais viver aqui no Rio, as lembranças me assombram todos os dias, sei que só vou ter paz se eu encontrar meu filho, mas preciso esfriar a mente, eu vou trabalhar lá no Japão, ocupar um pouco a mente, é impossível não pensar no que eu perdi, mas sinto que vou ficar louco se eu continuar aqui trancado. Diz o pai de John fechando a mala.
— Entendo! Novos ares te farão bem o senhor aceita um chá antes de irmos pro aeroporto? Pergunta ela.
— Aceito sim, um uísque com gelo. Diz o pai de Jonatha.
                     De volta ao Japão
John e Hikari , Michael e Mimi, Willis e Miyako, Yamato e Sora, Taichi  e Jun, o amor estava a solta e os jovens não pareciam nem ai pros olhares curiosos das pessoas.
— Sabe que o papai vai ter um infarte quando você contar que está namorando, né Kari? Pergunta  Taichi.
—Eu sei... mas o papai vai perceber que o John me faz feliz. Hikari dizia sorrindo.
—O vovô ainda não percebeu! Continua implicando com o papai por ele ter se casado com a mamãe. Â Taichi diz brincalhão.
— Coisa de sogro. Diz Jonatha.
— Jonatha, você também é um digiescolhido não é? Pergunta o lider.
—Eu... aqui, isso... caiu como um meteoro a alguns anos. John tira o digivice do bolso e mostra para turma.
—O parceiro dele é Impimon, ainda está na fase criança. Conta a guardiã da luz.
—É sempre bom encontrar um dos nossos, mas você nasceu no Brasil? Pergunta Taichi.
John respira fundo.
— Não eu nasci aqui no Japão, em Hikarigaoka. Todo o grupo para.
— Você é de Hikarigaoka? Pergunta Mimi.
— Boa parte do grupo é de lá. Diz Taichi.
— Minha família se mudou quando um atentado a bomba destruiu a cidade numa noite. John relembra.
— Acho que você desconhece a história. Diz Yamato
— Como assim? Não é Â nada de difícil de entender em um atentado a bomba, quando dá a louca no povo eles saem explodindo pontes e casas e gente...
—John, aquele caso foi tratado como atentado, mas a grande verdade é que foi uma batalha entre dois digimons, Greymon e Parrotmon, Willys ganhou os gêmeos digimons no mesmo dia que eu e o Taichi-Kun tivemos contato com o digitama de onde saiu Botamon, mas as coisas se complicaram um pouco... Hikari começa o relato e é interrompida.
— Você diz um pouco? Botamon comeu muito e digivolveu pra Koromon, até ai nada demais só muitos problemas, como cocô no chão e o ciúmes da gata de estimação da Hikari, que antes que pense bobagem não é a Tailmon, era Myko, ela não gostou de dividir a comida, pra piorar tudo a noite o Koromon digivolveu de novo, se transformou em Agumon, na época não sabiamos o nome deles, mas ficou grande como um Greymon, que foi a próxima digievolução dele com a aparição do parrotmon. Taichi continua o relato.
—Os dois digimons lutaram, e Taichi e Hikari  estavam juntos ao Greymon, todos vimos a grande explosão que nada mais foi do que a técnica do Greymon a bola de fogo, depois disso oito de nós fomos escolhidos, mas em meio a tudo isso só sete de nós foi realmente ao digimundo, Hikari  ficou em casa e nós não sabiamos que éramos oito, após muitas batalhas, conhecemos a oitava digimon Tailmon, mas não estávamos do mesmo lado. Conta Yamato relembrando.
—O digitama de Tailmon caiu em mãos errada John, a fazendo virar escrava e sofrer nas mãos do Myotismon, enfim pra encurtar a história, após a invasão ao mundo humano e terem provocado muita destruição, eu fui levada pelos servos de Myotismon ele queria matar o oitavo digiescolhido a todo custo, mas graças a ajuda de Wizardmon que infelizmente se sacrificou por Tailmon e eu, finalmente éramos oito, meu brasão ganhou seus poderes e Tailmon super digivolveu pra Angewomon, fiquei surpresa era lindo ver aquilo, finalmente o matamos pela primeira vez, ele nos assombrou outras duas vezes tentando nos destruir e cobrir o mundo  de trevas. Hikari relata deixando John boquiaberto e surpreso com tanta revelação.
Os jovens veteranos foram contando suas experiências a John, mas ele evitaram falar sobre o imperador digimon, era muita informação e Ken parecia desconfortável era melhor deixar o resto da história pra outro dia.
—Tá bom, nós já contamos a nossas histórias, ou parte delas, agora é a sua vez. Aponta Mimi.
— Mimi-Chan , se o Jonatha não quiser ele não precisa contar. Diz Sora.
— Desculpa assim, mas seus pais não parecem se dar bem sempre. Taichi estava curioso.
— Quando Estavam os saindo, passamos pelo corredor e eles estavam brigando. Contava Jun.
—É eles brigam... E o cara não é meu pai... ele é meu padrasto. John revela, desanimado.
—Ah entendo seus pais são separados, eu sei o que é isso. Diz Yamato.
—Mas você vê o seu pai não vê? Pergunta Taichi.
—Eu não gosto de encher os ouvidos dos outros com meus problemas e nem fazer drama na frente dos outros. Diz Jonatha.
— Ninguém quer que você faça drama, mas o desabafo as vezes nos deixam tão mais leve, e experiências ruins também nos ensina. Diz Michael.
— Você agora tem um monte de amigos, e uma namorada pra tirar as trevas que essa mágoa ta te envolvendo, ela te enchendo de Luz. Brinca Mimi.
—Se com monte de amigos me inclui então esquece. Daisuke resmunga, saindo.
— Ele tá bravo, e confuso com as recentes descobertas. Miyako observa enquanto o ruivo vai se afastando.
— Vou dizer algo pra vocês, mas isso morre aqui. Pede John.
— Pode falar. Hikari encoraja o namorado.
— Meu padrasto... Ele matou meu pai. Confessa John engolindo o choro, todos os digiescolhidos ficam chocados.
— Ai minha nossa. Seu padrasto, ele o que ele tem na cabeça? Pergunta Mimi, assustada, tentando parar quieta num lugar e absorver a informação.
—Eu não sei se matou... Tudo que eu me lembro é ele  no chão. Depois disso ele me colocou no carro e fui forçado a viver com eles desde então, não adianta remoer o passado, acabou, ele morreu, eu era pequeno, a minha mãe traia meu pai com meu padrasto e deu no que deu. Diz Jonatha, sacudindo a cabeça, não queria chorar ali, mas se aguentou.
A castanha o abraça forte.
— Olha foi mal tá tava um passeio tão legal, mesmo com o chilique do Daisuke, e eu aqui perturbando vocês, eu preciso parar de contar isso, já passou. John tenta afastar as más lembranças.
— Isso é horrível, os pais deviam cuidar e não sequestrar os filhos. Diz Ken.
— Você é ao menos bem tratado? Pergunta Hikari preocupada.
— Não me olha com dó gatinha, sim eu sou bem tratado... Nunca apanhei deles, mas não vivo exatamente com a família perfeita, mas acho que isso não existe. Diz John
— Se precisar de...
— Â Hikari, a última coisa que eu quero é dar uma de coitado, eu estou bem, não me machucam, são meus pais, eu não escolhi, mas é o que sobrou. John abraça a namorada.
Os jovens vão pra casa, naquela noite o senhor Yagami pega a caçula no corredor do apartamento bem próximo ao deles beijando.
—Pai! Esse... Esse, é o Jonatha, meu namorado. Hikari apresenta o namorado ao pai.
— Na-na-namorado, Hikari-Chan, você é muito...
— Não papai, eu já tenho 14 anos, por favor fica calmo, eu to crescendo eu o Taichi e toda a turma, isso ia acabar acontecendo, minha infância passou e  agora eu sou adolescente, mas não precisa ficar assim, eu e John , acabamos de começar, não se preocupe. Hikari abraça o pai.
—Pai, a princesinha da casa cresceu! Fica calmo, eu e a mamãe já conversamos com ela, não repete os mesmos erros do vovô com a Hikari, mesmo porque eu não ia deixar, ela tá feliz isso já deveria bastar, sei que é difícil a caçula está namorando, mas vai ser sempre a caçula. Taichi tranquiliza o pai.
— Fica calmo, eu e a Hikari-Chan  somos novatos ainda nessa coisa de namoro... E ela me faz muito feliz e eu pretendo fazê-la ainda mais. Diz Jonatha.
Os dois se encaram por um momento, mas  termina o abraçando, senhor Yagami  estende a mão fazendo a caçula  sorrir e abraçar o pai.
— Yamato , oh Yamato , quer parar de correr caramba! Grita o amigo do loiro, que tocava na banda.
— Não estou correndo você que é lerdo! Yamato provoca, dando um sorriso, pentelhando o colega de banda.
— Cara são as fotos do último show, saiu até seu irmãozinho pegando mó gata. Deve tá orgulhoso Diz ele.
— Yamato-Kun. Sora o chamava vendo o namorado  estático olhando fixamente as fotos onde se via nitidamente, Takeru  e Miley beijando na boca.
—Fala ai você tá mó orgulhoso do Takeru. Diz o cara.
—Takeru não me contou nada que estava namorando. Yamato resmunga, Â já se enfurecendo.