Rise of the King.

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    18
    Capítulos:

    Capítulo 7

    Capítulo 6 ? Não existem fatos, apenas interpretações

    Álcool, Adultério, Bissexualidade, Drogas, Estupro, Hentai, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    Desculpe a demora pessoal, fiquei muito ocupado nos últimos dias e quase não consegui escrever, porém finalizei este capítulo hoje e estou quase finalizando outros dois. Aproveitem!

    No Condado de Dell acordava o lorde em mais uma manhã comum. Em seu castelo vivia de forma luxuosa e ostentava uma nobreza exagerada até mesmo para alguém da realeza como ele, este era Sua Alteza o Conde Ander Camlann de Dell, um primo distante do Rei, porém graças a problemas no ramo principal era o 4º na linha de sucessão ao trono. O Conde, ou melhor, a Família Camlann era considerada extremamente extravagante, com gostos peculiares que a tornavam muito pouco quista entre as outras famílias nobres do reino, por isso quase nunca deixavam seu castelo e mais raramente ainda deixavam o condado, sendo praticamente um território independente da coroa com seu autogoverno.

    Contudo nessa manhã comum o Conde recebeu uma notícia que o tirou de sua zona de conforto usual e colocou uma expressão de insatisfação no rosto do lorde. A notícia era uma carta com o selo real, nela estava dito que o Conselheiro do Rei, Sua Excelência Edward Phillip Merlin estava a caminho de seu castelo para tratar de assuntos oficiais. O Conde e o Mago já eram conhecidos, afinal o nobre frequentou a Academia Real de Magia e Estudos Militares, rival da prestigiada Academia de Magia da Santa Igreja no qual Merlin frequentou e ambos se enfrentaram em diversas ocasiões nas inúmeras competições que participaram, com o Mago tendo uma esmagadora vantagem em vitórias. Esse passado acabou fazendo com que o Conde criasse uma inimizade enorme para com Merlin, e quando o mesmo descobriu que Merlin fora apontado para tão importante posição de Conselheiro do Rei ele resolveu ir pessoalmente até a capital para protestar, algo tão incomum que deixou o país inteiro espantado e só deixou claro o tamanho do desgosto e inimizade que Ander sentia para com Merlin, algo que não era recíproco, pois o Mago nem sequer se lembrava do Conde.

    Após dois dias da chegada da correspondência, era a vez do Conde ser avisado da chegada do Mago. A viagem da capital até o condado levava cerca de 6 dias a cavalo, e Merlin estava dentro do itinerário esperado pelo nobre. Assim que entrou no castelo Merlin foi levado até um grande salão, a falta de janelas deixava o local em uma eterna penumbra, iluminado apenas pelas poucas tochas dispostas de maneira uniforme pelo enorme cômodo, enormes flâmulas ostentando o brasão da Rosa Espinhenta, símbolo dos Camlann, além de muitos soldados perfilados ao longo do caminho que levava ao final do salão, Merlin ficou de frente a um grande trono que no momento se encontrava vazio e tudo o que conseguiu pensar foi na grande prepotência que o nobre carregava. Após longos minutos de espera o mago já estava impaciente, quando surge um homem vestindo um longo manto negro com detalhes em vermelho e se posiciona ao lado do trono, ele então anuncia.

    -Atenção, está entrando agora Sua Alteza, o Príncipe Ander da Casa Real dos Camlann, Príncipe de Valeir e Conde de Dell. Todos o saúdam! –anunciou o homem.

    Nesse momento entrou o pomposo príncipe, vestindo um manto negro com detalhes dourados sobre um uniforme militar todo vermelho, em seu ombro direito uma flâmula vermelha ostentava o brasão de sua família e em sua cintura estava à temida Espinho Negro, uma espada famosa por todo o mundo por seu poder, fama que ganhou principalmente durante as invasões conquistanas no Reino, época de surgimento da família Camlann. O príncipe provava sua relação familiar com o rei em sua aparência, seus cabelos cor de ouro que pareciam brilhar emitindo uma luz única, os olhos verdes eram outra herança do sangue real que corria em suas veias, tudo isso apenas realçava ainda mais a beleza quase que divina do nobre que agora se postava a observar Merlin, com um prepotente ar de superioridade olhava para o mago de cima, como se quisesse fazê-lo entender que ele era a autoridade, que ele era melhor.

    -Seja muito bem vindo Sua Excelência. Imagino que deva estar cansado, é uma longa viagem da capital até meu castelo. –disse o príncipe com uma voz suave, porém profunda, que ecoou pelo salão. –Me pergunto qual o assunto de urgência que faria personagem tão importante da corte se ausentar da presença de seu soberano e cavalgar sozinho para este esquecido condado? –finalizou olhando profundamente o Mago.

    Merlin então fez uma pequena reverencia e respondeu seu anfitrião.

    -Sua Alteza não tem com o que se preocupar, minha viagem tem maior relação com meus deveres de Rei Mago do que com os de Conselheiro, contudo um título complementa o outro nesse ponto. Venho para cá, pois teu território é o mais próximo possível de Torías, e é meu dever como Conselheiro ter em mãos todas as informações para aconselhar Sua Majestade da melhor forma possível, devido à sensibilidade do assunto não sou autorizado a esclarecer para Sua Alteza qual minha missão, já que a recebi diretamente do Papa e de Sua Majestade. Espero que compreenda. –explicou Merlin.

    -Você nunca muda não é mesmo? Sempre agindo de forma superior, como se fosse melhor. Faça o que quiser, mas não espere minha ajuda. –respondeu Ander irritado e deixou o salão.

    Merlin não entendeu o que o Conde quis dizer, mas também não fazia questão. Ele entendeu foi acompanhado até seu aposento, um cômodo simples se comparado com o resto do castelo, com apenas uma cama, uma mesa com cadeira e um pequeno armário, contudo isso não era algo que incomodava o mago, já que ele não tinha uma visão materialista ou mesquinha. Com o silencio da madrugada, Merlin iniciou suas investigações, utilizando de um artefato mágico ele procurou por resquícios de magia negra em algum lugar do castelo, ele acumulou insucessos até que quando estava prestes a desistir o artefato acusou, era um sinal pequeno, mas com certeza significava a utilização de magia negra. Merlin seguiu o sinal que se fortalecia cada vez que ele se entrava mais fundo nos calabouços do castelo, até que atingiu o pico próximo de uma sala, o mago então utilizou uma simples magia de vento para espiar dentro do quarto e não encontrou nada, ele entrou no quarto e tudo que encontrou era uma sala completamente vazia. A falta de poeira indicava que o cômodo estava sendo utilizado até pouco tempo e isso queria dizer que a pessoa utilizando magia negra estava no castelo nos últimos dias, isso era prova suficiente para convencer o Rei.

    Quando Merlin estava voltando para seu quarto uma conversa suspeita chamou sua atenção, o mesmo homem que anunciou a entrada do Conde no salão do trono estava conversando com um homem muito suspeito, ele utilizava um robe negro com um capuz que cobria praticamente todo seu rosto e por isso Merlin não conseguiu identifica-lo. Ele então focou em tentar descobrir do que se tratava o assunto que estes homens tratavam na madrugada, e o que ele descobriu o deixou perplexo, o homem de robe negro era o usuário de magia negra que Merlin estava procurando, e mais do que isso, ele era aprendiz do Conselheiro do Rei de Torías e isso significava que o reino inteiro de Torías era controlado por um mago da Organização de magos negros.

    Enquanto Merlin ainda se encontrava perplexo com suas descobertas um feitiço foi ouvido, porém não era nada conhecido por Merlin e ele instintivamente se protegeu, quando a poeira do ataque baixou, Merlin se viu sendo atacado por cavaleiros ou mercenários, era impossível saber ao certo. Tudo que ele pode fazer foi se jogar pela janela e fugir do castelo as pressas, porém não conseguiu fugir intacto já que foi atingido por outra magia, a magia o atingiu em cheio e era poderosa o suficiente para mata-lo, não fosse a qualidade das roupas de Merlin, elas possuíam um círculo mágico defensivo imbuído nas costuras. Ainda que seu equipamento fosse da melhor qualidade possível, ele ainda havia tomado um dano absurdo, tal que mal conseguia andar de forma decente, ele praticamente se arrastou floresta adentro na esperança de encontrar um local onde pudesse se esconder.

    Já havia amanhecido quando Merlin foi encontrado por seus perseguidores, uma flecha em seu ombro piorou ainda mais a integridade física do mago, e quando ele já não tinha mais forças para andar e praticamente nem para permanecer acordado, os homens se aproximaram do moribundo mago com as espadas em mãos. Merlin pensou, “Ah, é agora que eu morro”, porém isso não aconteceu, o mago foi salvo por dois jovens rapazes, e tudo que ele conseguiu fazer foi escutar os nomes de seus salvadores antes de perder a consciência.

    De volta ao castelo se encontrava um príncipe irado, após descobrir que Merlin havia escapado e não recebendo noticias de seus homens que o perseguiram, ele se encontrava desesperado e irritado, sem saber o que fazer era uma presa fácil para o jogo psicológico do mago negro.

    -Alteza, se me permite, não acho que levara muito tempo até que o Rei seja avisado dos acontecimentos descobertos por Merlin. Contudo não há necessidade de desespero, tudo que Sua Alteza precisa fazer é adiantar algumas partes do plano, como por exemplo, declarar sua independência. Afinal não existem fatos, apenas interpretações. –o homem disse com um sorriso nem um pouco atraente.


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