Meu Marido É Um Anjo Da Guarda

  • Finalizada
  • Aelita
  • Capitulos 12
  • Gêneros Bishoujo

Tempo estimado de leitura: 3 horas

    l
    Capítulos:

    Capítulo 5

    Capítulo 4

    Pessoal desculpe entrei de ferias . acabei viajando

    na onde estou estado de santa cataria - jaguaruna . cambo bom

    internet aqui e muito ruim!!!

    mal consigo entra no sites .

    "Estou suando wi if meu vizinho ^^"

    espero que gostem do capitulo sinto muito pela demora só volto dia 02/02/2018 para minha cidade santos .

    beijos boa leitura

    Natsu limpou a garganta.

    __ Claro que sou eu, Tia Vanessa. Em carne e osso!

    Lucy se inclinou na direção dele e sussurrou:

    __ Talvez ela não esteja tão lúcida quanto pensei.

    Vanessa levantou o queixo, com ar de indignação.

    __ Posso esquecer das coisas às vezes, mas minha audição é muito boa  - ralhou.

    Lucy mordeu o lábios, embaraçada. Um movimento vindo da porta chamou a atenção de Natsu. Uma mulher vestida com um uniforme cor-de-rosa entrou no salão, carregando uma bandeja com uma jarra de suco para Lucy, ele falou:

    __ Parece que chegou a hora suco. Importa-se de ir buscar um pouco para nós?

    Quando Lucy se afastou, Natsu se voltou para Tia Vanessa.

    __ Está me deixando em uma situação difícil – disse a ela.

    __ Quem é você?

    __ Lucy já lhe disse. Sou Nathan.

    __ Não me venha com essa historia. Sou velha, mas não idiota. Qual é seu nome verdadeiro?

    Ele respirou fundo, notando que Vanessa não o deixaria em paz enquanto ele não dissesse a verdade.

    __ Natsu – respondeu . __ Mas prefiro ser chamando de Natu. – Segurando a mão dela, pediu: __ Ajude-me a manter meu disfarce. Por favor.

    Vanessa olhou para a própria mão, mas não fez menção de afasta-la das dele.

    __ O que ganharei com isso?

    Natsu pensou por instante.

    __ Virei visita-la com mais frequência do que seu sobrinho costumava vir.

    Ela arqueou ligeiramente as sobrancelhas.

    __Mais do que três vezes por ano? – indagou, esperançosa.

    __ Que tal duas vezes por semana? – sugeriu Natsu.

    __ Uma vez é suficiente, mas traga-me chocolate e biscoitos.

    __ Negocio fechado.

    A velha senhora hesitou um momento, estreitando o olhar mais uma vez.

    __ Apenas mais uma pergunta.

    Natsu arqueou as sobrancelhas, perguntando-se o que poderia ser.

    __ Você é do bem ou é do mal?

    Natsu riu e olhou em volta, para verificar se alguém mais estava ouvindo a conversa. Ao notar que não havia perigo e que Lucy se entretivera conversando com um senhor de bangala, respondeu:

    __ Sou um protetor. O anjo da guarda de Lucy.

    Vanessa ficou boquiaberta.

    __ Você é do além? –Encostou-se no sofá, parecendo aliviada. __ Minha hora de cruzar a ponte não deve estar muito distante. Mande alguma indicação a meu favor, está bem?

    Natsu não andava tendo muito contato com Nahum, desde que chegara à terra, mas prometeu atender ao pedido dela. Prometeu a si mesmo que providenciaria aquilo assim que tirasse a medida para as suas asas, quando voltasse ao paraíso.

    Lucy retornou equilibrando três copos de suco nas mãos.

    Natsu pegou dois e entregou um deles a Vanessa. Lucy sentou-se ao lado dela, no sofá.

    Não tinha ideia do que Natsu conversara com a tia, mas ela parecia bem mais animada.

    __ A enfermeira me disse que hoje você está mais falante do que nós últimos dias, tia Vanessa. Deve estar contente com a visita do seu sobrinho, não?

    Vanessa tomou um gole de suco e inclinou-se direção dela.

    __ Ele é um anjo – sussurrou, em um tom de confidência.

    Natsu forçou um sorriso, dando de ombros.

    __ Não sei se isso é verdade, mas ele tem se mostrado bem mais amável depois do acidente – anuiu Lucy.

    Vanessa tocou a  mão dela.

    __ Não precisa mais se preocupar com nada, querida.

    Natsu vai cuidar de você e mantê-la sempre segura.

    Ótimo, mas quem a manteria segura de Natsu? Apesar da decisão de não reatar o relacionamento com o ex-noivo, senti-se novamente atraída por ele. Aquele novo lado da personalidade de Nathan o tornara mais sensível, deixando-a perigosamente vulnerável. Quem a protegeria quando o antigo Nathan voltasse e começasse a arrasar seu coração?

    __ Vai se casar com ele. Mesmo que não seja mais Nathan ?

    Lucy quase se engasgou com o suco. Começou a tossir enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.

    __ Estou bem – disse, quando Natsu se levantou e bateu levemente em suas costas.

    __ Tem certeza? Conheço métodos de primeiros socorros.

    __Conhece?

    Natsu abaixou a vista.

    __ Tenho certeza de que eu me sairia bem, se tivesse de usar o que aprendi na televisão.

    __ Não  é maravilhoso ter um anjo da guarda? – falou Vanessa, com animação.

    Preferindo ignorar o comentário, Natsu sentou-se ao lado de Lucy, no sofá.

    __ Você ia se casar com Nat.... comigo? – Ele hesitou, tentando absorver o impacto da noticias. __ Quando será o grande dia? E por que não me contou antes?

    __ Nós .... Hum, rompemos o noivado pouco antes do acidente.

    Natsu pareceu chocado com a noticia.

    __ Nathan a deixou? – inquiriu Vanessa . __ Mas que grande idiota. – Dirigindo-se a Natsu, acrescentou: __sempre achei que ele havia puxado para a família do pai dele. Um bando de idiotas!

    Lucy franziu o cenho, espantada por Vanessa estar falando de Nathan como se ele não estivesse ali. Tudo bem que ele estivesse usando um apelido e que houvesse esquecido o passado, mas continuava sendo a mesma pessoa. Ou será que não?

    Balançou a cabeça, censurando-se por permitir que uma senhora senil a deixasse confusa. Claro que Nathan era a mesma pessoa. Apenas não se lembrava de alguns detalhes.

    Ficaram com Vanessa por mais meia hora, até ela se mostra cansada e ir para o quarto descansar.

    Lucy e Natsu voltaram para casa logo em seguida. Porém, ela mal havia desligado o carro quando ouviu uma movimentação vinda do lago, na parte de trás da propriedade.

    Natsu saiu do carro e apoiou-se nas muletas.

    __ Parece que o cão dos Neider veio perseguir os gansos novamente – disse ela, fazendo menção de ir até lá.

    Entretanto, Natsu segurou-a pelo braço.

    __ Não. Pode ser perigoso. – Ignorando o protesto de Lucy, seguiu sozinho para a parte de trás da casa. __ Entre para ficar mais segura – disse, por cima do ombro.

    __Natsu, não vá sozinho até lá. Acabará se ferindo.

    Apesar de serem selvagens, os gansos costumavam aparecer próximos ao lago, onde Lucy colocava comida para eles. Ela sabia, por experiência própria, que uma bicada deles podia ser bem dolorosa. E sob a ameaça de um cão, tudo poderia se tornar ainda mais complicado.

    Ignorando o pedido de Natsu, entrou em casa para pegar o rifle guardado acima da lareira . Quando chegou ao lago, havia penas de gansos por todo lado. O enorme cão, chamando impropriamente de algodão pelos donos, estava atacando um gansos sem a mínima piedade. A agitação desesperada do pássaro fez Lucy sentir um aperto no coração.

    Posicionando o rifle, atirou para alto, tentando espantá-los, mas o tiro pareceu servir apenas para piorar a fúria do cão. Então mirou a arma na direção do animal. Porém. Natsu se colocou bem no meio da mira.

    __Saia da frente, Natsu – gritou ela.

    Não era uma atiradora lá muito boa, mas se o tiro pegasse pelo menos de raspão no cachorro serviria para lhe dar um susto suficiente para ele largar o ganso.

    O problema foi que Natsu  se recusou a sair do caminho da mira. Ignorando o pedido de Lucy, ele seguiu na direção dos animais.

    Lucy fechou os olhos. Sabendo da crueldade de algodão, não tinha certeza se aguentaria ver o que viria em seguia.

    Mais uma vez Natsu não tinha noção do perigo que estava correndo.

    Entretanto, quando voltou a abrir os olhos, pouco depois, Natsu estava prendendo o cito da calça na coleira do cachorro. Algodão estava sentado obedientemente, deixando que Natsu lhe colocasse a corrente improvisada. O ganso havia se livrado e corrido para o celeiro.

    Lucy se aproximou devagar, para o cão não voltar a ficar agitado. Pegou as mulatas no chão e entregou-as a Natsu. Em retorno , ele entregou a ponta do cinto a ela.

    __ Se levá-lo até a casa dos vizinhos, poderei ver se ganso não está muito machucado.

    Atônita , Lucy olhou para o cão obediente, sentado aos pés dele.

    __ Tudo bem – Natsu a tranquilizou . __ Ele não vai machucá-la.

    __ Como sabe ?

    Ajeitando as muletas sob os braços , ele sorriu com complacência.

    __ Tenho jeito com os animais.

    __  Você nunca gostou  de animais antes! Dizia que eles o aborreciam.

    Natsu apenas deu de ombros. Ele estava certo, pensou Lucy, enquanto levava o cão embora. De fato, Nathan não era mais a pessoa que ela conhecera ao avistá-lo sentado ao lado do ganso ferido, examinando-lhe a asas. Aquilo não era normal. Concluiu. Havia pelo menos dois anos que ela alimentava aqueles animais selvagens e nunca conseguira se aproximar deles mais do que alguns metros. E lá estava Natsu, socorrendo um animal dócil feito um gatinho.

    Talvez o ganso estivesse em estado de choque, pensou. Sim, só poderia ser isso . Deveria estar apavorado demais para se lembrar de que o instinto lhe dizia para temer os homens.

    Isso  até explicaria a situação do pássaro, mas .... e quanto ao cão? Quando passaram pelo portão que levava à casa dos vizinhos, ela avistou  na cerca ao lado a abertura que Algodão havia usado para invadir a propriedade. Como Natsu conseguira acalmá-lo em questão de segundos ?  

    Depois de conversar com Sra.  Kakura, que se oferecera gentilmente para pagar os custos com o veterinário , Lucy voltou para casa ao mesmo tempo em que Natsu estava chegando do celeiro.

    __ A asa dele não está quebrada – avisou, seguindo-a até a porta. __ Mas levará algum tempo até as feridas se curarem. Irei vê-lo novamente pela manhã.

    Lucy  foi direto beber um copo de água, ainda abalada com o que vira. Não podia deixar que o sentimento que começara a sentia  por Natsu aumentasse em seu peito . De súbito, tomou uma decisão . Se ele já estava sendo capaz  de separar a briga entre um cão e um ganso selvagem, então também deveria estar pronto para se cuidar sozinho.

    Assim, ela teria como voltar ao trabalho, onde seria bem mais fácil esquecê-lo.

    Natsu parou logo atrás dela. Mesmo a pouco distância, pôde sentir que Lucy estava trêmula. Devagar, tocou-lhe o ombro, mas Lucy se afastou com um leve sobressalto.

    __ Você está bem ?

    Ela voltou-se para olhá-lo, parecendo prestes a explodir em lágrimas.

    __ Apenas assustada – respondeu, tentado usar o incidente para justificar sua alteração emocional.

    Mesmo apoiando-se nas muletas, Natsu abriu os braços para ela. Após um segundo de hesitação, Lucy se aproximou e recostou a cabeça naquele peito protetor.

    Ela não devia estar acostumada a enfrentar aquele tipo de situação, pensou Natsu. Se ele não estivesse por perto, talvez ela houvesse até se ferido gravemente.  Pensando melhor, poderia até haver salvado a vida dela minutos antes! Imaginou se deveria se afastar um pouco, no caso de ser enviado de volta para casa para receber alguma homenagem ou um suntuoso par de asas.

    Enquanto acariciava os cabelos de Lucy, uma súbita conclusão lhe chegou à mente: sentiria muita falta dela, se tivesse de partir.

    Olhando para o alto, esperou por algum sinal que indicasse que sua missão havia sido cumprida. Porém, tudo que viu foi uma aranha explorando o teto. Nenhum clarão, nenhuma névoa.... Nada.

    Então Lucy se afastou, parecendo tão afetada quanto ele, devido à proximidade entre os dois.

    __ Vou voltar para o trabalho amanhã – anunciou ela.

    Aproximando-se da geladeira, começou a tirar alguns ingredientes para preparar um lanche. __ Pela maneira como lidou com Algodão e com aquele ganso, acho que já está mais do que preparado para cuidar de si mesmo por algumas horas durante o dia. Deixarei um espaguete preparado esta noite, para que possa esquentá-lo em banho-maria e almoçar amanhã.

    Natsu passara toda a tarde querendo pergunta-lhe mais detalhes sobre o que Vanessa havia deixado escapar. Contudo, parecia Lucy previra sua intenção e tratara logo de conduzir o assunto para um terreno mais seguro.

    Ela começou a andar pela cozinha , preparando a refeição sem prestar atenção à presença dele . Natsu entendeu que aquilo deveria ser uma tentativa de colocar alguma distância entre eles.

    A sensação continuou a mesma na manhã seguinte, enquanto ela se arrumava para ir trabalho.

    Ao vê-la preparando o próprio dejejum na cozinha, ele se juntou a ela. Infelizmente, não tiveram a chance de repetir os beijos do dia anterior. Com a agitação com que Lucy passara a se mover, seria difícil até conversar com ela.

    Tudo que lhe restou fazer foi ficar sentado, sentindo a deliciosa brisa perfumada que ela provocava todas as vezes que passava por ele.

    Ela se despediu pouco depois. Pegou a bolsa, as chaves do carro e saiu apressadamente pela porta. Segundos depois, esta foi aberta de novo. Lucy deixou um papel sobre a mesa onde se lia “ Este é o número do telefone do escritório. Ligue-me se precisar de algo”. Então partiu sem dizer nada.

    Aquele foi o dia mais logo que Natsu já experimentara desde que chegara à terra.

    Primeiro ocupou-se em lavar a louça do desjejum.com o sabão líquido que vira em uma propaganda da televisão. Ao terminar, examinou as mãos, para verificar  se estavam mesmo mais macias do que antes. Na verdade, não percebeu nenhuma diferença. Comparadas às delicadas mãos de Lucy, as suas pareciam até ásperas demais. Talvez fosse preciso mais de uma lavagem para que a mudança mostrada na propaganda realmente ocorresse.

    Depois de todo aquele tempo, imaginou que já estivesse perto da hora do almoço. Olhou para relógio digital do forno de micro-ondas.  Oito e dezessete da manhã. Tentou se lembrar do horário em que ele e Lucy costumavam almoçar.

    O único detalhe que ficara gravado em sua memória era que se tratava de um número sagrado. Três, representando a Santa Trindade? Não, não era esse. Sete, o número de dias da Criação? Não, isso fora uma hora antes. Então deveria ser doze, o número de apóstolos. Sim, era isso mesmo!

    Sorriu consigo, orgulhoso por haver se lembrado. Então sentou-se à mesa e olhou para o relógio do forno. Talvez se ficasse ali sentado, olhando para o relógio, as horas passassem mais rápido.

    Enquanto observava o relógio, perguntou-se por que não receber mais nenhum sinal de Nahum, desde que salvara a vida de Lucy, no dia anterior. Não colocou sua missão em primeiro lugar naquele momento? Sentira-se muito orgulhoso de si mesmo, por haver agido no instante correto. Então por que seu superior não o parabenizara pelo sucesso?

    Ficou olhando para o relógio apenas durante quatro minutos, chegando à conclusão de que o horário do almoço demoraria muito dessa maneira. Talvez o tempo passasse mais depressa até a chegada de Lucy, se fizesse alguma outra coisa.

    Lembrando-se da promessa de ir ver como estava o ganso, foi até o celeiro, recolhendo as penas que encontrou pelo caminho. O pássaro havia se aninhado em uma prateleira e Natsu aproveitou para oferecer-lhe comida. Ao notar o apetite com que o ganso começou a comer, ficou mais aliviado, pois aquilo era um sinal de que ele estava se recuperando.

    __ Pensei que você acabaria fugindo durante a noite – disse , enquanto examinava a asa do bichinho. __ Talvez sorte por não haver morrido dessa vez, Lazarus –acrescentou, chamando-o pelo nome que lhe dera no dia anterior.

    Se não estivesse em um corpo humano, ele até poderia liberar energia para curar o ganso... Decidindo que valeria a pena tentar, olhou rapidamente para os lados, verificando se não havia ninguém por perto, e tocou a asas do pássaro por alguns segundos . Ao terminar, examinou o local e sorriu, ao ver que não havia mais nenhum ferimento. Pelo menos essa habilidade continuava como antes.

    Suspirou alto, frustrado com sua falta de talento para outras tarefas. Se andava sendo imprudente como anjo da guarda, como poderia querer cuidar de um pássaro ferido ou mesmo de Lucy? Mas a culpa principal era daquele corpo cheio de limitações.

    Pensando melhor, talvez isso fizesse parte da missão. Se conseguisse cumprir sua tarefa com êxito, mesmo estando limitado por um corpo humano, talvez conseguisse até passar pelo estágio de conseguir asas , indo direto para o curso intermediário.

    Durante seu trabalho de proteção, tivera a chance de perceber quanto os humanos subestimavam a força que tinham. Se a menos eles se dedicassem com mais empenho  a tudo que faziam.... Sem duvidas, conseguiriam obter muito mais realizações. Contudo, ele próprio não cometeria esse erro. Acreditava em si mesmo e em sua capacidade de realizar seu trabalho.

    Depois de deixar mais uma porção de grãos para Lazarus, foi até o lago, alimentar os patos e os gansos que estavam por lá.

    Quando voltou para casa, guardou em um saco as penas que recolhera, deixando-as ao lado de sua cama. Não tinha idéia do que poderia fazer com elas, mas achava um desperdício deixa-las espalhadas pela propriedade.

    Ao entrar na cozinha, pouco depois, viu que faltavam apenas alguns minutos para as nove horas. Notando que a última meia hora passara com mais rapidez, devido á atividade, resolveu examinar os reparos que precisavam ser feitos na casa.

    Encontrou ferramentas em um quartinho próximo da garagem e passou o resto da manhã consertando o corrimão da escada, o degrau da varanda e a cadeira bamba onde Lucy gostava de se sentar. O resultado estético não foi lá dos melhores, mas pelo menos seus esforços reduziriam o risco de Lucy sofrer algum acidente.

    Comeu seu espaguete requentado diante da televisão. A novela da tarde mostrou Laura e Andrés arquitetando um plano para matar a tia e ficar com uma generosa herança.

    Natsu fez uma careta de desgosto. Pessoas com aquelas meros dos canais, no controle remoto, até parar em um onde uma mulher simpática mostrava as vantagens da pintura de parede lavável. Havia um número de telefone aparecendo na tela, e ela estava insistindo para que ele usasse o cartão de crédito o mais rápido possível.

    Mas ele não tinha cartão de crédito. Foi então que lembrou que Lucy tinha um guardado em uma gaveta da biblioteca. Quando ele perguntara o que era aquilo, ela explicara que uma pessoa podia comprar uma porção de coisas com ele, e que deixava  o dela em casa para não se sentir tentada a usá-lo.

    Bem, pois essa poderia se tornar sua boa ação do dia. Usando o cartão de credito por ela, restaria livrando-a da tentação. Orgulhando-se de si mesmo por haver tido uma ideia tão brilhante, esperou que isso acrescentasse alguns pontos em seu currículo.

    Ao longo da tarde, comprou a tinta lavável, capas para os bancos do carro, uma edição limitada de gravuras de cavalos, um kit completo de cozinha de cobre para Lucy e um quadro de Elvis, feito com néon em um fundo de veludo preto.

    Sorriu com satisfação ao devolver o cartão de Lucy ao lugar onde o encontrara. Ela ficaria emocionada quando soubesse o que ele havia feito.


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