As Crônicas de Xenorion: Bravos Guerreiros

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    16
    Capítulos:

    Capítulo 6

    A chegada de Saito em Xenorion

    Mutilação, Suicídio, Violência

    A fada nos encarava com um sorriso alegre no rosto como se tivesse acontecido alguma coisa ótima. E realmente aconteceu. Para nossa total surpresa, Ninka surgiu diante de nós acompanhada de ninguém mais ninguém menos do que nosso amigo Saito.

    Ele não parecia muito contente em estar ali, mas sabíamos que ele tinha um bom motivo para resolver aparecer de repente em Xenorion ou Ninka conseguiu obrigá-lo a estar ali. Vendo que ele estava mais sério do que o normal, perguntei a ele o que houve.

    -Saito, que surpresa! O que faz aqui? Pensei que não quisesse vir conosco...

    -Não me venha com sinismo, Yoshiro. Não estou aqui porque quero, e sim porque li esse livro na biblioteca da escola e resolvi chamar a fada para me trazer aqui. –Disse ele seriamente tirando da bolsa um livro e abrindo em uma certa página, nos mostrando os antigos guerreiros de Xenorion. –Aqui diz claramente: “Segundo a lenda do reino de Xenorion, é preciso os três Guerreiros Milagrosos para despertar Neminanthys, a espada milagrosa que repousa sob o mármore do altar sagrado no Vale dos Anjos, na região sudeste do reino”. Ou seja, sem mim, vocês não vão despertar a espada e vão acabar morrendo, e como são meus amigos eu não posso deixar isso acontecer. –Disse ele com tom de arrogância. –Vocês precisam muito de mim aqui.

    -Saito, eu socaria sua cara agora por causa dessa sua arrogância. –Eu disse rindo. –Mas você está certo. Precisamos de você aqui.

    -Perguntinha: como um livro sobre este reino pode ser escrito fora daqui e contar tudo sobre esse lugar?

    -Não faço a mínima ideia, Mai. –Disse Yoshiro dando de ombros.

    -Talvez um dos antigos Guerreiros Milagrosos... Talvez um deles tenha escrito lá no mundo de vocês! –Disse Henk. –Mas, a espada se chama Sword of Destiny, não Neminanthys!

    -Pois aqui está escrito “Ne-mi-nan-thys”. Não sei se está certo ou não, por enquanto a chamarei de “espada milagrosa”. –Disse Saito guardando o livro de volta na bolsa.

    -Bom, eu sou o príncipe Henk. Prazer em finalmente conhece-lo, sir Arthur. –Disse Henk estendendo a mão para cumprimentar Saito.

    -Er... –Disse Saito apertando a mão do príncipe. –Meu nome é Saito Sousuke, não Arthur.

    -Perdão, estou acostumado com os antigos guerreiros.

    -Eles se chamavam Lancelot, Carmell e Arthur, Saito. –Eu expliquei. –Dei total liberdade para os xenorianos nos chamarem por nossos nomes da encarnação passada.

    -Sem me consultar antes??

    -Como se eu soubesse que você viria pra cá!

             Após isso, subimos no altar e nós três pegamos a espada pelo cabo e começamos a puxá-la para tirá-la do mármore, mas ela nem se movia. O livro de Saito estaria errado? Não éramos mesmo a reencarnação dos antigos Guerreiros Milagrosos? Todas essas perguntas latejavam em minha mente quando a espada brilhou intensamente e começou a se mover conforme a puxávamos. Com um grande tranco, ela se soltou do mármore do altar e ficou flutuando no ar, do buraco onde estava saíram um arco e flechas e um báculo dourado junto com um livro vermelho de magia. Eu peguei a espada, Mai pegou o arco e flechas e Saito tomou posse do báculo e do livro, e isso formou o trio de guerreiros mais poderosos daquele lugar.

             Só faltava agora o nosso treinamento e a grande guerra das forças de Xenorion contra Lucifier. Assim como cem anos atrás.


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