As Crônicas de Xenorion: Bravos Guerreiros

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    Capítulos:

    Capítulo 5

    Sword of Destiny, a espada empunhada por Lancelot há cem anos

    Mutilação, Suicídio, Violência

                    Confusos, com medo e completamente despreparados. Como venceríamos o inimigo desse jeito? Era o que eu e Mai nos perguntávamos depois daquela noite quando aquele terrível dragão negro como a noite nos trouxe um recado de Lucifier.

             Não conseguimos dormir bem durante a noite inteira e ao descermos para o café da manhã estávamos com olheiras enormes e um semblante exausto.

    -Peço humildemente que perdoem o episódio de ontem. Ninguém da guarda viu o dragão se aproximar do castelo, pois ele se camuflou na cor negra do céu noturno... –O príncipe se desculpou.

    -Não foi nada, majestade. Nós entendemos, não foi culpa sua e nem dos guardas do castelo. –Disse Mai acalmando Henk.

    -Eu tenho uma pergunta, príncipe Henk... –Disse eu. –Como vamos enfrentar Lucifier numa batalha se nem sabemos lutar numa guerra? Devo lembra-lo que não somos mais os mesmos de cem anos atrás.

    -Os melhores guerreiros de Xenorion cuidarão de vosso treinamento, podem ficar despreocupados. Além disso, creio e estou certo de que vocês possuem um “instinto milagroso” dentro de vocês que vos dará força e poder quando necessitarem! –Disse o príncipe empolgado. –Mas antes do treinamento, devo apresentar-lhes a Sword of Destiny que Lancelot empunhava quando lutou por Xenorion há cem anos.

    -Sword of Destiny? –Eu perguntei intrigado.

    -Sim. É uma poderosa espada que fazia de sir Lancelot um guerreiro invencível, desde que o mesmo não possuísse egoísmo, ódio ou deslealdade em seu espírito. Ou seja, ele deveria saber compartilhar a batalha com seus próximos, deveria acima de tudo amar e não odiar nada nem ninguém sequer e nunca deveria trair seus companheiros de batalha por nada que qualquer um oferecesse. Estas são as regras da espada.

    -E onde está essa espada? –Perguntou Mai.

    -Está no altar sagrado, no coração do Vale dos Anjos, próximo a 24ªDivisão de Fadas Guerreiras da região sudeste do reino. Podemos ir para lá logo depois do café da manhã.

    -Certo! Estou ficando empolgada! –Disse Mai dando um sorriso de empolgação e comendo depressa.

             Vinte minutos depois, estávamos montados em belos alazões brancos como a neve que nos locomoviam até o Vale dos Anjos. E eu estava pensando em Saito.

    -Mai, eu acho que Saito não vem até aqui...

    -Isso de novo, Yoshiro? Tenho certeza de que nós dois conseguimos vencer a batalha sem ele! Tenha fé!

    -Você tem razão. Obrigado, Mai. –Dei um sorriso pra disfarçar minha preocupação.

             Após meia-hora de viagem, chegamos ao vale onde estava a espada narrada por Henk. Era um lugar imenso rodeado por uma floresta densa e viva, onde milhares de pássaros cantavam ao mesmo tempo. Um riacho cortava o vale ao meio e uma pequena lagoa enfeitava a paisagem refletindo a luz do sol. Henk pediu para que descêssemos dos cavalos e continuamos a caminhada a pé até chegarmos finalmente aos pés do altar sagrado, onde a espada repousava fincada no mármore. Era linda e brilhava intensamente como se soubesse que a hora de ser empunhada novamente estava chegando

             Mas para nossa surpresa, Ninka chegou antes da hora de empunhar a espada. E veio acompanhada...


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