Os Cinco Selos

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    Capítulos:

    Capítulo 134

    Deserto

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yoo,

    Queria começar agradecendo pelos 31.275 views!

    É, galera, é views pra porra. Ainda mais para quem não achasse que passaria de 1k

    Já irá fazer 2 anos que estou postando "Os Cinco Selos". Comecei escrevendo pensando em terminar na parte dos anjos, mas percebi que tinha mais pontas. Eu tinha Vash, que poderia levá-los a outra linha temporal, onde Bahamut poderia ter levado a melhor. E, é claro, não poderia terminar sem ter o Lúcifer sendo o vilão protagonista de sua própria parte, até porque, ele é praticamente o motivo da primeira parte.

    Eu conheci algumas pessoas legais através daqui, onde 3 delas viram meu rosto horrendo, e dois ficaram próximos de mim. E um deles, em especial, eu amei de verdade. Ela me fez começar a gostar das minhas histórias ? sim, eu tenho essa visão pessimista de mim. De tudo o que eu faço é ruim ? e fez eu querer mandar para editora (vocês também fizeram isso, mas ela deu o pontapé, digamos assim).Infelizmente, as coisas não acabaram muito bem entre nós, e somos praticamente estranhos agora. Admito que quase toda minha vontade de mandar para editora se foi. Quase, rs.

    Enfim, isso que já está parecendo aqueles textão de facebook. Agradeço a todos que leem minhas histórias, fico muito feliz. E não, não fico triste porque não comentam, até porque, eu não comento as coisas que eu leio!

    É bom tirar a "máscara" do Tio Arcanjo e demonstrar um pouco do Vinicius (sim, este é meu nome ;o)

    Não tenho rosto e nem voz, mas tenho palavras. Palavras que levam vocês para um mundo mágico, que habita em minha mente.

    Boa leitura ^^

    Kleist

    A bola de chama amarela caia do céu. Ao atingir o chão, uma onda de areia formou-se. Kleist se levantou, sentiu o sol ardente queimar sua cabeça. Ele olhou de um lado para o outro, mas conseguia ver apenas o mar infinito de areia do deserto. Ele puxou o capuz de seu casaco e começou a caminhar sem rumo.

    Depois de andar o que parecia uma eternidade, Kleist não sabia se de fato ele havia saído do lugar. O sol fervente que o atordoava e a areia infinita tiravam todo o seu senso de direção. O pior de tudo, nem mesmo lembrava de qualquer coisa antes de cair no deserto.

    De um momento para o outro, tudo começou a tremer. Com receio, Kleist ficou parado olhando de um lado para outro. Quando o tremor ficou mais intenso, uma centopeia gigante emergiu da areia. Kleist arregalou os olhos e saiu correndo na direção oposta. O animal abriu a boca e começou a ir direção a ele.

    Flechas passaram por Kleist e atingiram a boca da centopeia, que grunhiu chacoalhando seu corpo. Mais flechas o atingiram, e o animal mergulhou na areia.

    Kleist olhou para frente novamente, e viu um grupo de pessoas a cavalo indo em sua direção. Todos eles vestiam túnicas e turbantes – variava entre preto e branco. A pessoa que estava na frente esticou a mão para Kleist, que por sua vez a agarrou e montou no cavalo.

    – Não sei dizer se você tem sorte ou azar – disse uma voz grossa, parecia estar sério.

    – Obrigado por me salvar – agradeceu Kleist.

    – Não agradeça tão cedo. Isto ainda não acabou.

    A centopeia emergiu da areia novamente. O grupo começou a disparar flechas, mas a criatura caiu de boca aberta em cima de duas pessoas e mergulhou na areia novamente.

    O homem retirou uma bomba do alforje do cavalo, e ergueu para que Kleist pegasse.

    – Pegue. Quando eu contar até três, você joga na boca do filho da puta!

    Kleist pegou a bomba e assentiu.

    Guinando o cavalo, o homem foi na direção oposta, deixando o grupo para trás. A centopeia emergiu ao lado deles, e o homem atirou flechas. A criatura recuou um pouco, e começou a persegui-los logo atrás, rente a areia. Então, depois de um curto tempo de perseguição, o animal se ergueu com a boca aberta.

    –  Um, dois...

    Os dois e o cavalo foram engolidos.

    As pessoas que restaram do grupo – oito, para ser mais exato – exaltaram-se. Mas, antes que pudessem fazer algo, a centopeia mergulhou na areia.

    Todos estavam tensos, olhando de um lado para o outro, esperando os tremores. Então eles vieram. A centopeia emergiu, preparada para o bote, mas, diferente de que todos pensavam, ela explodiu.

     Kleist e o homem rolaram na areia enquanto os pedaços da centopeia estavam caindo como chuva. O homem ao lado de Kleist tinha a pele escura, bons músculos; era careca e tinha uma tatuagem tribal que era de seu pescoço até o rosto. Ele se ergueu rindo.

    – Isso foi demais! –  exclamou ele.

    Kleist retirava substâncias grudentas da centopeia em seu corpo.

    O grupo se aproximou dos dois. Um deles desmontou do cavalo e, ao retirar o turbante, demonstrou ser uma mulher. Ela tinha o cabelo cacheado, sua pele era tão escura quanto a do homem e seus olhos eram castanhos.

    – Isso foi perigoso, Luxus! Não é assim que se joga uma bomba em uma centopeia gigante! – ela brigou.

    – Bell, não é como se eu desejasse ser comido por uma! Pergunta para ele ali – apontou para Kleist.

    Os dois olharam para o Selo. Kleist limpou a gosma em sua boca – um gosto horrível.

    – É – concordou o selo.

    – Viu? – Luxus se levantou. – A propósito, quem é você?

    – Sei lá.

    – Como não? – perguntaram os dois.

    – Perdi minhas memórias.

    – Então não tem lugar para ir. Venha conosco – propôs Luxus.

    – Claro.

    – Tem certeza? Ele é um desconhecido – indagou Bell.

    – Bell, nós entramos dentro de uma barriga de uma centopeia com uma bomba e a explodimos. Já temos uma grande aventura juntos.

    Bell suspirou. Parecia não querer discutir.

    – Cadê Miny e Cletus?

    – Mortos.

    Luxus abaixou o olhar e suspirou.

    – Vamos.

    Eles seguiram pelo deserto cavalgando. Luxus compartilhava um cavalo com Kleist.

    – Seus homens morreram por minha causa – disse Kleist.

    – Não. Nós teríamos que passar por aqui de qualquer jeito, você não teve culpa. – Luxus fez uma pausa. – Você é um guerreiro?

    – Eu realmente não me lembro. Mas tenho uma espada nas costas, então talvez.

    – Caso ainda saiba usar, sua força será bem-vinda em minha tribo, forasteiro.

    Pareceu uma eternidade, mas o anoitecer finalmente havia chegado. Kleist começou a sentir o calor escaldante diminuir.

    Cavalgando por mais alguns minutos, eles avistaram um brilho laranja ao longe. Ao se aproximar mais, perceberam que eram chamas.

    – A tribo está em chamas! – vociferou Luxus.

    – São demônios – confirmou Bell.

    Atiçaram os cavalos, e eles cavalgaram mais rápido. O grupo sacou suas cimitarras. Luxus avistou o primeiro demônio em sua frente. Ele desferiu um pesado golpe, fazendo a cabeça do demônio sair voando. Ele desmontou de seu cavalo, seu grupo fez o mesmo, e partiram para o combate.

    As tendas ardiam em chamas, assim como algumas pessoas e demônios. Flechas zuniam em meio ao barulho do aço e dos gritos. Podiam ver demônios devorar e dilacerar a carne de alguns humanos, assim como podia vê-los serem mortos pelos guerreiros.

    Luxus e Bell abriam caminho no massacre brandindo habilmente suas espadas contra os demônios.

    Kleist observava o massacre. Eles não percebiam, mas os demônios estavam levando a melhor. Enquanto olhava, ele sentiu sua espada ressoar. Com receio, segurou o cabo da espada e sacou das costas. Observou as runas e caveiras talhadas no aço levemente acinzentado da lâmina. Estranhamente, pode sentir um demônio aproximar dele. Instintivamente, Kleist moveu sua espada contra o demônio, cortando-o ao meio.

    Ele observou o sangue escuro em sua espada, e ela ressoou novamente.

    Ao olhar para o lado, Kleist se deparou com um demônio que saltou em sua direção. Ele bloqueou a mordida do demônio com sua braçadeira de ferro e cravou a lâmina no bicho.

    Era estranho. Sua mente sabia tampouco no oficio de matar, mas seu corpo sabia tanto.

    Ao mesmo tempo, Luxus e Bell seguiam avançando em meio ao massacre. Os olhos deles ardiam, o sangue se misturava com o suor em seu corpo.

    Infelizmente, Luxus tropeçou em um cadáver. E um demônio talhou o peito dele enquanto estava desequilibrado. Rapidamente, Bell estocou o demônio e matou-o.

    – Não saia avançando tão rápido! – advertiu Bell.

    – Eu tenho que encontrar minha família!

    Ele tentou levantar-se, mas recebeu dor de cerrar os dentes como resposta. Seu peito sangrava, sua carne estava exposta. Com a visão turva, Luxus percebeu que os demônios haviam o cercado.

    De um momento para o outro, os demônios começaram a ser desmembrados e mortos. Bell viu uma lâmina – um pouco maior que um punhal – flutuar, e, ao segui-la com o olhar, percebeu um homem com dez destas lâminas flutuando envolta de seu corpo. Sua pele marrom era coberta por muitas tatuagens, sua barba era volumosa e seus olhos eram pretos.

    Conforme ele gesticulava os braços, as lâminas respondiam. O desconhecido trucidava os demônios facilmente. Um deles tentou atacá-lo por trás, mas ele acertou um soco na cara do monstro e finalizou com uma de suas lâminas.

    Luxus forçou o seu corpo a levantar-se – o sangramento aumentou – e voltou a abrir caminha em meio os demônios. Bell foi logo atrás.

    Graças ao desconhecido e suas lâminas, os demônios foram começaram a perder a batalha, e, poucos minutos depois, todos os demônios haviam sido exterminados ou fugiram.

    Continua <3 :p

    Curiosidades:

    Centopeia Gigante: é igual uma centopeia, só que grande.


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