Rise of the King.

Tempo estimado de leitura: 48 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 6

    Capítulo 5 ? Nenhum vitorioso acredita no acaso

    Álcool, Adultério, Bissexualidade, Drogas, Estupro, Hentai, Heterossexualidade, Homossexualidade, Incesto, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Suicídio, Violência

    Esse provavelmente será o único capítulo de hoje, os capítulos estão começando a ficar extensos e trabalhosos, graças as dicas de um amigo estou buscando por isso. Espero que gostem, boa leitura!

    Medo. Medo é um estado emocional que surge em resposta a consciência perante uma situação de eventual perigo. Sim, essa frase poderia definir o que Tian estava passando, batimento acelerado e descompassado, respiração ofegante e acelerada, músculos contraídos enquanto observava a criatura que afligira tal estado no jovem arqueiro. A criatura negra e vazia poderia ser descrita como algo parecido a um lobo grande revestido de uma massa escura que emanava puramente maldade, essa criatura não tinha cheiro, tudo que se podia sentir dela era a morte. Seus olhos púrpura pareciam queimar com chamas de ódio e estes encaravam Tian, ele lentamente caminhava em direção a sua presa, não parecia pensar e agia puramente pelo prazer de matar. Tian não poderia fazer nada, seu corpo estava paralisado pelo medo, suas flechas eram inúteis e provavelmente Arthur não chegaria a tempo de salvá-lo, quanto se deu conta disso seus olhos já estavam sem brilho enquanto aceitava que esse era seu fim.

    Dessa forma a criatura saltou com os dentes a mostra buscando saciar sua sede por medo diluído no sangue do garoto, Tian o observava enquanto uma única lágrima escorria de seu olho esquerdo já sem brilho, assim quando a criatura estava a alguns centímetros de alcançar sua presa, algo parecido com uma lâmina transparente correu e no momento que decapitou o monstro mudou rapidamente de forma, assumindo uma em cruz e estendendo um dos braços para rasgar o corpo do demônio ao meio. Quando Tian se deu conta do que aconteceu, seus olhos buscaram a origem do fenômeno e recuperaram seu brilho ao avistar Merlin, aquilo fora uma magia disparada pelo mago e que derrotou o demônio. Arthur que estava desesperadamente tentando alcançar o amigo sentiu um alívio imenso ao ver que o mesmo estava seguro, mas gritos acabaram com a paz do rapaz que logo chegou ao amigo caído.

    -Tian, você está bem? –perguntou Arthur.

    Merlin estava ajudando Tian a se levantar depois de com os pés empurrar a carcaça do demônio morto de perto do jovem. O jovem fez um sinal com a cabeça para tranquilizar o amigo.

    -Minhas flechas foram completamente inúteis contra essas coisas, o que você fez Merlin? –perguntou o já quase recuperado Tian.

    -Foi como eu disse, apenas uma espada e flechas comuns não teram efeito em demônios. O corpo deles é envolto por um manto de magia negra, a única forma de combater magia é com magia. O que eu usei foi um feitiço Elemental simples. –explicou Merlin enquanto analisava a situação da vila.

    Merlin não tinha certeza do número exato, mas calculava que deveriam ter pelo menos uma dezena de demônios atacando, ele sozinho não conseguiria deter todos. Ele então olhou para Arthur que tinha uma expressão complexa no rosto, uma mistura de frustração e ódio, frustração por não poder fazer nada e ódio por sua fraqueza. O mago conseguia pensar em apenas uma forma vencer, e ainda assim era apenas uma aposta e não uma certeza, ele olhou para os dois jovens e falou.

    -Arthur, Tian, eu tenho uma ideia. Para lutar com demônios vocês precisam de magia, eu vou cobrir essa parte, mas o preço será uma dor inimaginável. Vocês tem essa determinação? –perguntou o mago enquanto olhava para os jovens.

    OS dois escutaram as palavras de Merlin e imediatamente responderam.

    -É claro que sim! –responderam quase que em uníssono.

    -Se formos capazes de proteger as pessoas e salvar nossa vila, não importa o sacrifício, estamos preparados. –complementou Arthur enquanto olhava para o amigo que concordou com ele.

    -Não hesitaram nem por um segundo. HAHA. Vocês são realmente incríveis. –pensou Merlin enquanto sorria. –Muito bem, vamos para um local seguro antes de iniciarmos. –falou Merlin enquanto procurava por algum lugar onde poderiam se esconder.

    Eles entraram em uma casa próxima e se abaixaram no escuro, o que Merlin pretendia fazer era um processo perigoso. Um mago utiliza da energia natural chamada Mana para realizar feitiços e usar magia, porém é necessário um treinamento que crie circuitos mágicos pelo corpo facilitando a condução de mana, este treinamento é feito de forma gradual e leva cerca de dois anos para ser completo. Merlin iria forçar mana através dos corpos de Arthur e Tian, criando circuitos na base da força, isto causaria forte rejeição e a dor era impossível de ser mensurada, porém eles não tinham outra opção e o muito menos tempo. Merlin desenhou de forma improvisada dois círculos mágicos no chão e pediu que cada um se deitasse em um dos círculos, ele então perguntou se os garotos estavam prontos e com a resposta positiva ele iniciou, o mago começou a induzir e inserir uma quantidade absurda de mana para dentro do corpo deles e uma fraca luz de coloração azulada se iniciou.

    Quando pequenas ranhuras de cor azul começaram a aparecer nos corpos de Arthur e Tian ambos arregalaram os olhos e começaram a se contorcer de dor, as ranhuras eram os circuitos se formando e os dois sentiam como se seus corpos estivessem sendo queimados por dentro. Era uma dor absurda, porém nenhum dos dois gritou, os lábios de Tian começaram a sangrar depois de ele os morder com força e Arthur socava o chão sem força alguma para não fazer barulho, Merlin estava em silencio de olhos fechados se concentrando, ele estava espantado com a enorme determinação e força de vontade desses meninos, ele não conseguia nem imaginar o tamanho da dor que eles estavam sentindo e ainda assim eles estavam passando por tudo isso sem nenhum grito. Após alguns segundos a luz gradualmente diminuiu quando as ranhuras azuis chegaram às pontas dos pés de ambos, Merlin abriu os olhos e analisou os jovens.

    Ambos estavam ofegantes e ainda faziam caretas, não havia mais luz e as ranhuras desapareceram, sinal de que não houve rejeição, o que deixou Merlin aliviado. Após se recuperarem os dois se sentaram e Merlin iniciou outro processo. Magos tinham afinidade com certo elemento, você pode realizar magias de seu elemento de afinidade naturalmente como se fizesse parte do seu corpo, porém para realizar magias de outro elemento seria necessário utilizar de um encanto e o “custo” de mana é muito maior, no caso de feitiços que são encantos especiais o custo de mana se estabiliza em troca de um aumento no tempo de invocação. Merlin precisava descobrir com qual elemento os garotos tinham afinidade, em circunstancias normais seria utilizado um cristal especial que adquire a coloração do elemento quando entra em contato com a mana do usuário, porém o mago não possuía tal artefato e com isso seria obrigado a utilizar métodos menos seguros.

    Ele iria basicamente iria utilizar encantos para inserir nos garotos magias de todos os elementos, aquela que o corpo não rejeitasse seria a de afinidade dos jovens, contudo mais uma vez esse processo seria extremamente doloroso.  Ele começou com Arthur, com um encanto de fogo o corpo de Arthur tremeu de dor, ele então rapidamente trocou para um encanto de água e o processo se repetiu com resultados negativos, até que Merlin usou um encanto muito mais longo que os outros e uma magia de cor dourada acariciou o corpo de Arthur e ele não sentiu dor, era uma magia do elemento Raio. O elemento Raio era considerado um elemento sagrado, pois não era um elemento natural e sim um presente divino, esse acontecimento deixou Merlin extremamente surpreso e excitado. Ele então rapidamente se voltou para Tian e iniciou o mesmo processo, foram algumas negativas até que ele usou um encanto de vento e Tian não sentiu nada, estava feito.

    -Agora vocês estão prontos para enfrentar os demônios, lembrem-se, a magia faz parte de vocês agora, ela se tornou algo natural para seu corpo. Não pensem nela como algo externo, confiem em seus poderes e ela naturalmente respondera a seu chamado. –disse Merlin enquanto os três deixavam a casa em que estavam escondidos.


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