Daremos sequência a aventura de Dante, então!
Boa leitura ^^
As criaturas demoníacas foram os primeiros a avançar, e os humanos partiram logo em seguida. Enfim, o confronto começou. Grunhidos de dor ecoavam por todos os lados. Humanos e demônios eram dilacerados e mortos. Poças de sangue começaram a se inundar sobre o chão.
O vento envolto da Mary intensificou-se, ela avançou voando por cima de todos, e estocou o ar. A rajada de vento saiu cortando e repelindo os demônios em sua frente. Golias cruzou os braços, a ventania brandiu contra suas carapaças, e ele acabou sofrendo nenhum dano.
Golias avançou em direção a Mary atropelando demônios e humanos. O demônio desferiu um soco. Com pensando rápido, Mary atirou uma rajada de vento com sua mão esquerda em direção ao chão, fazendo-a ser arremessada para cima, desviando do punho. Golias sentiu sua perna doer, e viu Dante perto dele. Com fúria, o demônio bateu em Dante com as costas da mão, arremessando-o.
– Grandalhão! – vociferou Mary lá de cima.
Ela começou uma sequência de corte no ar, onde os cortes revestidos pelo vento iam direto para o demônio. Golias os bloqueava graças as carapaças em seus braços – mantinha-os cruzados. Demônios e humanos eram jogados a cada impacto ocasionado pelo vento. Descruzando seus braços – cortes começaram a se rasgar em seu corpo –, Golias pegou um demônio e arremessou nela. O demônio jogado foi cortado em algumas partes, e o braço dele conseguiu acertar Mary, que caiu de costas no chão.
Sua visão estava tremula, suas costas doíam horrores. Os dias na prisão havia a deixado fraca. Quando finalmente sua visão focou, Mary notou demônios aproximando-se dela. Em seguida, viu Dante dar cabo em todos eles.
– Você está bem?! – perguntou ele, enquanto estava confrontando com outros demônios. – Erga-se, Pequenina.
Mary ficou surpresa por ele não ter nenhum sangramento por ter recebido um golpe direto do Golias. Ela se ergueu do chão com dificuldades e limpou o sangue que escorria pela sua narina.
– Estou ótima – disse, esbanjando determinação.
Dante sorriu.
– Eu acho que ataques sem objetivos não serão eficazes com ele – observou Dante.
– Que tal o derrubarmos? Um monstro daquele tamanho irá demorar para levantar... – sugeriu ela.
– E nós atacaremos ele quanto isso. Certo, vamos tentar!
– Exterminarei qualquer demônio a minha frente. – Mary agarrou o cabo da espada com força. – Magia de Vento.
Dante notou fúria vindo dela.
O vento novamente rodeou Mary e começou a flutuar.
A batalha entre demônios e humanos ainda acontecia, apesar de muitos terem se afastado por causa do Golias e Mary. Os humanos eram os que mais morriam, porém eram os que estavam em maior quantidade ainda.
Mary começou a rodear o demônio em uma velocidade muito elevada. Cortes e mais cortes começaram a ser talhados no corpo de Golias. Ele tentava agarrar Mary, mas a velocidade em que ela voava em volta de eu corpo o impedia. Conforme mais cortes sofria e mais tentativas fracassadas de capturar a humana ocorria, Golias ficava mais irado e impaciente.
Por fim, Mary deu fim ao combo e afastou-se. De imediato, Golias começou a ir na direção, mas, ao dar um passo, o chão começou a fragmentar, dando-lhe desequilíbrio. Aquilo fora proposital, pois Mary cortou o chão, deixando-o frágil para uma criatura tão pensada quanto Golias. Dante rapidamente acertou o demônio com o ombro, fazendo-o começar a cair para trás.
Dante e Mary sorriam, mas Golias se firmou novamente.
Golias acertou Dante com um chute, jogando-o direto no muro da prisão. Mary se distraiu com Dante, dando liberdade o suficiente para Golias agarrá-la com sua mão. O demônio a apertou. Os gritos de Mary ficavam cada vez mais intensos conforme sentia seus ossos e órgãos apertarem-se.
Golias manteve o mesmo aperto, observou Mary contorcendo-se em sua palma, e sorriu ao ver isso, deleitando-se dos intensos gritos finos da jovem. Rindo, Golias arremessou Mary violentamente no chão. Ela continuou estatelada na cratera. Seu corpo sangrava e tremia levemente.
O confronto entre humanos e demônio pararam para observar aquela cena.
Dante também observou tudo. Ele estava com se corpo encrustado no muro. Sentiu-se incapaz, fraco... sentiu fúria, e, com tudo isso, sentiu novamente uma queimação dentro de si.
E, desta vez, um soco não o pararia.
Ao piscar os olhos, as escleras de seus olhos ficaram negras e a íris com um vermelho intenso, as chamas vermelhas destruíram aquela parte do muro. Liberto, Dante abriu e fechou os dedos observando as chamas. Sentia a força se alastrando por todo seu corpo.
– É só concentrar minha força e raiva, certo? – sussurrou Dante para si.
Ele fintou o Golias, e o demônio o fintou de volta com seu olhar negro.
Dante caminhou calmamente com suas chamas vermelhas alastrando-se e uma expressão séria. Golias o esperou aproximar-se, e desferiu um soco de direita. Dante fez o mesmo, e ambos os punhos se encontraram, fazendo todos ali perto voarem por causa do impacto. Golias imediatamente puxou um golpe com sua esquerda, e Dante o acompanhou, fazendo os punhos chocarem-se novamente.
Os golpes se encontravam, o chão se fragmentava, humanos e demônios sentiam a pressão. Depois de alguns golpes, Golias começou a ser levemente empurrado para trás a cada impacto, enquanto Dante avançava.
Mary forçou seu corpo para levantar-se. Sentia a dor alastrar-se cada vez mais por seu corpo, mas, mesmo assim, segurou firme o cabo da espada. Ofegante, a ergueu acima da cabeça.
– Magia de Vento!
O vento rodeou intensamente a espada. Mary abaixou a lâmina, e o corte revestido pelo vento saiu rasgando o chão em direção ao Golias – e ela caiu para trás.
Golias percebeu o ataque vindo em sua direção, mas havia nada que pudesse ser feito, assim, seus dois braços foram decepados. Dante levou seu braço direito para trás, e as chamas vermelhas responderam concentrando-se nele. Ao receber o golpe no estômago, Golias voou por alguns metros – as chamas deixaram rastro no ar – e caiu em cima do portão.
Demônios, ao ver a queda de Golias, saíram correndo pela passagem aberta no muro por ele. Já os humanos, vibravam pela vitória.
Dante, ainda não satisfeito, saltou em cima do demônio e começou a soca a cara dele. Depois de poucos minutos, enfim as chamas em Dante apagaram-se. Ele ficou ofegante, estava com seus punhos ensanguentados, e cara do demônio completamente estourada.
Ele caminhou em direção a Mary. As pessoas abriam espaço para ele passar. Ela estava sentada. Seu corpo sangrava, seu olho esquerdo mal abria, estava ofegante também. Ao ver Dante, ela sorriu, esticou o punho e disse:
– Mandou bem, Grandalhão.
– Nós mandamos, Pequenina – disse Dante, tocando o punho dela com o seu. – Consegue levantar-se?
– Dóóói tudo – fez uma expressão de dor.
Dante suspirou. Agachou de costas para ela. Mary passou seus braços pelo pescoço dele, e Dante segurou as coxas dela e ergueu-a.
– Nossa, eu consigo ver tudo daqui de cima!
Ele riu.
– Mas não se acostume.
Os dois foram para fora da prisão. Muitos dos humanos que sobreviveram dispersaram-se, apenas um pequeno grupo ficou à espera de Dante e Mary.
– Para aonde vamos agora? – perguntou ele.
Mary apontou.
– Para Arcádia.
Continua <3 :p