A Conquista... Shaka

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    Capítulos:

    Capítulo 1

    Meu Shaka

    Homossexualidade, Sexo

    Toda a gente conhece Shaka de Virgem pela sua santidade do céu ao inferno e do inferno ao céu. Aquele virginiano metido a Buda, que se acha melhor que todo o mundo dá nervos a qualquer santo ou até mesmo a um deus. Pois lhes garanto que para aturar esse gostoso é necessária uma paciência quase, ou até mesmo infinita?

    O resultado desse papo todo sobre deuses! Eu sou completamente apaixonado por aquele loiro indiano, sabem! Gosto de um bom desafio! E ele é o melhor desafio da face deste planeta! Acho que se não fosse o Seiya até a deusa era mais fácil de conquistar!

    O que mais me irrita! A sua linda amizade com Mu de Áries e o seu santo costume de me ignorar sempre que eu quero conversar com ele.

    Qual é a dele? Eu apenas quero que sejamos amigos como há anos o éramos. Pelo menos isso! Porque ele passou a me ignorar?

    Mas bem, antes de tentarem pensar numa resposta vou-me apresentar. Eu sou Aiolia, o cavaleiro de ouro de leão, ou como devo dizer, o ?vizinho de baixo? daquele cavaleiro loiro gostoso pelo qual me apaixonei quando jovem.

    Não que agora seja velho, conto com 22 anos, consequentemente sou um mês e três dias mais velho que ele.

    Agora que vejo bem, tudo era bom quando ele veio para o santuário dois anos depois de meu irmão Aiolos sair do santuário carregando a pequena Athena nos seus braços e ser considerado por Saga um traidor.

    Eu andava deveras pra baixo por meu irmão ter fugido, todos os cavaleiros de prata já existentes me tratavam mal e me chamarem ?irmão do traidor? e todas essas coisas que eu tinha de suportar.

    Num final de dia de treinos meu mestre terminou a lição e eu fiquei na arena exausto de joelhos no chão tentando recuperar o fôlego perdido por conta do calor grego, pela falta de alimento, água e até de sangue.

    Minhas roupas de treino estavam sujas, rompidas pelo treinamento e estavam coladas ao meu corpo por causa do suor.

    Então ele se aproximou e tocou meu ombro. Instintivamente olhei para trás e a ele o vi, lindo, santo, imaculado. Um anjo!

    - Você está bem? ? Ele perguntou num grego muito tremido ainda.

    - Sim, obrigado. ? Tentei esconder o meu desconforto mas não consegui. Estava sujo, machucado e cheirando bem mal mas ele apenas se sentou ao meu lado e me deu uma garrafa com água fresca que eu bebi com agradabilidade. Olhei para ele com mais atenção e reparei em duas coisas: Que ele era lindo, seu rosto meio afeminado e infantil era adorável, e que ele mantinha os olhos fechados.

    - Você é cego? ? Perguntei num ímpeto de curiosidade.

    - Não, apenas se abrir os olhos posso destruir tudo ao meu redor se quiser. Esse é o meu treinamento, manter os olhos fechados para concentrar mais o meu cosmo.

    - Ah! Estou vendo! E como se chama?

    - Meu nome é Shaka, o futuro cavaleiro de virgem.

    - O meu é Aiolia, futuro cavaleiro de leão. ? Ele sorriu e eu sorri para ele também. Tornamo-nos amigos depois desse episódio mas depois de me ter tornado o cavaleiro de leão, ele se afastou.

    A partir daí tudo mudou, quando o procurava ele dizia ser um ser iluminado por Buda e o dever dos cavaleiros era concentrarem-se em batalhas e na paz da Terra que Athena tanto queria, que as relações inter-pessoais eram para os humanos fracos que necessitavam de conviver diariamente e ininterruptamente. Ainda hoje penso que ele sabia de tudo que iria acontecer no futuro.

    E então as batalhas vieram mesmo, a batalha por Athena contra Ares... Muitas mais se seguiram e por fim veio a guerra santa onde todos nós, os cavaleiros de ouro, perdemos as vidas. E agora cá estamos todos de volta, graças á bondade dos deuses olímpicos.

    Pouco convivo com Shaka já que ele agora mais que nunca só fala abertamente com Mu, Camus e Afrodite. Suspiro pesadamente e olho pelas pilastras da ala aberta do meu templo.

    Sorrio de lado, agora é meu templo e senhor Aiolia, um dos cavaleiros mais honrados da elite do santuário da deusa Athena, antes era o traidor e apenas um ocupante do templo de leão que nada mais era se não lixo. É curioso ver as ironicas voltas que o tempo dá e as portas que o destino abre e fecha para nós.

    Suspiro e saio do meu templo, subo as escadas que dão ao templo de virgem. Entro no templo dele e ouço a voz de Mu vindo do salão, parece que discutem, então oculto meu cosmo e aproximo-me o suficiente para ouvir e ver.

    - Shaka por favor. ? Mu pedia com a voz embargada pelo choro.

    - Mu, o amor é uma tolice inventada pelos humanos, eu sou um ser iluminado e aqueles que amo são minha deusa e meu mestre Buda. É um amor divino, diferente do amor humano que é completamente carnal.

    - Não Shaka, você está enganado. Como você já me disse sabiamente ?O ser humano gerado pelos deuses tem a capacidade de fazer sofrer, perdoar e amar. Mas tudo faz parte de nós, individualmente. Sofrer, machucar, perdoar, amar, invejar e muitas mais coisas relacionadas com os sentimentos são partes importantes da vida do ser vivo. Temos um coração para amar e sermos fortes no sofrimento. Tudo se resume ao amar, odiar e invejar.?Então se essa sua profecia é real porque você não a aplica a você também? Por mais chegado a ser um deus que você seja, você ainda é humano. Então se comporta como um Shaka. Viva a vida que você tanto fala com admiração.

    - Esqueça Mu, me perdoe não corresponder ao que sente por mim, tenho um carinho muito grande por você e queria poder continuar sendo seu amigo. ? Mu o olhou incrédulo e eu também. ? De outro modo eu gosto de outra pessoa e apesar de nunca o ir dizer.

    - Eu entendo. Adeus então Shaka de Virgem. ? O indiano levantou-se da flor de lótus e alcançou Mu antes dele sair da sala. Abraço-o pelas costas e fez um cafune nos seus cabelos.

    - Me larga Shaka.

    - Não Mu, você é meu amigo. ? Mu eleva o cosmo e se teleporta para a entrada do templo, antes de sair olha para trás com mágoa.

    - Não Shaka de Virgem, não sou. ? Shaka volta a sentar e entra em transe respirando fundo, observo-o ao longe a meditar e decido que devo ir conversar com Milo. Ao começar a caminhar ouço-o me chamar.

    - Oi Shaka, desculpa, não queria estragar sua meditação.

    - Já o fez quando começou a caminhar mas não tem mal. ? Espera aí? Comecei a caminhar? Não me diga que sabia que eu o espiava. ? Senta um pouco comigo aqui.

    Primeiro fico sem reação mas ele volta a chamar e eu aceito e sento do lado dele. Olho a decoração simples e tradicionalmente indiana da sala. É mesmo a cara dele, sorrio de lado admirado e encantado.

    - Sabe Shaka. ? Começo meio atrapalhado.

    - Aiolia! Eu lhe perdoo por escutar minha conversa por me ser um amigo especial, mas não volte a fazê-lo, se não conhecerá um dos seis mundos. ? Engulo seco e olho-o ruborizado e solto um muxoxo baixo dizendo ?Me desculpa?. Ele apenas sorri.

    - Mas sabe Shaka, fiquei preocupado com Mu.

    - Você? Preocupado com Mu? Não me faça rir, sei que o odeia. ? Ele me fala desdenhoso e eu coro ainda mais.

    - Aaa! Não é isso. É que acho que tu foi muito duro com ele só isso.

    - Aiolia, ele não me ama tanto com diz, te garanto. Lá no fundo eu sei que ele ama verdadeiramente Saga e que apenas começou a gostar de mim para esquecê-lo já que Saga estava com Kanon na altura. ? Sua voz calma e aquela revelação me deixa sem ar. Como ele sabe tanto sobre as pessoas.

    - Mas penso que devia ter sido mais brando, mas você quem sabe. ? Ficamos em silêncio durante um pouco e eu me sinto incomodado com a expressão impassível dele.

    - Ás vezes gostaria de poder ser normal, quero dizer, não ser um cavaleiro, ser um humano comum. ? Ele comenta, sussurrando quase imperceptivelmente.

    - Porque não tenta um pouquinho? ? Pergunto curioso me levantando, com esse seu avanço eu poderei me aproximar e conquistá-lo, só tenho que descobrir de quem ele gosta.

    - É-me difícil pensar em algo assim, você quer-me ajudar?

    - Está querendo ser meu amigo como dantes? ? Aí está a pergunta essencial, meus olhos brilham sorrateiramente. A sua resposta irá decidir os meus passos, você ainda será meu Shaka de Virgem!

    - Sim! Estou Aiolia, sabe sinto-me solitário apesar de ter alguns amigos. Sinto falta de você. ? Olho de rabo de olho para ele e vejo-o ficar adoravelmente ruborizado. Dou-lhe um lindo sorriso que apesar dos seus olhos fechados sei que ele o vê. Sento ao seu lado e lhe dou um singelo beijo na mão.

    - Que bom meu amigo. Mas agora tenho coisas combinadas com o Milo, então combinaremos algo para amanhã o que acha?

    - Por mim pode ser. Ás 4 da tarde?

    - Com certeza. Tchau Shaki. ? Chamo-o pelo apelido que lhe dei em mais jovem, ele ruboriza de novo e antes de sair sorrio encantado.

    - Tchau Olia.

    Dirigi-me para a casa de escorpião sem problemas e logo estávamos, eu e Milo, conversando sentados no sofá ouvindo uma música tradicional, não que fosse problema. Como todo bom grego eu adoro música original do meu país. Também bebíamos umas cervejas fresquinhas e comíamos uns salgadinhos.

    - Mas e então Milo, você já conseguiu apanhar aquele cubo de gelo bem a jeito?

    - Está sendo complicado Aiolia! E como eu gosto dele não quero colocar tudo a perder. Então para já só converso com ele e tento aprofundar a nossa amizade.

    - Sabe Milo, eu também amo alguém.

    - Me fala disso pois eu não sabia. Quem é ela?

    - É um ele escorpião maluco.

    - Quem? O Mu? ? Faço uma careta de desagrado e acabo me engasgando com o gole de cerveja que tomava.

    - Que isso Mi! Eu nem o posso ver pintado de roxo na frente.

    - Então? ? Milo pergunta curioso ignorando o comentário óbvio que eu soltei e olhando-me fixamente espera uma resposta. Acabo gargalhando alto ao ver que ele se está tornando igual ao Afrodite.

    - Cara! Você está se tornando igual á fofoqueira do Dite!

    - Até que parece. Mas o que fazer?! ? Ele ri também, rimos tanto que ficamos vermelhos e quase sem ar. Apoio meu cotovelo no ombro dele sem fazer grande força e tornamos a rir.

    - Me dói a barriga de tanto rir Milo!

    - Também a mim! Mas agora conta seu leão doido.

    - Está bem! É o Shaka!

    - O SHAKA! ? Ele berra e eu mando-o falar baixo. Nesse santuário as paredes têm ouvidos e se Shaka soubesse nunca permitiria a minha aproximação, ainda por mais ele vive duas casas abaixo do templo de escorpião.

    - Milo! Olha o escândalo!

    - Me desculpa mas fiquei admirado.

    - Não deu para perceber isso na verdade! ? Ironizei olhando-o feio. Ele sorri envergonhado e se acerca de mim, aqui há gato! Ele queria saber algo mais.

    - Você não quer apenas bater naquele gostoso e dar a ele a melhor transa da vida dele? Se bem que seria a única! ? Ele ri novamente mas dessa vez sozinho, olho-o muito seriamente ao sentir-me, como devo dizer, raivoso com aquele comentário! Então ele julga que eu estou brincando, mas eu não estou não! Shaka é importante para mim, a única pessoa que gosto de verdade! Sério gente!

    Já tentei com a Marin e tudo mas não deu mesmo, só pensava no Shaka, aquele indiano lindo, de cabelos dourados e olhos imaculados! E na sua pele branca feita de porcelana ou até da mais pura seda!

    No seu alto pedestal emana o sereno e bondoso cosmo de sua natureza budista. Ele é santo, um santo de Athena, digno, forte, confiável mas impiedoso e arrogante.

    Aquele que me faz suspirar apenas ao passar por mim, aquele que possui um perfume que hipnotizaria um Deus.

    - Milo de escorpião, seu insensível!

    - O quê? Você está mesmo apaixonado pelo Budazinho?

    - Milo você só quer farra! Como eu quereria que você me entendesse. Estou mesmo maluco.

    - Até parece. Eu amo o meu francês picolé e você vai ver que eu ainda o terei para mim. ? Levanto-me do sofá e ajudo-o a arrumar o lixo na cozinha. Já estava escurecendo e eu tinha meu jantar á espera, com toda a certeza.

    Me despedi do meu amigo e colega de armas de infância e desci calmamente as escadarias até chegar ao meu templo. Podia sentir o cosmo de Shaka da minha casa, mas ligeiramente agitado apesar de curioso tratei de comer e me preparar para descansar já que no dia seguinte havia treinos e com o verão, aí que era bem complicado treinar com aquele calor todo.

    Shaka Pov.

    Aquele cavaleiro de leão é lindo, tem os cabelos curtos, rebeldes e cor de mel. É um doce, muito emotivo, sensível, amável e carinho. O tipo ideal para muitas garotas.

    Seu corpo estrutural já me fez treinar até desmaiar por pensar nele. Me castigo por ficar excitado com facilidade quando vejo seu corpo moreno e sarado, seus braços fortes e suas pernas roliças.

    Só de sentir seu cheiro junto a mim me faz prender a respiração e sua voz rouca e sensual me provoca calafrios!

    Estou irremediavelmente apaixonado pelo leão! E eu que censurei o meu melhor amigo por causa desse mesmo motivo. A paixão, há muito tempo atrás? Mas agora que ele me ajudou eu vou ajudar ele a se unir com o Saga.

    Logo após do Mu sair chamo você para perto de mim e depois de uma conversa franca ele sobe para ir ter com o Milo. Sigo para a cozinha e preparo um chá.

    De repente ouço um grito do Milo dizendo meu nome, curioso concentro meu cosmo e visualizo a conversa de ambos.

    Ainda não acredito que você me que mesmo, me deseja e me ama. Isso é tão errado mas ao mesmo tempo tão certo!

    Lembro quando, de brincadeira demos um beijo. Por pura curiosidade, apenas queríamos saber como era. Mas ao sentir meu rosto esquentar, meu corpo se arrepiar e meu mundo parar, eu percebi que te amava e me recriminei por isso. Aí me afastei, sentia-me sujo e indigno por amar um homem.

    Há pouco tempo meu mestre me iluminou para a realidade e me consolou dizendo que eu era livre para amar que eu quisesse e como quisesse. Que eu merecia ser feliz. Mas eu já era feliz assim, ou não era?

    A confusão se instaurou na minha mente e por dias refleti sobre o problema até que me decidi. Tentaria saber e descobrir o que Aiolia sente por mim.

    Apesar de agitado e contente com a descoberta tentei acalmar minha ansiedade e me concentrar meditando. Depois de mais de meia hora tentando desisto e sigo para o pequeno relvado que tem na lateral da minha casa ao pé da encosta da montanha onde estão as doze casas. Sento no relvado olhando o céu, a noite estava fresca e me senti bem apenas com a túnica branca, clara que usava dentro da casa.

    O céu está limpo e estrelado, é a noite da deusa Artémis já que é noite de lua cheia. O ambiente é iluminado pela claridade da lua. Seu rosto volta a se fazer presente no meu pensamento. Eu quero você Aiolia, mas terá que me conquistar e me provar que me ama realmente.

    Sinto um olhar sobre mim e me vira, lá está você?

    Aiolia Pov.

    Sinto o cosmo do santo de Virgem fora da casa e como estou sentado no sofá sem fazer nada mesmo decido ir vê-lo. Subo devagar os degraus até ao encontro da sua casa, seu cosmo se situa no jardim e é para lá que me dirijo.

    Quando dobro a esquina da casa fico estático te olhando.

    Shaka está sentado no relvado com os braços apoiado nos joelhos, os cabelos solto dançam ao sabor do vento, a luz da lua realça ainda mais a cor branca da sua imaculada pele que tanto anseio tocar. A túnica branca semitransparente deixa ver os contornos do seu corpo delicado e seu rosto! Continua delineado por finos traços meio afeminados mas bem mais másculos do que quando era uma criança, os seus olhos estão abertos, o azul celeste brilha intensamente em contato com a luz da lua.

    Você me chama e acordo de meu transe, sento ao seu lado calado e olho o céu.

    - Hoje o céu está lindíssimo! ? Tu comenta sereno me olhando.

    - Si? Sim pois é! ? Não sei bem o que dizer, o seu olhar é lindo e hipnotizante. ? Mas bem, me conta o que faz aqui sozinho?

    - O tempo está tão agradável agora que me deu vontade de admirar o céu e a vista do santuário daqui. ? Sua voz máscula e rouca me faz estremecer e seus lábios se mexem tentadoramente, não escuto bem o que diz apenas o aprecio.

    - Sim! ? Falo sem ter noção do que ele me disse.

    - Está distraído leão!

    - Você me distraí! ? Comento mais para mim do que para você. Você volta a olhar o céu e interroga sorridente.

    - O que você quer comigo Aiolia? ? Te olho incrédulo! ?Como assim?? deixo escapar meu pensamento.

    - Sim, eu sei de seus sentimentos, me conta então por voz para eu saber! ? É direto como sempre! A sua serenidade sempre me assustou. Engulo seco começando a sentir muito calor. ? Tem vergonha?

    - Mas?

    - Não tem que se retrair, apenas me diz, estou curioso! ? Uhou! O que é isso! Como ele sabe de tudo? E ainda mais intrigante, está a aceitar isso facilmente ou está fingindo e depois me matará?

    - Bem, o que eu quero sinceramente do fundo do meu coração?

    - Sim. ? Fico assustado, mas com esperança que isto seja algo bom.

    - Bem, eu amo você, quero você com todas as minhas forças. Te desejo mais do que alguém deseja água num deserto. Quero amá-lo, fazê-lo o homem mais feliz da face da Terra e ser feliz a seu lado. ? Respondo rápido, mas seguro. Seu olhar se foca em mim e me penetra a alma, retribuo o olhar sem titubear mas muito nervoso.

    - Você não mente. Seu coração está muito acelerado e seu rosto rubro? - Comenta despreocupado.

    - Nunca menti para você.

    - Eu sei. Por isso lhe quero pedir que cumpra com o que me disse agora.

    - O quê? ? Fico admirado e arregalo os olhos.

    - Sim, disse que me queria amar e me fazer o homem mais feliz do mundo.

    Um sorriso bobo surge em meus lábios, apesar de não o dizer por palavras já sei quem você ama.

    Me aproximo de você e o abraço carinho, você retribui fazendo meu coração acelerar mais, se isso é possível.

    Trago você para o meu colo colocando uma perna de cada lado do meu corpo e roço meus lábios nos seus, levemente, com carinho e afeto mas você os cola nos meus. Abraço seu corpo contra mim e brinco com mechas loiras do seu cabelo sorrindo internamente, eternamente feliz.

    Seus lábios se entreabrem me dando passagem, que é concedida por você, minha língua se enlaça na sua brincando com ela, provando do seu sabor. Exploro sua boca com se procurasse um tesouro. Aos poucos o beijo calmo se torna urgente e guloso que ambos saboreamos.

    Sem querer abusar minhas mãos passar devagar sobre a túnica sentindo os contornos do seu corpo, não paramos de nos beijar até que o ar faz falta e necessitamos mesmo de nos afastar.

    Você tira a túnica e fica só de boxer me fazendo babar litros por seu corpo. Magro mas com músculos definidos e bem contornados, sua pele é branca e intocada até agora. Os cabelos compridos caem em cascata pelas costas e alguns fios cobrem a parte frontal do corpo.

    Passo a mão pelos contornos dos seus músculos olhando você ruborizar e fechar os olhos ofegando, sorrio e confiante me aproximo da sua orelha colando nossos corpos.

    - Tem certeza que quer que eu o ame? ? Pergunto roucamente, sinto seu corpo arrepiar e ele acena afirmativamente com a cabeça.

    - Você quem sabe. ? Beijo o lóbulo da orelha e depois o lambo, sigo para o pescoço depositando beijos suaves não querendo marcar a pele clara. Seus dedos se enrolam em meus cabelos os puxando de leve. Sigo pelo contorno até chegar aos mamilos. Acaricio o esquerdo com a língua enquanto manuseio o outro com a outra mão. Shaka joga a cabeça para trás e suprime um grito de êxtase gemendo apenas baixo.

    Depois de sugar, chupar, morder e puxar o mamilo esquerdo deixando-o eriçado sigo para o outro dando-lhe o mesmo tratamento, sigo as mãos pelo tronco alvo sentindo os pêlos loiros quase invisíveis de sua barriga, toco o umbigo com o dedo brincando com ele e metendo a ponta do dedo simulando uma penetração lenta.

    Shaka tira a minha camisa estourando com alguns botões, faz-me levantar e aí me desce as calças junto com o boxer. Olho para ele interrogativo e ele sorri envergonhado.

    - Nunca fiz isso antes então não tenho jeito. ? Falando isso ele mordisca a ponta da glande e passa a mão pela extensão do pênis, sinto-me pulsar e quase gozar. Sua língua, tímida e cálida desce toda a extensão até a base e volta para cima voltando a mordiscar a cabecinha.

    Engulo seco e fecho os olhos. Ainda não acredito que o Shaka está comigo, e nesse momento está?

    - Ohhhhhh Zeus! ? Gemo alto quando ele abocanha a minha vara e a chupa levando até o máximo, me contorço de prazer e inconscientemente me empurro contra a boca pequena, mas quente.

    - É bom? ? Ele pergunta safado com aquela cara inocente de anjo, fico zonzo e mais ensandecido apenas com a visão?

    - Sim Shaka. ? Respondo sensualmente, puxo-o para mim tendo uma ideia safada. Beijando aqueles lábios gostosos tiro o boxers dele e sob seu olhar atento deito no chão. Chamo ele com o dedo, para minha surpresa ele se coloca de quatro sobre o meu corpo com a cabeça virada para os meus pés. Achei que ele não iria entender mas esse indiano é bem esperto!

    - Era isso que queria Olia? ? Ele pergunta brincando com os dedos na minha glande úmida e vermelha.

    - Sim? - Respondo perdido nas sensações causadas pelos seus dedos. ? Como sabia que era isso que eu queria?

    - Oras Aiolia! Sou indiano, um livro que conheço e já li é o Kamasutra! ? Ele responde com naturalidade continuando a acariciar-me, sorrio e começo a acariciar também o seu pênis duro e grosso com a boca, provando o seu gosto. Ele geme ao sentir o meu hálito quente perto aquela parte tão sensível?

    Sedento abocanho aquele pedaço de pecado e ele faz o mesmo, ambos gememos alto. Sinto as suas unhas se cravarem na carne das minhas coxas, agarro firmemente a sua bunda exposta e empinada para mim vendo aquele buraquinho pequeno tão convidativo.

    Sugamo-nos com desejo e gula e sem mais resistir á tentação levo um dedo até a sua boca, Shaka chupa então o meu dedo e o meu pênis ao mesmo tempo. Depois de algum tempo tiro de lá o dedo e levo-o á entrada virgem e apertada.

    Sinto-o apertar mais as minhas carnes assim que empurro o dígito para o seu interior, a sua resistência é grande e então aumento a pressão da minha boca no seu membro fazendo-o se distrair. Seguimos assim por um tempo até que me sinto quase no meu limite mas Shaka não me deixa pará-lo e força o seu membro para dentro da minha garganta gemendo e tentando fazer o mesmo, com grande sucesso devo já dizer?

    Ao fim de um tempo a sua resistência é vencida e aproveito o seu momento de êxtase para meter outro e outro.

    Brinco no interior até que ouço um grito de loucura, atingi por fim o objectivo. Ele rebola no meu dedo e empurra-se para a minha boca me fudendo e eu faço o mesmo desesperado. Gozo intensamente sentindo o liquido viscoso e agridoce enche-me a boca. Ficamos abraçados na mesma posição recuperando fôlego. Tiro-o de cima de mim e faço-o ficar de quatro de novo, encosto o corpo ao dele e mordisco a sua nuca.

    Shaka Pov.

    Quando o meu leão se encosta a mim sinto a sua dura ereção roçar na minha entrada, engulo seco e estremeço. ?Ele nem ao menos perdeu um pouco da força! Será que ele me desejava assim tanto??

    Sinto o seu hálito quente junto á minha nuca, os seus lábios carnudos e úmidos beijando o meu pescoço e ombros e sinto-me ficar excitado de novo. O seu dedo me massagear a entrada e gemo em antecipação, consigo sentir na perfeição o seu olhar deleitoso em mim.

    Ele então entra e acaricia o meu interior me tocando na próstata fazendo-me gemer.

    - Eu nem sei se te devo tocar, sempre foi tão inalcançável ao meu amor? Eu não mereço o seu corpo, nem o seu amor. ? Ele diz encostando a testa no meu ombro esquerdo, sinto o suor do seu cabelo na minha pele.

    - Não diz besteira Aiolia, me torna seu. Sem medos, nem vacilações.

    - Shaka?

    - Confie no que digo! ? Exalto-me um pouco mas também estou ficando excitado de novo e preciso de sentir o homem que amo em mim? Ele beija a minha tez clara e tira o dedo encostando-se a mim. O seu membro se posiciona na minha entrada e vai rasgando aos poucos, sim rasgando! É isso que sinto, sendo rasgado ao meio? Com os dedos não custava, mas ele não é uma criança. Seu membro é um bom atributo, grande e grosso?

    - Ahhhhh! ? Grito alto sentindo-o me preencher por inteiro quase de uma vez, ele também geme mas ensandecido, eu mesmo me sinto apertá-lo até ao talo?

    - Sha? ka? ohhhhh? - Os seus braços me abraçam e ele pára para eu me habituar ao seu corpulento membro, ele treme de excitação e por mais que sensação seja boa, não impede que lágrimas se derramem de meus olhos. Eu quase nunca chorei na vida mas a dor é dilacerante e a felicidade é enorme. Estas lágrimas são disso tudo.

    Aiolia Pov.

    Beijo o rosto suado, mas algo mais molha o seu rosto, olho-o com atenção e vejo-o apertar a relva e fechar os olhos com força tentando suprimir as lágrimas. Paralisei na hora, o Shaka chorando? Não posso crer? O que eu fui fazer?!

    Tentei afastar-me mas ouvi a sua voz.

    - Não! Eu quero continuar.

    - Mas você? Você!

    - Eu estou bem Aiolia. ? Ele sorri e limpa as lágrimas. ? O início custou um pouco, mas já me habituei. ? Ele rebola no meu pênis incentivando-me a mexer e é isso que faço estocando-o lentamente. As suas feições de incómodo vão-se transformando em prazer e seguindo os seus movimentos graciosos me movo com ele beijando sempre a sua pele e apertando a sua anca puxando-o para mim.

    Sinto o meu corpo entrar em frenesi e a excitação percorre todas as minhas células e acho que o loiro sente o mesmo, já que geme cada vez mais alto sempre que o penetro profundamente. Inclino-me para trás trazendo o corpo claro e suado para cima de mim. Cheiro os seus cabelos e ele põe as minhas mãos na sua cinta. Aperto-a com força e ajudo-o a mover-se. O seu corpo ondula sobre o meu, o seu interior é quente e muito apertado quase sufocando o meu membro.

    Viro a sua cara para mim e beijo os seus lábios com luxúria, olho os seus olhos e o que vejo é loucura, desejo e amor, os orbes claras estão ligeiramente escurecidas pelo prazer.

    - Isso Shaka? Anhhh? Você é gostoso?. Demais! ? Tento falar algo, mas é quase impossível.

    - Ahhhhh? Aiolia? - Ele geme coisas incoerentes movendo-se mais rápido sobre o meu majestoso membro, vejo-o a entrar e sair daquele buraco pequeno e isso me enlouquece. Faço-o sair de cima de mim e deito-o me colocando sobre ele e voltando a entrar fundo nele. Shaka grita o meu nome arranhando os meus braços e peito bronzeado, arrebato-me dentro dele, vejo o corpo do indiano balançar para a frente e para trás. Os cabelos espalhados pela relva e alguns grudados na testa suada, os olhos nublados e as expressões de prazer em seu rosto rubro.

    Seus lindos olhos estão abertos, são penetrantes e neste momento exalam uma luxúria extrema me fazendo engolir seco e o adentrar com mais sofreguidão. Ele revira os olhos sempre que lhe acerto lá no fundo e com o aumentar do ritmo seu corpo treme e gritando ele derrama a sua semente sobre os nossos ventres, minha mente fica vazia e num urro de deleite jorro meu sémen dentro do seu corpo.

    Caio exausto sobre ele, os nossos corações batem descompassados e o cheiro a sexo emana de nossos corpos. Estamos suados, mas contentes, saio dentro dele e me levanto. Shaka me olha interrogativo e eu sorrio.

    - Vamos para dentro? - Sugiro, ele se levanta e depois de catarmos as nossas roupas seguimos para dentro do templo de virgem. Numa esquina vejo uma serva jovem expiando. ? Shaka?

    - Diga. ? Paramos na sacada da escada e ele me encara.

    - Estava ali uma serva expiando. ? Coço a cabeça envergonhado afinal estamos ainda nus e tínhamos transado.

    - Ela deve ter ouvidos os barulhos, irei falar com ela? - Ele responde simplesmente e segue para o quarto, apenas o sigo, entramos no banheiro e tomamos um banho juntos sem trocarmos uma única palavra. Depois de refrescados Shaka desce para o andar de baixo. Aproveito para apreciar o cômodo simples mas confortável.

    Shaka Pov

    - Irina. ? Chamo alto fazendo a moça aparecer na minha frente com a cabeça baixa.

    - Sim mestre Shaka. ? Responde a criada de um dos cavaleiros de ouro.

    - Diga a Mu que tudo correu bem? Você mesma nos viu subir as escadas. ? Dou as costas entrando na cozinha com um sorriso no canto do lábio.

    - Sim mestre Shaka. ? Responde, submissa a serva de Mu, se retirando pela lateral da casa.

    Preparo a comida e subo as escadas entrando no quarto com uma bandeja nos braços. Aiolia via velhas fotografias do tempo de criança, memórias me percorrem a mente. É, a infância era um tempo tão bom e de inocência, sem ver o mal do mundo, nem ter problemas para resolver.

    Pouso tudo na mesa ao pé da cama e sinto Aiolia me abraçar e aconchego-me nos braços dele. Finalmente eu o tenho para mim, finalmente me permiti viver desde o conselho dado por Buda.

    - Shaka?

    - Sim! ? Respondo sorridente olhando-o pelo ombro.

    - Fica comigo?

    - Eu estou com você.

    - A namorar Shaka! ? O meu sorriso aumenta e me viro eufórico nos seus braços.

    - Claro meu leãozinho! ? Junto o meu nariz com o dele e apesar da euforia sussurro serenamente. Beijamo-nos com carinho num abraço apertado.

    Fim POV?S

    No templo do mestre, a jovem olhava pela entrada do templo as doze casas. Um sorriso brotou dos seus lábios ao sentir a aura junto dela e uma imagem quase fantasmagoria surgir a sua beira.

    - Obrigada pela ajuda, iluminado Buda! ? Agradece olhando o velho homem ao seu lado.

    - Não tem de quê, minha justa Athena. ? Buda olha o céu e constata que a constelação de virgem e leão brilhavam intensamente. ? Afinal eles merecem no final de tanto sofrimento.

    - É tem razão. ? Saori sente os cosmos dos dois se unindo de novo com paixão e desejo. Sorri?

    No templo de virgem Shaka e Aiolia se aconchegavam de baixo dos lençóis de seda pura, adormecem cansados e felizes.

    ?Eu te amo meu indiano? Agora você é meu!?

    Fim? Será?


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