Um eterno amor

  • Yy Chan
  • Capitulos 13
  • Gêneros Shounen Ai

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 13

    Banho juntos

    Álcool, Bissexualidade, Drogas, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Espero que gostem ;3

    Yukine

    Me assusto com a súbita proposta. Seria mentira dizer que eu nunca cogitei a hipótese, mas... Isso seria bom de mais para ser verdade.

    — Eu... não posso ficar aqui.

    — Por que não? Você não moraria mais com seus pais e não precisa esperar anos para isso.

    —... Mas mesmo assim- — Yato me interrompe.

    — Você poderia pagar os seus próprios gastos. Ou poderia me dar uma quantia mensal, sei lá... Assim você não sentiria tão mal, não é?

    — Esse não é o problema... — Mesmo eu pagando... Eu ainda estaria sendo um incomodo.

    —... Então eu sou o problema? Você não quer viver comigo... É isso?

    — Não! Não é isso, Yato... Viver com você não seria um problema, pelo contrário seria algo... muito bom.

    — Então me diga. Qual o problema? Se eu te disse que de jeito algum você seria um incomodo para mim, então por que recusa?

    —...

    —... Tá bom. Talvez eu esteja forçando isso em você. Não precisa me responder isso agora. Mas... pense um pouco sobre isso. Ok?

    Yato se levanta e vai em direção às escadas. — Durma no meu quarto essa noite... Nem ouse pensar em dormir no sofá.

     Como ele sabia que eu pretendia dormir no sofá?

    —... Você já está indo dormir?

    — Sim, amanhã terei que acordar cedo para ir à escola.

    Me levanto. — Então, eu também irei.

    Yato para na minha frente com os braços cruzados. — Você irá dormir também, e não ir para a escola, não é?

    —... Por que não posso ir para a escola? Já faltei um dia, não posso faltar outro, eu irei perder muita matéria.

    — Isso não importa. Você está machucado, tem que descansar. E, de qualquer jeito, amanhã será sexta-feira. Faltar mais um dia não será problema.

    —... Eu não irei, contanto que você peça ao representante da minha classe as anotações das aulas que eu perdi.

    — Eu irei pedir as anotações, então fique em casa. Descanse. — Yato me diz apoiando suas mãos em meus ombros.

    Ele se afasta um pouco e juntos nós subimos a escada.

    — Eu irei dormir no quarto da minha mãe, mas se você quiser pode ir tomar banho lá antes de ir dormir.

    Parando para pensar eu estou com o uniforme do colégio desde ontem, e é o mesmo de anteontem...

    — Acho melhor eu ir tomar um banho mesmo. — E trocar de roupa.

    — Eu pegarei uma muda de roupa para você. Pode ir esquentando a água enquanto isso. — Disse ele já indo em direção de seu quarto.

    Entro no quarto de sua mãe. Me sinto estranho ao olhar para aquela cama. Nós estávamos ali juntos... O que tem comigo para pensar nessas coisas?

    Entro no banheiro e já abro a torneira da banheira deixando o barulho de água corrente dominar o ambiente. Realmente essa banheira é muito grande. Acho que realmente não foi feita para só uma pessoa.

    Me olho no espelho e me espanto com o meu próprio reflexo. Eu nem parecia o mesmo garoto de poucos dias atrás. Vergões espalhados pelo meu rosto completamente pálido. E uma aparência nada saudável.

    O Yato tem razão. Será melhor eu descansar por esses dias... Enquanto eu posso.

    Passos soa atrás de mim e o Yato aparece com mudas de roupa na mão. Ele parece estar estranhamente contente. — Encontrei algo que talvez sirva em você! Foi difícil encontrar, estava no fundo do armário, nem me lembrava mais  que eu ainda tinha esse pijama.

    Yato me entrega a muda de roupa. Um pijama azul bebê cheio de desenhos de carrinhos. Completamente infantil.

    Ele solta uma risada fraca e diz. — Era de quando eu era criança. Mas acho que irá caber perfeitamente em você.

    — Ah... Obrigado. — Fico feliz por ter algo para vestir além de uma única peça de roupa, e além do mais o Yato está fazendo muitos favores para mim, seria egoísmo da minha parte reclamar. Mas... É vergonhoso.

    Yato

    Não sei como não me lembrei desse pijama noite passada. Eu adorava esse pijama quando criança, e por isso eu o mantive guardado como recordação.

    Yukine começou a se despir, e eu estava prestes a sair para dar privacidade a ele, mas percebo que seus movimentos são cuidadosos e suas expressões dolorosas.

    — Yukine... Você quer ajuda? — Ele deve estar ainda muito dolorido, até mesmo para fazer coisas simples como essa.

    Desviando o olhar ele me responde. — N-não precisa. Eu consigo fazer isso sozinho.

    Mentiroso.

    Me aproximo dele e seguro sua camiseta. — Deixa que eu te ajudo.

    — M-mas eu disse que não precisa. — Suas bochechas pareciam pegar fogo de tão vermelhas.

    Eu ignoro o que ele disse e começo a abrir os botões da camiseta de seu uniforme deixando seu peito a mostra.

    Não é como se fosse a primeira vez que eu faço isso, mas é a primeira vez com ele acordado.

    Abro o ultimo botão deixando seu tronco totalmente a mostra.  — Yato, a partir daqui deixa que eu faço sozinho... — Yukine pede quase sussurrando.

    Não tem problema... Nós somos dois garotos afinal.

    Uma mistura de sensações me dominam. Sinto um frio no estomago, meu coração não para de bater e me sinto zonzo. Um desejo completamente inebriante. Eu quero mais. Eu quero ver mais de seu corpo.

    Abro a fivela do sinto, afrouxando sua calça. Lentamente começo a puxar sua calça para baixo, revelando sua cueca, e então suas coxas incrivelmente macias. Essa sensação é completamente inebriante. Eu quero mais. Porém...

    Me afasto dele subitamente. — A partir daqui você consegue sozinho, não?

    Ele agradece num fio de voz. —... Obrigado.

    O que eu acabei de fazer? Sinto meu rosto arder de tanta vergonha.

    Me viro de costas prestes a sair, porém Yukine me surge com uma pergunta surpreendente. — Já que você está aqui... Por que não tomamos banho juntos?

    Tomar banho juntos?!

    Narrador

    O moreno se vira incrédulo. Ele não podia acreditar na pergunta inocente do loirinho.

    Yukine com suas bochechas levemente coradas, mas com uma inocência no olhar, argumenta. — Essa banheira é enorme, e seria desperdício de água cada um tomar banho separado...

    Yato fita o mais novo. Há poucos segundos atrás ele estava prestes a fazer algo que nem ele mesmo sabia direito. Um desejo incontrolável tomara conta dele. 

    O loiro vendo o incômodo do mais velho diz. —... Se você não quer não precisa se forçar. —... Eu só não queria trazer mais gastos para você, pensou o Yukine.

    Yato olha para o rosto arrependido do mais novo, e seu coração amolece. —... Tá bom. — Ele suspira. — Vamos tomar banho juntos.

    Um fraco sorriso surgiu nos lábios do loiro.

    Yato se vira de costas e lentamente começa a se despir, esperando que Yukine entrasse antes dele. E é isso que o Yukine faz, ele tira a ultima peça de roupa que o cobria, e então cuidadosamente entra na banheira.

    Yato tirou sua calça e percebeu um volume estranho em sua roupa intima.

     Eu... estou excitado. Merda... Por que eu estou... O que eu faço?!

    O moreno entra em desespero. Ele não podia deixar o mais novo ver isso.

    — Yato, você não vem? — Yukine inocentemente pergunta querendo apressar o mais velho.

    — Já estou indo...

    Pense em coisas estranhas! Coisas broxantes!

    Yato tenta desviar os pensamentos, porém o loirinho não saia de sua mente. A pele lisinha e macia do Yukine... ou como seu rosto estava vermelho enquanto o moreno tirava suas roupas... Ou quando suas mãos tocavam no corpo do mais novo e o despia... Isso não está ajudando.

    Yato respira fundo, e então encontra algo que o desanima. Ele se concentra no Yukine, mas não de uma forma boa, ele se lembra das manchas espalhadas pelo seu corpo e uma amargura invade seu coração...

    Menos preocupado ele tira a sua ultima peça de roupa e entra na banheira. Seu rosto completamente vermelho de vergonha.

    Eu não consigo olhá-lo! Será que o Yukine viu? Será que ainda estava... duro? Será...

    Enquanto os pensamentos do moreno iam, o Yukine estava de olhos fechados e com sua cabeça apoiada na borda da banheira. Simplesmente banho de banheira é incrível...

    Ainda sem abrir os olhos, o loiro questiona o amigo. — Você toma banho de banheira todos os dias? Deve ser incrível...

    Yato sai de seus devaneios e encara a figura do mais novo. Seus ombros nus e molhados, sua boca levemente aberta, respiração calma e lenta, e sua face corada pelo calor da banheira.

    O moreno fica sem folego com a cena. Ele abre a boca, mas as palavras não saem.  —...

    Yukine estranha o silêncio, então abre os olhos e fita o mais velho. — Yato? — Inocentemente ele se aproxima lentamente. — Está tudo bem?

    Yato

    Eu... Não pode ser... Não.

    — Estou... Na verdade acho que não estou muito bem. Licença. — Apressado me levanto da banheira, pego uma toalha e me cubro rapidamente. — Pode ficar aí, Yukine, é só um pequeno mal estar. Não se preocupe.

    Sem escuta-lo dou as costas a ele e saio do banheiro.

    Corro até o meu quarto e institivamente tranco a porta.

    O que está acontecendo comigo?!

    Por que eu não conseguia parar de olhar para o corpo do Yukine?! Por que isso mexeu tanto comigo? Por que eu aqueles olhos parecidos com o pôr-do-sol me prendiam mais do que o normal? Por que eu queria... quero... tanto beija-lo?

    Será que eu... Sou gay?!

    Não... eu sempre gostei de garotas! Sempre... Eu já vi amigos meus pelados e nunca senti nada de mais. Nunca fiquei excitado por ver um homem pelado. Então por que? Por que com o Yukine eu fico assim?!

    ...

    Já trocado com um pijama simples eu me deito na minha cama. Suspiro.

    O que tem de errado comigo?

    Eu simplesmente não conseguia me controlar! Meu corpo simplesmente reagia sem as ordens do meu cérebro! Eu queria ver mais de seu corpo. Queria poder ver cada parte. Mesmo sabendo que seria o corpo de um outro garoto, eu queria ver.

    ...Eu queria tê-lo em meus braços e tomar seus lábios para mim.

    Eu... sou realmente gay.

    Sinto uma amargura em minha boca. O que... eu faço?

    Eu não posso ser gay... Eu não posso gostar de homens...

    Uma raiva brota em meu peito.

    Não tem como isso ser possível. Eu já namorei algumas garotas e fiquei com outras. Nunca pensei em outros garotos!

    Isso começou quando eu conheci o Yukine. Tudo isso é culpa dele... Então eu só preciso não falar mais com o Yuk-

    Alguém bate na porta e uma voz preocupada soa. — Yato, está tudo bem? ... Yato? — Ele tenta abrir a porta, mas não consegue por estar trancada. —... Se estiver mal quero poder te ajudar.

    ...

    Me levanto e abro a porta dando espaço para um loirinho usando um pijama infantil. Ele olha para mim com seus olhos alaranjados e se aproxima ficando muito perto, e então, o Yukine na ponta dos pés envolve meu pescoço com seus braços me puxando para perto dele.

    Nossos rostos vão se aproximando. Nossos lábios cada vez mais próximos... Sinto sua respiração roçar em meu rosto, e sem hesitar ele aproxima sua testa da minha. Testa?

    — Hum... Não parece estar com febre. — Yukine diz se distanciando.

    ... Febre? Sinto meu rosto arder em chamas. Ele estava só medindo a minha temperatura... Claro! O que mais seria?!

    — Hã? Você está vermelho. Melhor pegar um termómetro...

    —... Não precisa se preocupar, Yukine. Não é nada de mais. É só um cansaço...

    — Hum... — Ele me encara desconfiado.

    — Olha! Não é que o pijama coube bem em você? — Digo tentando mudar o assunto.

    Yukine olha para a roupa que vestia e cora. —... É ficou. — Ele deve estar morrendo de vergonha. Mas fazer o que? Ele ficou muito fofo.

    Bocejo. — Melhor nós irmos dormir. Amanhã tenho que acordar cedo.

    Ele olha para mim e cruza os braços. — Você ainda pretende ir para a escola amanhã? Se você está se sentindo mal é melhor não ir para a escola. — Seus olhos eram de pura preocupação.

    Eu sou tão idiota.

    — Não precisa se preocupar, Yukine. É só eu dormir que amanhã eu já estarei melhor.

    — Hum... Se você diz. Mas caso você não esteja melhor não vá. Ouviu?

    — Sim eu não irei. Não se preocupe.

    Ele faz bico e então suspira. — É melhor eu ir indo então. Aí você já pode ir dormir.

    Ele se vira de costas para mim e vai em direção da porta, mas antes que ele pudesse sair do meu quarto eu o seguro pelo pulso.

    — Na verdade, Yukine, sabe algo que irá me ajudar a ficar bem?

    Ele se vira para mim e atencioso pergunta. — O que?

    — Você dormir comigo. Eu me sentirei muito melhor se você dormir aqui comigo. — Digo sorrindo.

    Ele enrubesce e depois de um tempo pensando ele me responde. — Mas não ficará desconfortável dormir nós dois juntos na sua cama?

    — Nós já dormimos ali juntos e não foi nada desconfortável...

    Ele suspira. — Tá. Eu durmo com você.

    — Yei! Fico tão feliz. — Digo o envolvendo num abraço apertado.

    — Se for para nós irmos dormir então vamos logo. — Yukine diz tentando se soltar do meu abraço.

    Eu o solto e então ele se deita na cama. Eu apago a luz e logo me junto a ele.

    Ficamos um de frente para o outro. Ele é tão fofo, parece uma criança. Ainda mais nesse pijama.

    Seu olhar fita o meu e ele cora. — Com você me olhando assim eu não consigo dormir! — Envergonhado ele se vira de costas para mim.

    Rapidamente eu o envolvo em meus braços. — O que você está fazendo, Yato?!

    — Você é tão fofinho, Yukine.

    — Tá, mas não precisa me apertar tanto...

    — Deixa eu te abraçar até eu pegar no sono... Por favor, Yukine.

    Ele se ajeita melhor em meus braços e me responde. — Você pode, mas só até pegar no sono. Ouviu?

    Eu o aperto mais forte. — Você é o melhor!

    — Eu sei que sou o melhor. — Ele diz sério, mas então começa a rir e eu rio junto.

    Eu realmente sou um idiota.

    Não importa a minha sexualidade. O importante é que eu fiz uma promessa e eu irei cumpri-la! O Yukine é um bom garoto e não tem culpa de nada com o que está acontecendo comigo.

    Eu ser gay ou não, não irá mudar o fato de eu gostar do Yukine e de eu querer ficar perto dele!

    ... Essa frase saiu muito gay.

    Mas é isso. Eu gosto do Yukine como se ele fosse um irmão meu, e não irei abandona-lo.

    Me ajeito ficando ainda mais próximo dele. O seu cabelo macio roça em meu rosto, e delicadamente eu o aperto ainda mais.

    Realmente... O Yukine é o melhor.

    Yukine

    Me assusto com a súbita proposta. Seria mentira dizer que eu nunca cogitei a hipótese, mas... Isso seria bom de mais para ser verdade.

    — Eu... não posso ficar aqui.

    — Por que não? Você não moraria mais com seus pais e não precisa esperar anos para isso.

    —... Mas mesmo assim- — Yato me interrompe.

    — Você poderia pagar os seus próprios gastos. Ou poderia me dar uma quantia mensal, sei lá... Assim você não sentiria tão mal, não é?

    — Esse não é o problema... — Mesmo eu pagando... Eu ainda estaria sendo um incomodo.

    —... Então eu sou o problema? Você não quer viver comigo... É isso?

    — Não! Não é isso, Yato... Viver com você não seria um problema, pelo contrário seria algo... muito bom.

    — Então me diga. Qual o problema? Se eu te disse que de jeito algum você seria um incomodo para mim, então por que recusa?

    —...

    —... Tá bom. Talvez eu esteja forçando isso em você. Não precisa me responder isso agora. Mas... pense um pouco sobre isso. Ok?

    Yato se levanta e vai em direção às escadas. — Durma no meu quarto essa noite... Nem ouse pensar em dormir no sofá.

     Como ele sabia que eu pretendia dormir no sofá?

    —... Você já está indo dormir?

    — Sim, amanhã terei que acordar cedo para ir à escola.

    Me levanto. — Então, eu também irei.

    Yato para na minha frente com os braços cruzados. — Você irá dormir também, e não ir para a escola, não é?

    —... Por que não posso ir para a escola? Já faltei um dia, não posso faltar outro, eu irei perder muita matéria.

    — Isso não importa. Você está machucado, tem que descansar. E, de qualquer jeito, amanhã será sexta-feira. Faltar mais um dia não será problema.

    —... Eu não irei, contanto que você peça ao representante da minha classe as anotações das aulas que eu perdi.

    — Eu irei pedir as anotações, então fique em casa. Descanse. — Yato me diz apoiando suas mãos em meus ombros.

    Ele se afasta um pouco e juntos nós subimos a escada.

    — Eu irei dormir no quarto da minha mãe, mas se você quiser pode ir tomar banho lá antes de ir dormir.

    Parando para pensar eu estou com o uniforme do colégio desde ontem, e é o mesmo de anteontem...

    — Acho melhor eu ir tomar um banho mesmo. — E trocar de roupa.

    — Eu pegarei uma muda de roupa para você. Pode ir esquentando a água enquanto isso. — Disse ele já indo em direção de seu quarto.

    Entro no quarto de sua mãe. Me sinto estranho ao olhar para aquela cama. Nós estávamos ali juntos... O que tem comigo para pensar nessas coisas?

    Entro no banheiro e já abro a torneira da banheira deixando o barulho de água corrente dominar o ambiente. Realmente essa banheira é muito grande. Acho que realmente não foi feita para só uma pessoa.

    Me olho no espelho e me espanto com o meu próprio reflexo. Eu nem parecia o mesmo garoto de poucos dias atrás. Vergões espalhados pelo meu rosto completamente pálido. E uma aparência nada saudável.

    O Yato tem razão. Será melhor eu descansar por esses dias... Enquanto eu posso.

    Passos soa atrás de mim e o Yato aparece com mudas de roupa na mão. Ele parece estar estranhamente contente. — Encontrei algo que talvez sirva em você! Foi difícil encontrar, estava no fundo do armário, nem me lembrava mais  que eu ainda tinha esse pijama.

    Yato me entrega a muda de roupa. Um pijama azul bebê cheio de desenhos de carrinhos. Completamente infantil.

    Ele solta uma risada fraca e diz. — Era de quando eu era criança. Mas acho que irá caber perfeitamente em você.

    — Ah... Obrigado. — Fico feliz por ter algo para vestir além de uma única peça de roupa, e além do mais o Yato está fazendo muitos favores para mim, seria egoísmo da minha parte reclamar. Mas... É vergonhoso.

    Yato

    Não sei como não me lembrei desse pijama noite passada. Eu adorava esse pijama quando criança, e por isso eu o mantive guardado como recordação.

    Yukine começou a se despir, e eu estava prestes a sair para dar privacidade a ele, mas percebo que seus movimentos são cuidadosos e suas expressões dolorosas.

    — Yukine... Você quer ajuda? — Ele deve estar ainda muito dolorido, até mesmo para fazer coisas simples como essa.

    Desviando o olhar ele me responde. — N-não precisa. Eu consigo fazer isso sozinho.

    Mentiroso.

    Me aproximo dele e seguro sua camiseta. — Deixa que eu te ajudo.

    — M-mas eu disse que não precisa. — Suas bochechas pareciam pegar fogo de tão vermelhas.

    Eu ignoro o que ele disse e começo a abrir os botões da camiseta de seu uniforme deixando seu peito a mostra.

    Não é como se fosse a primeira vez que eu faço isso, mas é a primeira vez com ele acordado.

    Abro o ultimo botão deixando seu tronco totalmente a mostra.  — Yato, a partir daqui deixa que eu faço sozinho... — Yukine pede quase sussurrando.

    Não tem problema... Nós somos dois garotos afinal.

    Uma mistura de sensações me dominam. Sinto um frio no estomago, meu coração não para de bater e me sinto zonzo. Um desejo completamente inebriante. Eu quero mais. Eu quero ver mais de seu corpo.

    Abro a fivela do sinto, afrouxando sua calça. Lentamente começo a puxar sua calça para baixo, revelando sua cueca, e então suas coxas incrivelmente macias. Essa sensação é completamente inebriante. Eu quero mais. Porém...

    Me afasto dele subitamente. — A partir daqui você consegue sozinho, não?

    Ele agradece num fio de voz. —... Obrigado.

    O que eu acabei de fazer? Sinto meu rosto arder de tanta vergonha.

    Me viro de costas prestes a sair, porém Yukine me surge com uma pergunta surpreendente. — Já que você está aqui... Por que não tomamos banho juntos?

    Tomar banho juntos?!

    Narrador

    O moreno se vira incrédulo. Ele não podia acreditar na pergunta inocente do loirinho.

    Yukine com suas bochechas levemente coradas, mas com uma inocência no olhar, argumenta. — Essa banheira é enorme, e seria desperdício de água cada um tomar banho separado...

    Yato fita o mais novo. Há poucos segundos atrás ele estava prestes a fazer algo que nem ele mesmo sabia direito. Um desejo incontrolável tomara conta dele. 

    O loiro vendo o incômodo do mais velho diz. —... Se você não quer não precisa se forçar. —... Eu só não queria trazer mais gastos para você, pensou o Yukine.

    Yato olha para o rosto arrependido do mais novo, e seu coração amolece. —... Tá bom. — Ele suspira. — Vamos tomar banho juntos.

    Um fraco sorriso surgiu nos lábios do loiro.

    Yato se vira de costas e lentamente começa a se despir, esperando que Yukine entrasse antes dele. E é isso que o Yukine faz, ele tira a ultima peça de roupa que o cobria, e então cuidadosamente entra na banheira.

    Yato tirou sua calça e percebeu um volume estranho em sua roupa intima.

     Eu... estou excitado. Merda... Por que eu estou... O que eu faço?!

    O moreno entra em desespero. Ele não podia deixar o mais novo ver isso.

    — Yato, você não vem? — Yukine inocentemente pergunta querendo apressar o mais velho.

    — Já estou indo...

    Pense em coisas estranhas! Coisas broxantes!

    Yato tenta desviar os pensamentos, porém o loirinho não saia de sua mente. A pele lisinha e macia do Yukine... ou como seu rosto estava vermelho enquanto o moreno tirava suas roupas... Ou quando suas mãos tocavam no corpo do mais novo e o despia... Isso não está ajudando.

    Yato respira fundo, e então encontra algo que o desanima. Ele se concentra no Yukine, mas não de uma forma boa, ele se lembra das manchas espalhadas pelo seu corpo e uma amargura invade seu coração...

    Menos preocupado ele tira a sua ultima peça de roupa e entra na banheira. Seu rosto completamente vermelho de vergonha.

    Eu não consigo olhá-lo! Será que o Yukine viu? Será que ainda estava... duro? Será...

    Enquanto os pensamentos do moreno iam, o Yukine estava de olhos fechados e com sua cabeça apoiada na borda da banheira. Simplesmente banho de banheira é incrível...

    Ainda sem abrir os olhos, o loiro questiona o amigo. — Você toma banho de banheira todos os dias? Deve ser incrível...

    Yato sai de seus devaneios e encara a figura do mais novo. Seus ombros nus e molhados, sua boca levemente aberta, respiração calma e lenta, e sua face corada pelo calor da banheira.

    O moreno fica sem folego com a cena. Ele abre a boca, mas as palavras não saem.  —...

    Yukine estranha o silêncio, então abre os olhos e fita o mais velho. — Yato? — Inocentemente ele se aproxima lentamente. — Está tudo bem?

    Yato

    Eu... Não pode ser... Não.

    — Estou... Na verdade acho que não estou muito bem. Licença. — Apressado me levanto da banheira, pego uma toalha e me cubro rapidamente. — Pode ficar aí, Yukine, é só um pequeno mal estar. Não se preocupe.

    Sem escuta-lo dou as costas a ele e saio do banheiro.

    Corro até o meu quarto e institivamente tranco a porta.

    O que está acontecendo comigo?!

    Por que eu não conseguia parar de olhar para o corpo do Yukine?! Por que isso mexeu tanto comigo? Por que eu aqueles olhos parecidos com o pôr-do-sol me prendiam mais do que o normal? Por que eu queria... quero... tanto beija-lo?

    Será que eu... Sou gay?!

    Não... eu sempre gostei de garotas! Sempre... Eu já vi amigos meus pelados e nunca senti nada de mais. Nunca fiquei excitado por ver um homem pelado. Então por que? Por que com o Yukine eu fico assim?!

    ...

    Já trocado com um pijama simples eu me deito na minha cama. Suspiro.

    O que tem de errado comigo?

    Eu simplesmente não conseguia me controlar! Meu corpo simplesmente reagia sem as ordens do meu cérebro! Eu queria ver mais de seu corpo. Queria poder ver cada parte. Mesmo sabendo que seria o corpo de um outro garoto, eu queria ver.

    ...Eu queria tê-lo em meus braços e tomar seus lábios para mim.

    Eu... sou realmente gay.

    Sinto uma amargura em minha boca. O que... eu faço?

    Eu não posso ser gay... Eu não posso gostar de homens...

    Uma raiva brota em meu peito.

    Não tem como isso ser possível. Eu já namorei algumas garotas e fiquei com outras. Nunca pensei em outros garotos!

    Isso começou quando eu conheci o Yukine. Tudo isso é culpa dele... Então eu só preciso não falar mais com o Yuk-

    Alguém bate na porta e uma voz preocupada soa. — Yato, está tudo bem? ... Yato? — Ele tenta abrir a porta, mas não consegue por estar trancada. —... Se estiver mal quero poder te ajudar.

    ...

    Me levanto e abro a porta dando espaço para um loirinho usando um pijama infantil. Ele olha para mim com seus olhos alaranjados e se aproxima ficando muito perto, e então, o Yukine na ponta dos pés envolve meu pescoço com seus braços me puxando para perto dele.

    Nossos rostos vão se aproximando. Nossos lábios cada vez mais próximos... Sinto sua respiração roçar em meu rosto, e sem hesitar ele aproxima sua testa da minha. Testa?

    — Hum... Não parece estar com febre. — Yukine diz se distanciando.

    ... Febre? Sinto meu rosto arder em chamas. Ele estava só medindo a minha temperatura... Claro! O que mais seria?!

    — Hã? Você está vermelho. Melhor pegar um termómetro...

    —... Não precisa se preocupar, Yukine. Não é nada de mais. É só um cansaço...

    — Hum... — Ele me encara desconfiado.

    — Olha! Não é que o pijama coube bem em você? — Digo tentando mudar o assunto.

    Yukine olha para a roupa que vestia e cora. —... É ficou. — Ele deve estar morrendo de vergonha. Mas fazer o que? Ele ficou muito fofo.

    Bocejo. — Melhor nós irmos dormir. Amanhã tenho que acordar cedo.

    Ele olha para mim e cruza os braços. — Você ainda pretende ir para a escola amanhã? Se você está se sentindo mal é melhor não ir para a escola. — Seus olhos eram de pura preocupação.

    Eu sou tão idiota.

    — Não precisa se preocupar, Yukine. É só eu dormir que amanhã eu já estarei melhor.

    — Hum... Se você diz. Mas caso você não esteja melhor não vá. Ouviu?

    — Sim eu não irei. Não se preocupe.

    Ele faz bico e então suspira. — É melhor eu ir indo então. Aí você já pode ir dormir.

    Ele se vira de costas para mim e vai em direção da porta, mas antes que ele pudesse sair do meu quarto eu o seguro pelo pulso.

    — Na verdade, Yukine, sabe algo que irá me ajudar a ficar bem?

    Ele se vira para mim e atencioso pergunta. — O que?

    — Você dormir comigo. Eu me sentirei muito melhor se você dormir aqui comigo. — Digo sorrindo.

    Ele enrubesce e depois de um tempo pensando ele me responde. — Mas não ficará desconfortável dormir nós dois juntos na sua cama?

    — Nós já dormimos ali juntos e não foi nada desconfortável...

    Ele suspira. — Tá. Eu durmo com você.

    — Yei! Fico tão feliz. — Digo o envolvendo num abraço apertado.

    — Se for para nós irmos dormir então vamos logo. — Yukine diz tentando se soltar do meu abraço.

    Eu o solto e então ele se deita na cama. Eu apago a luz e logo me junto a ele.

    Ficamos um de frente para o outro. Ele é tão fofo, parece uma criança. Ainda mais nesse pijama.

    Seu olhar fita o meu e ele cora. — Com você me olhando assim eu não consigo dormir! — Envergonhado ele se vira de costas para mim.

    Rapidamente eu o envolvo em meus braços. — O que você está fazendo, Yato?!

    — Você é tão fofinho, Yukine.

    — Tá, mas não precisa me apertar tanto...

    — Deixa eu te abraçar até eu pegar no sono... Por favor, Yukine.

    Ele se ajeita melhor em meus braços e me responde. — Você pode, mas só até pegar no sono. Ouviu?

    Eu o aperto mais forte. — Você é o melhor!

    — Eu sei que sou o melhor. — Ele diz sério, mas então começa a rir e eu rio junto.

    Eu realmente sou um idiota.

    Não importa a minha sexualidade. O importante é que eu fiz uma promessa e eu irei cumpri-la! O Yukine é um bom garoto e não tem culpa de nada com o que está acontecendo comigo.

    Eu ser gay ou não, não irá mudar o fato de eu gostar do Yukine e de eu querer ficar perto dele!

    ... Essa frase saiu muito gay.

    Mas é isso. Eu gosto do Yukine como se ele fosse um irmão meu, e não irei abandona-lo.

    Me ajeito ficando ainda mais próximo dele. O seu cabelo macio roça em meu rosto, e delicadamente eu o aperto ainda mais.

    Realmente... O Yukine é o melhor.


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