Os Cinco Selos

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    Capítulos:

    Capítulo 118

    Porta

    Linguagem Imprópria, Mutilação, Violência

    Yoo, para quem não sabe, eu também posto esta história na social spirit, fanfics brasil, wattpad e Nyah fanfiction

    Agora sambem onde podem ler casa Oa fique muito tempo fora do ar!

    Boa leitura ^^

    Os oito idiotas se reuniram, todos feridos e exaustos. Edward olhou para o Dante que segurava seu braço direito decepado e para Aiken que estava com queimaduras tão graves que o deixaram em carne viva. Sentiu-se culpado por ter causado isso.

    – Liz, cuide do Dante e do Aiken com a resto de poder que tem – pediu.

    – Está bem, Ed.

    Lizzie se aproximou dos dois. Ela fechou os olhos, inspirou e expirou, então abri-os novamente. Chamas azuis rodearam seu corpo e começaram a se espalhar harmonicamente pela sala. As chamas azuis da Lizzie traziam uma sensação diferente, uma sensação de conforto. Ela esticou os braços e abriu os dedos, as chamas começaram a se concentrar em forma de esfera em cada palma, e seu cabelo teve alguns fios esbranquiçados.

    – Dante, junte seu braço ao corte. Aiken, apenas fica quieto. – Lizzie encostou a esfera de chamas no braço direito de Dante e no centro do peito do Aiken, os corpos de ambos absorveram as chamas para si e pulsaram azul. – Vai queimar.

    – Eu aguento – disseram os dois ao mesmo tempo desafiando um ao outro.

    Os dois gritaram pela ardência, mas foram cicatrizados.

    Em seguida, e com receio, os anjos que sobreviveram a guerra começaram a entrar na sala do trono. Eram mais do que Edward pensava. Ele procurou Tyrael e não o encontrou, mas Uriel lhe contou o que havia acontecido logo após. Os anjos olharam para o grupo, esperando algo.

    – Eu disse que o céu já era nosso – disse Edward abrindo os braços.

    Subitamente, os anjos ergueram seus braços, armas e vozes para clamar a Edward e a vitória conquistada com seus esforços. Edward não gostou daquilo.

    – Você estava os liderando? – perguntou Mika.

    – Infelizmente – respondeu Edward enquanto vestia seu sobretudo. Edward tinha músculos bem definidos e firmes, mas nada que se compare ao Dante ou Kleist.

    – Você ainda usa esse sobretudo?

    – Quase não lava – zombou Lizzie escalando Edward.

    – Fique quieta, Liz. – Edward se aproximou de Mikaela, retirou o colar de cristal azul brilhante do bolso e colocou no pescoço dela. – Isso é seu.

    Ela sorriu.

    – O colar que você me deu na dungeon – ela brincou com o cristal passando entre os dedos. De um beijo na bochecha do Edward. – Obrigada por cuidar.

    – Edward, temos um assunto pendente – disse Uriel perto deles.

    – “Edward”? Quando você passou a me chamar assim? – ele sorriu. – E qual seria o assunto pendente?

    – Quem irá comandar o céu.

    – E quem seria? – Edward pode sentir os olhares ficarem sobre si. Ele balançou a cabeça e os braços em negação. – Não! Não! Nem ferrando!

    – Edward!

    – Nem inventa! Eu mal consigo dar conta de cinco idiotas, que agora será seis, imagina de um céu inteiro de idiotas!

    – E quem irá comandar então?!

    – Por que não você, Uriel?!

    – Eu não acho que...

    – Antes disso – Aiken interrompeu a discussão –, que tal cês tentarem abrir aquela porta?

    Apesar da sala do trono, que já não tinha mais um trono, estar completamente em ruinas, a gigantesca porta continuava sem nenhum arranhão, mantendo-se com suas fissuras emanando laranja.

    – O que você acha que tem lá, Aiken? – quis saber Ed.

    – Sei lá.

    Edward refletiu um pouco.

    – Dante, arrombe a porta – determinou.

    – Pode deixar – afirmou Dante caminhando em direção a porta enquanto abriu e fechava os dedos e sua mão direita, entretanto, Uriel deteve seu avanço.

    – Se nem mesmo os serafins conseguiram abrir por força bruta, por que Dante conseguiria? – exigiu saber Uriel.

    – Porque ele é o Dante – disseram os selos.

    – Porque eu sou o Dante – disse Dante.

    Uriel suspirou.

    Enquanto eles discutiam, Mikaela subiu os degraus da escada, encostou sua mão na porta e fechou os olhos. Depois de alguns segundos concentrada, ela pode sentir magia vindo da porta.

    – Há uma grande quantidade de selos mágicos aqui – concluiu ela.

    – Mas nós nunca sentimos magia vindo dela – disse Uriel.

    – Não estou surpresa, vocês não sabem nem um terço de magia do que eu sei, e já é difícil para mim sentir.

    – Consegue quebrar os selos? – perguntou Edward ao seu lado.

    – Hmm, acho que sim.

    – Acha? – ele arqueou uma sobrancelha.

    – Tenho certeza.

    – Ótimo. Faça-o – ele se virou e começou a se afastar.

    – Se eu conseguir, irei ganhar outro beijo daquele? – perguntou ela.

    Edward corou, e Mikaela riu, mas ele parou e olhou para ela por cima de seu ombro.

    – Talvez ganhe até mais do que isso.

    Dessa vez foi ela que corou e ele que riu.

    Edward a deixou sozinha e sentou-se no chão. Ele sentiu o braço da Lizzie se afrouxar em seu pescoço e a segurou antes que caísse. Havia dormido, estava exausta.

    – Lutou bem, sem perder o fio por um segundo – sussurrou Edward enquanto deitava ela em cima de seu sobretudo no chão.

    – Capitão... – chamou Kleist ao seu lado. Ele já havia colocado o seu manto azul novamente, ocultando seu rosto. – Desculpe-me.

    – Pelo o quê?

    – Pelo meu mau comando. Falhei com os selos e com você.

    – Você sentiu? – perguntou Edward depois de um curto silêncio. – Sentiu o peso da vida dos seis em suas costas? Da vida dos anjos? – Enquanto olhava para Kleist, ele assentiu como resposta. Houve mais uma pausa, dessa vez maior. – Não me decepcione novamente.

    – Sim, capitão.

    Mikaela estava parada de frente para a gigantesca porta, encarando-a.

    – Estou sem mana e já gastei mais do que deveria da minha energia vital – pensava ela. – Mas sinto que tenho que fazer isso mesmo sendo arriscado.

    Ela inspirou o ar, expirando-o seguidamente, fechou os olhos e abriu apenas um pouco de seus braços. Depois de alguns segundos, uma película de energia branca emanou por todo seu corpo, fazendo seu cabelo flutuar. Por estar indo além do limite de seu corpo, um filete de sangue escorreu por cada narina. Sua mão direita brilhou o branco mais intensamente, então ela tocou a porta. Após um brilho ofuscar a todos por um curto instante, selos e mais selos começaram a aparecer na porta. Desta vez, apenas o dedo indicador da Mikaela brilhou intensamente. Ela começou a escrever runas, deixando-as marcadas no ar. Após escrever uma sequência de runas, Mikaela passou sua mão esquerda sobre elas, a porta emitiu um brilho novamente e uma fileira de selos foram quebrados. Ela repetiu a sequências de runas e teve mais selos quebrados. Depois de repetir o mesmo processo por vinte vezes, todos os selos foram rompidos. Uma película magica que protegia a porta se desfragmentou como vidro, seguido por um vento forte soprando entre todos na sala. Mikaela parou de emanar a energia branca, quase perdeu a consciência por um momento, mas manteve-se firme, limpou o sangue que escorria com o polegar e se virou.

    – Prontinho, Ed. – Mikaela viu que ele segurava um cigarro entre os dedos enquanto se aproximava. – Você fuma agora?

    Edward ergueu seu olhar para ela esperando seu olhar de reprovação, mas não veio, Mika manteve seu olhar indiferente.

    – Às vezes... quanto estou tenso – disse, mas com receio.

    – Ah, então você não precisa mais disso. Eu estou aqui.

    Edward sorriu seguido por uma risada.

    – De todos os jeitos que tentaram para eu parar de fumar, o seu foi o mais cruel. – Ele queimou o cigarro em sua mão e mais três maços que retirou dos bolsos. – Desisto.

    Mikaela ficou sem entender muita coisa. Edward passou pelo seu lado em direção a porta, subiu os degraus e a encarou por um tempo. Suspirou.

    – Sinto uma estranha sensação de que deveria tocar esta porta. Espero que o Senhor não tenha me deixado outro reino para eu cuidar – sussurrou Ed para si.

    Edward tocou a porta. De imediato, a porta emitiu um som e ele sentiu um pulsar dentro de si. As fissuras que tinham energia laranja emanando por toda a extensão da porta, tornara-se azul como as chamas de Edward. A porta começou a ranger, uma fresta no meio dela começou a se abrir, começando a deixar a luz inundar a sala do trono em meio ao vento. Conforme mais a porta se abria, todos podiam ver uma escada de degraus infinitos rodeada por uma vasta imensidão de nuvens e estrelas. Uma sensação de paz os rodearam. Nos degraus desta escada estava um ser descendo: era grande, emanava um brilho intenso e sua face era indescritível. Quando Edward percebeu que aquele ser era Deus, gargalhou alto e deixou-se cair de costas para o chão.

     – “Primeiro, atiçarei a traição dos serafins dizendo que coisas imensuráveis se escondiam atrás desta porta. Quando os serafins supostamente me matar, mais anjos pecadores de mente fraca se juntarão a Ganância. Uma guerra vai acontecer entre anjos, Os Cinco Selos irão intervir para acabar com a guerra. Desta forma, o céu iria se tornar puro novamente. Lilith será necessária para quebrar todos os selos da porta, e Morte seria a chave para abri-la, pois é imortal e ninguém irá conseguir matá-lo”. – Edward pode finalmente sentir seus músculos relaxarem, a dor veio logo após. – De fato, um plano simples, mas imprevisível vindo de alguém como Ele.

    Continua <3 :p


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