Esse capítulo ficou enorme mas farei em duas partes. A parte 2 eu vou explorar o arco da Jenny. Ainda estou pensando bem como vou elaborar. Segue mais um capítulo.
Boa leitura!!!
Jenny mal conseguia acreditar no que via. A sua frente estava Rukia Kuchiki, a mesma que só conhecia pelo anime que mais gostava. Ela existia e era de carne e osso.
— Desculpe-me! Como disse que se chamava? — Teve que perguntar novamente pois pensou que tinha ouvido errado.
— Eu meu chamo Rukia e sou da família Kuchiki. — Rukia estava tentando fazer amizade com a garota estrangeira a sua frente. — Vi que você é bem corajosa e deu um belo soco naquele moleque.
— Ele bem que mereceu. Ele tentou roubar a minha bolsa e por isso tive que dar um susto naquele trombadinha. — Por um momento se surpreendeu pois a garota também falava a sua língua. — Hei... você fala português?
— Sim, claro! Estudei várias línguas desde pequena. — Rukia era fluente em alguns idiomas pois desde pequena sempre teve aulas. Sua família era muito importante no Japão e no ramo dos negócios. — Você como se chama?
— Ahhh... eu me chamo Jennifer, mas pode me chamar de Jenny. — Ela se apresentou para aquela moça que na verdade estava sendo muito agradável.
— Muito prazer em te conhecer, Jenny. Você se perdeu de seus amigos?
— Sim. E para ajudar meu celular está fora de área. — Jenny ficou triste pois não sabia como encontraria sua amiga Vivian e Masha.
— Se quiser pode ligar do meu celular. — Rukia se manifestou a entregando seu celular cor de rosa. Jenny riu quando viu que o celular tinha um chaveirinho de coelho bem frufru.
Ela discou para amiga que não demorou muito e já atendeu a ligação.
— Jenny, cadê você? Estamos te procurando e nada de te acharmos.
— Calma, amiga. Eu vou te explicar o que me aconteceu. — Jenny tentava acalmar Vivian do outro lado da linha. — Eu fui assaltada enquanto estava esperando vocês e saí correndo para pegar o ladrão.
— Ham... — A voz de Vivian estava em alarde pela revelação da amiga. — Você está bem amiga? Onde você está?
— Eu estou bem amiga, fique tranquila. — Jenny olhava para Rukia quase não acreditando que aquela situação era real. — Bem... eu não sei onde estou.
— Estamos fora do parque Jenny. — Rukia falou para que ela se localizasse. — Eu estava na fila dos tickets quando vi a situação chata acontecer com você.
— Amiga, eu infelizmente estou fora do parque. — Jenny revelou sua localização, com certa tristeza, para a amiga. — Na adrenalina eu acabei correndo atrás do ladrão e nem vi que saí do parque.
— Jenny fique aí! Masha e eu iremos até você. — Vivian estava preocupada com a amiga e não a deixaria sozinha ou desamparada. — Tem alguém aí com você? Eu ouvi uma voz feminina.
— Tem sim amiga! Eu estou com a Rukia Kuchiki. — Teve que falar o que estava acontecendo. — Eu a conheci nesse acontecimento inesperado. Estou falando do celular dela.
— Você está brincando comigo, né? — Vivian não estava acreditando — Amiga isso é sério. Estamos preocupados com você.
— É sério sim e amiga não precisa se preocupar comigo. — Jenny falava enquanto olhava para Rukia e via que ela era bem real aos seus olhos. — Estou em boas mãos.
— Jenny, me diz a sua localização que iremos até você!
— Amiga você vai perder a atração do parque. — Jenny queria que a amiga aproveitasse o passeio pois ela já estava bem feliz com a situação nova que estava vivendo. — E você está com o Masha-san. Ele está afim de você. Eu no seu lugar já pegaria esse japa gato. — Jenny ouviu o silêncio que predominou no outro lado da linha. Com certeza a amiga estava um pimentão.
— Tudo bem amiga. Mas fique com seu celular. Qualquer coisa você me liga.
— Sim. E você também pode me ligar. Bem, curte o parque por mim! Eu vou ver o que eu faço aqui fora.
— Ok Miga. Se cuida. Beijo.
— Beijos. — Jenny encerrou a ligação com um sorriso no rosto. Ela já sabia o que a esperava. Não poderia ser coincidência esse encontro com o inimaginável.
Ela entregou o celular para Rukia que não demorou muito e já a puxou pelo braço.
— Você gosta de balada? Eu adoro! Estava sem companhia para vir ao parque e você é tão louca como eu. Vamos? — Rukia com um sorriso no rosto se aproximou de uma moto e a entregou um capacete.
— Moto?
***
— E você está com o Masha-san. Ele está afim de você. Eu no seu lugar já pegaria esse japa gato. — Vivian não sabia onde esconder o rosto pois seu celular estava no viva-voz e Masha ouviu tudo silenciosamente o que Jenny dizia. Por alguns instantes, ele chegou a abrir um sorriso e se sentir atraente.
— Tudo bem amiga. Mas fique com seu celular. Qualquer coisa você me liga. — Vivian ainda não estava satisfeita em deixar a amiga com uma estranha e longe de sua companhia.
— Sim. E você também pode me ligar. Bem, curte o parque por mim! Eu vou ver o que eu faço aqui fora. — Masha olhou para Vivian e teve a plena certeza que ficaria por muito mais tempo a sós com ela. O incomodava que Vivian estava insegura e poderia ficar ainda mais fechada ou tímida. Ele não desistiria de tornar o ambiente menos intimidador.
— Ok Miga. Se cuida. Beijo. — Ela teve que se contentar com a decisão da amiga e sua teimosia.
— Beijos. — Foi a última palavra de Jenny. Vivian encerrou a ligação com o olhar que não conseguia sair do rosto.
— Senhorita Bibian, não fique preocupada com a Senhorita Jenny. Eu conheço a Rukia e ela é confiável. — Masha conseguiu mudar a expressão de Vivian que agora parecia surpresa. — Conheço a família Kuchiki.
— Masha-san, é inevitável não ficar preocupada. Enquanto estávamos todos juntos não havia problema. Eu fiquei aborrecida dela ter sido assaltada aqui e dentro do parque. — Ela ainda não conseguia se soltar de seu descontentamento. — Mas eu fico tranquila que você conhece essa moça.
— Eu a conheço sim. E te digo que Jenny terá uma nova amiga!
— Bem, agora somos só nós dois e você será de agora em diante meu novo amigo. — Ela soltou um sorriso tímido deixando de lado a preocupação.
— Eu gostaria que você me chamasse apenas de Masha. — Seu coração não conseguiu controlar uma palpitação e não resistiu aquele sorriso sincero e tão carismático que ela tinha. Deu um sorriso que não conseguia mais controlar.
— Você também pode parar de me chamar de senhorita. Amigos de verdade não precisam ser tão formais. — Ela também queria se sentir mais à vontade. Olhou para cima e viu que já era fim de tarde e que não tinha mais graça ficar em um parque de diversões. — Masha você gosta de música?
— Eu gosto muito de música. — Ele tentou parecer mais natural possível ao responder. — Quer ir a um bar de karaokê?
— Eu quero sim, preciso de algo mais leve. — Ela se animou com a ideia e se enganchou nos braços dele. — Eu não sei cantar muito bem mas depois de uma cerveja eu consigo.
— Quero ver você cantar, estou curioso!
Os dois saíram do parque e Masha conhecia um lugar ideal para que eles pudessem curtir a começo da noite.
— Ah... dessa vez quero ir na frente! Não precisa parecer que você é apenas um chofer. — Ela se recusou a entrar no banco de trás do carro e se sentou no da frente.
— Tudo bem, Bi. Quero que se sinta à vontade e que possamos ainda aproveitar esse dia. — Ele entrou no carro não conseguindo evitar olhar para ela que estava toda solta e confiante ao lado dele.
— Eu queria te dizer que não sou uma pessoa sem limites quando disse que queria beber uma cerveja. — Ela explicou veemente que não queria dar a falsa impressão que causou. — Eu levo muito a sério quando vou beber. Eu apenas gosto de beber de vez em quando.
— Eu não poderei te acompanhar. — Ele se entristeceu pelo fato de estar dirigindo. Deu partida no carro e saiu do local.
— Podemos fazer melhor então. — Ela o olhou com uma expressão de que acabara de ter uma ideia. — Podemos comprar a cerveja e levar para o ryokan. Assim não teria problema. Se você aceitar. — Ela ficou meio tímida pelo fato de ter falado que aceitaria ele dentro de seu quarto para beber. Viu a burrice que falou e consertou na hora. — Podemos tomar cerveja lá perto e andar pé.
— Faz muito tempo que não sei o que é sair andando e tomando uma cerveja. — Ele sorriu pelo fato de ser nostálgico esse tipo de programa. — Mas antes eu gostaria de levá-la ao melhor karaokê de Shibuya.
— Tudo bem, mas eu não sei cantar direito japonês. Eu adoro as músicas do Fukuyama Masaharu. São tão lindas mas eu não consigo chegar ao tom. — Ela ficou tímida por ter dado a ideia de ir a um karaokê sem nem saber cantar em um.
— Então você gosta dele? Hummm... interessante! — Ele pareceu gostar do que ouviu. — E se eu cantasse uma música dele com você? — Masha deu a melhor solução para a insegurança dela.
— Você sabe cantar as músicas dele? — Ela ficou espantada com o que ele disse. — Sabe, eu preciso te dizer algo.
— Sou todo ouvidos. — Ele respondeu interessado no que ela tinha a lhe dizer. E parou o carro para que pudesse olhá-la.
— Eu sei que pode parecer bobeira e você pode até ter ouvido isso de outra pessoa. — Ela tentava ser mais objetiva mas tinha mania de divagar. — Mas desde aquela hora no aeroporto eu cheguei a pensar que você era ele. — Enfim falou sem o encarar. — Mas agora eu sei que você é o Masha. E saiba que vocês são muito parecidos. — Ela o olhou e viu que o mesmo estava sério olhando para ela mas seu semblante mudou e adotou o mesmo olhar que ele sempre tinha.
— Você não é a primeira a me falar isso. — Ele tentou formular o que falaria a seguir pois seu coração disparou assim que ela fez essa constatação e lhe revelou. — Eu não sou ninguém importante assim. Mas me sinto lisonjeado pela comparação. Ele talvez não tenha escolha de sair e andar pela rua sem ser notado. Ele deve sentir inveja de eu estar aqui. — Mediu bem as palavras pois não queria ser revelado. Não era a hora.
— É difícil ver um artista na rua sem ter um paparazzi perseguindo. Talvez não seja diferente aqui. — Ela compreendeu o que ele lhe disse. — Eu tenho um sonho de ainda ir a um show dele. Melhor do que sonhar em um dia estar frente a frente dele. Seria sonhar demais para mim. — Sorriu com uma certa tristeza.
— Talvez ele tenha o mesmo sonho de conhecer alguém como você. Um artista não tem a mesma liberdade que uma pessoa comum. — Ele prolongou o assunto pois queria explicar o que realmente sentia. — Mas um artista também não deixa de ser uma pessoa com vontades.
— Quem sabe um dia eu poderei realizar esse sonho. Obrigada por me ouvir Masha. — Ela encerrou o assunto o olhando nos olhos e transmitindo total confiança. Ela o considerava uma pessoa calma e que a sempre entendia.
— Nós chegamos. Vamos! Quero ver você cantar junto comigo. — Ele saiu do carro e já estava indo para o lado dela.
— Bem, eu quero que você cante comigo, por favor! Eu não sei direito.
— Vamos entrar. — Ele a puxou pela mão para que pudessem entrar naquele estabelecimento.
O lugar era bem acolhedor. Tinha algumas mesas encostadas nas paredes e com vista pelas janelas. E bem no centro tinha um palco em que você cantava com o visor para acompanhar a música.
Tinham poucas pessoas no estabelecimento o que ajudou Vivian não ficar mais tímida do que estava. Masha escolheu uma mesa e puxou uma cadeira para que ela se sentasse.
— Ei... você deve estar com fome! O que gostaria de comer? — Ele estava morrendo de fome também mas achou elegante perguntar primeiro para ela.
— Eu toparia experimentar o que tem de melhor mas eu sou vegetariana. Não como carne. O que me recomenda? — Ele ouvia tudo o que ela falava. Tudo nela o atraía e saber que ela era vegetariana foi algo amais que ele soube.
— Você já experimentou temaki de shimeji? — Ele se preocupava com o bem estar dela.
— Sim. Já comi no Brasil. Eu adoraria experimentar o daqui.
— Então vamos experimentar juntos. Eu adoro shimeji. — Ele ficou feliz por ela ter o mesmo gosto dele para comida. — O que gostaria de beber?
— Suco de laranja natural. — Pediu pois a cerveja tomaria depois.
— Tudo bem. Eu vou beber uma limonada. — Ele riu pois não queria imitá-la descaradamente. — Eu te disse que cantaria uma música com você. Eu gostaria de cantar uma música para você. Ela lembra muito você.
— Sério? — Ela ficou encantada com o que ele lhe disse. — Qual música? Será que a conheço? — Se questionava pois queria saber se sabia cantar.
— Quero que você goste da música! — Ele se levantou para o palco. A olhou e com um sorriso a música começou a tocar.
Vivian não conhecia essa música mas logo de início ela se apaixonou pelo estilo da música. Ela era uma música feliz. Não demorou muito e Masha soltava a voz que naturalmente tinha.
— Nee fushigi da yo konna koto aru nante
Nee doushite sa konna no bokurashikunai yo
Kimi no yokogao soba ni iru dake de
Hora mune no kodou itai yo
zettai kimi ga suki da yo
Karaku kotoba kawasu dake de
Totsuzen boku no kokoro ni kimi ga hajiketa
zettai kimi no sei da yo
Dakishimetai kimochi dake de
Zenzen boku wa dame da yo koi wa hajiketa...
Masha a surpreendeu pois não só sua aparência como sua voz eram parecidíssimos com o cantor famoso. Ela começou acompanhar a letra em romaji no telão que ficava de frente para a sua mesa. Vivian gostou do que ele fez. Sabia que fazia para ela com muito carinho. Ela tentava ao máximo segurar a paixão que estava sentindo por tudo o que ele estava a proporcionando. Ele sabia com simples gestos a enfeitiçar. Ela queria também poder fazer o mesmo por ele. Ela pegou o catálogo de músicas que estava escrito em inglês, japonês e se surpreendeu em ver algumas músicas brasileiras. Estava em dúvida em escolher uma música do seu cantor favorito japonês. Porém escolheu de imediato uma música da banda brasileira kid abelha. Ela cantaria! Tinha posto isso na cabeça.
Não demorou muito e Masha já retornava para a mesa. Ela o aplaudiu pois gostou de como ele era tão gentil e amável para com ela.
— Você cantou muito bem! Infelizmente não conheço essa música mas eu adoraria saber o que ela diz. — Sua curiosidade estava a deixando corajosa para falar. Queria saber, talvez, o que ele pensava sobre ela.
— Eu sei fazer um pouco de tudo. Cantar está dentro de mim. — Apenas respondeu. — Chegaram nossos sucos e temakis! — Os pedidos vieram bem rápidos.
— Isso aqui está maravilhoso. — Ela admitiu assim que provou daquela comida.
— Já escolheu uma música para cantar? — Ele estava ansioso para cantar junto com ela.
— Escolhi uma brasileira. Quero cantar essa música para você! Estou com coragem. — Ela queria retribuir o gesto. — Vou cantar agora mesmo.
Ele a olhava com muito mais interesse. Percebeu que ela era determinada e vencia seus próprios medos e insegurança. Pensou que estar ao lado dela poderia libertar esse lado. Ele a fazia bem e ficou satisfeito com isso.
Vivian se levantou e foi para o palco. Estava ela de frente para Masha. E não tinha mais ninguém para ouvir sua voz. Ela era tímida. Gostava de cantar mas sempre sentiu vergonha de sua voz. Mas tentaria cantar por ele e para ele. Assim o fez.
A música começou a tocar e ela se empolgou com a música se soltando e dançando aquela música nostálgica. Fechou seus olhos e soltou a sua voz.
— Desde que estamos aqui
Eu não quero saber
Quanto tempo se passou
Quem sou eu e onde estou
Será que fomos apressados
Ou foi o tempo que parou
Será que estamos parados
Congelados no espaço
Desde que estamos aqui
Eu não quero saber
Quem está por cima
Quem está por baixo
Com você o tempo pára
Sem você o tempo voa
Sem você eu perco tempo
Com você me sinto imortal
Eu quero ver você
Ficar no meu lugar
Eu quero ser você
Ficar no seu lugar
Será que fomos apressados
Ou foi o tempo que parou
Será que estamos parados
Congelados no espaço
Com você o tempo pára
Sem você o tempo voa
Sem você eu perco tempo
Com você me sinto imortal
Eu quero ver você
Ficar no meu lugar
Eu quero ser você
Ficar no seu lugar
Ela cantou maravilhosamente bem aos olhos dele. Não conhecia a música mas a sensualidade e vida que ela transmitia a deixava muito mais desejosa e perfeita. Ele não tinha palavras para descrever o que sentiu. Ela mais do que nunca o fez se sentir um homem com desejo pelos seus toques. Masha a queria e agora mais do que nunca.
Ela voltou a se sentar e com os olhos cheios de alegria lhe falou.
— Eu consegui cantar!
— Eu ainda quero cantar com você e tenho uma música que poderíamos cantar juntos. — Ele olhou para o catálogo e falou a sua escolha. — Peach?
— Ohhh... essa eu conheço e sei cantar um pouco. — Ela se levantou e o puxou para cantar a música.
Masha colocou o microfone no pedestal e ambos compartilhariam do mesmo. Para surpresa dos dois, ao começar a tocar a música, as pessoas começaram a aparecer para prestigiar a música.
Ele começou a soltar aquela voz grave o que chamou atenção de quem os estava vendo.
— Shinjitsu mitai na koto
Mousou shisugiru koto
Sore wo Sore wo Sore wo Ai to yonde
Totemo Totemo Ai ni izonshou da yo
Marude todokanai Kanji aenai
Sekai wa modaeteru
Bokutachi Saa Dou suru
Tu Tu Tu Makeru mon ka
Tu Tu Tu Tachi agare
Tu Tu Tu Ai no tame ni
Vivian o acompanhava com backing vocal e alguns versos ela cantava junto com ele. Ela se soltou mais ainda na música pois dançava. O que mais chamava atenção era o sucesso que a dupla estava fazendo para a quantidade de pessoas que se aglomeravam para vê-los.
— Yorokobi mitai na koto
Souzou shisugiru koto
Sore wo Sore wo Sore wo Yume to yonde
Soshite Soshite Yume ni fukanshou da yo
Marude waraenai Wakachi aenai
Sekai wa nureteiru
Bokutachi Saa Dou suru
Tu Tu Tu Makeru mon ka
Tu Tu Tu Tachi agare
Tu Tu Tu Ai no tame
Tu Tu Tu Nigeru mon ka
Tu Tu Tu Makeru mon ka
Tu Tu Tu Tachi agare
Tu Tu Tu Ai no tame ni
Dakara todoketai Kanji aitai
Kokoro wa moeteiru
Bokutachi moeteru
Tu Tu Tu Makeru mon ka
Tu Tu Tu Tachi agare
Tu Tu Tu Ai no tame
Tu Tu Tu Nigeru mon ka
Tu Tu Tu Makeru mon ka
Tu Tu Tu Tachi agare
Tu Tu Tu Ai no tame ni
Tu Tu Tu Makeru mon ka
Tu Tu Tu Ai no tame
Tu Tu Tu Kimi no tame ni
Ao terminar a música ouvia-se aplausos e mais aplausos. Vivian já não sentia mais vergonha de estar em frente a uma multidão que a viu dançar e cantar abertamente.
— Eles gostaram de você! — Masha era sincero pois ele era o primeiro a gostar. Nunca imaginou que se sentiria tão bem em cantar essa música antiga ao lado dela. Ele se sentiu vivo e jovem.
— Também gostaram de você Masha. Eles pensam que você é cantor profissional! — Vivian constatava o óbvio pois ele atraía olhares de desconfiança. — Precisamos sair daqui, Masha.
Ela o puxou pela mão e saíram correndo daquele estabelecimento. Alguns até tentaram segui-los mas foi inútil. Eles correram até não deixarem mais rastros.
Ao chegar no carro eles riam do que estava acontecendo. Masha nunca sentiu tão bem na sua vida. Vivian ainda tentava pegar fôlego para poder falar pois não conseguia parar de rir.
— Eu acho que hoje não terá cerveja! — Ele com um sorriso constatava que seria impossível voltar ao local.
— Tudo bem, Masha. Haverá nova oportunidade. — Ela já voltava ao normal. Precisamos voltar. Ei espere! — Ela notou para qual lado estava sentada dentro do carro. — Posso dirigir?
— Você já dirigiu um carro assim antes? — Masha não acreditava que ela estava falando sério.
— Nunca dirigi com com a mão invertida mas posso aprender! — Ela devolveu na mesma moeda pois ele também disse isso ao querer aprender falar seu nome.
— Tudo bem. — Ele concordou. Não tinha tanto movimento nas ruas e eles voltariam por uma rota bem mais tranquila.
Ela dirigia devagar e tranquilamente. Não teve medo o que o surpreendeu. Ele dava as direções e ela seguia o caminho. Em menos de 20 minutos eles já estava em frente ao ryokan.
— Chegamos em segurança, Masha. O que achou? — Ela estava com um sorriso aberto de lado a lado e esperando por um elogio.
— Você dirigiu bem e foi prudente mas eu não poderia ter deixado. — Ele a olhou seriamente pois sentia que ela gostava de perigo.
— Entendo. — Ela disse saindo do carro e um pouco entristecida o que ele notou.
— Bi, me desculpe. — Ele tentou amenizar o clima que estragou em segundos.
— Tudo bem, Masha. — Disse tentando voltar ao normal. — Eu voltarei para o Brasil sabendo que um dia dirigi pelas ruas de Tóquio.
Estava calma aquela rua à frente do ryokan. Apenas as luzes daquele hotel iluminava o ambiente. Masha olhava para Vivian e não sabia mais o que falar. Queria agir mas não conseguia. “Quero tanto um beijo” ele chegou a tomar coragem e falar algo do tipo mas ao tentar dizer algo foi interrompido pelo toque do celular dela. Vivian assim que pegou viu que era a Jenny.
— Oi amiga, está tudo bem? — Vivian ouvia o que a amiga lhe dizia e foi breve. Não demorou muito e já encerrou a ligação.
— Ela está bem? — Teve que perguntar pois Vivian não continuou a ligação.
— Sim. Está muito bem! Parece que ela fez uma amiga. — Tentou sorrir mas não conseguiu. — Obrigada por estar aqui comigo!
— Eu... — Masha foi interrompido mais uma vez quando viu algumas pessoas que se aproximaram e estavam entrando no Ryokan.
— Está tarde. Precisamos descansar. — Queria poder ouvi-lo mas ele não continuou ou retomou o que falaria. — Ainda não dormi.
— Descanse, Bi. Boa noite. — Apenas disse com um sorriso discreto no rosto.
— Boa noite. — Ela respondeu e se retirou.
Hoje Masha não conseguiria dormir mas tentaria.
Continua...