A origem de Rukia - Uma missão de vida

Tempo estimado de leitura: 28 minutos

    18
    Capítulos:

    Capítulo 2

    Hotaru

    Hentai, Heterossexualidade, Nudez, Sexo, Violência

    Mais um capítulo Byaruki para vocês. Espero que gostem.

    Boa leitura!

    A máscara da indiferença voltou assim que entrou em seu quarto. Tinha que se esconder novamente pois estava muito exposto. Tinha imposto que jamais deixaria sentir amor novamente mas não aprendeu a deixar de amar em 50 anos assim como não amar novamente. Mais uma vez ele sentia algo explodindo em seu coração.

    Tinha total concepção que foi Rukia quem causou isso em seu corpo mas não queria sentir porque tinha medo de amá-la. Sim! Byakuya ama sua irmã. Na verdade sempre amou desde o dia em que a viu pela primeira vez quando a adotou. Mas não se permitiu deixar-se amar outra vez. Tinha medo de sofrer. Por isso usou do artifício de se esconder atrás de uma armadura de indiferença e imponência. Não fazia isso para ela e sim para si mesmo. Tinha que ser assim.

    Assim como o medo em se permitir amá-la, sentiu vergonha por, pela primeira vez em sua vida, se deitar ao lado de uma mulher. Isso mesmo: nunca ele tocou em Hisana! Apesar de ter se casado com ela seu casamento não se consumou. Nesses 5 anos não conseguiu ter um herdeiro. Amou Hisana e a protegeu como uma criança pois era a única coisa que poderia fazer. Ela que adoeceu muito cedo e ele, como homem, em nenhum momento a forçou a honrar ser sua mulher intimamente.

    Aquele homem, ainda jovem, sentia vergonha de ainda ser considerado um homem intacto. Essa era a sua fraqueza e esse segredo ele guardava a sete chaves até mesmo dos anciões do clã Kuchiki. Mas dessa vez o capitão estava em apuros pois sentiu que seus hormônios adormecidos o estavam enlouquecendo. Ele queria ter tamanha coragem para tomar Rukia em seus braços e se unir a ela de corpo e alma. Mas conseguiu e se controlou em não fazer isso lá naquele santuário. Não era a hora, o local e nem a condição certa.

    O fato de saber que Rukia sonhava com ele aqueceu o seu peito e lhe deu esperança. Não tinha nada que o impediria de se declarar para ela. Mas tinha algo que ele precisava lhe falar e não tinha certeza se era a hora para isso. Sua mente entrou em verdadeiro confronto pois queria dizer tudo a ela e não deveria demorar muito.

    Rukia sempre teve essa independência, ou parecia ter a seus olhos, sempre tão sozinha, silenciosa e muito mais forte que ele. Ela conseguia ser muito mais pois era natural. Quanto a ele era totalmente maquiada a sua imponência minuciosamente. Odiava saber que parecia um menino nas suas dúvidas e decisões sobre o coração.

    O capitão não admitia acreditar nisso que criou essa proteção só por estar perto dela e morando no mesmo teto. Ele tinha que superá-la. Mas não conseguia superar o medo de dizer a ela o que sentia — primeiro: era errado, segundo: ela poderia pensar que ele era um pervertido e terceiro, mais cruel: ele tinha medo de que a perderia assim como Hisana.

    O homem despiu-se e foi relaxar-se em sua banheira. Um banho quente para relaxar. Já que sono não chegaria tão cedo.

    ***

    Rukia acordou com a cabeça doendo e o coração aliviado. Não soube por quanto tempo. Abriu os olhos e viu que estava no templo e se surpreendeu pois estava coberta pela capa de seu Nii-sama. Pegou aquele haori e sentiu aquele cheiro inebriante que a enlouquecia – ele esteve aqui.

    Rukia estava apaixonada por Byakuya. Sempre o amou, mas guardou esse sentimento no fundo de sua alma. Nunca ousou contar a ninguém e jamais contaria. Mas ela não aguentava mais. Não era mais uma menina e seu corpo era de uma mulher.

    Rukia se apaixonou por ele desde a primeira vez que o viu e olhou em seus olhos. Não sabia direito o que era mas criou um fascínio por aquele jovem homem, o mais lindo que já viu. Desde então tudo o que fazia era para agradá-lo. Prometeu-se que guardaria seu coração somente a ele e que um dia seria o orgulho dele. E assim o fez.

    A pequena mulher saiu de seus pensamentos e logo pôs a sair daquele local, pois tamanho era o medo que a incendiou de ter invadido uma área restrita e ser penalizada por Nii-sama. Não tinha mais como voltar atrás e agora tinha que se preparar.

    Estava escuro fora daquela sala pois deveria ser de madrugada. Nas pontas dos pés andou lentamente pelo corredor para chegar a seu quarto. Como o mesmo ficava ao lado de Byakuya teria que passar à frente de seu quarto.

    Viu que o quarto estava quieto e havia um filete de luz vindo de sua porta. Parou por alguns instantes ao cruzar a porta de seu irmão que estava semiaberta. Rukia tinha indiscrição em saber porque o irmão estava acordado que não hesitou em espionar por aquele filete.

    Ela pode ver o irmão deitado olhando para cima. Aquela cena fez Rukia maravilhar-se com a beleza escondida por debaixo daquelas roupas de capitão. Jamais viu um homem nu. Sentiu naquele momento que estava invadindo e extrapolando por demais em suas atitudes. Mas continuou ali a olhar.

    Seu corpo sentiu enorme desejo de se tornar mulher e se deitar ali com seu irmão pois o amava. Não importava muito se ele pensasse que ela era Hisana pois ela o queria sentir e ser tocada por ele. Levou sua mão a sua intimidade e sentiu sua intimidade úmida e quente.

    Rukia se alarmou ao ver que o irmão levantou-se bruscamente e olhou para a porta do quarto. Ele estava ali, em pé em toda a sua naturalidade e beleza humana olhando para a porta. Ela arrepiou-se totalmente com aquela visão dos deuses e não conseguia sair de trás daquela porta sem fazer barulho pois demasiado era o controle de seu corpo em ficar aquietado. Será que ele me viu?

    Para sua calma ouviu quando o irmão apagou as luzes. Rukia ficou em completa escuridão e junto dela a missão de chegar ao seu quarto o mais rápido possível.

    Não se via nada a um palmo de distância só se ouvia o barulho do vento que batia nas janelas de toda a mansão e a sensação de uma corrente de ar gelado que percorria o corredor. Levou as mãos para tocar a parede e para sua surpresa sentiu estar tocando algo macio e quente. Não demorou muito e sentiu a respiração ofegante tocar sua testa. Era ele ali a sua frente naquela escuridão exalando o cheiro dos deuses.

    Seu coração acelerou e suas mãos começaram a tremer incontrolavelmente. Não sabia se tremia por medo ou por sentir um desejo incontrolável em estar ali cara a cara com Byakuya. Era ele pois seu cheiro era único.

    Não se via nada. Apenas se ouvia as respirações descompassadas. Duas pessoas na escuridão que não poderiam esconder seus sentimentos para si mesmos. O cenário perfeito para um homem e uma mulher tornarem-se um só.

    Rukia sentiu suas mãos serem correspondidas pelo toque das mãos dele. Suas mãos entranharam-se. Sentiu uma corrente elétrica percorrer todo o seu corpo pois aquele contato era inédito e prazeroso. Era como se a partir daquele momento teria permissão em fazer parte da vida dele. Ela o queria para sempre e não o largaria nunca.

    A escuridão durou pouco. Assim com o vento do inverno veio uma legião de vagalumes para incendiar o calor de ambos. Eles que vieram testemunhar e celebrar o amor que ambos nutrem um pelo outro. Festejando com suas luzes naturais para iluminar duas almas que se amavam. Aquele festival de luzes veio para acalentar e revelar que poderia existir sim o amor para Byakuya e para Rukia.

    Rukia maravilhou-se com aquela invasão majestosa daqueles seres de luzes adentrarem os corredores da mansão, eram lindos de se ver. Sentiu que Byakuya tocou em seu queixo estendendo seu rosto para que seus olhos pudessem se encontrar.

    Sentiu aquela sensação de quando o viu pela primeira vez. Aquele ser tão altivo conseguia ter os olhos mais lindos e desejosos. Olhar nos olhos de Byakuya era como entrar em um portal para um mundo que Rukia queria e desejava conhecer.

    Byakuya aproximou lentamente seu rosto e a pequena pode notar que não era impossível se sentir mulher e saciar seu desejo. Fechou seus olhos entregando-se intensamente aquele sentimento naquele minuto que parecia uma eternidade. Sentiu seus lábios tão macios e molhados amaciando os seus que nunca foi maculado.

    Queria ficar naquele beijo para sempre e nada a faria mais feliz se aquele momento não tivesse hora para acabar. Hoje ela se sentiria mulher. Era o seu maior anseio.

    O beijo, assim como o momento, teve que ser interrompido pois ambos não conseguiam controlar a falta de ar que seus corpos já necessitam. A pequena mulher teve que dizer o que estava sentindo mas palavras não eram o suficientes para descrever. — Nii-sama. Contentou-se em apenas sussurrar o que sentia por unicamente uma pessoa. — Nii-sama, eu te amo!

    ​Continua...


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