Meu Marido É Um Anjo Da Guarda

  • Finalizada
  • Aelita
  • Capitulos 12
  • Gêneros Bishoujo

Tempo estimado de leitura: 3 horas

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    Capítulos:

    Capítulo 2

    Capítulo 1

    Boa leitura espero que gostem

    bye bye

    Lançando um olhar de suspeita para seus adversários no jogo de “fenuri”, Natsu enfiou a mão na manga de seu manto branco e tirou dela uma perfeita pluma dourada.

    Confiante de que ninguém vira sua artimanha, colocou o artefato sobre a mesa de jogo, em cima das plumas de seus dois oponentes.

    _Fenuri! – gritou, proclamando-se vencedor pela quinta vez. Sentiu sua auréola entortar um pouco para a esquerda, sob o efeito de tanto entusiasmo, mas tratou logo de ajeitá-la.

    Enquanto contava vantagem, pela vitória “Facil”, sentiu Ariel tocar seu braço. Embora seu tom fosse gentil, as palavras dele mostraram um tom de aviso.

    (  Nota  autora: Para tudo . putaquepario ** da onde tu tirou essa ideia allyne ? Anjos jogando cartas no céu igual uno kkk. Que super. imaginação fértil tu tem .”).

    _Se Nahum descobrir que um membro do seu grupo não é completamente virtuoso, será muito difícil esse indivíduo ganhar asas, não acha?

    Ignorando a ameaça implícita, Natsu riu.

    _ Que importância teria isso? Já tenho penas de Fenuri suficientes para confeccionar minhas próprias asas, se for preciso.

    Ariel respirou fundo, ficando de pé. Todavia antes que pudessem  continuar a conversa, uma brisa suave anunciou a chegada do mensageiro Jassim.

    _Nahum quer falar com você – disse ele a Natsu. Diante do olhar confuso que recebeu, explicou:  _ Chegou a época de sua atuação angelical.

    Com um último sorriso vitorioso para seu oponente no jogo, Natsu ficou de pé, guardou as plumas de fenuri nos bolsos do manto. Depois de tantos séculos de prática naquele jogo, sabia que era preciso um pouco mais do que mera sorte para vencer. Esperava não se tratar de alguma repreensão por causa do seu comportamento. Os voluntários do Departamento de “Pesquisas Humanas” tinham de ser responsáveis e ter uma íntima compreensão da mais imprevisível e complicada de todas as criaturas: os seres humanos. Infelizmente, Natsu não possuía nenhum dessas qualidades, principalmente a primeira.

    Nahum estava sentado em uma cadeira dourada, em sua costumeira postura beatifica. Natsu sabia que não demoraria muito tempo até seu supervisor trocar aquela cadeira por outra mais importante, em um departamento diferente. O lindo par de asas de Nahum parecia tão elegante quanto ele próprio .

    Natsu se contentaria até com um pequeno par de asas, mas levando-se em conta seu currículo angelical, demoraria pelo menos um milênio para conseguir asas tão suntuosas quanto as de seu supervisor.

    Disse a si mesmo que dessa vez agiria de forma diferente. Faria, com dedicação, qualquer coisa que Nahum mandasse, mesmo que se tratasse de orientar algum humano atrapalhado.

    Teve de conter o riso, ao recordar seu último fiasco naquele tipo de missão. Depois de cometer inúmeros erros, por deixar sua mente divagar, fora forçado a deixar que Ariel assumisse a responsabilidade de proteger o presidente Gabriel.

    Nahum assentiu com benevolência, desviando o olhar para os bolsos do mando de Natsu.

    _Quando chegar o momento de se encontrar com nosso superior, duvido que ele leve em consideração suas asas de fenuri . – disse, com sabedoria.

    Embaraçado, Natsu enfiou mais as plumas nos bolsos.

    _Estive examinando seu currículo – continuou Nahum, mantendo alguns papeis em mãos. _ Em adição à sua falta de ..... digamos.... finesse como protetor, parece haver alguns outros problemas em seus dados angelicais.

    Natsu não pôde deixar de achar o comentário de Nahum curioso. Seu currículo tinha apenas “Alguns problemas”? Respeitosamente, esperou que seu superior continuasse.

    _ O primeiro problema é que  você encara tudo como se fosse uma grande brincadeira. Aqui não há lugar para alguém que prefere viver como um....um...

    _ Um espirito livre?

    _Exatamente. Formamos uma equipe e você precisa aprender a trabalhar em conjunto com os outros.

    _Tentarei me esforçar.

    Nhum cruzou os braços, expondo as argolas douradas das mangas de seu manto.

    _ Pode  começar chamando Ariel pelo nome correto, e não de “Aric”.

    Natsu arqueou uma sobrancelha. Pelo visto, seu colega andara fazendo reclamações.

    _ E é melhor que comece a desencorajar os outros a chama-lo pelo apelido. “Nasu” soa casual e moderno demais diante da natureza séria de nosso trabalho.

    Natsu assentiu, com reverencia

    _ Pode deixar. Qual é o outro problema?

    Nahum abriu outra pasta.

    _ Estou vendo aqui que seu treinamento está incompleto.

    Lembrando-se de todos os cursos e palestras que frequentara, Natsu pensou na possibilidade de seu superior haver se equivocado.

    _Mas já fiz todos os cursos que temos aqui e passei nos testes com louvor.

    _Sim, mas ainda não teve seu aprendizado na terra – explicou Nahum. _ Precisa viver a experiência na prática, antes de passar para outro estágio do trabalho angelical.

    _ Já estive estre os humanos, Nahum. E você sabe muito bem como eles são.

    _Porém , você nunca foi um humano. Em todas suas missões, permaneceu invisível para seus protegidos. Isso significa que precisa aprender a interagir com eles, comunicar-se no mesmo nível que eles.

    Natsu quis explicar que aprendera a falar com os humanos sussurrando-lhes conselhos, mas Nahum o silenciou com um gesto.

    _ É impossível compreender os humanos antes de se haver experimentado os mesmos desafios e as mesmas limitações que eles. Entenderá melhor o que estou querendo dizer quando se tornar um deles.

    _ Ah, não! Isso não! Não quero ir para lá e ter de enfrentar o estágio das fraldas e de ter pais me dando ordens todo o tempo. Você sabe que eu não sei lidar direito com a perda de liberdade.

    _ Deve ser justamente esse o motivo que o leva a falhar tanto em suas missões. Não teve pais para faze-lo passar por essa experiência. - inclinando-se para a frente, Nahum completou: _ Tenho uma missão para você.

    Natsu exalou um longo suspiro de alivio. Se Nahum já tinha uma missão pronta, significava que ele não teria de passar pelo estagio infantil.

    _ Há uma jovem que precisa de sua proteção.

    Natsu arqueou uma sobrancelha. Faria seu melhor, mas se ela fosse do tipo “difícil”, seria aconselhável preparar bandagens e bolsas de gelo.

    _ Me dê cinco minutos para vestir um manto novo e estarei pronto – disse  a Nahum.

    _Não vai precisar de manto – avisou o supervisor. – Dessa vez, aprenderá a lidar com um protegido utilizando a forma humana.

    Natsu franziu o cenho. Pelo visto, não se livrara da parte difícil.

    _ Como conseguirei proteger alguém tomando mamadeira e usando fraldas?.

    Nahum o fitou com infinita paciência .

    _Há uma alma preste a deixar o corpo, e você passará a ocupa-lo quando isso acontecer.

    Natsu balançou a cabeça, como se não houvesse escutado direito.

    _ Quer dizer que não terei de passar pelas fraldas, mamadeiras e tudo mais?.

    _ Não. Você será um jovem de trinta e anos, e viverá em Boston.

    _ E quanto à jovem ? Como irei protege-la?.

    Nahum fechou a pasta.

    _ Não tenho todos os detalhes. Terá de descobrir um método enquanto estiver lá. Sei apenas que a jovem está correndo o risco de deixar o corpo físico cinquenta ou sessenta anos antes do prazo estimado. Sua missão será cuidar para que nada de mal aconteça a ela.

    _ Somente cinquenta anos? Mas qual o problema a respeito disso? Diante da eternidade, cinquenta anos é um piscar de olhos!.

    Nahum o observou com seu ar sábio.

    _ Acredito que sua experiência na terra o fará mudar de ideia sobre vários conceitos.

    Quando Lucy chegou à sala de emergência do hospital, a situação de Nathan havia piorado. Sentiu uma onda de remorso ao lembrar da maneira como se despedira dele.

    Havia varias macas cercadas por cortinas, mas ela não sabia em qual delas Nathan se encontrava. Uma enfermeira se aproximou dela, ao notar que ela procurava alguém.

    _ Posso ajuda-la, senhorita?.

    - Sim, obrigada. Estou procurando Nathan thomer Swiste se ela dissesse que não pertencia à família?

    _ Hum....  Ele é meu noivo – mentiu .

    _ Então me acompanhe , por favor. Ele está sendo preparado para uma cirurgia. Talvez possa vê-lo por um momento, antes da operação.

    Nathan parecia tão pálido quanto o lençol que forrava a maca. Estava recebendo sangue e soro nas veias, quanto um tubo de oxigênio levava o ar direto para seus pulmões.

    Lucy sentiu um leve tontura ao vê-lo naquele estado, mas esforçou-se para se manter de pé.

    _ Está se sentindo bem , querida? .- perguntou-lhe a enfermeira.

    Ela assentiu, mentindo mais uma vez. Aproximou-se mais da maca de Nathan , tentando ignorar toda aquela aparelhagem em torno dele. Seu ex-noivo tinha um corpo atlético, que denotava vigor e disposição física. Alias, fora isso que primeiro chamara sua atenção quando os dois se conheceram. Talvez fosse o que também atraia outras mulheres.

    Tentou não pensar nisso, esforçando-se para permanecer firme naquele momento em que Nathan estava precisando muito de seu apoio. Segurou a mão dele, mas não houve nenhuma reação.

    Sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, ao se dar conta de não poderia fazer nada por ele.

    _ Ele não está em condições de responder – avisou o médico, atrás dela. _ Mas é possível que a esteja ouvindo. Será bom se disser o que sente por ele.

    Dizer o que sentia por ele ? “ Não te amo mais, mas também não quero que você morra”. Seria suficiente? Não , não poderia ser tão cruel.

    Quando decidiu falar, sua voz saiu trêmula.

    _. Aguente firme, Nathan.

    Entretanto, a única resposta que obteve foi o beep insistente de um dos aparelhos. Outra enfermeira e mais um médico entraram na sala.

    Lucy já estava no corredor quando ouviu um súbita agitação na sala de emergência. Sabendo que aquilo não era um bom sinal, voltou correndo e assistiu, consternada, os médicos e enfermeiros tentando salvar Nathan.

    Aflita por não poder fazer nada, ficou à porta, observando os atendentes correrem de um lado para outro. Por fim um dos médicos retirou as luvas.

    _ Está morto.

    - Por favor, não o deixem morrer!

    Ate mesmo Lucy ficou espantada com a intensidade de seu grito.

    _ Tirem-na daqui – mandou o medico.

    Uma das enfermeiras segurou seu braço com gentileza tentado leva-la para a antes-sala. Porem , Lucy ainda teve tempo de ver os médicos cobrindo o rosto de Nathan com  um lençol.

    Arrasada, deixou que a enfermeira a levasse até a ante-sala, mas manteve os ouvidos atentos ao que continuou acontecendo na sala de emergências.

    Pouco depois, ouviu alguém perguntar:

    _ Ei ele mexeu o lençol/ Eu poderia jurar que vi o lençol se mexer!

    Como que confirmando o que a enfermeira dissera, o beep do aparelho que estava monitorando os batimentos cardíacos de Nathan voltou a soar em alto e bom sim.

    A enfermeira que atendera Lucy correu até a maca. Apesar de suas pernas ainda Trêmulas, Lucy voltou para a sala e ficou parada á porta, esperançosa.

    _ Deixe-me ver – disse o medico que a mandara sair.

    Segundos depois, o beep adquiriu um ritmo mais constante.

    _E um milagre!  - exclamou uma das enfermeiras.

    Natsu começou a ouvir diferentes sons em torno de si. O barulho era alto e caótico, muito diferente das canções melodiosas que ele costumava ouvir.

    Com certo esforço, conseguiu abrir os olhos. Surpreendeu-se ao notar que estava em um quarto, com algo que parecia uma caixa mostrando imagens de pessoas dentro dela.

    Ouvira dizer que o supervisor do chefe de Nahum tinha uma daquelas, para observar o que os humanos faziam na terra, mas algo lhe disse que ele não estava na sala do grande chefe.

    Ao notar uma movimentação a seu lado, virou a cabeça Uma linda loira estava sentada próxima a ele, pressionando com insistência os botões da caixinha que mantinha na mão. Todas as vezes que ela apertava alguma tecla, as figuras e o som da caixa maior mudavam  de repente.

    Ela era tão linda que a principio Natsu não acreditou que fosse humana. Só que não tinha asas e , em vez do tradicional manto branco, estava vestida de uma maneira esquisita. Nos pés traseira era possível ler o nome “Sereny”.

    Voltou a prestar atenção no rosto dela. Os olhos castanhos estavam fixos na caixa pendurada na parede, permitindo a Natsu um momento para admirar cada traço daquele lindo semblante.

    Ela era mais encantadora do que qualquer anjo que ele já via. De súbito, seus pensamentos se voltaram para o nome escrito no calçado que ela estava usando “Sereny”. Conhecia Serena , o deusa grego, e até chegara a derrota-lo uma vez, em uma partida de fenuri. Seria essa jovem alguma deusa que ele desconhecia?

    Ela virou-se de repente, ao notar que ele a estava observando.

    _Oh, está acordado. Talvez seja melhor eu chamar a enfermeira...

    _ O que está fazendo aqui? - Natsu a interrompeu.

    Ela se inclinou para a frente e tocou o braço dele, coberto pelo lençol branco.

    _ Quase ficamos sem você. Por mais que tenhamos nossas diferenças, eu não poderia deixa-lo sozinho nesse momento, Nathan .

    _ Meu nome é Natsu – ele a corrigiu .

    Ela inclinou a cabeça, franzindo o cenho levemente.

    _ Sabe meu nome?

    “ Como ele poderia não saber, se ela fazia questão de ostentá-lo nas próprias vestimentas?”, pensou Natsu.

    _ Claro que sei – respondeu.

    A deusa pareceu aliviada por um momento.

    _ Então diga meu nome.

    _ Sereny.

    Sua resposta não pareceu satisfazê-la, mas ela não explicou o motivo, qualquer que fosse ele. Nada estava parecendo fazer muito sentido para Natsu.

    Nesse momento, alguém bateu à porta, que se abriu para dar passagem a uma mulher toda vestida de branco carregando uma bandeja.

    _  E Então, “belo adormecido” , finamente acordou, hein? . – brincou ela, deixando a bandeja sobre uma mesinha.

    Natsu não fazia ideia do motivo pelo qual estava  recebendo tal tratamento. Teria de falar com Nahum, para saber o que andara acontecendo com sua missão.

    _ Aqui está seu almoço – a enfermeira disse-lhe . voltando-se para Sereny, acrescentou: - Direi à outra enfermeira de plantão que ele já acordou.

    Sereny agradeceu e aproximou a cadeira da cama, assim que a mulher se retirou.

    _ Está com fome?

    Fome? Ele nunca experimentara tal sensação na vida! Somente os humanos tinham aquela necessidade.

    Foi então que se deu conta do que acontecera: havia se tornado humano! Olhou mais uma vez para a deusa a seu lado. Seria ela realmente humana? Se soubesse que ficaria próximo de uma mulher tão linda, não teria hesitado tanto em aceitar seu treinamento como humano.

    Notou que a moça ainda esperava sua resposta.

    _ Não sei – admitiu.

    Ela pegou um pote sobre a bandeja e apertou um botão. A parte de cima da cama foi subindo automaticamente, até deixa-lo quase sentado.

    _ Isto é sopa de legumes – disse, lendo a etiqueta presa ao pote.   _ Por que não tenta comer um pouco, mesmo estando sem fome? Isso o ajudará a recuperar as forças.

    Natsu tentou mover o braço, mas o gesto se revelou mais difícil do que ele imaginara. Por algum motivo, seu corpo parecia mais pesado. Tentou enfiar a colher na sopa, mas acabou derramando um pouco na bandeja.

    _ Tudo bem – Sereny o tranquilizou. – Colocarei a comida em sua boca.

    Sem hesitar, ela encheu a colher de sopa e ofereceu-a a ele. Natsu não soube ao certo como agir. Notando seu ar de duvida, Sereny tomou a primeira colherada, para mostrar como ele deveria fazer.

    Natsu a imitou e sentiu o sabor da sopa em sua língua. Aquilo era até bastante agradável. Entretanto, não se saiu bem com a colherada seguinte e a sopa acabou escorrendo por seu queixo.

    _ Oh, não se preocupe – disse ela . _ Eu limpo isso. Usando um guardanapo, limpou-lhe o queixo.

    _ Talvez seja melhor usar um babador improvisado – sugeriu ela, prendendo o outro em volta do pescoço de Natsu.

    De súbito, um terrível pensamento passou-lhe pela mente. Pelo visto, Nahum mudara de ideia no ultimo instante e decidira manda-lo para a terra na forma de um bebê.

    Julgando pelo equipamento presente no  quarto e pelo cheiro típico de éter, deveria estar em um hospital. Seria um recém-nascido? E seria aquela linda loira sua mãe? As mães costumavam alimentar os bebês, e era exatamente isso que ela estava fazendo no momento.

    Ele não conseguia se lembrar da experiência do nascimento, mas já ouvira dizer que todos os humanos esqueciam o evento.

    Pelo visto, a pior parte seria passar pela vida terrena desejando sua própria mãe. Desde que a vira, não estava conseguindo conter a vontade de ficar olhando para aquele lindo tosto e para corpo curvilíneo. Deus, por que Nahum fizera isso com ele?

    Ei, mas bebês não eram amamentados no seio da mãe? De súbito, imaginou-se sugando o seio de Sereny e obteve a resposta que precisava. Se fosse mesmo um bebê, não estaria tento aquele tipo de pensamento, Além disso, não teria podido conversar com ela, como fizera pouco antes.

    O alivio de haver chegado a tal conclusão o levou a saborear a sopa com prazer. Porem, acabou se empolgando demais ao prova um pedaço de pão que ela lhe ofereceu e se engasgou.

    Sereny ficou de pé e bateu levemente em suas costas . Foi então que um delicioso perfume floral invadiu as narinas de Natsu, fazendo-o sentir um prazer indescritível.

    _ Pelo amor de Deus, Nathan . Você precisa mastigar a comida, antes de engolir!

    _Mastigar?

    _ Sim . Amassá-la entre os dentes.

    Ela o fitou com um misto de curiosidade e exasperação Por algum motivo, Natsu não queria desaponta-la. Desejava vê-la sorrir e se aproximar novamente, para que ele pudesse inspirar aquele delicioso perfume mais uma vez.

    Também desejava algo mais, mas não sabia ao certo como explicar a sensação. Sua única certeza era a de que seu desejo envolvia Sereny.

    _ Quem é Nathan ? – perguntou ele.

    Ela franziu o cenho por longo tempo, antes de responder:

    _ Você sofreu um acidente de carro e quase nos deixou. Seu nome é Nathan Thorme Swiste. Os médicos disseram que você poderia ter amnesia durante algum tempo. Mas não se preocupe, porque tenho certeza de que sua memorias voltara logo.

    Natsu lembrou-se das palavras de Nahum: “ Há uma alma prestes a deixar o corpo, e você passara a ocupa-lo quando isso acontecer”. Isso significava que ele estava ocupando o lugar de Nathan Thorme Swiste .

    A principio, sentiu uma onda de desconforto, por estar ocupando o corpo de outra pessoa. Então lembrou-se de que aquele corpo teria morrido se ele não estivesse ali.

    Imaginou se Sereny seria sua protegida. Se fosse , como conseguiria protege-la estando em uma cama de hospital?

    Curioso, levantou a própria mão e a examinou. Ficou surpreso ao ver como ela era forte e bronzeada. Ao estende-la na direção de Sereny, ela a segurou entre as dela.

     Sereny tinha a pele mais macia do que uma pluma de Fenuri, e ele se deu conta de que era muito bom toca-la e ser tocado por ela.

    _ Fale-me sobre seu relacionamento com ... Nathan .

    Sereny hesitou, parecendo não gostar de ter de falar sobre aquilo.

    _ Nós éramos .... Somos amigos. Apenas amigos.

    _ Só isso?

    _ Sua memoria voltará aos poucos. Não se esforce demais, Nathan .

    Natsu acariciou os dedos dela.

    _ Me chame de Nat ou Natsu.

    Ela se endireitou na cadeira, tentando ignorar a caricia.

    _ Você detesta quando as pessoas o chamam por apelidos assim.

    _Não detesto mais – falou ele. Com convicção , acrescentou: - Não sou mais o homem que você conheceu.


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