|
Tempo estimado de leitura: 43 minutos
16 |
O plot se aprofunda...
Ai mds.
O "homulher" bateu na cabeça de Noiado com um porrete, jogou ele desmaiado bruscamente em uma limusine preta e ainda roubou seu pente amarelo.
Nosso herói tinha acordado no meio da forçada viagem de limusine. Sua cabeça doía muito e sua visão estava turva demais para saber onde estava, mas sabia de duas coisas: o suposto "homulher" tinha o sequestrado, e que o mesmo roubou seu pente amarelo preferido. Mesmo com tanto medo, ele PRECISAVA agir rápido, porque provavelmente coisas ruins iriam acontecer com ele se ficasse apenas deitado em posição fetal rezando para seu Deus. Sem escolha, ele resolveu gritar feito um gato atropelado por longos minutos, não percebendo que estava simplesmente gritando atoa, pois as janelas do veículo eram aprovas de som, mas o motorista gentil da limusine deu logo um jeito para não acabar com as cordas vocais do rosado... O motorista bateu na cabeça dele com um porrete, fazendo com que o desmaiasse repetidamente.
Quando Noiado acordou novamente, ele estava amarrado sobre cordas em uma cadeira de madeira em decomposição por cupins que penicavam sua bunda tábua! Sua cabeça ainda doía, e doía bem mais pelo último nocauteio, porém, desta vez sua visão estava normal e podia ver nitidamente onde se encontrava; se encontrava em uma sala, bem chique por sinal, que apenas era iluminada pela calorosa e fraca luz de uma lareira movida a lenha. O málaco olhou para os lados e percebeu que seu plano de "agir rápido" tinha dado errado e só o restou apenas ter que rezar para seu Deus para não ser violado, ou torturado ou até mesmo ser... MORTO:
"Mauricio de Matá, sei que ultimamente não tenho sido um bom menino e tal, mas peço que, mais uma vez, perdoe-me pelos meus pecados necessários que eu cometi para minha própria sobrevivência. Eu não quero ser estuprado ou algo do tipo que seja bem cruel... Só tenho quinze anos Matá! Tenha piedade de mim! Amém.", ele orou em pensamento, com os olhos forçadamente fechados enquanto lacrimejavam de medo.
— Sério que este... este projeto de boneco vodu é o nosso noivo?! Poupe o Ore-sama, Shu, tipo, eh, ele é mais feio que o próprio Reiji quando está encarnado o próprio Exu! — comentou a primeira voz máscula, que pelo tom, provavelmente entonava surpresa e ao mesmo tempo indignação.
Subitamente Noiado arregalou seus olhos. Será que desta vez ele ficou lelé-da-cuca? A lareira não iluminava o cômodo inteiro, por isso, o dava incerteza se o que estava ouvindo era realmente real ou apenas um dos primeiros sintomas pela falta de achocolatado: alucinações. Naquele momento nada mais fazia sentido para Noiado, principalmente esses nomes ouvidos há segundos atrás que até então nunca tinha ouvido falar em toda sua mísera vida...
— Quem diabos teve a ideia de apagar as luzes?! Acenda! Vocês sabem que eu e Teddy temos medo do escuro! E mais! Sinto que o infeliz acordou! — reclamou a segunda voz, só que não tão grossa assim, parecia voz de menino ainda entrando na puberdade.
— Ah, ora, não faz sentido Kanato você ter medo do escuro, nós somos vampiros, não somos? Não somos considerados criaturas da noite para os meros mortais? E também não seja exagerado, fufu, há uma grande lareira iluminando... — respondeu a terceira voz, uma masculina bem atraente para os ouvidos.
"Vampiros?!", pensou Noiado arregalando mais ainda seus olhos, desacreditado no que acabou de ouvir, "Fodeu. Fodeu tudo! Ai meu Matá! Por favor, que seja apenas um sonho ruim... ", olhou para o teto esperançoso.
— Mais que deplorável! Não dar pra seguir o roteiro não, Laito?! Quantas vezes eu tenho que dizer que não se deve usar a palavra vampiro antes da gente se apresentar para um convidado! Subaru! Por favor, bata na cabeça deste jovem, vamos voltar do começo! — a partir daí várias vozes, todas masculinas, começaram a se manifestar em desaprovação — E não chegue perto da lareira! — vociferou a quarta voz, uma máscula bem firme e bem áspera que era de arrepiar até os pelos do orifício anal! Fez todos se calarem.
— Tsc! Que perda de tempo... — resmungou a quinta voz, também masculina, de todas as vozes até então Noiado achou a mais normal...
Sons de passos fortes e lentos foram notados e ainda produziam um grande eco pelo cômodo, fazendo o málaco ter um tremendo frio na espinha.
"Ah não! De novo não...", Pensou Noiado aflito, inspirou pelo nariz e expirou pela boca ar várias vezes para ter a coragem necessária de tomar alguma ação. O sentimento ruim de ter sua cabeça mais achatada do que o próprio planeta Terra em aquecimento global fez com que ele tentasse se livrar das cordas que o prendiam, conforme os supostos passos se aproximavam por trás, mais entrava em pânico para se soltar e mais fazia barulho com a cardeira, ao ponto de QUASE cair para trás. Sem sucesso, o rosado resolveu repetir o mesmo processo de inspirar e expirar ligeiramente para criar coragem para abrir a boca em protesto.
Só que, de repente, um imprevisto milagroso ocorreu: apenas três batidas de palmas consecutivas sem interruptos fizeram com que todas as luzes do sala acendessem, revelando nada mais e nada menos, como esperado, cinco rapazes de aparências completamente distintas sentados em respectivas poltronas de cores também diferentes, parecendo um verdadeiro arco-íris! O que Noiado não percebeu, por ser muito desatento, no cômodo havia na verdade seis rapazes! Pois tinha uma poltrona desocupada no meio delas, na qual pertencia a um emo albino de olhos vermelhos, que estava justamente atrás do málaco pronto para dar uma bica, no entanto, como as luzes acenderam antes disso ocorrer ele desistiu e ficou olhando, assim como os demais quatro com a mesma cara de cão-chupando-manga para um loiro de olhos azuis que estava largadão em sua poltrona, cochilando, devia ter sido ele quem acendeu as luzes.
— Seu homem bastardo! Não era para acender as luzes agora! — bradou frustrado um moreno de olhos vermelho-vinho que usava óculos de velho, com a mão na testa, dono da quarta voz.
— Eu não estou nem um pouco afim de ter que esperar este jovem acordar e ter que ouvir as mesmas falas. Isso é tão irritante... — respondeu o loiro com total indiferença.
Logo se iniciou uma discussão animalesca e quase sem fim entre os rapazes, o mesmo rapaz emo albino de olhos vermelho tinha praticamente se teletransportado para o meio da treta para brigar como um animal também, jogando a sua própria poltrona com uma força sobre-humana contra a parede, quebrando ambas para mostrar, talvez, sua irritação? E começou a discutir com um ruivo despenteado de olhos verdes. Noiado estava com uma cara de tacho enquanto suava frio diante a cena.
O clima estava tenso e bizarro para o rosado, não pelo fato de que estava presenciando uma discussão que possivelmente preverá como será a 4° guerra mundial, mas sim, os seis supostos vampiros, que de vampiro não tinham nada se fosse comparar com o famoso Zé do Caixão, o melhor vampiro que ficará na alma de Noiado para sempre. Ora, cadê a aparência horrenda de assustar até o próprio Diabo? Ora, cadê os caninos de tigre-de-sabre? E ora, não podia faltar a coisa mais importante, cadê as grandes unhas? Enfim, Noiado achava que isso foi apenas para lhe meter medo, mas ora como o emo albino conseguiu quebrar uma poltrona inteira e um pouco da parede juntas apenas com uma jogada?! Eram tantas perguntas que se faziam na cabeça do rosado que seus olhos não paravam de fitar para os glúteos volumosos deles enquanto suas bochechas ganhavam mais rubor, suas mãos começaram a tremer com aquele desejo de aperta-las, mais suor gélido transpirava de sua pele oleosa, tentando resistir a sua possível homossexualidade que virá a tona mais cedo ou mais tarde. A tentação era tanta que até sangue escorreu de seu nariz.
Os vampiros tinham um olfato bem aguçado e logo pararam de discutir entre si porque sentiram o aroma de sangue vindo de Noiado e olharam diretamente espantados para o mesmo que ficou muito sem graça e muito mais vermelho do que um tomate maduro que ficaria até com inveja, ainda ele pôde ver em melhor ângulo o rosto de cada vampiro, ele se surpreendeu, parecia que esses vampiros foram esculpidos por anjos, mais sangue escorreu pelas suas cavidades nasais.
— Ai, credo! — o ruivo despenteado, dono da primeira voz, fez cara de repulsa — Ore-sama é quem não vai lamber essa nojeira, ele é todo de vocês!
— Ai que bom. — suspirou Noiado aliviado, não ouvindo a última frase do ruivo — Brigado moço, mais quem são cês?
— Nós é que fazemos as perguntas. — começou o loiro, fazendo os supostos vampiros concordarem com a cabeça — Quem É você?
— Ah, tá. Mim chamo Noiado Zureta, mais a polícia, meus vizinhos e os outros málacos mim chamam de Nóia e num sei porquê.
— Você é um traficante? — perguntou o moreno o olhando sério, ajeitando seus óculos de velho.
Noiado se surpreendeu com a pergunta do moreno fantasiado de mordomo de restaurante cinco estrelas, ele se sentiu, no fundo, profundamente ofendido só porque estava vestindo uma camiseta branca do Flamengo 2009 e uma bermuda marrom-clara comum que estava um pouco desbotada! Mesmo assim, Noiado resolveu "deixar passar" e responder logo a pergunta do moreno, que o mesmo lhe causava tanto medo do que os demais da sala, pois estava bem evidente em sua expressão que não fez essa pergunta de brincadeira e que, se der uma resposta incoerente faria ele sem sombra de dúvidas ligar para polícia e assim, seu destino seria ter que comer comida ruim no juizado de menores até completar seus dezoito anos de idade, e o pior disso tudo era que os seus tão amados achocolatados não estariam incluídos no cardápio, pensando nisso, Noiado respondeu surtando:
— NUM MOÇO! CÊ ENTENDEU ERRADO! SÔ UMA PESSOA 99,5% DE CARÁTER BOM! ACONTECE É QUE MINHA 'CRASSE' SOCIAL E MAIS MINHA APARÊNCIA 'FAIS' A 'PULÍCIA' PENSAR QUE SÔ MARGINAL! MAIS NUM SÔ NADA DISSO QUE TÁ PENSANDO MOÇO!
— E os outros 0,5%? — perguntou o moreno desconfiado e bem mais sério, ainda não se convencendo sobre Noiado.
— Ah, sabe como é moço, num existe pessoa 100% do bem... — Noiado respondeu girando os olhos e até tentou dar ombros em seguida, mas as cordas amarradas em seu corpo o impediam.
— Hum, concordo plenamente com seu ponto de vista, Noiado. — disse o moreno, ajeitando seus óculos de velho pela segunda vez — E--
— Estou com preguiça de fazer mais perguntas sobre sua pessoa, Noiado. — interrompeu o loiro — É muito irritante. Não sei como Reiji ainda tem neurônios para fazer quase as mesmas perguntas para cada visitante que chega à mansão Sakamaki, mas enfim, quanto mais rápido eu apresentar todos, mais tempo terei para... — bocejou — ... Dormir. Eu sou Shu, o primeiro filho. Esse é Reiji, o segundo filho. — apontou para o mesmo moreno que estava quase desmaiando na poltrona de pura vergonha — Ayato, Kanato e Laito, os trigêmeos, esqueci a ordem de qual dos capetinha nasceu primeiro, mas quem se importa? — apontou sucessivamente para o ruivo desarrumado, depois para o de cabelos roxos segurando um urso de pelúcia macabro e logo para outro ruivo, só que com chapéu — E por último, o menos importante, que até esqueci o nome, mas ele é o caçulinha de nós. Boa noite. — Shu adormeceu, esquecendo de apontar para o último que sobrou, o emo albino.
Os trigêmeos começaram a segurar o riso daquela situação... engraçada. Reiji se ajeitou na poltrona, sentando-se corretamente, e retirou do bolso um pequeno relógio de ouro e conferiu o horário: estava prestes a dar uma hora da madrugada. O moreno deu um tapa de frustração em sua própria testa e em seguida ajeitou seus óculos de vovô.
— Bom, o que eu posso corrigir?... Ahn, o "caçulinha" citado há um minuto e meio atrás se chama Subaru, e ainda esse indolente teve a audácia de, além de me interromper sem pedir licença, fala "boa noite", sendo que já passou da meia-noite, o certo é bom dia! Está me ouvindo? Sua carga de jumento!
— Ih man, vocês ouviram isso? — Ayato perguntou aos demais, Kanato negou com a cabeça, Laito tentou conter o riso, mas sem sucesso, dando a entender de que percebeu de primeira, assim como o mesmo e Subaru, Reiji e Shu permaneceram em silêncio — Reiji se chamou de jumento! HAHAHAHAHA! — Gargalhou o ruivo quase caindo de sua própria poltrona de rir igual a uma criança de cinco anos que via um show de circo, fazendo Reiji revirar os olhos.
Noiado também começou a gargalhar junto, mas não pelo Reiji porque ele estava, novamente, no mundo da Lua e não ouviu o que o moreno havia dito (e mesmo que se tivesse ouvido ele ainda não entenderia), e sim, da gargalhada um tanto retardada e contagiante de Ayato.
— HAHAHAHAHA... Do que... HAHAHAHAHA... Vocês estão... HAHAHAHAHA... Rindo? — perguntou o rosado entre as risadas.
— Mas que infantilidade... — disse Reiji, revirando os olhos — Enfim Noiado, você sabe do porquê está aqui, na mansão Sakamaki? Não fomos avisados sobre isso, por isso que estamos te tratando com baixa classe... — colocou a mão no queixo pensativo — Mas como aquele cara ultimamente só traz noivas sem nos avisar, talvez você seja nosso noivo de sacrifício... Eu particularmente não esperava que nosso primeiro noivo de sacrifício fosse tão... — tossiu — Para não dizer sujismundo, isso seria muita falta de educação da minha parte, tão simples.
— E cê esperava o quê? Um Jimin da vida?
— Honestamente esperava.
— Péra aí... — Noiado parou um minuto para pensar e lembrou o que o Reiji disse — "MARMORDOMIA"! NOIVO?! EU SÔ MUITO NOVO PÁ CASAR! CÊS, SEI LÁ, ESTÃO MORTOS E DEVEM TER MAIS DE 1000 ANOS! ISSO É MUITO ERRADO! E ALÉM DO MAIS! EU FUI SEQUESTRADO!
— Fufu. Fag-kun é tão fofo quando está surtado. — elogiou Laito, dando uma piscadela.
— Awn, para. Assim fico com vergonha. — falou Noiado corado.
— Tsc! Que perda de tempo! Vamos jogar esse moleque na lagoa negra e fingir que nem o vimos! — disse Subaru.
— Subaru, não seja agressivo... — disse Laito.
— Dane-se!
Com um chute sobre-humano Subaru quebrou a parede e fez Noiado se encolher todo.
— Merda Subaru! Quebrar duas vezes a porra da parede é demais, está arriscando o dinheiro daquele cara para o concerto do console PS4 do Kanato! — reclamou Ayato indignado.
— Aff, aposto que estou no último lugar no ranking do Street Fighter V agora! — disse Kanato, abraçando Teddy.
— Beleza, mais tipo assim, se eu vou ficar aqui, vou ser o ativo, né? — perguntou Noiado.
Parou tudo. Os Sakamaki fecharam a cara e olharam bastante sérios. Ayato se levantou de sua poltrona indignado e estapeou a cara de nosso herói.
— Ô viado, acha mesmo que noivos de sacrifício são ativos?!
Noiado se preparou para retrucar, mas uma garota loira vestida de uniforme de empregada, orelhas de gatinho e uma coleira cor-de-rosa cheio de glitter escrito "Yui" em dourado chutou a porta, fazendo Shu despertar de susto. Ela estava com o rosto todo vermelho e com a respiração ofegante.
— Yui! Você sabe muito bem que tem que bater na porta e perdi licença antes de entrar em meio de uma conversa particular onde ainda não é chamada! — reclamou Reiji, ajeitando os óculos — Quantas punições devo lhe dar para aprender algo tão simples assim?!
— E-eu sei disso! De-desculpa Reiji-kun! — gaguejou a tal de Yui com os olhos arregalados, quase lacrimejando — Só que te-temos um probleminha...
— Agora não Panqueca! Não está vendo que atrapalhou Ore-sama prestes a espancar um menino de rua?!
— Espanca! Espanca! Espanca!... — incentivava Kanato com um olhar e sorriso meio sádico em seu rosto, dando pulinhos de entusiasmo, fazendo Noiado engolir o seco.
— M-mas... ELE VOLTOU!
— Quem voltou? — perguntou o vampiro do ursinho, fitando seriamente para Yui.
— ELE!
— De novo não... — disse Shu fechando seus olhos, voltando a se aconchegar em sua poltrona — O que ele roubou desta vez?
— E-eu sinto mu-muito Subaru-kun...O-o Kino...E-ele roubou...
— Kino?! Quem é Kino?! É mais um pretendente meu?! — indagou Noiado, confuso e ao mesmo tempo BASTANTE interessado — Ele é bonito?... — e percebeu no que acabou de perguntar — Péra... O quê?!
Subaru soltou seu famoso "Tsc" enquanto revirou seus olhos, sem sair de onde estava, fitou diretamente para a janela ativando sua super-visão e lá, no belo jardim de rosas, estava lá o tal de Kino, que ria como um cleptomaníaco enquanto dançava saltitante sob a densa chuva e em suas mãos, estava o item mais valioso de Subaru Sakamaki: a adaga de prata bijuteria matadora de vampiros de sua mãe!
— NÃO!
O albino correu e parou até a porta da sala, se teletransportando para o jardim. Yui, Reiji, Ayato, Kanato e Laito correram para a janela, com a exceção de Shu e de Noiado, que no fundo queria ver a briga, mas não podia porque, obviamente, estava amarrado.
Logo Kino parou de comemorar ao escutar com sua super-audição passos fortes e largos indo para sua direção, ele se virou e se espantou ao ver Subaru correndo até o mesmo que nem um touro de rodeio pronto para lhe dar um coice.
— DEVOLVE A ADAGA DA MINHA MÃE! SEU ZÉ BUCETA!
— VOCÊ NUNCA VAI TER ISSO DE VOLTA! SURUBA! LÁLÁLÁLÁLÁ! — zombou Kino.
Kino deu sua gargalhada do mal novamente, mas no meio dela, ele tossiu um pouco e em seguida, lançou uma macumba negra no chão, fazendo um portal em forma de pentagrama invertido para o submundo. Kino fez careta para o albino antes que chegasse para o encher de porrada e ao pular no portal, em um estalar de dedos fez o portal se fechar sem mais nem menos.
Subaru parou de correr e viu que o portal deixou sua marca de pentagrama invertido no chão. Sabendo que estava tão perto de espanca-lo, ainda de punhos cerrados, uma pequena lágrima escapou de seu olho tampado pela franja de emo, seu coração não-pulsante inacreditavelmente se apertou. O vampiro se deitou no pentagrama invertido em posição fetal e começou a chorar baixinho de dor pela sua adaga.
Yui, Reiji, Ayato, Kanato e Laito observavam a cena em puro silêncio até que esse silêncio se quebrou com a risada de criança de Ayato, Laito bateu leves palmas enquanto ria discretamente, Yui fez cara feia para os dois ruivos que estavam se divertindo com o sofrimento de Subaru.
— Olha isso Teddy, que coisa linda. — disse Kanato com um sorriso sereno em seus lábios, colocando seu ursinho contra a janela.
Reiji ajeitou seus óculos pela sei lá quantas vezes.
— Eu sô obrigado a falar, essa mansão é uma porra! A - do - rei! Parece meu barraco! — comentou Noiado estampando um sorriso largo em seu rosto, dando cotoveladas em Reiji.
— Como você saiu da cadeira, seu insolente?! — perguntou o moreno nervoso, apontando para o rosado.
— Bom...
Com brutalidade, Noiado retirou o caco de espelho que tinha guardado em sua bermuda e cravou no pescoço de Reiji e saiu correndo daquela sala com todo fôlego que tinha, deixando todos que estavam ali espantados com essa atitude absurda.
— Droga! Nossa segunda fonte de sobrevivência está fugindo! — vociferou Kanato quase rasgando Teddy em seus braços de raiva.
Reiji calmamente retirou o pedaço de vidro cravado em seu pescoço, fazendo-lhe jorrar uma quantidade de sangue que faria um mero mortal ir a óbito. O grande ferimento rapidamente se sarou, sem deixado uma cicatriz! Para o azar de quem estava ao lado do moreno, ficaram todos sujos de sangue.
— ... As atitudes deste jovem são deploráveis. — afirmou Reiji, encerrando com mais uma ajeitada em seu óculos.