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Mais um fandom que eu estrago. ;-;
Oh boi. :v
"Vampiro é um apelido simplório,
Pois vedes que não quero seu velório.
Sua carne fende, sua dor fascina.
Sorver seu sangue me alucina."
- 2Dark.
— Se-sem achocolatado?
A porta da geladeira simples e pifada foi fechada fortemente por Noiado Zureta, ou apenas Nóia para a polícia, camelôs e você, querido leitor. Ele era considerado o zé droguinha mais esquisito de todo o Japão! E por que? Porque o rapazinho não era viciado em drogas e sim, viciado em achocolatados!
Sim, você leu certinho, nosso herói era viciadíssimo em achocolatados! Ele os bebia para fugir da duríssima realidade de que era nada mais e nada menos que um miserável málaco que vivia num barraco nos subúrbios de Tóquio!
E naquela fatídica madrugada de poucas estrelas e de quinta-feira, ele descobriu que o achocolatado simplesmente acabou! Ele olhou para a pilha de caixinhas da bebida "cacauânte" e láctea no chão da cozinha, e percebeu que tinha bebido todos que havia encontrado no lixo durante o dia e que precisava urgentemente conseguir mais...
Antes de sair para revirar as caçambas de lixo de seus vizinhos, Noiado foi ver seu reflexo em um espelho de parede velho e quebrado. Ele retirou um pequeno pente amarelo do bolso de sua bermuda e começou a pentear seu cabelo crespo, cor-de-rosa pink e estilo Zeca Urubu, sem deixar nenhum fio encaracolado em pé! Minutinhos se passaram, e ao acabar de arrumar seu penteado, em seguida o rosado mordeu seu desproporcional lábio inferior de maneira sensual, sendo até visível seu aparelho fixo recheado de restos de comida, fazendo com que o pobre espelho instantaneamente se quebrasse mais ainda.
Logo, o rosado olhou com um olhar vazio para os novos cacos caídos do espelho no chão e se agachou para pegar um e guardar no seu bolso, em casos de... auto-defesa...
Noiado saiu correndo de seu barraco despreocupado. Ele estava arrumado, portanto, os camelôs não teriam nenhum motivo para ligar para a polícia para que o levasse para o juizado de menores, e se o levasse mesmo assim ele estaria armado.
O málaco percorreu alguns metros até a caçamba de lixo mais próxima, abriu a tampa e como de costume, se deparou com as moscas zanzando ao redor das sacolas de lixo e depois sentiu aquele mau cheiro que faria qualquer riquinho vomitar. Já passou várias vezes pela sua cabeça que poderia roubar achocolatado de um mercadinho qualquer, todo mercadinho que se prezaria TEM achocolatado, mas sua mãe sempre dizia que: "Roubar é errado, mas pegar o que ninguém não quer não é roubar", ou seja, que poderia pegar do lixo, mas não pegar de mercadinhos ou camelôs. Então, ele prendeu a sua respiração e pulou na caçamba, abrindo sacola por sacola e analisando lixo por lixo até encontrar uma caixinha de achocolatado que não estivesse completamente vazia.
Tudo estava indo perfeitamente normal até que...
— Ei! Moleque da caçamba! — chamou uma voz masculina, fazendo com que Noiado parasse de revirar as sacolas de lixo.
Noiado bufou irritado e se virou para ver quem era o sujeito que atrapalhou sua "caçada" e levou um pequeno espanto ao ver que era um homem, ou seria uma mulher de voz grossa? Que aparentava ter uns trinta anos ou até mesmo o DOBRO por possui cabelos grisalhos longos e encaracolados, vestia roupas muito extravagantes e usava um óculos escuro bem cool. Ele semicerrou seus olhos esverdeados, tentando distinguir se era um homem ou uma mulher, mas sem sucesso, o visual que o "homulher" estava usando, o céu de noite quase totalmente sem estrelas e a falta de postes de luz em seu bairro dependente de bolsa família não o ajudava.
— Que qui é 'veióte'?... Ou senhora?...
O "homulher" bateu na cabeça de Noiado com um porrete, jogou ele desmaiado bruscamente em uma limusine preta e ainda roubou seu pente amarelo.