Um eterno amor

  • Yy Chan
  • Capitulos 13
  • Gêneros Shounen Ai

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 9

    Pessoa indesejável

    Álcool, Bissexualidade, Drogas, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Oi gente. Eu quero me desculpar para vocês pela demora

    ...

    Mas se tiver algum "você" aq... ninguém comente e nem nada T^T só vejo as visualizações aumentando...

    Mas d qlqr jeito: Me desculpe!

    Espero que eu consiga postar mais constantemente

    Aproveitem :3

    Yukine

    “—Yukine... Serei direto. Os boatos são verdadeiros?”

    Então o coordenador já sabe dos boatos... —Eu...

    Um barulho no corredor me faz parar de falar. Um som de alguém falando, quase gritando, do lado de fora da enfermaria. Consigo escutar a voz tímida e temerosa da enfermeira, e então a porta é aberta agressivamente.

    Um homem alto, cabelo loiro e olhos castanhos. Eu o conheço, esse homem é a ultima pessoa que eu queria ver, não aqui, não agora.

    Meu pai.

    Tenjin levanta rapidamente, ficando entre mim e ele. —Senhor Sekki. Que bom que você veio.

    Meu pai está nitidamente estressado. Furioso seria a melhor palavra para descrever o estado dele. Quem visse de fora pensaria que o motivo do seu humor é porque agrediram o filho dele, ele está preocupado com filho e indignado com a escola por ter deixado isso ocorrer, mas... eu sei que não é isso.

    Tenjin percebendo que o homem à sua frente não iria dizer nada, então, sugere. —Senhor Sekki, vamos para a minha sala para que possamos conversar apropriadamente.

    Meu pai olha para mim, eu desvio o olhar. Eu não aguentaria olhar para seus olhos.

    Ele acena positivamente com a cabeça e é guiado pelo coordenador Tenjin. Os dois homens saem da sala me deixando sozinho. Um incrível alívio brota em meu peito. Só agora percebo que eu tinha segurado a minha respiração por todo esse tempo.

    Eu me sento, abraço as minhas pernas e afundo meu rosto nelas. Eu tento não chorar, mas as lágrimas começam a escorrer incessantemente. O que eu faço...?

    Narrador

    Os dois homens caminham em silêncio. O pai do aluno ainda mantem a feição fechada. O coordenador com os seus anos de experiência sabe o melhor jeito de agir, não seria a primeira vez que um pai chega todo estressado para falar com ele. Mas ele se assustara, ou melhor, se surpreendera com algo.

    Tenjin nunca imaginaria que esse homem fosse o pai do Yukine. A semelhança entre eles é nítida, o mesmo estilo de cabelo, algumas feições e aparência, mas, fora isso, a diferença é total.

    Hoje fora a primeira vez que o coordenador Tenjin tivera a oportunidade de conhecer o Yukine, porém já ouvira muitas coisas sobre ele, muitas coisas boas. Sua classificação sempre foi uma das mais altas, e pelo que Tenjin soube, Yukine já participara de muitas competições acadêmicas e ganhara vários prêmios. Realmente um ótimo aluno. Além de parecer um jovem calmo e gentil.

    Mas ao olhar para o homem ao seu lado ele consegue enxergar tamanha ignorância em seu olhar. Seu porte e jeito de agir parecem como de um homem bruto e irracional. Parece ser rude e agressivo, o oposto do menino.

    Tenjin não é um homem de julgar os outros, então, deixou esses pensamentos de lado e começou a se focar nesse grande problema que caiu sobre suas costas. Um de seus alunos está sofrendo bullying, e pelo jeito as coisas já passaram do limite. Como responsável ele tem que intervir e resolver esse problema do melhor jeito possível.

    —Senhor Sekki, entre. — Diz Tenjin abrindo a porta de sua sala.

    O homem a passos rígidos entra e se senta na cadeira de frente para a mesa do coordenador, e logo fecha os braços.

    —Sinta-se a vontade. —O senhor mais velho diz ironicamente, quase inaudível.

    O coordenador se senta em sua cadeira e com a postura inabalável que ele conquistara conforme os anos, ele começa a se dirigir ao homem à sua frente.

    —Senhor Sekki, fico feliz por você ter vindo.

    —Huh. —O senhor se limita a dizer, ainda com rispidez em seu olhar.

    Sem perder a compostura Tenjin continua. — Eu tenho alguns assuntos sobre o seu filho...

    O pai do Yukine rudemente o interrompe. —O que esse moleque fez dessa vez? Ele sempre me faz ter que sair no meio do meu emprego para resolver os seus problemas. —Ele suspira. —Quando esse garoto vai crescer e parar de me atormentar?

    Tenjin engole seco, surpreso pela reação do pai de seu aluno, mas firmemente ele continua. — Não foi algo que seu filho fez. Seu filho vem sofrendo... bullying, alguns alunos o estão agre-...

    —Só isso? — O loiro o interrompe novamente. —Você me fez vir aqui só por causa de umas besteiras dessas. Isso é normal entre os garotos. A culpa é dele por ser fraco! Nem parece ser filho meu... — O homem reclama amargamente.

    O coordenador, que geralmente demonstra ser um homem impassível, nunca se deixa afetar e tenta resolver os problemas da melhor forma, acabou sendo profundamente afetado com esse comentário. Nunca esperaria ouvir um pai falar assim de seu próprio filho.

    —Você... —Tenjin respira fundo, segura a respiração por um tempo, e se recompõe. —Mesmo assim nós temos que resolver tudo isso. — O senhor aloirado já estava prestes a o interromper novamente, mas Tenjin cansado desse comportamento, aumentando o seu tom de voz, sobrepondo a do homem à sua frente. — Não podemos deixar isso de lado. Seu filho parece estar sofrendo, e eu, representando essa escola, pesco desculpas. Farei de tudo para ajudar o seu filho.

    O loiro fecha a cara, e de mal gosto diz. —Tá. —Ele fica sentado, fixando pesadamente seu olhar na figura de autoridade local, e então, subitamente se levanta. —Se for só isso que tem a me falar, então, eu estou de partida.

    O coordenador se surpreende. Esse homem realmente sabe surpreende-lo. Tenjin se levanta e o acompanha até a porta. Ele gostaria de falar mais sobre o Yukine, principalmente queria discutir sobre os boatos que os alunos estão espalhando, mas, no fim, decidiu não ter essa conversa com o senhor Sekki. No fundo ele sentia que isso não acabaria dando certo.

    De qualquer jeito ele teria a chance de conversar com o Yukine mais tarde.

    Porém decidiu fazer uma ultima pergunta. —Senhor Sekki, você sabe se o Yukine está trabalhando... ou algo do tipo?

    O olhar do loiro se afia. —Que eu saiba não. Por que? —Perguntou parecendo estar nervoso com essa súbita pergunta.

    O coordenador engole em seco, e então, responde. —Por nada. Só tirando umas dúvidas... —Tenjin vê sua secretária como sua salvação. —Tsuyu, acompanhe o senhor Sekki até a saída, por favor.

    A secretária se levanta prontamente e acompanha o homem, assim como seu superior a ordenou, mesmo com o homem ao seu lado a devorando com os olhos. É por isso que Tsuyu não suporta os homens.

    Yukine

    Uma luz forte começa a me incomodar, me fazendo abrir os olhos. Os raios do pôr-do-sol cobre a enfermaria toda, a deixando num belo tom avermelhado.

    Que horas são? Eu acabei pegando no sono...

    A porta é aberta, instintivamente meus músculos enrijecem, mas logo me acalmo ao ver que somente o Tenjin entra.

    —Oi, Yukine. Vejo que você acordou. — Ele se aproxima calmamente de mim. — Como você se sente?

    —Um pouco... cansado. —De várias maneiras.

    —Entendo... —Sua feição se torna séria, porém gentil. —Eu gostaria de poder continuar a conversa de antes, porém acho melhor deixar para outra hora. Quando você se sentir mais... disposto.

    Eu não digo nada, me limitando somente com um aceno positivo com a cabeça. Porém algo surge, uma dúvida. Um medo. —Cadê... o meu pai?

    —Ele... Seu pai já foi embora. Foi descuido meu esquecer-me de avisá-lo para te levar. Me desculpa. —Tenjin diz sentido.

    Ainda bem que esqueceu. —... Como foi? Como ele reagiu? —Pergunto temeroso.

    —Bem... Ele... —Tenjin respira fundo e então me olha nos olhos. — Se você estiver preocupado se ele ficou bravo, ele não ficou.

    —Você contou para ele sobre os boatos?!

    —Não, eu não contei. Prefiro falar isso primeiro com você.

    Um enorme alivio surge em meu peito. Ainda bem que ele não contou. Se ele tivesse contado...

    O olhar do coordenador suaviza e com um leve sorriso diz. —Porém esse não é um assunto para se falar agora. Falaremos sobre isso quando você estiver se sentindo melhor.

    Ele se levanta e parece ter se lembrado de algo. — Como seu pai não veio te buscar, e na sua situação não seria muito bom você ir de ônibus, então, decidi chamar um taxi.

    —Não precisa. —Digo me levantando com um pouco de dificuldade. Me esforçando para parecer estar bem eu digo. —Está tudo bem, eu consigo ir sozinho.

    Ele me olha como se estivesse me lendo como se eu fosse um livro aberto. Ele sorri e abre a porta. —Venha comigo.

    Sem resistência eu o sigo. Estou cansado e machucado, acho que não é uma boa hora para querer ser orgulhoso.

    E então aparece ele, Yato, sentado segurando uma mochila entre seus braços, além de já estar com uma nas suas costas. Seus olhos encaram o vazio, e sua feição está inexpressiva.

    Será que ele ainda está bravo comigo?

    Assim que nos aproximamos ele se levanta, e o coordenador explica. —Eu soube que vocês dois são vizinhos, não? Então para aproveitar a carona o Yato vai junto. Além de ele ter insistido muito... — A última parte o coordenador disse tão baixo que eu nem consegui escutar.

    Reparo que a mochila que o Yato está carregando é a minha. — Yato... deixa que eu a levo.

    Ele finalmente olha para mim, no inicio confuso, mas então entende o que eu queria dizer. —Não precisa, eu levo.

    O silencio reina entre nós. O Tenjin é o único que parece manter o bom humor. Sem precisar dizer nada ele nos guia até a saída. Nos esperando um taxi está parado logo na entrada.

    Eu e o Yato nos sentamos juntos no banco de trás. O nosso coordenador diz algumas coisas para o taxista, e então se despede de nós com um simples aceno de mão.

    O caminho foi silencioso e estranhamente tranquilo. Eu sei que o Yato está estranho comigo, mas eu não consigo evitar, eu me sinto calmo perto dele.

    O taxi parou na nossa rua, bem enfrente da minha casa. Uma dúvida me abateu. —Mas e o dinheiro...?

    O taxista olhou para mim e deu um leve sorriso. —O senhor de antes já pagou a partida. —E logo foi embora, deixando eu e o Yato, enfim, sozinhos.

    Ficamos parados, um ao lado do outro, em silêncio. De repente ele me entrega a minha mochila, suspira e atravessa a rua, indo para sua casa sem dizer nada.

    Eu deveria ir falar com ele?

    Não... Acho que ele não quer falar comigo agora. Ou nunca mais...

    Será que ele está bravo comigo a ponto de não querer mais ser meu amigo?

    Será que nós já fomos amigos...?

    Confuso e pensativo eu entro em casa. Tudo o que eu quero agora é relaxar... esquecer de todos os meus problemas.

    Mas assim que eu me deparo com ele eu sei que os problemas só acabaram de começar.

    Narrador

    Yukine encontra seu pai parado no meio da sala com um olhar selvagem. Em suas mãos ele segura uma caixa. No inicio Yukine demora um tempo para entender, mas assim que ele percebe ele sente seu sangue gelar.

    Yukine sabe o que está por vir, e o medo o domina. Suas pernas e braços começam a tremer e seu peito a doer.

    O homem o encara e apertando a caixa questiona o garoto. —Yukine... o que é isso aqui?

    Yukine tenta dizer algo, pensar em algo para dizer, mas nada, nem mesmo se ele quisesse, sai. —...

    —O que é isso?!

    —Pai... —O homem o encara com um olhar bestial, e com isso, o garoto se cala novamente.

    O loiro mais novo sente uma súbita vontade de fugir, mas algo, um pensamento, o impede. “Eu disse que não iria me afugentar, e agora eu estou pensando novamente em fugir dos meus problemas.”

    O jovem aperta os punhos e dá um passo para frente. —Isso é meu!

    O loiro mais velho se enfurece com a atitude ousada do mais jovem. —Como você conseguiu isso?

    — Onde você achou isso? Isso estava debaixo da minha cama. Você ficou mexendo em minhas coisas?!

    — Essa casa é minha! Não existe nada daqui que seja seu. —O mais velhos diz secamente.

    O garoto engole seco. Estando tão acostumado com esse argumento ele nem se afetou. Yukine se lembra de tudo que teve que fazer para ganhar aquele dinheiro. Esse dinheiro é dele. — Trabalhando. — Responde firmemente.

    Seu pai o olha furioso. — Você ficou com todo esse dinheiro somente com você?!Eu e sua mãe vivemos trabalhando que nem dois condenados, e você fica guardando dinheiro ao invés de nos ajudar?!

    A raiva toma o garoto, o deixando cego momentaneamente, o fazendo falar sem temer. — Para que? Para você gastar em bebida?!

    O homem é totalmente tomado pela fúria. Indignação. Como seu filho pode falar desse jeito com ele? Ele pensa.

    Ele começa a ir em direção do menino. Seus olhos bestiais e seu tom de pele avermelhado. Yukine sabia o que aconteceria em seguida, o jovem garoto fecha os olhos à espera do golpe.


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