Jamais, em toda minha vida,me preocupei com a cor da minha lingerie e agora, gostaria de ter algo mais atraente do que minhas calcinhas brancas e simples. Elas podem ser muito confortáveis, mas não são a coisa mais sensual do mundo. Se vencer essa competição, preciso fazer algumas compras...
Talvez fosse melhor não usar nada, penso comigo mesma, enquanto me encaro,diante do espelho do banheiro, onde estive parada nos últimos quinze minutos. Sabendo que não seria capaz de tanta ousadia, visto minha calça jeans e uma blusa azul-clara.
Se ao menos meu coração parasse de bater tão rápido, eu ficaria mais tranquila. Sou apenas uma garota, prestes a fazer o que todas fazem. É natural. Nada demais.
Entretanto é demais para mim. Claro, já fizemos amor no carro, mas foi diferente. Agora, é algo planejado... algo de que nós dois precisamos e desejamos, e de certa forma, um grande passo em nosso relacionamento. Um relacionamento que, espero, vá durar mais do que este programa.
Respiro fundo e percebo que estou entregando meu coração de bandeja para Natsu. Então penso em como a vida de meu pai foi curta e tenho certeza de que mamãe teria feito tudo de novo, apenas pelo pouco tempo que teve perto dele. Em outras palavras, nunca se sabe o que pode acontecer, então tudo que podemos fazer é aproveitar a vida o máximo possível.
Bem, depois do incentivo, aplico algumas gotas de perfume, ajeito meus cabelos alongados, aplico um pouco de batom cor-de-boca e deixo meu quarto.
O quarto de Natsu é do outro lado do prédio. Estou no meio do caminho quando passo diante de uma porta que leva ao jardim e vejo, em à escuridão, a ponta alaranjada de um cigarro sendo tragado. Olho pela janela e vejo que se trata de Juvia, que está sentada numa mureta de pedra, fumando. Mesmo estando com certa pressa, não posso deixar de parar e perguntar se ela está bem. Abro a porta de madeira completamente e pergunto:
- Juvia?
Ela dá um pulo, assustada.
- Ah.... Lucy.- Sua voz está rouca, não sei se devido ao cigarro ou se estava chorando. Suspeito que seja por ambos os motivos.
Saio e sinto o ar gelado da noite.
- Você está bem ?
- Claro - ela responde, sem conseguir me convencer .
- Não sabia que você fumava.
- Não fumo . - Ela traga lentamente. - Bom, não mais.
Parei há cinco anos, mas senti vontade de fumar agora.
Sei que é algo extremo de minha parte, mas arranco o cigarro dela e o esmago com meu sapato. Ela não diz nada, para minha surpresa.
- E essa necessidade repentina de fumar tem algo a ver com Gray?
Ela geme.
- Não sou patética? Lucy, me ajude a voltar ao normal, por favor.
O barulho da porta abrindo nos faz olhar trás.
- Juvia! - Gray diz bastante irritado. - Mas que droga! Estou procurando você por todos os lados. Por que saiu correndo daquele jeito?
- Porque você estava com Layla. Pareciam bem à vontade sentados diante da lareira no salão de jantar.
- Ela é minha instrutora , Juvia. Estávamos conversando sobre nossa dança.
- Claro que estavam.
- Você andou fumando?
- E o que você tem a ver com isso? - ela grita, mas sua voz falha, mostrando que está à beira das lágrimas.
- Tudo, droga.
- Como ?
- Você me ouviu. Você significa tudo para mim. Sempre foi assim, e sempre será. Maldição!
Observo a discussão como se fosse uma partida de tênis e penso que Gray deve suavizar seu vocabulário. E talvez abaixar um pouco o tom de voz.
Juviase levanta da mureta.
- O que está dizendo?
Gray dá um passo em sua direção.
- Estou dizendo que tenho trabalhando além do necessário com Layla para vencer essa competição e poder aumentar minha oficina mecânica.
- E o que eu tenho a ver com isso? Meu carro está ótimo.
- Bem, então deixe-me explicar novamente. Eu amo você, Juvia, Amo desde quando éramos adolescentes, e nunca deixarei de amar, embora tenha tentando. Quero aumentar a oficina para ganhar mais dinheiro e poder dar a você uma vida melhor.
Juviadá alguns passos à frente e agarra a aba da camisa de Gray.
- Por que tentou deixar de me amar? Se for causa daquela besteira de pensar que não é bom o bastante para mim, então desista. Não preciso de coisas caras. Será que não consegue enfiar nessa cabeça-dura que só preciso de você?
Vejo Juvia puxar Gray para um beijo apaixonado e sinto vontade de aplaudir, mas acho melhor deixá-los a sós. Enquanto caminho de volta ao prédio, preciso limpar lágrima. Embora não tenha sido um discurso perfeito, Gray foi sincero e apaixonado e me deixou bastante emocionada.
Detesto a ideia de que, se eu vencer , Gray não receberá o dinheiro necessário para aumentar sua oficina. Não que eu vá desistir da competição, mas o fato de ter meus amigos como adversários é cruel.
Chego á porta do quarto de Natsu. Fico parada ali por alguns minutos, tentando controlar os batimentos acelerados de meu coração. Finalmente respiro fundo e bato na porta.
Ninguém atende e começo a entrar em desespero, pensando que devo ter entendido errado,ou que talvez ele tenha mudado de ideia. Estou prestes a dar meia-volta, mas algo me diz para tentar a maçaneta da porta. E não é que está destrancada?
Abro-a devagar, com o coração aos pulos, no que parece uma cena de filme de suspense. Estou receosa do que posso encontrar. Para piorar a situação, a porta range. Quando empurro com um pouco mais de força entro no quarto, não posso acreditar...
A porta do outro lado do quarto também se abre, liberando um nuvem de vapor. Natsu surge em meio a ela, secando os cabelos com uma toalha, que cobre parte de seu rosto. Outra toalha está enrolada na cintura. Sigo com os olhos o caminho das gotas de água que escorrem pelo peito musculoso, em direção ao umbigo está contraído, e vejo os músculos definidos se mexerem enquanto esfrega a toalha na cabeça vigorosamente.
Meu Deus!
( Nota : aelita/allyne : alguém além de mim sentiu o clima esquenta ? )
Sei que deveria anunciar minha presença, mas não consigo falar. Finalmente, engulo em seco. Natsu imediatamente pára o que está fazendo e nossos olhares se encontram.
Ele murmura alguma coisa em espanhol. Não sei o que significa, mas espero que seja algo bom.
- O que?
- Eu disse venha aqui.
Caminho em sua direção, com as pernas tremulas e o coração disparado. O que será que ele diria se eu arrancasse sua toalha e andasse ao seu redor como se estivéssemos no passo doble? Claro que não faço isso, mas consigo colocar minha mão sobre seu peito molhado, desejando poder inclinar a cabeça e lamber as gotas de água.
- Lucy, seja lá o que for que está pensando em fazer..... faça.
Engulo em seco, dividida entre arrancar-lhe a toalha ou lamber seu peito. Talvez devesse fazer ambos.
- Adoro essa carinha indecisa. - Ele se aproxima e passa os dedos por rosto e sobre meus lábios, me deixando arrepiada. Sorrindo de forma carinhosa, ele segura minha mão entre as suas. - Venha, vamos tomar uma taça de vinho. Tomei a liberdade de encher um taça para você.
Lembro-me do incidente com o vinho de morango e sinto certo receio.
- Isso vai nos deixar mais à vontade. - Ele me oferece a bebida, que aceito. - Só pude encontrar um taça, se importa de dividirmos?.
- Gostou?
Faço um gesto afirmativo com a cabeça e tomo mais um gole.
- Posso?
Inclino a cabeça de novo. Quando entrego o copo para ele nossos dedos se tocam. Sei que parece tolice, mas sinto um calor que começa nos dedos e percorre lentamente meu corpo, como melado, doce e denso. Fico olhando enquanto ele bebe e depois me devolve o copo. Como minhas pernas tremem um pouco, eu me sento na cama e ele se une a mim. O vinho fica melhor a cada momento. Começo a me sentir mais leve e relaxada. Natsu toma o ultimo gole e coloca o copo no criado-mudo.
- Espero que não se importe se eu deixar a luz acesa. Adoro olhar para você .
- Tudo bem - respondo, lembrando da lingerie que estou usando e desejando algo mais sedutor.
- Ótimo. Pensei nisso o dia todo e quero que seja perfeito.
Quero ir devagar - ele diz, tocando meu queixo - e com calma....saboreando cada beijo.
Sua boca está tão perto da minha... quase tocando. Ele hesita um pouco, provocando, intensificando meu desejo.Quando acho que não suporto ficar sem beija-lo nem mais um segundo, os lábios suaves capturam os meus.
Fecho os olhos quando a boca de Natsu se funde com meu próprio paladar,de vinho bom e calor masculino. O aroma do banho recem-tomado invade meus sentidos e eu me agarro nos ombros macios quando ele me deita sobre a pilha de travesseiros. Corro os dedos pelos cabelos úmidos, abrindo a boca para aprofundar o beijo.
A paixão nos domina e eu começo a tirar o agasalho e o jeans. Natsu trabalha rápido na minha lingerie e se livra da toalha que o envolve. Gemo em sua boca quando a pele morna desliza contra a minha e ele me beija de novo em meio a caricias pelo corpo. Envolve meus seios com as mãos macias e os massageia com gentileza, circulando o mamilo sensível com o polegar até que eu arqueio em direção a ele, tomada pelo prazer.
- Mi Dios que yo le quiere tan -( Meu deus eu te amo ) ele sussurra em meu ouvido antes de me fazer suspirar com rastro de beijos que deposita no pescoço. Ele brinca com meus seios, atiçando, estimulando, indo de um para o outro, me enlouquecendo. Quando ele suga o mamilo,sinto que estou afundando nos travesseiros, me afogando na sensação, desesperada para senti-lo dentro de mim.
- Natsu.... - eu peço, mas ele continua o assalto sensual com a boca quente e faminta. Como se não fosse suficiente, ele escorrega a mão até coxa, acariciando, provocando, chegando muito perto de onde quero ele toque. Levanto os quadris em um convite aberto e, enquanto os dentes mordiscam meus mamilos, enviando sinais de desejo pelo corpo, ele me penetra com dedo. - Meu deus...- gemo, sentindo a umidade, que facilita as caricias e quase chego ao orgasmo.
- Natsu... - abro os olhos quando sinto o peso e o calor se afastarem, mas fico aliviada ao ver que ele pega rapidamente o preservativo.
- Lucy - ele geme, entrelaça os dedos aos meus e me possui com um movimento longo e profundo, que me preenche e me deixa sem fôlego. Ele se move devagar, aumentando meu prazer a cada instante. Quando eu quero mais, ele se controla até me deixar desesperada, ansiando pela liberação.
Ele continua me beijando suavemente até que eu o envolvo com as pernas e arqueio o corpo, trazendo-o para mais perto, aprofundando-o em meu corpo. Ele acelera o ritmo.... e o beijo se torna selvagem. Meus seios se esfregam no peito dele, estimulando meus mamilos e enviando correntes de prazer cada vez maiores. A sensação cresce e se espalha até que atinjo o clímax com tanta intensidade cada vez mais rápido. Sinto o poder pulsante dentro de mim e o grito roucos quando ele chega ao auge, arqueando as costas antes de procurar minha boca para um beijo carinhoso.
Nosso dedos estão entrelaçados, nossos corpos ainda são um e eu juro que nunca soube que fazer amor era tão bonito.
- Fique comigo esta noite , Lucy - ele diz com um sorriso quente que atinge diretamente meu coração.
Sem confiar na minha voz, eu aceno com a cabeça.
- Quero acordar com você nos meus braços.
Olho naqueles olhos e vejo sinceridade e sei que, não importa o que aconteça, desse dia em diante eu sempre terei isso....