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“Você me amará de uma vez, do jeito que fez uma vez num sonho”
Once upon a dream - Disney (Sleeping beauty)
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Era uma vez, uma bela princesa chamada Lucy. Ela era conhecida por ser a mais bela de todas as jovens com os seus belos cabelos cor de ouro e os seus olhos cor de mel. O seu pai, Jude, era o Rei de Fiore, uma bela e mágica ilha que se dividia em cinco grandes regiões. Mas, das cinco, eles só dominavam quatro, pois os homem-dragão dominavam completamente essa outra zona sem deixar qualquer humano entrar. Ambos viviam em ódio e guerra, matando uns aos outros por prazer por 100 anos.
Lucy detestava essa guerra, ao contrário de todos os humanos, e isso fez com que o povo se recusasse a aceitá-la como futura rainha. No seu décimo sexto aniversário, seu pai mandou-a para uma torre no meio da floresta mágica com as suas fadas madrinhas como suas guardas e protetoras.
A torre era um espaço pequeno e horrível, ela detestava-o. Sabia qual era razão do seu pai tê-la mandado para aquele lugar: Lucy nunca sentira ódio pelas pessoas, pois foi uma bondade dada por uma das suas fadas madrinhas, Wendy, e isso causava muita raiva no Rei. Sua segunda grande bondade dada pela sua outra fada madrinha, Juvia, era sua bela e madura voz. E a sua terceira e última era sua pura e única beleza dada por Mirajane.
Porém, Lucy sabia que fora amaldiçoada como a velha criada tinha contado-lhe um dia. Uma mulher-dragão ruiva a amaldiçoou com um destino horrível de se apaixonar por um homem-dragão e acabaria por morrer nas mãos dos dois povos. Mas, antes de ser mandada para a maldita torre, ela mesma soubera que seu pai tinha matado essa mulhe-dragão e a maldição dela não passara de uma visão do futuro que ela tinha orgulho, pois ela via paz para o mundo depois de uma luta pequena, duas mortes e as lágrimas derramadas pelas vidas perdidas. Não se importava em morrer pela paz.
Chegou à torre com a sua cesta cheia de morangos para o seu bolo de aniversário feito pelas suas fadas madrinhas.
- Oh, Lucy, mesmo a tempo! - Exclamou Juvia colocando as suas mãos nas suas bochechas
olhando para os morangos.
- Que belos morangos! - Comentou Mirajane pegando numa meia dúzia e os lavando.
- E que saborosos! - Disse Wendy comendo um dos morangos.
Lucy sorrio e subiu para o seu quarto onde caiu na cama cansada com os pequenos animais olhando-a através da enorme entrada.
- Obrigada pela ajuda, amiguinhos! - Agradeceu caindo no sono.
Caminhava pela floresta à procura de alguém que ela não sabia ao certo como era. Desistindo, por fim, sentada numa das maiores árvores da floresta descansando da sua corrida com os animais selvagens a acompanhá-la.
- Como será que é essa pessoa? Só tenho certeza de que é um príncipe bondoso que odeia a guerra como eu. - Comentou, com esperança em sua voz, olhando para a vasta e bela floresta.
Os animais se entreolharam e foram à procura de algo que animasse Lucy e perto de uma cascata, eles viram uma capa, botas e chapéu de um humano homem. Olharam para os lados e não viram ninguém lá e por isso, roubaram as roupas vestindo cada peça parecendo um humano sem corpo só com a coruja como cabeça. Voltaram, animados, para perto de Lucy que se surpreendeu rindo alto.
- Mas, que belo príncipe! - Comentou a mulher olhando para os animais com um enorme sorriso em sua cara. - Não és um estranho para mim. Sabes porque? Nós já nos conhecemos antes! - Falou agarrando a parte da frente da capa para uma dança começando a cantar ao longo dos seus passos.
“Eu te conheço, eu andei contigo uma vez num sonho
Eu te conheço, o brilho nos seus olhos é um brilho tão familiar
Ainda sim eu sei que é verdade que visões raramente são o que parecem
Mas se eu te conheço, sei o que você vai fazer
Você me amará de uma vez, do jeito que fez uma vez num sonho”
Lucy não sabia que estava a ser observada pelo próprio dono da roupa. Porém, ele não estava zangado, mas sim, surpreso pela beleza da jovem humana. Os cabelos loiros quase que de ouro balançavam ao sabor dos movimentos. O olhos dela se mantinham fechados e seu belo sorriso estampado em seu rosto.
Ele sabia aquela canção também. Ele costumava ouvir uma voz bela e única a cantar para ele nos seus sonhos. A mesma bela e única voz da humana que dançava.
Aproximou-se aos poucos e puxou a sua capa com os animais e substituiu o lugar deles agarrando as mãos da mulher que, aos poucos, percebera as quentes e grossas mãos nas suas.
- Oh! - Exclamou Lucy se afastando ao ver os animais com a roupa afastados.
- Desculpa, eu não queria assustar-te! - Exclamou o homem-dragão agarrando a mão da delicada mulher.
- N-Não é isso! S-Só és um…
- Estranho? - Perguntou o príncipe de cabelos rosas e escamas de dragão na sua testa. - Mas, nós já nos conhecemos antes!
- J-Já? - Perguntou, surpresa, olhando no fundo dos olhos negros como carvão.
- Sim! Tu mesma disseste! Uma vez em um sonho… - Sussurrou cantando a bela canção com a sua voz grossa.
Lucy, primeiro, achou que era alguma piada que ele estava a fazer, porém, ao ouvir a voz dele, ela sabia que ele era o tal dos seus sonhos, o príncipe dos seus sonhos.
E deixou-se levar na dança e ao longo das vozes da floresta, dançava com o belo príncipe dos seus sonhos, enquanto, a floresta mágica mudava de cor ao sabor dos movimentos.
Jellal e Erza olhavam com ódio para aquele momento nojento. Como o/a príncipe/princesa puderam fazer isso?
Jellal correra para o seu cavalo enquanto Erza preparava-se para arrancar voo com as suas asas.
Ambos contaram aos Reis sobre a possível traição e logo se preparavam para o ataque.
Lucy olhou para o céu azul sorridente depois do seu encontro com o tão esperado príncipe. Não sabia quase nada dele, pois o tema de assunto fora os sonhos e as visões. Era tão real…
O seu sorriso desaparecera ao ver cinco pontos negros.
- Nuvens de chuva? - Perguntou, assustada, mas ao notar os seres a se aproximarem, correu desesperada para a torre chamando pelas fadas madrinhas.
- Wendy! Juvia! Mira! - Chamou desesperada correndo pela cozinha à procura das três.
Ninguém respondia, por isso,
Lucy achou melhor fugir pela porta de fundo da torre, porém caiu no chão aterroriza ao ver os corpos das suas fadas madrinhas nus com sangue e algum líquido branco em cima.
- Estás à procura delas? - Perguntou o homem-dragão de cabelos negros compridos.
Levantou-se do chão, aterrorizada, correndo para a porta de entrada e seguindo para a floresta sendo perseguida pelos seres monstruosos.
- Alguém que me ajude! Por favor! Socorro! - Gritava, chorando, correndo pelas árvores atravessando o rio de água cristalina com os seus pés sem sapatos acabando por fazer feridas causadas pelas pedras.
- Por favor! Alguém… - Sussurrou, em lágrimas, tropeçando no corpo de um humano da vila próxima à torre.
Olhou para a sua frente, vendo a vila que costumava comprar morangos e outros alimentos em chamas com as pessoas sendo queimadas vivas ou despedaçadas nas mãos dos homem-dragão.
- Corres bem para uma simples formiga inútil. Espero que me canses de outro jeito, loirinha. - Comentou o homem sorrindo pegando Lucy pelos cabelos.
- Por favor… alguém…- Sussurrou ela fechando os olhos aos poucos, perdendo a sua esperança à medida dos gritos de terror dos aldeões da vila se aumentavam.
- Gajeel! Larga ela agora! - Ordenou o homem-dragão que voltava à sua forma humano escondendo as horríveis asas e garras.
Lucy reconhecera a voz do seu príncipe e chorando, abriu os seus olhos com felicidade.
- Mas, príncipe Natsu… - O outro tentou argumentar, porém ao ver o rosto sério da realeza, não opinou.
Natsu pegou na humana com os seus braços fortes e com carinho voando para fora daquele lugar contaminado de crueldade.
Voou até ao cimo da montanha pousando com a humana loira no seu colo.
- Você salvou-me… - Sussurrou Lucy olhando para os olhos negros como a noite do príncipe que escondia as suas asas negras.
- Eu não deixaria eles tocarem na minha princesa. - Respondeu com um sorriso torto cheirando o pescoço dela causando um arrepio na mulher.
- Porque eles estão em guerra agora? Porque agora? - Perguntou ela olhando no cimo da montanha, as pequenas barracas a serem queimadas e as crianças e as mulheres a serem perseguidas pelos monstros com asas.
- Por causa de vocês, que vergonha meu filho. - Falou, com vergonha, o Rei Dragão olhando para os dois jovens com nojo.
- Lucy, minha vergonha… - Comentou o Rei humano colocando a mão grande na sua testa com desdém em seu olhar.
- Pai! - Exclamaram ambos os jovens abraçados, mas um soldado dragão pegou Lucy e soldado humano agarrou Natsu.
- Que vergonha...Vamos fazer uma troca sem sangue por estes dois montes de lixo? - Perguntou o Rei Dragão.
- Vamos. - Concordou o outro, porém Jellal entrou pelo meio da confusão e degolou o jovem príncipe dragão antes que alguém fizesse alguma coisa. Erza ao ver o seu príncipe morto, não controlou a sua raiva e degolou a jovem princesa loira.
Lucy acordou em sua cama levantando-se assustada tocando no seu pescoço em pleno terror. Ela tinha sentido, parecia tão real…
Olhou para o espelho que ela tinha em seu quarto procurando por qualquer marca em seu pescoço, porém não tinha absolutamente nada, branco como a neve.
Suspirou aliviada se pendurando na janela aberta de seu quarto tocando nas suas mãos quentes. O corpo de Natsu era tão quente…
Perguntava-se a si mesma se tinha sido apenas só um sonho ou uma visão, parecia ter sido tão real, ela sentiu o toque dele, o corpo quente dele, o hálito fresco dele…
Olhou para a floresta, bufando, sentindo o vento a entrar e a refrescar o seu quarto.
Queria conhecer o príncipe dragão. Queria vê-lo, falar e tocá-lo. Parecia ser uma pessoa tão interessante…
Colocou o seu manto por cima da cabeça escondendo os seus cabelos e rosto descendo pelas escadas caminhando para fora sem ser impedida por ninguém. Caminhou pela floresta olhando para os animais com os seus pequenos rostos confusos, porém ela sorrio acalmando os pequenos seres e saiu da floresta e entrando na planície onde iria dar encontro ao lar dos homens-dragão. Sua jornada tinha durado apenas três dias até que ela chegou à vila deles.
Para a sua surpresa, a vila era dividida em forma de um círculo à volta do enorme castelo da realeza. Eles tinham jardins e hortas assim como os humanos. Desceu a enorme colina sem cair tendo cuidado onde colocava os pés e no meio da multidão, entrou no grande mercado. Era igual aos dos humanos, vendiam carne, peixe, vegetais, objetos roubados e roupas. Sorrio ao olhar o pequeno homem-dragão que olhava para ela confuso enquanto comia um pedaço de uma maçã.
Saiu do mercado caminhando em direção do castelo enorme da realeza, entrando, sem problemas, pelos enormes portões banhados em vermelho.
Andou pela entrada do castelo sendo impedida pouco tempo depois pelos soldados fortes.
- Mostre-se! - Exclamou o guarda apontando a lança contra o peito da jovem mulher.
Quando ia tocar no manto, ouviu a voz bela de Natsu e olhou para a frente com os seus olhos brilhantes.
- Deixem ela, eu trato dela. - Ordenou Natsu pegando na mão suave da jovem e a levando para o seu quarto.
- Finalmente! Aquele garoto aprendeu o que é bom para vida! - Exclamou o Rei Dragão sorrindo comemorando agarrando duas das suas criadas que sorriam coradas.
Ao passar pela porta do seu quarto deu uma espiadinha para confirmar se ninguém estava lá e trancou a porta, para logo em seguida, agarrar o rosto de Lucy deixando o manto cair.
- És mesmo tu…- Sussurrou feliz olhando profundamente nos olhos cor de mel da humana.
- Eu tinha que te ver. - Confessou Lucy corada virando o olhar esfregando as suas mãos uma na outra.
- Fico feliz em ouvir que o meu sentimento é recíproco. - Respondeu Natsu pegando na mão direita dela e a beijou olhando diretamente nos olhos dela sendo interrompido por umas batidas na porta. Tirou a sua camisa deixando o seu abdômen completamente à mostra e desarrumou os seus cabelos.
- Espera aí… - Sussurrou no ouvido de Lucy abrindo e fechando a porta logo de seguida.
A loira estava completamente corada e sem jeito lembrando do olhar, do corpo e do sussurro colocando a sua mão direta em seus lábios.
Pouco tempo depois, ele voltou colocando a camisa de volta, a contra gosto da Lucy, e sentou-se na sua cama chamando a loira para se sentar do deu lado.
- Tiveste aquele sonho estranho, não foi? Aquele em que Erza mata-te? - Perguntou Natsu olhando pela janela.
- Sim. Eu não acho que foi um sonho, mas sim uma visão ou aviso. - Comentou a humana olhado para as paredes brancas brincando com as suas madeixas loiras.
- Eu não me importaria de morrer se for pela salvação de ambos povos…- Confessou o jovem pegando na mão da mulher que pulou da cama em protesto.
- Não! Eu recuso a morrer ou deixar você morrer! Eu quero viver na época de união e paz contigo! - Exclamou Lucy, em lágrimas, olhando seriamente para Natsu que estava surpreso pela reação inesperada, mas logo sorri e abraça ela.
- Eu confio em ti, minha noiva…- Sussurrou no ouvido dela.
Dois anos passaram desde do último encontro de ambos e Lucy foi coroada rainha de Fiore. Olhou pela janela de seu quarto com a sua mão em seus lábios sentindo a falta do toque de Natsu.
- Será que ele ainda se lembra de mim? - Perguntou-se se encostando na beirada. - Ele, agora, é o Rei dos homem-dragão…
- Senhora? - Chamou a criada de cabelos curtos. - O baile está à sua espera, minha rainha.
- Obrigada, Rose. - Agradeceu caminhando pelos corredores com o seu longo vestido.
As pessoas olhavam para ela maravilhadas enquanto descia lentamente caminhando para perto do seu pai que a cumprimentou com um beijo em sua testa.
- Minha filha, você está tão bela! Uma verdadeira rainha! - Exclamou Jude orgulhoso. - Olhe, Gray, minha filha não é bela? - Apresentou Lucy para o príncipe em branco que sorrio de canto.
- É mesmo. - Concordou o homem.
Lucy olhava para um dos cantos do salão focada no manto castanho. Sorrio quase em lágrimas aproximando da pessoa.
- Senti a sua falta, minha noiva. - Falou uma voz grossa e bela.
- Acompanhas-me nesta dança, meu Rei? - Perguntou Lucy agarrando a mão do homem que tirou o manto mostrando as suas asas e suas escamas que vestia um termo de príncipe em preto.
Pessoas olhavam para a eles assustadas e em terror, mas mesmo assim, os dois caminharam para o centro do salão, onde, Lucy mandou uma ordem para os músicos tocarem e começou a dançar com Natsu.
A mãe de Lucy sorria acompanhando a música.
- Será mesmo destino? - Perguntou-se olhando para eles maravilhada.
Jude olhava para a mulher assustado enquanto ela o puxava para a dança junto com os dois jovens.
- Será errado amar? Eles parecem nós, meu amor, quando éramos mais jovens e fugíamos da tua mãe. Ela nunca aceitou-me como tua esposa porque eu era filha de uma das criadas sem sangue real… Eu não quero Lucy sinta essa dor assim como eu senti, Jude, por favor…- Confessou a mulher, pedindo pela confirmação do marido que olhou para a filha que estava encostada no peito do homem-dragão e sorrio.
A festa continua, todos festejavam felizes tirando um certo conselheiro que olhava para a cena com raiva.
Natsu e Lucy festejavam a conquista felizes enquanto dançavam e logo no final, a loira correu para abraçar seus pais.
- Bem-vindo à família, meu rapaz! - Exclamou o Rei tacando umas palmadas nas costas do jovem que sorria feliz.
Todos estavam felizes até que o som horrível das portas a caíram estremeceram a festa. O silêncio pairou pelo lugar até que um certo homem-dragão entrou batendo palmas enquanto olhava para todos.
- Que cena ridícula, meu filho. - Comentou com desgosto descendo pelas escadas acompanhado por Erza e Gajeel.
Jellal, imediatamente, coloca-se à frente do Rei olhando diretamente nos olhos da guerreira ruiva que o olhava de volta.
Lucy e Natsu entravam em pânico enquanto o Rei e a Rainha humana ponham-se à frente do jovem casal como um escudo.
- Há quanto tempo, Jude!
- Onde está Eileen, Acnologia? - Perguntou o outro sem medo seguindo para o ataque contra o Rei dragão protegendo a sua família.
Mãe de Lucy e o jovem casal fugiam pelos corredores do castelo até que um homem-dragão de cabelos negros quase tocou na mãe de Lucy, porém Natsu tinha-o atacado para proteger a mulher.
Jellal e Erza lutavam no meio da multidão olhando para cada canto e impedindo que os seus Reis morressem.
Lucy se escondia debaixo da mesa de madeira, chorando de medo, mas a sua mãe a consola dizendo que tinha fé na visão de Eileen e das escolhas da filha.
Gajeel conseguira defender-se dos ataques rápidos do seu príncipe traidor e com uma pequena abertura, ele conseguiu chutar o outro para bem longe aproveitando para atacar as duas mulheres, porém a corajosa mãe conseguiu com que fosse a única a ser atacada, com a mão de garras afiadas do homem-dragão perfuradas em seu peito.
Lucy ficou aterrorizada e correu desesperada fugindo do outro chamando por Natsu e quando ia ser acertada por Gajeel, uma flecha atravessou a mão do homem-dragão.
- Princesa! Corra! - Gritou Levy, a arqueira oficial do reino, enquanto preparava-se para atirar outra flecha no monstro.
Lucy correu, desesperada, agarrada ao seu longo e bela vestido que agora estava rasgado procurando por um lugar para se esconder. Ela olhou para um grupo de borboletas brancas a descer para as masmorras do castelo e com uma tocha, ela desceu pelas escadas de pedra descalça.
Olhou para as celas vazias e sujas com sangue. Assustou-se ao ver os enormes ratos perto das camas e com medo, seguiu para a ultima cela onde se via o nome “Eileen” raspado na parede feito por uma pedra. Ouvia os gritos de pedido de ajuda e dor das pessoas lá de baixo, dos embates das espadas e dos corpos a caírem.
- Você também odiava estes sons, não era? - Perguntou, chorando, olhando para o nome. - Eu gostava de a tê-la conhecido… - Sussurrou encostando o corpo na parede batendo a cabeça. - O que eu faço, Eileen? - Perguntou em desespero ouvindo os passos a aproximarem-se das masmorras. Os soldados dragões tinham a achado, estava tudo acabado, não tinha salvação.
- Obrigada, Natsu…- Sussurrou com a sua mão direita em seu coração fechando os olhos sorrindo em lágrimas.
Abriu os olhos, olhando para os dois soldados que se ajoelhavam como se estivessem a ver um Rei ou um Deus.
Olhou para atrás, em seu instinto, dando de cara com um vestido branco meio translúcido e ao longo que os seus olhos subiam um rosto de uma mulher aparecia. Uma mulher ruiva.
Um fantasma!?
- E-Eu morri? - Perguntou-se, em voz alta, olhando para a mulher que sorria para ela.
- Não podes morrer, minha querida, tens que cuidar do meu filho e dos dois reinos. - Falou a mulher tocando no rosto da jovem loira agarrando a sua mão ajudando-a a levantar-se.
Seguiu Eileen pelas escadas das masmorras deixando os soldados ainda ajoelhados lá e saíram daquele sítio horrível caminhando pelos corredores longos do castelo. Levy e Gajeel ainda lutavam um com o outro com várias setas espalhas pelo lugar.
- Bem persistente para uma simples formiga…- Comentou, entre a respiração acelerada, e quando quase ia dar o último golpe na mulher, alguém agarrou as suas garras. Alguém com as mãos muito frias…
- Gajeel, pare. - Ordenou a firme voz de mulher.
- Senhora Eileen? - Exclamou virando-se na hora surpreso, olhando para a mulher de cabelos ruivos.
Ele ajoelhou-se na hora, tocando a sua testa no chão.
- Me desculpe, Senhora Eileen, eu a deixei ser capturada por aqueles formigas…- Sussurrou em pedido de desculpa olhando para o chão em lágrimas.
Eileen se colocou em joelhos, pegando no rosto do homem e sorrio.
- Obrigada, meu soldado. - Falou ela com a sua voz doce beijando a testa dele e logo depois, para a humana de cabelos azuis e sorrio para ela. - Cuide bem dele. É um bom homem.
Lucy olhava para Eileen com admiração. Era uma rainha tão bondosa e admirável. A loira gostaria de ser uma rainha assim para o seu povo.
Caminharam pelos corredores impedindo cada luta deixando os soldados calmos e amigáveis uns com os outros.
- M-Mãe? - Chamou Erza olhando para a outra ruiva parando de lutar com Jellal e caminhando em direção da mulher para a abraçar.
- Mãe! - Exclamou, em lágrimas, abraçando a mulher cada vez mais forte.
Eileen sorrio de alegria e deu umas palmadinhas nas costas da filha e carinho em seus cabelos ruivos.
- Estás cada vez mais parecida comigo, querida. - Comentou olhando para o rosto da mais nova.
Jellal se aproximou da cena olhando para a ruiva com preocupação.
- Há quanto tempo estão juntos? - Perguntou Eileen olhando para o homem que desviou o olhar na hora.
- C-Como? - Perguntou Erza surpresa.
- Basta olhar para os olhos carregados de preocupação que ele tem por ti, minha filha. - Respondeu dando uma gargalhada acariciando o rosto de Erza.
- Mãe, eu estou carregando um filho de humano e homem-dragão. - Confessou a mais nova deixando todos daquela sala surpresos tirando Eileen que olhava para ela com um sorriso maior.
- Por isso é que ganhaste mais peso! Que coisa perfeita! - Exclamou a mulher feliz beijando a testa da mais nova e caminhando em direção do humano beijando a testa do mesmo.
- Cuide bem deles, meu filho. - Sorrio olhando para o homem e logo depois caminhou em direção do salão, mas antes, encontrou o corpo da mãe de Lucy no chão.
- Oh, Layla…- Aproximou-se do corpo e olho para o rosto da mulher. - Ela era uma mulher bondosa, foi ela que me entregava a comida quando o teu pai e o meu marido me prenderam nas masmorras. - Contou lançando um feitiço o qual transformou o corpo em borboletas vermelhas.
- Seu marido? - Perguntou Lucy olhando a ruiva.
- Acnologia, o Rei Dragão. - Respondeu levantando-se do chão.
Lucy olhou surpresa para a mulher quase estarrecida.
- Rei Dragão!? - Exclamou ela confusa.
- Ele já fora bem gentil…- Sussurrou a mulher lembrando-se dos primeiros anos casados e das brincadeiras com os filhos. - Mas, eu tenho que abatê-lo. - Falou e os seus belos olhos cor de avelã tinham-se transformado em vermelho puro.
Caminhou para o salão abrindo as portas sem cuidado, caminhando por entre os soldados que se ajoelhavam perante ela e aproximou-se dos dois reis.
- Há quanto tempo, cavalheiros! - Exclamou Eileen olhando para os dois com ódio.
Ambos olhavam para ela aterrorizados.
- Você devia de estar morta! - Exclamou Acnologia caminhando para trás aterrorizado com a visão que estava a ter agora.
Jude olhou para ela com um sorriso.
- Eu mesmo enterrei-te no chão! - Acnologia ainda olhava para a mulher com medo encostando-se na parede.
- Oh, meu querido, ainda tens muito a fazer para poder matar-me. Não chegas aos meus pés. - Provocou a mulher que tinha um sorriso de canto. As mesas e cadeiras junto com a comida e as velas voltaram para o lugar mexendo-se sozinhas.
- Arruinaste o banquete, não tens vergonha? - Perguntou a ruiva e com um simples gesto transformou os corpos mortes em belas borboletas vermelhas e com a sua outra mão curava os soldados feridos com borboletas verdes.
- Sabes porque eu deixei vocês me matarem? - Perguntou para o homem que olhava para ela aterrorizado.
- Estás a ver aquela bela jovem? - Apontou para Lucy que abraçava o pai. - Ela carregará uma filha que será muito mais forte que mim, muito mais bondosa e mais inteligente. Nossa neta, querido, não estás feliz? - Contou Eileen tocando no rosto do homem. - Mas, tens razão para ficar com essa cara, afinal, ambos não chegaremos a vê-la, não é? - Sorrio e com um simples e rápido golpe matou o homem que logo se transformou em borboletas só que desta vez, eram negras.
Caminhou sozinha em direção do jardim do castelo o qual tinha uma cratera enorme com Natsu no fundo. Lucy tinha seguido a mulher depois de largar o pai e logo correu em desespero ao ver Natsu.
- Natsu! Natsu! - Chamou, em lágrimas, pegando no corpo morto em seus braços.
Eileen olhava para a cena e sorrio.
- Obrigada Lucy. - Agradeceu com um sorriso enorme em seus lábios e estendeu os seus braços ao céu transformando-se em borboletas azuis que se espalharam por todo o lugar. Duas pousaram em Natsu e Lucy, outras duas em Levy e Gajeel e em Erza, o bebé e Jellal e o resto em todos os habitantes.
Natsu acordou olhando para Lucy que sorrio na hora abraçando o homem forte e logo de seguida, o beijando.
- Obrigada, Eileen. - Sussurrou Lucy caminhando com Natsu em direção do seu pai e de todos os outros.