Uma noite de Sol

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    12
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Capítulo Único

    Heterossexualidade

    Eles estavam ligados um ao outro. A Deusa do Sol e o Deus da Lua amavam-se. Eles se encontram, ansiosos, sentido a falta de um do outro.

    Era uma vez, no tempo dos antigos samurais, existiram dois belos deuses respeitados. Ambos eram fortes e adorados pelos guerreiros japoneses. Eles estavam ligados pelo destino, pelo ciclo. Um aparecia quando o outro estava do outro lado e, era assim, que eles "funcionavam". Nunca se viam por horas e horas. A Deusa do Sol tentava prolongar os dias para poder ver vê-lo e ele, tentava, prolongar as noites. Em vão...

    Mas, uma vez, o Sol apareceu com a Lua. Sim, algo mudou. Como isso foi acontecer? Os samurais estavam preocupados e os rituais aos deuses aumentaram. Os anciãos sabiam do proibido romance entre os deuses, contudo, não contavam aos superiores. Sabiam que Ulquiorra, deus da Lua, ficaria irritado se denunciassem o romance com a Deusa do Sol, Orihime. Os outros Deuses não sabiam sobre este romance proibido e muito menos esperavam, que, Ulquiorra fosse um dos amantes. Deus da Lua era conhecido por ajudar nos assassinatos e roubos humanos, escondendo os assassinos cruéis na sua escuridão. Já, Deusa do Sol, era aquela que ajudava os seres a descobrir os que estavam contaminados pelos demônios dos 7 pecados, iluminando cada pista ao olhos pequenos e fechados dos humanos. Era assim que eles "funcionavam". E nada poderia mudar isso...

    Uma noite, algo mudou! Japão ficou completamente escuro! Os pobres humanos estavam preocupados com os segundos que estava demorando, a luz da lua não aparecia. Porém, os sacerdotes anciãos, sabiam o que se passava, sabiam que ambos os Deuses estavam a ser castigados pelo Deus da Terra, Aizen Sõsuke. Eles tinham sido descobertos, o segredo tinha sido revelado...

    Eles tinham sido castigados e, com isso, eles eram forçados ao horário normal. Ulquiorra tinha ficado chateado e as noites tinham-se tornado mais escuras e sem estrelas. Os habitantes e os samurais estavam preocupados, fazendo rituais em nome do Deus da Lua. Orihime ficara triste, causando, um grande período de chuva que, por sua vez, causou cheias no Japão. Por um tempo, o mau tempo tinha parado. Todos estavam contentes com a desistência deles, incluindo, os sacerdotes. Eles sabiam que estavam a ser cruéis com o casal, mas, Aizen era existência deles e eles tinham que respeitar o Deus Superior.

    Ulquiorra e Orihime não estavam satisfeitos com a situação e quebraram a ordem de Aizen.

    Uma noite de Sol, uma noite de Sol...

    O mundo ficou aterrorizado com a atitude dos dois Deuses. Os japoneses estavam entrando em loucura pelas ruas feitas de terra batida, na relva verde dos campos e na madeira de suas pequenas casas. Japão entrou em loucura...

    Os samurais preparavam-se para a batalha que seria o "fim do mundo".

    Os sacerdotes tentavam controlar as multidões assustadas de pessoas que queriam passar por rituais de limpar pecados, no seu último segundo de vida, antes que o ataque entre os Deuses acontecesse. Eles olhavam...

    Eles observavam a Deusa do Sol... Ela era tão cintilante, tão bela, tão magnífica... Cabelos laranjas como o Sol, lisos e compridos, pele bem clara e os olhos cinzentos brilhavam como a Lua. Vestia um simples vestido branco, rasgado, que arrastava-se no chão à medida que caminhava. Ela não olhava para eles... parecia que sabia, exatamente, onde tinha que ir. Ela ia encontrar ele...

    Ele caminhava pelos caminhos sombrios sem luz. Cabelos negros que se disfarçavam com a escuridão da noite, pele pálida e olhos, incrivelmente, verdes. Aquele era o Ulquiorra... As pessoas olhavam-no surpresas e confusas, ele era bem diferente do que as histórias que contam... As vestas negras se arrastavam pelo chão, enquanto, se ouvia o barulho do bastão a bater no chão. 

    Ele ia se encontrar com ela...

    Eles caminhavam para o monte de cerejeiras. O Monte Sagrado do Japão. As pessoas os seguiram, surpresas e confusas, subindo pelas escadas de pedra em direção ao templo. Os anciãos estavam nervosos com o que podia acontecer. Sabiam que os Deuses iriam falar com eles. Mas, o que fariam? Lutar contra as ordens de Aizen, todo poderoso? Estava mais que fora de questão.

    Eles esperavam os seus destinos ao som das pétalas rosas a voarem pelo monte. Tinham se encontrado no monte do templo. Se olhavam profundamente... com amor... Os anciães e as pessoas se ajoelharam perante os dois. Eles não se importavam... Só queriam ser um do outro…

    "Nos case como humanos..."

    Pediram olhando-se nos olhos, enquanto, as pessoas curiosas se entre olharam. No meio de tantos olhares confusos, um antigo ancião aparece, fazendo uma reverência aos Deuses.  

    - Me permitem fazer a cerimônia, grandiosos...- Pediu, se ajoelhando.

    As pessoas olhavam surpresas a atitude do homem velho, porém, se ajoelharam, de novo, dizendo:

    - Nos permitem assistir e celebrar sua junção, grandes grandiosos...

    Em minutos, a cerimônia já começava com direito a várias decorações de flores e panos brancos. Todos olhavam a cerimônia maravilhados com os sorrisos verdadeiros dos Deuses. O ancião falava as falas religiosas decoradas de vários anos a juntar jovens casais apaixonados. Todos acompanhavam a cerimônia atentos e apaixonados pelo romance e mistério entre os dois, as mulheres invejam o trocar de olhar de ambos. A cerimônia foi lenta e apreciada por todos. O templo estava calmo e a Lua e o Sol estavam presentes no céu. Era magnífico, imagem inacreditável...

    Estava calmo e suave até umas luzes cintilantes apareceram. Era diferente de antes, as luzes eram mais fortes, mais poderosas. Eram vários Deuses superiores. Nenhuma palavra foi tocada pelos Deuses. Nem uma palavra, só olhares raivosos do casal para as luzes. Silêncio incomodava os seres presentes, que aterrorizados, escondiam-se de costas para as luzes superiores. Tinham os traído e não seriam perdoados por serem seres fracos e inferiores. O pânico começou quando Ulquiorra e Orihime se preparavam para uma batalha a qual iriam perder direto. Eles não tinham nenhuma chance de vencer. Porém, não houve batalha. Os humanos, um a um, se punham à frente dos Deuses, de braços abertos e cheios de coragem em seus corações.

    - Amor é para ser respeitado e não o desprezar! - Exclamou um dos homens em seus plenos pulmões cheios, tremendo, com medo do futuro que estava por vir.

    - Casamento é a união de amor e respeito! - Gritou uma mulher loira em lágrimas, abraçando o marido e o filho ruivo.

    Os Deuses estavam surpresos pela audácia dos seres interiores. Ulquiorra e Orihime estavam felizes fechando os olhos aos poucos.

    Os corpos dos humanos cintilavam com poder. Eles sentiam-se mais fortes.

    "Obrigado..."

    "Obrigada por tudo."

    Eles se abraçaram desaparecendo e os outros Deuses admitiram a derrota de joelhos aos humanos.

    Sim, essa noite solarenga mudou o mundo. E as pessoas? Bem, nós somos os descendentes que destruíram o verdadeiro significado de casamento ao longo dos anos. Nós voltamos a ser os seres inferiores...


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