Doce Segunda-feira

"Escrevo para desabafar

Choro para aliviar

Sorrio para disfarçar"

Acordar em plena segunda-feira, com berros, não é lá muito agradavél. Me levantei sonolenta ( acordar as 6:00 da manhã em uma segunda-feira, deveria ser proibido mundialmente). Caminhei até o banheiro e tratei de fazer minhas higienes matinais. Me encarei no espelho e percebi o quanto amaçado meu cabelo estava. Passei horas conversando com meus amigos virtuais, acho que fui dormir as 3:00 da manhã, por ai. Tomei uma ducha rapida e tratei de pentear meus cabelos e me trocar. Peguei minha bolsa e desci o mais rapído possivel. As manhãs em casa não eram muito agrádaveis. Quando desci o último degrau da escada, já conseguia escultar meus pais brigando por qualquer besteira. Revirei meus olhos e catei uma maça da fruteira, sai sem dizer bom dia nem tchau. Eles não se importavam.

O dia estava um pouco nublado, o vento frio balançava as copas das arvóres de cerejeiras. Um dia lindo. Andei um pouco rapido, pois começou a cair pingos de chuva. Minha casa era apenas 5 quadras da escola, não demoraria para chegar.

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Logo quando cheguei no portão da grande construção - que podia muito bem ser confundida com a entrada do inferno- já percebi os murmúrios sobre mim. Vinham sempre dos riquinhos mimados. Entrei na escola ignorando os comentários maldosos.

Entrei na sala, minha primeira aula seria biologia. Logo fui para o fundão da sala ( como sempre ) e me sentei , afundando na cadeira para não vir ninguém me atormentar. Mas , logo que me sentei, ouvi os comentários e murmurios sobte meu cabelo ser rosa. Ele batia na metade da minha coxa, tinha as pontas enroladas e cheiro de baunilha. Devo me cabar pelo menos um pouco ; meu cabelo era o maior da escola e - modestia a parte - mais hidratado que muito cabelo por ai. Claro , que para eles não fazia diferença nenhuma, era rosa, então dane-se é pra zuar mesmo.

Então , para minha infelicida ouvi a risadinha fina e nojenta. Olhei para a porta e vi duas viborás e uma naja entrando na sala. Karin , e suas escravas Kim e Tay. 

Karin , uma ruiva de cabelo repicado que usa  ocúlos que se acha a rainha da escola, só por que sua família é rica. Ela gostava de implicar comigo todo o dia, talvez por inveja, já que meu cabelo era 10/10 do dela. O problema é que ela tem a escola inteira na palma da mão, especialmente eu. Daria tudo pra socar aquele rosto e tirar o sorrisinho de deboche da cara dela.

-Olha só, o que temos aqui - estremeci ao ouvir a voz da naja. Levantei meu olhar e vi ela em minha frente, com o mesmo sorriso.

-Não deveria estar no circo? Lá eles aceitam aberrações como você!- Logo ouvi a sala inteira rindo do comentário de Karin. Me encolhi mais ainda na cadeira, segunrando o choro, eu não iria chorar.

O professor entrou na sala , pedindo que todos fossem para seuas carteiras. Karin , saiu da frente da minga carteira - derrubando , de propósito , meu estojo- e foi se sentar com suas vibóras e os jogadore de basquete. Pelo menos, por 5 minutos eu estária em paz.

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Agradeci a deus , quando o útimo sinal bateu. Guardei minhas coisas correndo e fui embora. Peguei meu MP3 e meus fones, música me acalmava , um meio de fuga do mundo. Voltei para casa ao som de Loser do Big Bang. Mas sabia que quando chegasse, meus pais estariam me esperando, e não seria uma coisa boa.