No Ritmo Do amor

  • Finalizada
  • Aelita
  • Capitulos 24
  • Gêneros Bishoujo

Tempo estimado de leitura: 5 horas

    18
    Capítulos:

    Capítulo 7

    Capítulo 7

    Álcool, Hentai, Sexo

    Boa leitura

    - Ainda se lembra dos passos básicos que aprendeu de manhã? – Pergunta suavemente, enquanto me faz entrar na posição que ensaiamos anteriormente.

    Talvez não estivesse tão calmo se soubesse que está prestes a ser esbofeteado. Um, dois, tapa,tapa,soco.

    - Claro- respondo friamente, tentando lembrar a primeira sequência. Para i lado, atravessar, meia-volta e então passo debaixo de seu braço...ou será que não? Será que devo ir para a direita ou para a esquerda?

    - Agora tenha em mente que a dança é uma perseguição sensual. Eu a seduzo e você me afasta.

    - Ótimo – respondo, por entre os dentes.

    Se ele percebe o sarcasmo em minha voz, o ignora. Aliás estou tão irritada que danço com ele, seguindo sua direção, sem nem mesmo pensar nos passos. Acredito que a teoria sobre a memória muscular seja verdadeira. Minha raiva deixa meus passos rápidos e precisos, e apesar de me sentir assim ainda preciso me esforçar para não deixar sua proximidade, o calor de seu corpo e o toque de sua mão em minhas costas me afetar. Quando ele me persegue, recuo com queixo erguido e um olha irritado. Não me surpreenderia se estive saindo fumaça por meus ouvidos.

    - Pare, Lucy .

    - O que for?

    - Isto não é tango.

    - Eu sei. Aonde quer chegar?

    - Precisa ser simpática... e flertar comigo. Me provoque.

    Baixo os olhos para meus sapatos, que começam a machucar meus pés, e dou de ombros. Bem quando estava me sentindo orgulhosa da minha dança, ele tem que estragar o momento. Ainda olhando para baixo, respondo um pouco mal-humorada:

    - Não sou boa em flertar.

    - Está brincando.

    Isso me faz erguer a cabeça e encará-lo.

    - O que quer dizer?

    - Olhe para você. Com certeza tem que manter os homens á distancia com um pedaço de pau. Só essas pernas já são suficientes para....

    Quando ele pára de falar de repente, sinto meu coração acelerar.

    - Para?

    - Ah, por favor, Lucy. – Ele soa um pouco irritado.- que tipo de jogo estamos jogando? – Você deve saber o poder que tem.

    Não consigo evitar e dou risada.

    - Poder? A vida inteira, não passei de uma garota desengonçada e sem graça. Nunca tive um namorado, e não sei fazer joguinhos.

    Ele me encara de testa franzida.

    - Está falando a sério?

    - Estou.

    -Ora, por favor! Você poderia ser. Como é que dizem?

    Rainha do baile, ou seja, lá o que for.

    - Não fui nem convidada para o baile! – A lembrança ainda dói.- E agora isso não faz mais diferença, mas ainda me incomoda ser tratada como tola.

    - Lucy , não a tratei assim. Antes.... – Impeço-o de continuar com um gesto.

    - Esqueça, Natsu. O que fez me irritou, mas entendo por que o fez.

    - Dios! ( Deus!) – Ele passa os dedos por entre os cabelos novamente e me encara por alguns segundos antes de sorrir.- muito bem, quem se importa em ser rainha do baile? Você será a rainha da dança de salão.

    - Acha mesmo? – Brinco, mas esperava que dissesse algo diferente, como que me achava muito interessante e não conseguia parar de me beijar, mas mesmo assim, forço um sorriso.

    - Sim, creio que sim. Afinal, você tem a mim como instrutor.

    - Ah, que sorte, não? - Retruco, imaginando que é uma sorte enorme mesmo, mas me repreendo mentalmente. Não posso fazer isso. Faço um grande esforço para não encarar o que sua camisa mal abotoada deixa à mostra.

    - Vejo que concordamos. Agora, vamos voltar ao trabalho.

    - Mas meus pés estão me matando!

    Ele dá de ombros.

    - Quer ganhar a competição ou não?

    - Mas...

    - Nem, mas, nem meio, mas. Agora, quero ver esse movimento cubano! Na ponta dos pés! Mova esse quadril, Lucy! Flerte. Faça me desejar você e então me afaste.

    Ah, bem eu quero que ele me deseje, mas afastá-lo será difícil. Embora meus pés estejam doendo e minhas pernas duras por causa do exercício, continuo dançando. Ainda estou brava com o teste do beijo que ele fez comigo, mas de vez em quando, pego Natsu me olhando, o que indica que nosso pequeno interlúdio pode ter significado um pouco mais. Não que eu esteja disposta a repetir a cena... não quero acabar magoada de verdade. Mas sua fé em minha capacidade é algo em que apoiei desde o princípio. Essa competição pode ser apenas uma piada ou uma sátira, ou seja, lá o que canto da comedia decida chamá-la, mas para mim é algo sério e pretendo vencer, ou pelo menos dar o melhor de mim.

    - Mais uma vez, Lucy.

    Gemo.

    - Está bem...

    Mais uma vez sempre acaba se tornando mais dês vezes.

    Estou exausta, porem me recuso a jogar a toalha.

    - Bom Trabalho- ele diz, finalmente, e percebo que está casando também. Quem diria? Ele olha para o relógio.- Nossa, dançamos a tarde inteira. Está na hora de jantar.

    - Obrigada por trabalhar mais comigo.- Meus pés estão latejando e até minha pele parece cansada.

    - Não foi nada.- ele sorri e imagino que estamos dividindo um momento especial, até que ele continua: - Lucy, tire os sapatos, a não ser, é claro, que planeje dançar até seu quarto.

    - Eu estava pensando em fazer isso....

    - Sei.- Ele me encara de uma forma que não consigo compreender.- você é demais, sabia?

    - Isso é bom ou ruim? – Pergunto, como se também estivesse brincando, mas querendo saber o que ele pensa.

    - Ruim... muito ruim- ele responde, franzindo a testa.

    Imagino minha expressão de surpresa, porque ele começa a rir.

    - Estava só brincando, Lucy.

    - Eu sei-minto.

    - Hum-hum. Eu tenho senso de humor, sabe?

    - Hum-hum- imito-o, fazendo-o rir.

    A semana seguinte si pode ser descrita como um furacão, diferente de qualquer experiência que já tive. Quando não estamos ensaiando, algo que ocupa a maior parte do nosso tempo, estamos sendo medidos para nossas roupas de dança ou sendo entrevistados para clipes que serão exibidos durante a programação do canto da comedia. Tudo é tão.... Surreal. Ainda não consegui me acostumar ao fato de que há câmeras por todos os lados, filmando cada movimento nosso, o tempo todo. Vejo como um grande desperdício, mas aparentemente, é assim que se fazem reality shows.

    Ami me ligou para dizer que parentes e amigos dos competidores também então sendo entrevistados e que a equipe de filmagem anda trabalhando por toda Kyoto. Estiveram na lanchonete ontem, fazendo perguntas sobre mim! Só espero que as pessoas tenham sido gentis e não tenham dito o quanto sou desastrada.

    Suspirando, apoio meus pés doloridos sobre dois travesseiros, encosto na cabeceira da cama e aponto o controle remoto para a tevê, passando de canal em canal. Nada me chama a atenção, até que chego ao número sessenta e nove, o canto da comedia e....

    - Meu deus! Sou eu ! sou eu!

    A legenda “ Garçonete” aparece sobre minha imagem. Nos poucos segundos em que estou dançando, pareço desajeitada perto do sensual e experiente Natsu. Mas quando foi que filmaram isso? Essa equipe de filmagem é muito sorrateira.

    Eu consigo dançar melhor do que isso, não? Então eu tropeço e Natsu me segura. Ah droga, eles deveriam ter cortado essa parte.

    - Oh, não!

    Não consigo deixar de rir quando Elfman começa a bater rapidamente os pés no chão, no que eu imagino ser o passo rápido. Ele é bem ágil, mas o contraste de seus pés habilidosos com seu tamanho avantajado é muito engraçado.

    Juvia tem expressão assustada enquanto dança tango com seu instrutor muito alto e sério. Em seguida aparece Levy, que é arremessada em um movimento giratório que a princípio parece incrível, mas infelizmente ela segue girando, passando pela porta, com um grito estridente. Seu parceiro, horrorizado, fica parado onde está, com as mãos no rosto. Quando ouvimos um barulho alto, ele então sai correndo pela porta, atrais da parceira.

    Ah, é por isso que ela estava com aquela atadura na testa, deduzo, enquanto continuo assistindo. As cenas acabam com uma promessa de “Continua” do narrador, seguida pelo endereço do site e pela data de estreia do programa Dançando em Kyoto. O comercial termina com cena de Levy girando, fora de controle. Começo a rir,mas então,me sentido culpada, cubro a boca com a mão.

    Meu Deus, isso realmente vai passar na tevê! Meu Celular toca e vejo que se trata de Ami.


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