Trick and Treat Rin e Len kagamine Book Version

  • Finalizada
  • Sora Chan
  • Capitulos 1
  • Gêneros Ação

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

    14
    Capítulos:

    Capítulo 1

    Trick and Treat ( 1/1)

    O dia estava calmo e escuro. Não havia sinal de sol, mas, também não havia chuva prometida. Hoje era halloween, também conhecido como dia das bruxas, o dia de outono em que as folhas de árvores eram balançadas pelo vento que parecia gemer. O dia estava também com uma neblina densa. Eu me chamo Miku Hatsune, tenho cabelos esverdeados e naquele dia usava um longo vestido negro. Sempre nas noites como aquela, eu sentia que a rosa que ficava sobre a parte de meu peito no vestido, me protegia, mas, hoje, as vozes que me chamam tentadoras, venceram.

    - Venha, venha até aqui nas profundezas da floresta. ? Um garoto me chamara, eu não o vi direito, mas, quando dei-me conta, ele já segurava minha mão. Ele vestia uma roupa negra. Talvez uma versão masculina da garota que surgiu ao meu lado, também segurando minha mão.

    - Rápido, Rápido se aproxime o máximo que puder. ? Sua voz suave me falar. Pude perceber seus cabelos loiros e curtos. O garoto, igualmente loiro, com um pequeno rabo-de-cavalo era muito parecido com ela. Gêmeos e loiros. Por que isso me soava tão familiar e perigoso?

    - Venha, venha vai começar uma divertida brincadeira! ? O garoto dissera sem me soltar, e então percebi que os dois cantavam. Antes que eu pudesse reagir, vi que uma enorme casa aparecera e eles me puxaram para dentro dela.

    Minha alma se agitara, e quando vi, estava sentada num sofá lilás pequeno e xícaras voavam sobre mim.

    - O galho de canela é uma varinha mágica, basta girá-lo uma vez, e o jarro se enche de Xarope novamente! ? os dois disseram, recolhendo as xícaras, fazendo com que um pingo de chá caísse em meu rosto. Senti-me confusa demais para falar qualquer coisa.

    O dedo da garota, que de repente eu sabia se chamar Rin, tocara meu rosto tirando a gota, e levando a sua boca. Depois ela chegou bem perto e disse:

    -Abandone a amargura, embrenhe-se nesse doce sonho, protegida pelo dossel caia num doce sonho acolhedor. ? Eu não sabia como,mas, o sofá se tornara uma cama em que eu estava deitada, e os dois apoiavam os cotovelos nela, deixando doces e pelúcias nela,mas, e tolamente, eu adormeci.

    Ao acordar tive a impressão de cair. Ouvia a voz deles cantando em minha mente vazia:

    - Continue a se inebriar da hipnotizante fantasia! Se tirar as vendas qual será a graça? ? Uma imagem de uma criança, que reconheci como eu, apareceu por um breve momento em minha cabeça, depois as mãos de Rin apareceram tapando meus olhos.

    O jovem loiro, que eu sabia chamar-se Len, me levantou e senti-me sendo levada para algum lugar.

    - Cuidado deixe-me guiá-la pelas mãos, entregue-se a nós de corpo e alma! Vamos! ? Ele dissera me guiando enquanto eu sentia Rin me vendar por trás, acho que passávamos por um campo de abobora, porque me lembro de ter pisado em uma. Imagens vieram a minha cabeça. Primeiro uma cadeira vazia, depois uma sombra de meu corpo nela, então eu me vi, depois virei uma criança, e logo eu estava lá, como uma criança, só que com Rin e Len ao meu lado. Depois eles sozinhos encostados na cadeira, logo a sombra deles, depois a minha sombra foi acrescentada, logo eu estava lá,mas, eles ainda eram sombras, depois nenhum de nós eram sombras, virei uma criança novamente, mas, agora não estava mais numa cadeira, e sim num quarto escuro, mas, podia me ver claramente brincando com eles, eu parecia feliz. Então estava sentada numa cadeira, na minha idade normal: dezesseis.

    De alguma forma eu sabia que naquele momento, mesmo estando meio adormecida, estava numa cama, ainda vendada. Senti algumas pelúcias sobre mim, e pude ouvir a voz de Len.

    - Então a Lamina da desconfiança começa a se revelar, - notei facas que prendiam meu vestido a cama, com força, como se tivessem errado a mira. ? Sussurra que a ingenuidade do amor não pode existir.

    Outra vez a imagem minha criança veio a minha cabeça, só que eu estava de mãos dadas com Rin e Len, sorrindo. De repente as mãos deles sumiram, e em minha cabeça surgiu um saco, onde estava desenhado um rosto sorrindo e uma lagrima caindo, mas, minhas mãos continuaram no mesmo lugar, porque estavam amarradas ao saco.

    - Sob a luz da lanterna, por debaixo das vendas, - pude ouvir Rin dizer, e soube que estava acordada. Eles estavam sentados em duas cadeiras, e na frente deles havia aboboras brilhantes, e então eu vi suas sombras. ? Vislumbrou as sinistras sombras, que lhe gelam o coração.

    A musica dela estava certa. As sombras deles eram bonecos, e de repente, para mim tudo fazia sentido. Vi uma imagem minha como criança, abraçando dois bonecos loiros, Rin e Len.

    - Ora, ora criança malvada. Já despertou? ? Len apareceu em minha frente, sorrindo.

    - Se não quer se vendado prefere a cegueira? ? Rin perguntara sorrindo. Então ela levou sua mão ao meu rosto, mas, só fez os meus lábios virarem um sorriso. ? Vamos, vamos estampe um sorriso em seu rosto agradável! ? ela sentara na cama enquanto fazia isso, mas, logo levantou e ficou ao lado de Len.

    Pude ouvi-lo em minha cabeça: disfarçando-nos novamente voltamos ao nosso teatro. Pude lembrar-me de uma imagem minha criança, em que eu dizia: por favor, me dá? Havia algo ruim nessa fala.

    - Por que o olhar amedrontado e o corpo a tremer? ? Len perguntara de um jeito insano. Os seus olhos e os de Rin estavam amarelos. ? Que tal se aquecer com uma caneca de leite quente? ? enquanto ele falava me vi criança, largando os bonecos Rin e Len, e trocando-os por uma de cabelo rosa.

    - Vamos logo, entre, aqui dentro é aconchegante ? Rin chegara por trás me abraçando. Vi os dois bonecos a chorar. ? Em troca basta nos doar o que há no seu bolso. ? ela disse tocando a rosa em meu peito.

    - Dê-nos isso que possui. Rápido!Rápido!- Len estendera a mão, e Rin ficara ao seu lado. ? Agora, e dê de uma vez! Direito a escolha é capricho que não há!

    - O acolhemos com ilusões e sugamos todo o néctar, dê-nos isso que possui. Vamos, agora mesmo! ? Os dois cantaram, com os olhos amarelos de insanidade. ? Me dê isso!

    Len arrancara à rosa de meu peito, e eu senti minha alma sair devagar de meu corpo. Tudo ficou escuro, e eu estava na floresta. Sabia que o meu coração estava parando devagar. Um pouco de sangue escorria de minha boca. Compreendi que a rosa, deveria ser algum tipo de proteção, talvez até a minha própria alma. Olhei para minhas mãos, e lá estavam os dois bonecos, e pareciam satisfeitos com minha morte lenta e dolorosa.

    Pelo menos havia morrido pelos outros, que não cairiam no mesmo erro que eu. Mas, aí me ocorreu, que se eles só queriam vingar-se de mim, eu havia morrido... À toa? Não viveria o bastante para saber, mas, provavelmente, eles só iriam querer a mim. A casa desaparecera, e o meu coração parou bem devagarzinho, e minha alma lançou-se aos céus.


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