Yo, pessoinhas
Tem nada de bom para falar hoje
Nunca falo algo de bom na verdade, ent?o n? :v
Boa leitura ^^
De cima, Tyrael observava o campo de batalha abaixo. Os anjos e os errantes se confrontavam fervorosamente. O confronto já havia chegado ao ponto onde não havia mais formação. Tudo o que poderiam fazer é se confrontar até o último da tropa inimiga estivesse morta.
Ainda observando o campo de batalha, Tyrael estava sentindo que algo estava errado. Ele focou na tropa inimiga, e percebeu que o número de soldados havia diminuído. Rapidamente, ele observou os lados. Enfim, descobriu o que estava errado: havia muitos dos inimigos tentando flanqueá-los pela esquerda.
— URIEL, FLANCO ESQUERDO! — berrou Tyrael.
Uriel logo observou os inimigos tentando flanqueá-los.
— ARQUEIROS, PROTEJAM-ME!
As asas da Uriel se esticaram e levantou voo. Ela voava bem próximo dos anjos para não ser facilmente atingida pelas flechas. Quando ela corria risco de ser atacada por outros anjos inimigos, eram atingidos por flechas dos aliados. E as flechas que tentavam atingir ela, eram ricochetadas pela sua espada.
Quando ficou um pouco distante do campo de batalha, Uriel cravou sua espada no chão, fazendo uma alta, larga e espessa parede de gelo emergir. Por causa da parede, os errantes ficaram impossibilitados de flanquear, enquanto os anjos começaram a voar para passar por cima. Porém, Uriel deu uma palmada na parede, e do outro lado, longos, espessos e afiados espinhos de gelo se esticaram pela parede, empalando diversos anjos e errantes. Os anjos atingidos não morriam, pois as runas da Uriel ficavam em sua espada, mas os que foram empalados não conseguiam sair, estavam sendo congelados de pouco em pouco. E os errantes perfurados foram mortos, inundando o outro lado da parede em sangue.
Uriel começou a perceber outra movimentação estranha perto da onde ela estava. Não muito distante, ela começou a observar que muitos anjos, sendo aliados e inimigos, e vários errantes começaram a morrer de forma abrupta. Ela manteve seu olhar fixo, ignorando todos os acontecimentos ao redor, então pode ver um par de asas com um laranja cristalino e o brilho da armadura dourada. Um serafim. Ele detinha um porte físico mediano, com cabelo cinzento, liso e com um topete de lado. Estava empunhando uma kukri manchada de sangue em cada mão.
O serafim matou dois errantes enfiando a kukri bem no centro do peito de cada. Em seguida, ele fintou Uriel com seus olhos negros, e Uriel fez o mesmo. Entreolhando-se, os dois começaram a caminhar em círculo.
— A dama do gelo, Uriel — disse o serafim analisando ela minuciosamente.
— Serafim Orgulho. Fico animada por ter a oportunidade de matar um traidor.
— Tem certeza que um mero arcanjo conseguiria derrotar um serafim?
Uriel parou e Orgulho fez o mesmo. Uriel esticou seu braço esquerdo um pouco para cima e deslizou sua espada de frente para trás sobre sua armadura em seu antebraço, criando faíscas. A arcanjo fintou o Orgulho com um olhar frio.
— É o que eu mais quero descobrir agora — respondeu ela.
As asas da Uriel se avultaram, a região do chão em que ela estava pisado começou a congelar, então ela avançou com uma estocada em direção ao serafim. Orgulho cruzou suas kukris na altura de seu peito, e a espada da Uriel se chocou contra as lâminas. Com o impacto, Orgulho fora levemente arrastado para trás. Enquanto a ponta da lâmina da Uriel era pressionada contra as do serafim, Orgulho levantou suas kukris, obrigando Uriel a levantar sua espada também. No momento em que o serafim iria abaixar suas kukris, ele sentiu a brisa fria congelar seu corpo. Rapidamente, Orgulho se impulsionou para trás utilizando suas asas, afastando-se da brisa fria.
Mas Uriel não queria dar tempo para Orgulho ter algum tipo de pausa. Ela estava enfurecida.
Uriel ergueu sua espada, em seguida, abaixou-a, fazendo com que um corte de gelo fosse em direção ao serafim. Uma energia branca começou a emanar pelo corpo do Orgulho, depois fora concentrada em suas kukris, e, por fim, ele disparou a energia branca em direção ao gelo, fazendo os ataques se anularem.
— Você até que é forte — comentou Orgulho.
— Um Selo me ensinou que as vezes devo me entregar a minha fúria para ver a extensão dos meus poderes.
Uriel esticou a mão esquerda em direção ao serafim, disparando vários espinhos de gelo pontiagudos. Orgulho bloqueou todos os espinhos de gelo utilizando suas kukris. Instantes depois, ele percebeu que Uriel estava acima dele, já com a lâmina da espada vindo para decapitá-lo, porém o serafim apenas abriu um sorriso.
— Eu quero ser mais forte — sussurrou ele para si.
Imediatamente, a energia branca envolveu todo seu corpo. Em menos de um piscar de olhos, ele apareceu acima da Uriel. Quando Uriel percebeu que ele havia sumido, já era tarde demais. Orgulho acertou um chute forte nas costas da Uriel, fazendo ela afundar contra o chão, e o serafim pisou em cima dela. Graças sua armadura, Uriel só sentiu uma pequena parte do ataque.
— Ah, fui abençoado pelo poder de ficar mais forte apenas por querer — comentou o serafim.
Do alto, Tyrael ficou observando a luta da Uriel por um tempo. Obviamente, nenhum dos anjos lá embaixo iriam querer interferir na luta entre um arcanjo e um serafim, pois seriam mortos na hora. "Tecnicamente, a força de um arcanjo é inferior a de um serafim", pensava Tyrael enquanto observava a luta da Uriel, "mas, com o rompimento dos nossos selos de restrição de poder que Deus colocou em nós, temos a capacidade evoluir. Confio em você, Uriel".
Tyrael notou a aproximação de uma flecha vindo em sua direção, mas o vento que rodeava seu corpo estilhaçou as flechas antes mesmo de chegar perto dele.
Outro serafim, com asas laranjas e armadura dourada, e detendo um físico mais musculoso e sendo praticamente careca, se aproximou de Tyrael.
— Como vai, Tyrael?
— Gula. Eu estaria melhor se o céu não estivesse um caos total.
— Todos estaríamos.
Tyrael abriu a palma da mão, e o vento começou a forjar uma espada. A espada era fina com dois gumes, contendo um prateado extremamente polido e com uma fina linha negra dividindo os gumes ao meio.
Gula esticou seus braços.
— Quero uma clava e um escudo — disse ele.
Uma clava cheia de pedaços pontiagudos espalhados por ela veio até sua mão esquerda e um escudo prateado manchado de sangue na direita.
Gula manejou a clava em direção a Tyrael, que por sua vez desviou do ataque facilmente. Em seguida, o arcanjo redirecionou sua espada, porém o serafim defendeu com o escudo. Logo, junto ao impacto contra escudo, o vento passou pela espada do Tyrael e fragmentou o escudo. O arcanjo ainda continuou a mover sua espada, mas ele sentiu várias flechas vindo em sua direção. Distraindo-se com isso, Gula acertou com a clava bem na cabeça do arcanjo, arremessando-o e abrindo um corte.
— Não se distraía, Tyrael.
Continua <3 :p