Um eterno amor

  • Yy Chan
  • Capitulos 13
  • Gêneros Shounen Ai

Tempo estimado de leitura: 2 horas

    16
    Capítulos:

    Capítulo 7

    Resolvendo as coisas

    Álcool, Bissexualidade, Drogas, Heterossexualidade, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência

    Oi gente^^

    Eu tive um pequeno problema de bloqueio de escritor, por isso demorei um tempo pra postar

    hehe foi mal ><

    Como eu disse, eu tive um problema para escrever, então, se o cap d hoje estiver muito confuso, me desculpem TT

    Mas mesmo assim eu espero q vcs goste :3

    Tenham uma boa leitura

    Yato

    Hoje eu já acordei com o coração acelerado.

     A primeira pessoa que eu vi assim que eu acordei foi ele, Yukine. Deitado ao meu lado, de frente para mim. Seu rosto sereno é tão belo...

    Sem perceber eu já estava acariciando delicadamente a sua bochecha.

    Eu não quero que ele acorde. Quero mantê-lo aqui, seguro.

    Com cuidado eu me levanto. Eu devo acordá-lo?

    Não. Eu não quero que ele acorde.

    Pego o meu celular e olho as horas. Estou um pouco atrasado, mas dá para chegar na segunda aula.

    Eu gostaria de aproveitar o meu dia passando junto com o Yukine, mas tem algo que eu tenho que resolver.

    Olho uma ultima vez para ele, e reparo principalmente em seus machucados.

    Eu não deixarei que eles saiam ilesos.

    Yukine

    Acordo e me encontro sozinho em um quarto estranho. Me espreguiço e olho ao redor. Eu não estou no meu quarto... Por que eu estou numa cama de casal?

    As lembranças da noite passada vêm à minha mente. Yato me trouxe para sua casa depois daqueles garotos terem me agredido. No fim da noite nós acabamos dormindo juntos aqui nessa cama.

    ...

     Yato me viu chorando igual a uma criança... Que vergonha.

    Quando ele me abraçou ontem...

    Será que nós podemos ser bons amigos? Ou será que depois de ontem ele não irá mais falar comigo direito?

    O Yato saiu daqui no meio da noite...?

    Hmm... Por que eu fiquei decepcionado com isso?

    Suspiro e me levanto. Sinto um cheiro agradável, café. O Yato deve estar preparando o café da manhã. Um sorriso involuntário invade o meu rosto.

    Desço as escadas e vou até a cozinha. — Yato, você não precisa fazer o café da manhã sozinho...

    Não tem ninguém na cozinha. —Yato? — O chamo mais alto, mas não recebo nenhuma resposta.

    Onde será que ele foi...?

    Ele deixou café pronto. Ele não deve ter ido embora... ou será que ele foi?

    Um papel, em cima da mesa de jantar, chama a minha atenção. É uma carta escrita à mão. Uma carta do Yato.

    “Bom dia, Yukine. Eu não sei o que você gosta de comer, por isso decidi fazer nada (^^’). Eu fiz um pouco de café. Você gosta de café? Espero que sim. Pegue o que quiser para comer, sinta-se a vontade. Não vá para a escola hoje, tire o dia para descansar. Mais tarde eu estou de volta. Até”.

    Para onde ele foi? Por que ele me deixou sozin...

    Sem querer os meus olhos se deparam com o espelho que me reflete. Meu rosto cheio de ataduras chama a minha atenção.

    Eu pareço deplorável. Indefeso. Fraco.

    Eles devem estar rindo de mim nesse momento. Se não fosse o Yato, o que será que teria acontecido?

    O Yato... Ele me protegeu e cuidou de mim. Eu não sei nem como eu posso agradecê-lo. Mas... eu não posso depender das outras pessoas. Eu sempre soube disso. Terá horas que eu estarei sozinho, e nessas horas eu preciso ser forte.

    Eu... não irei dar o gostinho, para aqueles garotos, que eles conseguiram me afetar.

    Motivado pela raiva, eu tiro as ataduras de meu rosto num movimento só. Desculpa, Yato, mas eu irei para escola. Não irei me afugentar!

    Yato

    Eu consegui entrar na escola, mas o que eu quero não é assistir aulas. Eu quero que chegue logo o intervalo. Não esperarei até o fim das aulas. Eles merecem pagar pelo que fizeram!

    Só de lembrar do Yukine chorando ontem... O seu pequeno corpo tremendo e soluçando conforme ia chorando em meus braços. O sofrimento que ele passou... Eu irei faze-los sofrer.

    O intervalo chegou. Finalmente. Saio da minha sala a passos rápidos, mas logo sou parado pela Bishamon.

    —Oi, coisinha. Por que tanta pressa? — Ela para na minha frente, impedindo a minha passagem.

    —Isso não é da sua conta. —Ela entorta a cara e enrijece o corpo, dificultando a minha passagem. — Saia da minha frente, Bishamon.

    —Eu já vi essa expressão antes, Yato. O que você pretende fazer? — Diz ela me olhando com seus olhos persistentes — Ela cruza os braço, e olhando nos meus olhos diz. —Você já se esqueceu da nossa promessa?

    A promessa. Aquela promessa. A minha consciência pesa, me fazendo hesitar, mas as memórias dolorosas da noite passada voltam como um soco no estomago, e logo, a raiva me domina.

    — Saia da minha frente. —Digo embargando raiva em minha voz.

    Ela olha seriamente para mim e diz. —Você é um estúpido.

    Ela sai da minha frente, me dando passagem. Eu não esperava essa atitude dela. Sem olha-la, eu sigo adiante. O melhor foi ela ter me deixado passar, eu não queria ter que brigar com ela.

    Cadê aqueles filhos da puta?!

    Os meus olhos olhavam para cada canto da escola ferozmente, a procura daqueles bastardo. Eu fecho os meus punhos, numa busca de tentar me conter, tão forte que sinto feridas se formarem na palma da minha mão por conta da pressão que estou pondo em minhas unhas.

    Eu irei fazê-los sofrer.

    Narrador

    Yato os encontra na parte de trás do colégio, no mesmo lugar que eles tentaram violar o Yukine. Eles estavam conversando e rindo. Como eles ousam rir depois de fazê-lo sofrer tanto? O moreno se questiona enfurecido.

    Yato sorri maldosamente. Ele sabe que a parte de trás do colégio é o melhor lugar. Ninguém os verá. Ninguém irá ajuda-los.

    Agora ninguém pode me parar.

    A passos lentos o moreno se aproxima dos outros garotos. Eles o percebem tarde demais. Eles só foram ter noção de sua presença quando Yato já estava direcionando um soco na cabeça do primeiro à sua frente.

    O garoto tomba e cai no chão. Os outros o olham assustados. —O que você está fazendo, seu retardado?! — Um deles perguntou surpreso.

    Yato entredentes diz. — Como... vocês ousaram...?

    —Quem você acha que é, seu otário? — O mais alto deles diz se aproximando do segundo-anista e começa a peitá-lo.

    —É o Yato. — Um deles diz apavorado.

    —Esse é o tal de Yato? —O mais alto se questiona, o olhando de cima para baixo. —Eu esperava mais dele. —Diz com um olhar zombeteiro.

    Ele ainda está no primeiro ano, porém ele é mais alto. Seus ombros largos e músculos estupidamente definidos o fazem parecer intimidador, um brutamonte, mas não para o Yato.

    O moreno o segura pela gola de sua camiseta. O mais alto ri zombeteiro. —O que você pretende fazer, hein, nanico? Você só tem fama. Nem deve ser capaz de fazer metade do que dizem...

    Ele para de falar quando Yato o faz tirar os pés do chão, o levantado pela gola da camiseta.

    — Seu... como? —Pergunta ele, incrédulo.

    Yato o olha nos olhos pela primeira vez, fazendo o garoto sentir medo apenas com um olhar. — Como você foi capaz de fazer aquilo com o Yukine?

    —Yu-kine...?

    O ar começa a lhe faltar. Ele tenta segurar os braços de seu agressor, mas o veterano o levanta ainda mais alto e puxar cada vez mais a sua gola.

    Ele começa a sufocar.

    Ele merece isso.

    Um dos garotos assustado berra. — Seu bastardo!

    Eles começam a correr querendo intervir, mas uma voz os fazem parar.

    —O que vocês estão fazendo aí, garotos estúpidos?

    Yato

    Eu conheço a dona dessa voz. A minha consciência volta. Eu solto o garoto, o fazendo cair no chão. Ele começa a tossir. O seu rosto está muito vermelho e sua respiração muito irregular.

    Eu poderia tê-lo matado...

    A mulher que interviu se aproxima de mim e me dá um soco, merecido, na cabeça.  —Ai! Bishamon, não precisava ser tão agressiva.

    Bishamon me olha nos olhos, enfurecida. —Você acha que isso foi agressivo?! Espera para ver quando sairmos do colégio. Você irá desejar nunca ter nascido! —Ela me direciona um de seus olhares mortais, e percebo que ela não está de brincadeira.

    —Quem você acha que é, vadia?! Para se intrometer assim! —Um dos garotos pergunta ingenuamente. Ele não deve conhecer a Bishamon para dizer algo desse tipo.—Acha que só porque você é gostosa, você pode se safar dessa?

    Bishamon não demonstra nenhuma reação, a não ser olhá-los como se fossem meros insetos.

    —Sua...

    Os garotos começam a vir na nossa direção, querendo nos atacar. Bishamon não recua nem um passo.

    Quando eles estavam próximos de no atacar, o mais alto do grupo, o garoto que eu sufoquei, levanta e faz um sinal para eles pararem.

    —Seus idiotas! Ela é medalhista em hapkidô! Ela acaba com todos vocês sem problemas.

    —Essa garota...? — Todos começam a olhá-la, a analisando. Sua postura intimidadora e seus olhos indiferentes demonstram o quão indiferente eles são para ela.

    —Vamos, Yato. Vamos embora. —Bishamon diz quebrando o silencio. Ela me puxa pela gola da minha camiseta e começa a me arrastar para longe deles.

    Ela finalmente para de me puxar e começa a me questionar. —Você é um idiota?! O que você estava pensando em querer brigar com todos aqueles garotos?! Eles poderiam acabar se machucando de verdade! —Ela suspira. —Além do mais, você quase quebrou a nossa promessa.

    Eu não acredito que eu quase arruinei tudo. Mas eu estava com tanta raiva! —A nossa promessa...

    Ela me olha, agora parecendo não estar mais tão brava. —Dessa vez eu irei fingir que nada houve e que você não pretendia desonrar a sua palavra. Mas, antes me diga.

    —Dizer o que?

    —Por que você estava prestes a querer matar aqueles garotos? —Eu fico em silêncio. Será que eu deveria contar? Por que eu estou com vergonha de contar? —Eu conheço você, Yato. Você não é de ficar bravo sem motivo. Pelo menos não mais... —Diz ela sussurrando no final.

    —É que...

    Eu respirei fundo e tomei coragem. Eu não estava errado no final das contas... eles merecem pagar pelo que fizeram.

    Contei-lhe tudo. Tudo que ocorreu ontem. Sobre o meu vizinho e o que aqueles garotos fizeram com ele. Só não contei sobre os meus sentimentos confusos sobre o Yukine. Eu morreria de vergonha se ela soubesse disso. Ela iria me zoar para o resto da minha vida!

    Conforme eu fui contando a história seu rosto ficou sério, entendendo a gravidade da situação. Eles quase cometeram um estupro!

    Assim que eu terminei ela ficou um tempo pensando, até que finalmente resolveu falar algo. —Se você tivesse me dito antes eu mesma teria acabado com aqueles garotos!

    —Viu?! Por isso eu fiquei bravo! Eles merecem pagar pelo que fizeram!

    —Isso é verdade... Mas não devemos resolver isso com os punhos. —Seu semblante sério e confiante mostra a enorme diferença entre mim e ela. Mesmo numa situação como essa... Ela consegue pensar racionalmente.

    —Então... como resolveremos isso? Eu não quero que eles saiam impunes. —Eles machucaram tanto o loirinho...

    Ele deve estar em casa deitado, dormindo tranquilamente. Ele não merece passar por essas coisas. Quando eu chegar em casa a primeira coisa que eu farei será dar-lhe um abraço.

    —Yato, tudo bem? Você está tão bravo ainda a ponto de ficar vermelho?

    Eu não estou corado por estar com raiva, mas sim de vergonha! Por que eu estou tendo esses pensamentos estranhos sobre ele?!

    É só porque ele parece uma criança indefesa... deve ser isso! Meu lado superprotetor se aflorou com esse tipo de situação. Deve ser isso mesmo.

    —Mas então como resolveremos? —Pergunto novamente, voltando ao assunto sério.

    —Eu já te disse. —Ela me olha confusa. —Você não me escutou? —Ela me dá um peteleco no meio da testa. —Você estava brisando enquanto falávamos de um assunto sério?! —Ela suspira. —Só você mesmo.

    —Isso doeu, sabia?! —Começo a esfregar a minha testa, tentando amenizar a dor.

    —Quem mandou ser um idiota? —Sua... — Se você quer realmente resolver isso. —Ela continua. —Temos que falar com o nosso coordenador.

    —Coordenador?!

    Eu não quero envolver os adultos nisso. Se eu fizer, poderá só piorar as coisas.

    Parecendo ler os meus pensamentos, Bishamon diz. —Você acha que se deixarmos como está não irá piorar? Mesmo se fizéssemos com que aqueles garotos parassem de ameaçar o seu vizinho, isso não quer dizer que não haveria mais pessoas dispostas a isso. O bullying ainda existiria.

    Ela está certa... Mas se eu contar para o coordenador, o Yukine ficaria bravo comigo? Ele me veria como um intrometido?

    Bishamon toca delicadamente em meu ombro e fazendo contato visual ela diz. —Você não queria resolver as coisas? Então decida-se logo. O que você irá fazer?


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